sábado, 11 de julho de 2009

DOCUMENTO DE FUNDAÇÃO DERRUBA VERSÃO DE SARNEY

Por Rodrigo Rangel e Leandro Colon, no Estadão:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse aos senadores em plenário, na quinta-feira, que não tem “nenhuma responsabilidade administrativa” na fundação que leva o seu nome, sediada em São Luís. O parlamentar omitiu informações dos colegas. O Estado obteve o estatuto da Fundação José Sarney. O documento contradiz o que ele afirmou em sessão do Senado, cujas falas são registradas nas notas taquigráficas.
O estatuto revela que, além de ser uma instituição de exaltação à figura de Sarney, a fundação está sob as ordens do parlamentar e de sua família. Em sete páginas, o nome do senador aparece por 12 vezes. O artigo 19 do capítulo 5 enumera cada uma das responsabilidades de Sarney como “presidente vitalício” e fundador da entidade. Entre as funções, está a tarefa de “assumir responsabilidades financeiras” e o “poder de veto” sobre qualquer decisão tomada pelo conselho curador - também presidido pelo senador. Na quinta-feira, o Estado revelou que a Fundação José Sarney desviou para empresas fantasmas e da família do senador ao menos R$ 500 mil da verba de R$ 1,3 milhão repassada pela Petrobrás para um projeto cultural que nunca saiu do papel.
O estatuto diz que “compete” a Sarney presidir reuniões do conselho curador, “orientar” atividades e representá-la em juízo. Entre os membros do conselho, estão um filho de Sarney, Fernando, um irmão, Ronald Sarney, e Jorge Murad, marido da governadora Roseana Sarney, filha do presidente do Senado. Ex-ministro da Justiça no governo Sarney, Saulo Ramos também integra esse colegiado, assim como o empresário Miguel Ethel, que presidiu a Caixa Econômica na gestão presidencial do senador.

Por Alexandre Oltramari:
Em junho de 2001, o presidente do Senado, José Sarney, esteve em Veneza, na Itália, ao lado do banqueiro Edemar Cid Ferreira, amigo de mais de três décadas. Eles foram acompanhar a cultuada Bienal de Artes da cidade. Sarney e Edemar visitaram exposições e foram a festas. Semanas depois, já em São Paulo e de volta ao trabalho, o então dono do Banco Santos mandou registrar em seu computador detalhes financeiros da temporada da dupla em Veneza. O registro faz parte dos milhares de arquivos digitais que integram o processo sigiloso de liquidação do banco. O documento tem como título “JS-2″. Em sete linhas ele relata a movimentação de uma conta em dólares no exterior. Há um ano, VEJA teve acesso a esse e outros documentos do rumoroso caso de liquidação extrajudicial do Banco Santos. Na semana passada, finalmente ficou claro que JS-2 era o nome-código de uma conta em dólares de José Sarney e que as anotações feitas em 10 de junho de 2001, exatamente no dia da abertura da Bienal, se referiam a movimentações de fundos. Edemar registrou a entrega de 10.000 dólares em Veneza a “JS”. Edemar Cid Ferreira se referia ao presidente José Sarney em documentos do banco recolhidos pelos interventores e em poder da Justiça pelas iniciais “JS.” Caso encerrado? As evidências são inequívocas, mas à polícia e à Justiça cabe a palavra final.

Procurados por VEJA, tanto Sarney quanto Edemar garantiram desconhecer os fatos apurados pelos interventores e pela Polícia Federal e registrados nos documentos que ilustram estas páginas (VEJA ÍNTEGRA NA REVISTA)
(…)
[O arquivo "JS-2 - Posição exterior JS"] identifica a movimentação da conta que, em 30 de outubro de 1999, registrava saldo no exterior de 870 564 dólares, o equivalente, então, a 1,7 milhão de reais. Além da entrega de dinheiro em Veneza, o arquivo “JS-2″ expõe outras duas retiradas.

Comento
Zé Sarney, está mais enrolado, do que papel higiênico, molhado de cola.
Se ele fosse pelo menos um corrupto normal, já teria renunciado há muito tempo, pois está mais do que provado, que ele é tão bandido quanto os corruptos e nocivos petralhas.
É muita bandidagem, no país dos petralhas. Até em alguns países da Europa, o Congresso brasileiro e a facção criminosa dos petralhas já viram motivos de "chacota", conforme foi mostrado ontem em vários telejornais.

