quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Petróleo é nosso?



Por Arlindo Montenegro

Na qualidade de cético e pessimista diante da moleza dos governantes para utilizar os conhecimentos e substituir mais rapidamente a matriz de energia, - solar, eólica, hidráulica e outras testadas e engavetadas, - passam pela cabeça as imagens de aborígenes tentando impedir a construção da Usina de Belo Monte. Gente nascida nesta nação, mobilizada por Ongs e outros agentes estrangeiros, financiadas pelos Rockfeller, Rothschild, Morgan, Harriman e outras famílias que há muito perseguem o controle total do planeta.


Getúlio Vargas contratou uma autoridade técnica norte americana, para analisar o petróleo que aflorava no recôncavo baiano. Naquele tempo dependíamos da importação de gasolina, importada do líder de produção mundial, os EUA. O outro grande produtor era a Rússia Soviética. O “mister” que entendia do risco do bordado, mandou selar os poços baianos com cimento e declarou: “Não há petróleo”. Pegou o pagamento pelo consultoria e partiu.

Meses depois o óleo jorrou espontaneamente, com tal força que o Presidente viajou até a Bahia e a foto apareceu nos jornais, a mão melada de óleo negro, o sorriso e a manchete: “O petróleo é nosso!” Foi criada a Petrobrás, uma empresa estatal que em pouco mais de meio século tornou-se gigante. Nos anos 1980/90, sucessivas crises econômicas geradas sob a batuta do FMI, começaram a assolar os países “em desenvolvimento”. Os controladores, insaciáveis, ampliavam seu espaço de poder.

Uma das razões mantidas na moita é que os poços dos EUA já eram insuficientes para assegurar o alto consumo daquele país. A matriz energética ficou intocada. Nenhum governante norte americano indicou a necessidade de economizar gasolina. Melhor ir à guerra e assegurar o controle dos territórios no Oriente Médio, onde estavam as maiores reservas do óleo que garantia a sustentação da matriz energética.

A Europa totalmente dependente das exportações mobilizou a OTAN. E a comunidade mundial foi informada que mais uma vez se defendiam os ideais democráticos, contra “seitas e governos carniceiros”. Previa-se um grande abalo na estabilidade do nível de vida daqueles países do hemisfério norte, altamente industrializados e dependentes do óleo negro, tanto quanto de minerais estratégicos obtidos no “terceiro mundo”, dos “subdesenvolvidos” mentais.

Todos eles, como as nações de pobres que não controlavam mais suas riquezas no hemisfério sul, eram devedores dos bancos e credores dos empréstimos feitos aos países ditos “em desenvolvimento”, ou “terceiro mundo”. Para manter a posição mobilizavam as guerras no Oriente Médio, onde estavam as maiores reservas do óleo que garantia a sustentação da matriz energética. E mobilizavam a guerra silenciosa para submeter mentalmente outros países.

Uma das medidas estratégicas era influir para instalar governantes obedientes, que aderissem à globalização em todo o planeta, que  transformassem as instituições em feudos partidários e abrissem todas as portas para a tal concorrência, acabando de vez com as ideias nacionalistas que poderiam derivar para governos fortes em defesa do petróleo, do território, da biodiversidade, dos minerais estratégicos, dos controles sobre a produção e comércio, peitando a invasão estrangeira.

Era urgente avançar com a invasão cultural, jogar os valores tradicionais no lixo. Isto lembra os socialistas fabianos? Isto lembra Gramsci? Isto lembra a doutrina das Internacionais Comunistas? Isto lembra a ação do Foro de São Paulo calada pela nossa imprensa? Isto lembra a escalada das drogas e da violência? Para quem ainda conserva os olhos e ouvidos bem abertos, todas estas associações correspondem às orientações globalitárias, isto é do coletivismo internacionalista que orienta a ação do governo do PT do Foro de São Paulo, tudo associado ao crime organizado globalista.

O petróleo - que poderia vir a ser moeda de troca se tivéssemos avançado na substituição da matriz energética, se a Petrobrás continuasse sob o controle de brasileiros, se as decisões de Estado pudessem ser de fato orientadas por políticas nacionais, em benefício dos nacionais, deixou de ser nossa há muito tempo!

O território com sua biodiversidade e jazidas de minerais estratégicos está cercado e sob controle de políticas externas. Os conservadores e nacionalistas, avis rara (se é que ainda existem), estão amordaçados e incapazes de organização, impedidos de falar na escolas, na mídia... Mas que bom! Ligue a televisão, ouça o rádio, veja os filmes, atente para a propaganda oficial. Vivemos no melhor dos mundos!

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Postado pelo Lobo do Mar

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