terça-feira, 1 de outubro de 2013

Depois de 12 anos, Dilma bota o Brasil no vermelho.

POR CARDOSO LIRA





Descontado o pagamento de juros da dívida, as despesas do setor público superaram as receitas realizadas pelo setor público consolidado em R$ 432 milhões no mês passado. Foi o pior resultado e primeiro déficit para meses de agosto desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 2001. As três esferas que compõem o resultado apresentaram saldos negativos. O governo central (Tesouro, Previdência e BC) com R$ 55 milhões; os governos regionais com R$ 174 milhões; e as empresas estatais com R$ 203 milhões. (O Globo)




A Lei dos três “Ces”


Por Fabrizio Albuja

A pluralidade de escândalos da última década de governo escancaram várias teorias e põe abaixo lógica e conceitos pré-definidos que afloraram durante a lavagem cerebral do período eleitoral que atingiu seu ápice de mau-caratismo mediante o que chamamos de marketing de guerrilha.

Assim seguem os três conceitos tão bem absorvidos pelo PT e que caracterizam o Brasil hoje:

1.       Caos

A teoria do Caos identifica a instabilidade causada pela ação e interação dos elementos envolvidos no fenômeno. Simplificando, o Caos é a bagunça de informações. É como entrar em um quarto todo revirado e tentar encontrar alguma coisa nele. Demanda muito tempo e sua efetividade é incerta. Enquanto mais confuso melhor, pois a argumentação da virtual razão, independente de sua veracidade, passa a ter crédito mediante a invisibilidade do ato.  Dessa forma fica fácil argumentar: “eu não sabia”.

2.       Corrupção

Esta atividade que surge desde a existência da palavra “política”. É uma ferramenta poderosíssima para a criação de alianças, pois sua ligação é de garantia eterna e se transforma numa bola de neve. Enquanto mais essa bola de corrupção rola, mais vai aumentando o poder do centralizador, atualmente o vermelho-treze.

3.       Comunismo

Aquele conceito que conhecemos aplicado na União Soviética até o início da década de 1990, determinava de que todos, independente do esforço e competência intelectual, fariam parte da mesma classe social, abaixo apenas dos Bolcheviques. A crise socioeconômica desencadeada pelo partido da estrela vermelha que quer homogeneizar a sociedade, tanto financeiramente quanto intelectualmente, é a real tentativa de aplicação dessa proposta leninista.

Os petralhas não fizeram essa teoria. Isso existe há muito tempo com outras vestimentas e nomenclaturas. Apenas aplicaram essa estratégia que vem lhes servindo muito bem a fim de conseguirem o controle total dos quatro poderes. E agora eles querem o quinto, a internet.



Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário

Quem mata Prefeitos não tem medo de médicos




Por Milton Pires

Tenho visto, estarrecido, que inúmeras entidades médicas continuam manifestando-se – na imprensa escrita e na internet – sobre o Programa Mais Médicos. Leio, perplexo, apelos em que se segue  falando em “Dignidade Médica”, plano de carreira e condições de trabalho. Pergunto: é impressão minha ou será que ninguém percebeu que essa fase já passou? Não entendem os presidentes de conselhos, sindicatos e associações que a medicina está acabando? Qual o sentido em falar nesse tipo de coisa quando a Medida Provisória 621 – agora prestes a ser transformada em lei – determina um golpe de morte na nossa profissão?

Quanto tempo vai levar para o que os médicos brasileiros consigam perceber que não estamos lidando com um partido comum mas sim como uma organização criminosa filiada ao Foro de São Paulo? Semana passada, o agora ex-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná apontou o caminho a ser seguido pelo Conselho Federal e demais regionais. Não foi o suficiente?

No dia primeiro de outubro a MP 621, com várias modificações para o pior, entra em votação. O relator – Rogério Carvalho – é médico e deputado federal pelo PT do Sergipe. Leiam o que está escrito ali e me digam depois se faz sentido, nesse momento, falar em plano de carreira, salários e condições de trabalho ou se é imperativa nessa hora a renúncia de todos os conselheiros e presidentes de entidades médicas. Respondam se devemos pensar em exame “Revalida” ou no “Ato Médico” até a renúncia imediata do Ministro da Saúde e a revogação completa do programa “mais médicos”! 

Não percebem os verdadeiros colegas brasileiros e a população que as nossas entidades representativas – como quaisquer outras no Brasil – estão completamente “aparelhadas” pelos companheiros? Nem mesmo nas redes sociais nós conseguimos formar um consenso - tamanho é o medo da “Polícia Federal” vigiando o que escrevemos - e deveríamos mesmo assim esperar reação efetiva das grandes instituições?

Enquanto eu escrevo, quero fazer aqui uma denúncia gravíssima, 93000 médicos brasileiros são mantidos politicamente calados num grupo do Facebook chamado Dignidade Médica. Não permitem os administradores qualquer manifestação contra o PT nem ataques à Alexandre Padilha. Prestam ali, conscientemente ou não, excelente trabalho para o Ministério da Saúde pois imobilizam a reação dos colegas e – sob pretexto de manter o “foco” - não aceitam de maneira alguma uma luta francamente aberta contra o governo federal!

Já pedi – e faço novamente o apelo – ao presidente do CFM e dos conselhos regionais: por favor, renunciem. Não justifiquem com a sua presença no cargo esse plano diabólico do governo. Ele não é um golpe só contra nossa classe; é contra toda população. Não forneçam, com a sua presença, a impressão de legalidade, de decência, e de boas intenções que essa gente do PT jamais teve ou terá.

A luta que nós, médicos,  enfrentamos nesse momento não é mais nossa mas sim de todas as pessoas de bem no país. Advogados, engenheiros, professores, ou enfermeiros serão as próximas vítimas de um partido totalitário que não dá a mínima importância para a Constituição Federal, que tem na folha de pagamento o Judiciário Brasileiro, entre seus funcionários todo o Legislativo, e como seus cabos eleitorais toda Universidade.

Renunciem, senhores, não há mais nada a fazer...Quem mata prefeitos não tem medo de médicos.

Milton Simon Pires é Médico.


O fim do silêncio de dez meses mostrou que Lula não sabe o que dizer sobre o caso Rose

Na entrevista concedida a Leonardo Cavalcanti e Tereza Cruvinel em 26 de setembro, publicada neste domingo pelo Correio Braziliense, Lula finalmente quebrou o silêncio de mais de 300 dias sobre o escândalo em que se meteu ao lado de Rosemary Noronha. O assunto não mereceu mais que duas perguntas. O ex-presidente usou 100 palavras para não dizer nada.  A amável dupla de repórteres deu-se por satisfeita e mudou de assunto: “O que o senhor achou da reação do governo brasileiro em relação à espionagem norte-americana?
Como atesta o diálogo abaixo transcrito, com comentários do colunista entre parênteses, poucos minutos bastaram para os entrevistadores ministrassem uma aula de jornalismo cúmplice e o entrevistado erguesse um monumento à desfaçatez:
CB ─ Como o senhor avalia a decisão da CGU de pedir a destituição do serviço público da ex-chefe do Gabinete da Presidência de São Paulo, Rosemary Noronha, por 11 irregularidades, incluindo propina, tráfico de influência e falsificação de documentos?
Lula: Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já sabia o que ia acontecer.

(A primeira pergunta faz de conta que a companheira instalada por Lula no escritório da Presidência chegou lá não pela porta dos fundos, mas pelo currículo; que a coleção de patifarias se resumiu a 11 irregularidades; que a integrante da quadrilha especializada no comércio de pareceres de órgãos oficiais agiu sozinha; que os irmãos Paulo e Rubens Vieira são uma invenção da imprensa; as delinquências devassadas pela Polícia Federal foram descobertas pela CGU; que a destituição de Rose encerrou o caso de polícia que o Ministério Público ainda investiga; que o ex-presidente e a ex-segunda-dama não se conhecem nem de vista.
Na primeira resposta, mais curta que a pergunta, Lula não menciona o nome de Rose. Ele faz de conta que a protegida que pediu exoneração há um ano foi demitida logo depois da Operação Porto Seguro. E jura que todo mundo sabia que iria acontecer o que ainda não aconteceu).
CB ─ Mas tudo ocorreu dentro de um escritório da Presidência, em São Paulo.
Lula: Deixa eu falar uma coisa. A CGU julgou um relatório feito pela Casa Civil. E pelo o que eu vi do relatório, ele confirma as conclusões da Casa Civil. Todo servidor que comete algum ilícito tem de ser exonerado. O que valeu para o escritório vale para qualquer lugar no Brasil, no setor público. Vale para banco, vale para a Receita Federal. Vejo isso com muita tranquilidade. (Lula se vira para o assessor de imprensa e pergunta). “Não foi exonerado esses dias um companheiro que trabalhava com a Ideli (Salvatti)? (Lula se refere ao assessor da Subchefia de Assuntos Federativos, Idaílson Vilas Boas Macedo, após notícias de que faria parte do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal naOperação Miqueias).

(Na segunda e última pergunta, os entrevistadores fazem de conta que “tudo ocorreu dentro de um escritório da Presidência”. Esse tudo inclui viagens no AeroLula, luas-de-mel internacionais financiadas com dinheiro, um cruzeiro marítimo nas imediações de Ilhabela, falsificação de documentos, a promoção dos irmãos gatunos a diretores de agências reguladoras, a compra do carro novo, as reuniões entre governadores e empresários de estimação, fora o resto. É muita bandalheira para pouco espaço.
Também na segunda e última resposta, mais longa que a pergunta, Lula omite o nome de Rose. Ele faz de conta que não viu nada de mais no relatório da Casa Civil ou nas conclusões da CGU. E finge não enxergar diferenças entre um Idailson que serviu a Ideli Salvatti e a mulher da qual se serviu durante quase dez anos ─ e que se serviu do namorado que chamava de “PR” para prosperar como fora-da-lei. Haja cinismo)
Lula quebrou o silêncio por imaginar que a parceria com jornalistas de confiança afugentaria a assombração que o persegue desde novembro de 2012. Outro tiro no pé. O bisonho desempenho do entrevistado deixou claro que, ao fim de dez meses, não descobriu como safar-se do escândalo pessoal e intransferível. Agora que recuperou a fala, não poderá mais esconder-se de jornalistas dispostos a fazer as perguntas certas. E não sabe o que dizer.
A contagem iniciada pela coluna há 311 dias terminou. Um novo capítulo do caso Rose apenas começou.

POSTADO PELO LOBO DO MAR

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