quinta-feira, 23 de abril de 2009

AINDA HÁ MAIS BANDIDAGENS NO PAÍS DOS PETRALHAS?

Prezados amigos, o país dos petralhas está sem controle e totalmente à deriva..... Vejam que absurdo. SENADO paga motorista do digamos "ministro" Hélio Costa em BH.
Por Adriano Ceolin, na Folha:
Assistente parlamentar lotado no gabinete do senador Wellington Salgado (PMDB-MG), Januário Rodrigues exerce em Belo Horizonte a função de motorista da família do ministro das Comunicações, Hélio Costa. Em 16 de fevereiro deste ano, o salário dele subiu de R$ 2.247,72 para R$ 2.694,64 mensais, de acordo com ato do diretor-geral do Senado.
Januário foi nomeado em 2003, logo após a posse de Costa como senador. Na semana passada, a Folha localizou na Delegacia de Furtos e Roubos de Belo Horizonte um boletim de ocorrência em que ele declarou trabalhar para o ministro.
Em 10 de abril de 2007, Januário foi à polícia registrar o roubo do veículo SpaceFox preto, placa HFP 7928. O automóvel tem Hélio Costa como proprietário e, segundo o motorista, era usado para "atender à família". O carro foi encontrado horas depois do roubo.
A ocorrência está registrada sob o número 104.591. Na quinta-feira passada, a Folha deslocou-se até o endereço que Januário disse morar na capital mineira. Lá, encontrou o filho dele Delton Rodrigues. Ele não quis dar entrevista, mas disse que informações sobre o pai poderiam ser obtidas no local onde mora o ministro.
Na sexta-feira, a reportagem falou com um dos porteiros do edifício onde vive Costa e sua família -num bairro nobre na zona sul de Belo Horizonte. A conversa foi gravada. O funcionário confirmou que Januário trabalha para o ministro e tem como uma de suas tarefas levar os filhos de Costa à escola.
Por meio de nota, o ministro das Comunicações confirmou que Januário Rodrigues trabalha para ele desde 1990. "Está lotado no gabinete do Senado desde 2003, quando fui eleito para o mandato de senador da República. Cumpre jornada em meu escritório e base eleitoral, em Belo Horizonte, das 8h às 14h", disse Costa.
O ministro justificou ainda que, depois de ser convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a assumir o Ministério das Comunicações, decidiu manter o seu vínculo administrativo com o Congresso Nacional. Lembrou que optou por receber o salário do Senado, abrindo mão dos vencimentos de ministro.
Costa também ficou de encaminhar requerimento à Mesa Diretora do Senado para saber se há "incompatibilidade na manutenção de Januário" como seu motorista em Belo Horizonte.
À Folha o senador Wellington Salgado, suplente de Costa, disse que vai esperar a resposta da Mesa antes de tomar uma decisão. "Se for irregular, vamos nos adequar", afirmou.
Trata-se do segundo caso de desvio de função envolvendo o ministro e o seu suplente. No último dia 10, a Folha revelou que a secretária particular de Costa, Eliana Maria de Jesus Ros, está lotada no gabinete de Salgado com salário de R$ 7.484,43. Ela, no entanto, dá expediente no ministério.

COMENTO
Nosso país está desmoralizado perante os organismos internacionais, os três poderes da República atravessando graves crises de ética e moral, sem falar no patamar de exacerbada corrupção que o Executivo e o Legislativo atravessam.

VAMOS AGORA INVESTIGAR O EXECUTIVO ONDE A SUJEIRA É MUITO PIOR.
Amigos, que não reste a menor dúvida: o uso que Câmara e Senado faziam das passagens aéreas era uma afronta aos brasileiros. A vigilância, pois, e a cobrança devem continuar, pois ainda existem muitas sujeiras embaixo do tapete daquela casa.
Mas eu pergunto: quem se dispõe a investigar, com tanta pertinácia, os desmandos e os descalabros exacerbados, esdrúxulos, nocivos e molusquianos do Executivo?

Precisa muito? Não precisa. Vejam o que já se publicou, por exemplo, sobre a transferência de recursos do Ministério dos Esportes, comandado pelo PC do B, para uma ONG do... PC do B. Se querem saber, tudo pensado como deve ser, trata-se de algo ainda mais grave do que o escândalo das passagens. Desmandos como os apontados na Câmara e no Senado podem ser coibidos com medidas administrativas.
E os cartões corporativos da presidência? Que são considerado segurança nacional.
No dia em que esses dados vier a público a República desmorona, não tenho dúvida.

Mas o que dizer dos arranjos que envolvem ministérios e ONGs que nada mais são do que extensões dos partidos que as dominam? Quem se interessa por ver no detalhe, por exemplo, como se dá a relação de compadrio nas agências reguladoras entre quem é fiscalizado e quem fiscaliza? Tudo previamente acertado, numa grande teia de corrupção e maracutaia, com a finalidade de perpetuação no poder. Custe o que custar, nem que para isso o partido tenha que passar por cima de tudo e de todos.

Peguem o caso da ANP. Victor Martins pode negar o que quiser, menos que seja sócio de uma empresa que faz pleitos à Agência Nacional de Petróleo, de que ele é diretor. Não há como contestar essa evidência. E bastaria essa evidência, num país, vá lá, sério para que ficasse caracterizada a relação imprópria.

A lambança do Legislativo custa caro, sem dúvida. Mas não é mais cara do que os US$ 3 bilhões que recauchutaram uma licitação vinda dos escombros do passado para a construção de Angra 3, obra a ser tocada pelo mesmo grupo beneficiado já por uma lei especial, assinada pelo presidente Molusco, na área da Telefonia. Isso é fato, não gosto. Más fazer o que? É muita corrupção exacerbadamente vergonhosa.
O Caso do primeiro compadre da República? E o Greenhalgh? E o Daniel Dantas?

É uma pena que a disposição de investigar o Executivo não seja a mesma — até porque, de fato, ele está muito menos exposto. Como já escrevi aqui, essa é uma das tarefas do Legislativo, que, por isso mesmo, não pode estar submetido a essa sangria permanente. E sem verba publicitária para cantar as próprias glórias. Não! Não estou defendendo que ele disponha de dinheiro para isso. Estou afirmando que a publicidade oficial é mais uma das maneiras de o Executivo cobrir as próprias mazelas, corrupção e safadeza molusquianas .

E com tantas Mazelas, sucateadas e desmanteladas estão nossas FFAA, sem poder cumprir sua missão constitucional, militares flagelados e humilhados por dois dos maiores caudilhos da história da humanidade. Certo meus nobres amigos?

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

“Barraco” de vaidades no STF agrava crise institucional e abala confiança no equilíbrio do Judiciário no Brasil
Por Jorge Serrão

A gravidade da crise institucional brasileira ficou ainda mais evidenciada ontem, durante e depois de um “barraco” entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, em pleno plenário do Supremo Tribunal Federal. Barbosa acusou o presidente do STF de estar "destruindo a credibilidade da Justiça brasileira". A sessão de hoje no Supremo foi cancelada para dar uma abafada na briga gerada pelo excesso de vaidade e ativismo judiciário na suprema corte tupuniquim.

Três horas e meia após a briga, depois de uma tensa reunião a portas fechadas (sem Joaquim Barbosa), os demais ministros do STF (exceto Ellen Gracie, que não foi trabalhar ontem) divulgaram uma nota oficial de apoio a Gilmar. O documento foi assinado por oito ministros: Cezar Peluso, Ayres Britto, Marco Aurélio, Carmen Lúcia, Menezes Direito, Celso de Mello, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. Mas o estrago já estava feito.