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Ditadores Democratas
Por Arlindo Montenegro

Estão entupindo nossos sentidos com imagens de títeres fascistas, nazistas e comunistas - tudo farinha do mesmo saco! - que as organizações internacionais como ONU, OEA, nos querem fazer engolir como "democratas", facilitadores da Nova Ordem Mundial. Estão nos empurrando em nado cego para praias desconhecidas.

Os controladores e seus banqueiros, que esconderam o expressivo resultado financeiro do planeta e criaram a tal "crise", negociam facilmente com esses personagens, astros do populismo que propagam a "guerra contra o imperialismo norte americano", "vez e voz para os pobres", "tudo pelo social", e prometem educação, saúde, segurança, casa, trabalho, tudo condicionado a sua permanência eterna nos postos de poder.

A história verdadeira , registra os resultados sangrentos e desastrosos destas ditaduras, ora mais violentas ou eventualmente mascaradas de bondade paternalista, privando a liberdade das pessoas, limitando a evolução natural e quase espalhando rastros de sangue, muito sangue e sofrimento.

Em nossa vizinhança temos a notável Democracia cubana, notável pelo paredón de fuzilamentos que continua ativo. Há pouco tempo, um grupo de dissidentes identificado como "Grupo Varela", colhia assinaturas num documento que pedia ao "democrático" governo cubano a extensão de algumas liberdades, destas a que estamos acostumados sem perceber: expressão, informação, manifestação livre do pensamento, opinião, telefonar para o exterior, viajar...

A "democracia" cubana prendeu pessoas do grupo, identificando-as como "contra revolucionárias" (como são carimbados todos os contrários à vontade do Partido Comunista Cubano). Pior sorte tiveram 3 dissidentes que foram presos tentando roubar um barco para fugir da ilha. Foram levados ao " paredón", aquele mesmo que Guevara defendeu sob aplausos dos membros da ONU, e fuzilados.

Isto lembra também como essas "democracias" vão limpando a área, nos moldes stalinistas. Trotsky, apontado por Lênin como seu sucessor, levou uma rasteira do terceiro cabeça da revolução russa. Vagou pelo mundo e veio parar no México, onde o emissário de Stalin o matou com uma machadada na cabeça. O assassino apareceu como homem prestigiado na revolução cubana, íntimo de Guevara. Um fato que ficou na moita.

Os fuzilamentos já incomodavam Camilo, que os criticava junto aos companheiros da elite revolucionária e incomodava tanto que segundo alguns memorialistas, Castro pensou em fuzilar Camilo e acusando-o de traição. Camilo era muito querido, um cara admirado pela população, era bonachão e alegre. Democrata convicto e anticomunista.

Seguindo os ensinamentos de Stalin, Castro mandou eliminar Camilo em 1959. O Cessna que o transportava entre Camaguey e Havana , desapareceu com todos os ocupantes, sem vestígio remanescente. O mistério subsiste na ilha. Como subsistem outros mistérios: o suicídio da valente guerrilheira, Presidente da Casa das Américas, esposa do Ministro da Educação, Haydée Santamaría em 1980. E o suicídio do Presidente da República de Cuba, Osvaldo Dorticós Torrado em 1983. Mistérios da "democracia" castrista.
Para finalizar, há uma pergunta que nenhum petista, nenhum comunista, nenhum destes jornalistas e intelectuais que veneram a "democracia" cubana que nem Chico Buarque ou Niemayer, nem Lula e seus ministros respondem: - por que nestes 50 anos os cubanos continuam enfrentando a guarda costeira de Castro, os tubarões e o sol causticante, fugindo da ilha em bóias de borracha ou pequenos barcos, tentando chegar à Flórida?

Finalmente, é impossível saber quantos já morreram fuzilados na tentativa de fuga ou comidos por tubarões... Contemplamos! A mídia cala. Enquanto os tubarões domésticos nos atacam, nadamos contra a corrente esperando chegar num porto seguro, onde as instituições sejam diferentes daquelas das "democracias dos ditadores" dos fuzilamentos sumários e das liberdades proibidas.