domingo, 18 de novembro de 2012

Covardia Social


Por Rui Nogueira

Desde os primórdios da humanidade existe uma segmentação das pessoas em escolhidas, escravos e indigentes. Até certo ponto podemos considerar que a cadeia alimentar se estabelece com o mais forte transformando o mais fraco em comida.

Sob o ponto de vista humano, esta história de lei do mais forte, diante das ideias filosóficas, religiosas e as pregações de” iguais” e de amor ao próximo, já deveria ter sido sobrepujada e substituída por condutas mais humanistas e racionais.

No livro Nova Consciência, século XXI abordamos o assunto com uma alegoria denominada – O Filho do Trovão- (alegoria é uma imagem que expressa uma ideia).

Na citada há um europeu usando uma arma para abater um índio à distancia. É a covardia social, a da pólvora contra armas de madeira. 

Na mesma alegoria há um avião de guerra com alta tecnologia que atira e bombardeia cidade e população indefesa e até desarmada.

Bomba interrompendo a tarefa de criar filhos com dignidade.

Não há necessidade de muita memória para reunir um bom número de situações de covardia social que chegam ao extermínio de populações inteiras.

O que houve com as civilizações maias, astecas e incas na época com cidades melhores que as europeias? Covardia social, pólvora contra armas de madeira fracotas. Pelo mundo afora se multiplicam as agressões baseadas no conhecimento e superioridade técnica.

Países pobres que não têm uma pelota de minério para tocar uma indústria e vivem em regiões de clima frio se arvoram em ricos e civilizados para, com imensa covardia social explorarem os que têm riquezas naturais, estranhamente considerados pobres.

Pela força, pela covardia social dizem que o papel pintado que fazem vale muito e a riqueza natural em alimentos e minérios vale pouco.

E lá vai o pau-brasil a troco de nada. Séculos de plantação de cana-de-açúcar sem nenhum resultado melhor para os que produzem a riqueza na labuta da lavoura.

Sai soja para ser ração de bicho no exterior com isenção de impostos e vantagem para os dominadores do comércio. Mercantilismo colonial até hoje. Resistir é preciso.

Postado pelo Lobo do Mar

Nenhum comentário: