segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"A vida é a espera da morte, por isso faça de sua vida, um bom passaporte"

Por Cardoso Lira

"O FUTURO COBRARÁ JUSTIÇA, DAQUELES QUE TENTARAM FALSIFICAR A PRÓPRIA HISTÓRIA" (Cardoso Lira)


"Nenhum homem morrerá por afirmação de suas atitudes". (Nietzche) 



"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão." (Eça de Queiroz)



Quando o ser-homem estiver preparado para aceitar o que seus olhos não vê.

Ele estará se preparando para receber novos ensinamentos.
Pois está tão mecanizado em seus pensamentos que não aceita o que seu coração traz para sua evolução. Se fechando para o amor e para sua própria evolução.
Mais quando ele despertar do seu sono mecânico. Estará aberto para receber novos ensinamentos. E irá adentrar em sintonia com o alto, para juntos buscarmos a luz.



Em sua condição de movimento renovador das consciências, a Nova Revelação vem despertar o homem para o lugar determinado que a Providência lhe confere, esclarecendo-o, acima de tudo, de que o egoísmo, filho da ignorância e responsável pelos desvarios da alma, é perigosa ilusão. Trazendo-nos a chave dos princípios religiosos, vem compelir-nos à observância das leis mais simples da vida, revelando-nos o impositivo de colaboração a que não conseguiremos fugir. 

A vida, pródiga de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação, em todos os seus planos. 
O verme enriquece a terra e a terra sustenta o verme. 
A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte. 
O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo. 
As águas formam as nuvens e a nuvens alimentam as águas. 
A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel. 
Um pão singelo é gloriosa síntese do trabalho de equipe da natureza. Sem as lides da sementeira, sem as dádivas do Sol, sem as bênçãos da chuva, sem a defesa contra os adversários da lavoura, sem a assistência do homem, sem o concurso do moinho e sem o auxílio do forno, o pão amigo deixaria de existir. 
Um casaco inexpressivo é fruto do esforço conjugado do fio, do tear, da agulha e do alfaiate, solucionando o problema da vestidura. 
Assim como acontece na esfera das realizações materiais, a Nova Revelação convida-nos, naturalmente, a refletir sobre a função que nos cabe na ordem moral da vida. 
Cada criatura é peça significativa na engrenagem do progresso. 
Todos possuímos destacadas obrigações no aperfeiçoamento do espírito. 
Alma sem trabalho digno é sombra de inércia no concerto da harmonia geral. 
Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade , palavras ocas e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da evolução. 
A vida é a força divina que marcha para diante. 
Obstruir-lhe a passagem, desequilibrar-lhe os movimentos, menoscabar-lhe os dons e olvidar-lhe o valor é criar aflição e sofrimento que se voltarão, agora ou mais tarde, contra nós mesmos. 
Precatem-se, portanto, aqueles que julgam encontrar na mensagem do Além o elixir do êxtase preguiçoso e improdutivo. 



O mundo espiritual não abriria suas portas para consagrar a ociosidade. 

As almas que regressam do túmulo indicam a cada companheiro da Terra a importância da existência na carne.




Investidores usam lei da Era Sarney para acionar MPF contra gestão temerária de petralhas em "estatais"


Por Jorge Serrão -

Atuais e ex-dirigentes da Petrobras, Eletrobras, OGX e afins, junto com membros da cúpula petralha que eram seus parceiros de negócios, já morrem de medo de ações judiciais capazes de evitar prejuízos ou obter ressarcimento de danos causados aos titulares de valores mobiliários e aos investidores do mercado por atitudes de “desgovernança” corporativa (como se diria em Saramandaia). Tais ações podem mexer com escândalos providencialmente abafados, como o Rosegate, e nos ainda não investigados desdobramentos do “mensalão” (outro primor de impunidade no Brasil).

Investidores dessas empresas já acionam o Ministério Público Federal para que faça cumprir a Lei 7.913, de 7 de dezembro do distante ano de 1989, promulgada quando o imortal José Sarney era Presidente da República e Maílson da Nóbrega seu ministro da Fazenda. O movimento pode ser lucrativo, já que “as importâncias decorrentes da condenação, na ação de que trata esta Lei, reverterão aos investidores lesados, na proporção de seu prejuízo” (conforme está escrito no artigo 2º da Lei).

A ação se aplica em três situações de má gestão. I — operação fraudulenta, prática não eqüitativa, manipulação de preços ou criação de condições artificiais de procura, oferta ou preço de valores mobiliários; II — compra ou venda de valores mobiliários, por parte dos administradores e acionistas controladores de companhia aberta, utilizando-se de informação relevante, ainda não divulgada para conhecimento do mercado ou a mesma operação realizada por quem a detenha em razão de sua profissão ou função, ou por quem quer que a tenha obtido por intermédio dessas pessoas; III — omissão de informação relevante por parte de quem estava obrigado a divulgá-la, bem como sua prestação de forma incompleta, falsa ou tendenciosa.


A previsão é que o mercado seja inundado por uma profusão de ações cíveis públicas de responsabilidade por danos causados aos investidores no mercado de valores mobiliários. Vai ser uma pancada forte na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O órgão regulador do mercado de capitais no Brasil tem arquivado muitos pedidos de investigação sobre grandes danos causados aos investidores de mercado.

O mais irônico da História é que usar uma canetada do Sarney contra a petralhada "não tem preço"...



Declaração do craque Romário, deputado federal e provável candidato a Prefeito do Rio de Janeiro nas próximas eleições, na véspera do Dia do Professor:

"O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O PROFESSOR é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus PROFESSORES. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais".

Carne confiável tem outro nome...CRIMINALIDADE....BANDIDAGEM E ETC....


Outubro Rose




Justiça e Saúde Pública – Tempo de Humildade


Por Milton Pires

Quando escrevi De Alma-Ata ao Mais Médicos – A Trajetória do SUS, mostrei que o conceito de saúde atualmente em vigor no mundo ocidental tem origem comum com o movimento revolucionário. Procurei provar que a preocupação com o tema antecedia até mesmo à publicação do Manifesto do Partido Comunista feita em 1848 e que a partir da Conferência Mundial de Saúde de 1978, na antiga URSS, surgiram as bases que mais tarde deram origem ao SUS no Brasil.

O objetivo do artigo de hoje é diferente. Buscaremos descobrir quais os campos do conhecimento e qual o “armamento teórico” necessários para fazer a crítica imparcial do modelo de saúde marxista implantado no nosso país. Inicialmente, de maneira dramática e provocativa, quero afirmar o seguinte: só acredito numa discussão séria sobre a saúde pública quando não estiverem envolvidos os seus atores. Em outras palavras – nada de médicos, enfermeiras, psicólogos, ou “outros profissionais da saúde” falando e escrevendo sobre o assunto. Mais desconforto ainda me causaria a opinião dos pacientes e dos gestores – partes conflitantes que absolutamente nada tem a acrescentar ao debate.

Por que fiz essa afirmação? Qual a base teórica para sustentar tamanha discriminação? Respondo da seguinte maneira: muito antes dos aspectos técnicos, econômicos ou administrativos é no terreno da filosofia, da história e da moral que o verdadeiro debate deve travar-se. Afirmo, de modo contundente, que ao falarmos em “saúde pública” escondemos no conceito a idéia de “justiça social”.

 Provo o que digo da seguinte maneira – quando nada mais resta a um gestor, médico, paciente ou enfermeira apresentar do ponto de vista técnico no sentido de defender o sistema, o discurso pode rapidamente ser mudado e entrar num campo em que a argumentação, muito mais do que científica, assume um caráter passional. Basta a qualquer um desses profissionais perguntar ao seu opositor o seguinte - “Aceitando que tu tenhas razão, o que sugeres fazer para que as pessoas mais pobres não sejam deixadas a margem do atendimento? Propões que agonizem e morram como animais sem direito a coisa alguma?”

Vejam: não há – na minha opinião – prova maior do que essa no sentido de mostrar que a verdadeira discussão deve ser não no sentido de como o SUS deva funcionar; mas se ele deve ou não existir !

Se não for feito um debate de natureza histórica e filosófica que contemple, com uma razão livre, as obrigações do estado com relação ao cidadão e a definição de justiça, jamais se poderá falar seriamente sobre saúde pública.

Cada vez que um médico, enfermeira, psicólogo ou administrador se opõem ao SUS com argumentos técnicos o que se tem é algo semelhante a entrada de uma mulher de 50 quilos num ringue em que vai enfrentar um lutador de boxe peso-pesado. Explica-se isso pelo fato de sabermos que toda argumentação tem dois componentes: um racional e outro emotivo.

Quem defende o SUS o faz através de um discurso em que o que não é dito é o mais importante. É o apelo passional por uma saúde para todos... Por uma “medicina transformadora” que supera de longe qualquer argumento contrário e que transforma o opositor em alguém “sem coração e que quer mais é que os pobres morram.”

Não preciso dizer o quão insignificante é a formação de um médico brasileiro no campo das ciências humanas. Médicos pouco ou nada sabem de filosofia e não tem a mínima condição de entrar num debate sério sobre “justiça social” (seja lá qual for o significado dessa expressão) ou Teoria Geral do Estado.

Apoiados sempre num discurso técnico e fundamentado numa ética que praticamente se limita à deontologia, nós não temos – de modo geral – a mínima condição de enfrentar um opositor munido de uma cosmovisão... de um sonho em que é possível, conhecendo e dominando as leis da história, fazer com que o Reino de Deus seja construído aqui mesmo nessa terra e nesse tempo.
Irônico, nesse processo todo, é lembrar-se que Medicina e Filosofia nasceram praticamente juntas e perceber que quem primeiro salvou uma vida o fez em nome de uma verdade transcendente e muito mais importante que os conceitos de Estado ou de Lei.
Muito interessante seria buscar na história o momento em que essa ligação rompeu-se pois talvez daí pudessem ser recuperadas as bases humanísticas que fizeram da profissão médica algo muito maior que qualquer sonho totalitário.

Necessário é dizer também que não se pode esperar dos médicos e demais profissionais da saúde a construção de um arsenal teórico capaz de enfrentar o discurso marxista aplicado à saúde pública. Esse instrumental é escasso mesmo dentro das Universidades e sua falta faz-se sentir nas aulas das faculdades de Direito, História e Filosofia muito antes da implantação de cadeiras como “socioantropologia da saúde” ou “relação médico-paciente” nos cursos de Medicina.

Vítimas da chamada “guerra assimétrica” nós médicos continuamos errando ao debater saúde pública com um governo que – muito mais do que acesso a verbas e poder - é portador de um sonho..de uma fé que segue sendo “vendida à população” em cada consulta de ambulatório..em cada exame solicitado.

Talvez nós, médicos brasileiros, devêssemos – agora que entendemos o que é o PT e ao que veio – buscar socorro naqueles que realmente podem nos ajudar: historiadores e filósofos brasileiros livres do fanatismo petista capazes de discutir a questão do acesso universal à saúde com argumentos – esses sim – à altura da pseudo-intelectualidade e dos médicos comunistas que ajudaram a construir o SUS.

Só assim há de chegar uma nova época em que não nos sentiremos culpados pela pobreza e sofrimento no Brasil mas também não seremos tolos a ponto de nos orgulharmos de “contribuir para sua redução.” A Medicina voltará a ser feita para os doentes; não para os políticos. Isso vai vir com um novo tempo – Tempo de Humildade.

Dedicado ao Professor Olavo Luiz Pimentel de Carvalho.


Milton Simon Pires é Médico.




Postado pelo Lobo do Mar

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