Escreveram na nota: Os ministros do Supremo Tribunal Federal que subscrevem esta nota, reunidos após sessão plenária de 22 de abril de 2009, reafirmam a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes na sua atuação institucional como presidente do Supremo, lamentando o episódio ocorrido nesta data".

A redação da nota gerou outra crise. Na reunião fechada, Gilmar queria aprovar nota de repúdio a Joaquim Barbosa. Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Ayres Britto se recusaram. Só aceitariam assinar nota se não houvesse menção ao nome do colega. O texto foi negociado na tentativa de reforçar a defesa institucional do STF na figura do presidente da Corte. O problema é que letrinhas no papel não fazem milagres perante a realidade.

O Executivo metido em escândalos sem fim, sempre abafados pelo esquema do crime organizado, o Legislativo que mal legisla, com senadores e deputados mais preocupados com suas vantagens pessoais do cargo que com a situação do Brasil, e um Judiciário lento, militante político e que não promove efetivamente Justiça. Eis o quadro negro das instituições no Brasil. Ou mudamos tal modelo de Estado com urgência ou a situação brasileira ficará ainda pior que a atual.

O bate-boca

A briga entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa foi deflagrada pelo debate de uma ação que já havia sido julgada no Supremo em 2006, referente ao pagamento de previdência a servidores do Paraná.

A discussão começou quando Joaquim Barbosa questionou Gilmar por considerar que o argumento do presidente do STF não tinha sido discutido o suficiente.

Gilmar à reclamação do colega reagiu:

“Ela (a tese) foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos”.

Joaquim Barbosa insistiu:

“Não se discutiu claramente”.

Gilmar reagiu novamente, acusando Joaquim Barbosa de não estar presente às sessões:

“Se discutiu claramente e eu trouxe razão. Talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões. [...] Tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou a sessão”.

Joaquim Barbosa se defendeu:

“Eu estava de licença, ministro”.

Gilmar Mendes insistiu:

“Vossa Excelência falta a sessão e depois vem...”

Joaquim nem esperou Gilmar concluir a aumentou o tom de voz:

“Eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do tribunal”.

Operação abafa

O ministro Carlos Ayres Britto pedia calma aos dois brigões, enquanto Marco Aurélio Mello solicitou que a sessão fosse interrompida e advertiu:

“A discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo”.

Mas os protagonistas da discussão não davam ouvidos à operação abafa.

Falsa calmaria

A discussão foi parcialmente encerrada e provocada, mais tarde, por Gilmar Mendes.

No momento em que o presidente do STF proclamava o pedido de vista de Ayres Britto sobre outro caso debatido em plenário, Gilmar voltou provocar Barbosa, insistindo que não havia "sonegação de informação" no STF.

Foi a deixa para o revoltado Joaquim Barbosa chutar o balde novamente:

“Eu não falei em sonegação de informação, ministro Gilmar. O que eu disse: nós discutimos naquele caso anterior sem nos inteirarmos totalmente das consequências da decisão, quem seriam os beneficiários. E é um absurdo, eu acho um absurdo. Eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso”.

Gilmar Mendes atacou de novo, pegando pesado:

“Vossa excelência não tem condições de dar lição a ninguém”.

O presidente ficou nu...

Foi aí que Joaquim Barbosa respondeu de forma mais pesada ainda:

“E nem vossa excelência. Vossa excelência me respeite, vossa excelência não tem condição alguma. Vossa excelência está destruindo a justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia a rua, ministro Gilmar. Saia a rua, faz o que eu faço”.

Gilmar ainda tentou ironizar:

“Estou na rua, ministro Joaquim”...

Mas Joaquim Barbosa retrucou e deixou o presidente do STF nu perante as críticas públicas que lhe são feitas ultimamente:

“Vossa Excelência não está na rua, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça brasileira. Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite...”

Gilmar vociferou: “Vossa excelência me respeite”... Mas o rei já estava nu...