quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

DANTAS E LULA HOMENS ACIMA DA LEI!!

Declare-se inimigo de Daniel Dantas ou do Lula e você pode cair nas garras malignas dos petistas. Caso se veja tentado sapatear sobre a Constituição, não passe vontade: sapateie e jogue-a no lixo, Vamos anunciar ao mundo: “ Vamos Prender Daniel Dantas e Lula!” Eles se tornaram o que existe de mais abominável no Brasil, o Cristo às avessas: o Nazareno redimia todos os pecados da humanidade, padecendo, em seu lugar, as penas. Há um risco considerável de que Dantas e Molusco não pague pena nenhuma — já que alguns amigos paladinos decidiram que já estava na hora de colocar esses ignóbios petralha na cadeia, a lei era uma boa maneira de pegá-lo —, e aqueles que gritam “Prendam Daniel Dantas e Lula”, Pois eles usam a lei como pretexto para cometerem suas próprias ilegalidades. Como: Corrupção, maracutais getão fraudulenta, lavagem de dinheiro, tráfico e muitas outras safadezas. De novo: se cobrir vira circo; se cercar, vira hospício. Os petistas são abomináveis mesmos. São patéticos e nocivos. Certo?

Ontem, a Câmara dos Deputados conferiu uma homenagem muito justa ao delegado Protógenes a medalha do Mérito Legislativo. Ele foi sonoramente aplaudido pelos deputados. É o blilhante delegado da Operação Satiagraha. Afinal, Protógenes é um dos que gritam: “Prendam Daniel Dantas e Molusco!” No gargarejo e no aplauso, algumas notórias reputações envolvidas com o mensalão — que tem um novo capítulo escrito pelos cuequeiros. O binômio Daniel Dantas-mensalão, sanguessugas e CC, parece interessar menos à Câmara e àqueles que o investigaram.

Protógenes é hoje o inimputável da República, um delegado brilhante e honesto, um grande patriota. Leiam esta sua fala, publicada na Folha Online: “Eu recebi uma decisão unilateral do órgão central da PF que propôs a relotação para outro setor, mas ainda não fui comunicado oficialmente dessa relotação.” E prossegue a Folha: “Segundo Protógenes, a fita divulgada pela PF com trechos da reunião que selou o seu afastamento foi editada ‘criminosamente’ pela direção do órgão. ‘A fita revela que eu não fui afastado, que eu fui deliberadamente afastado. Me propus a trabalhar nos fins de semana e permanecer para fazer análise do material apreendido.’" É isto: o delegado pode acusar quem ele bem entender, o que inclui os seus chefes na Polícia Federal. Quem não concorda com seus métodos está, naturalmente, a serviço de... Daniel Dantas. “Prendam Daniel Dantas e molusco!”.

Esse grande paladino responsável e honesto, já contaminou setores da polícia e do próprio Judiciário, pois seu exemplo de brilhantismo é um orgulho para seus pares, profissional exemplar de notável inteligência. Um patriota que deve servir de exmplo para todos os Brasileiros. A apuração da operação Satiagraha já está em mãos de outro delegado. Os dados dessa frente de investigação já estão colhidos. O que quer que venha a acontecer com Dantas não depende mais da ação de Protógenes. O que é uma pena, pois Protógenes é um grande Brasileiro.


Sabem aquele clichê: se cobrir vira circo, se cercar vira hospício? Cabe hoje ao país mais do que nunca. O primeiro episódio que leva a essa constatação diz respeito, justamente, à reserva de Raposa Serra do Sol. O voto do ministro Menezes Direito expõe o desastre legal que vai tomando conta do país. Antes de entrar nesse mérito, algumas considerações prévias.

Até agora, por oito a zero, num processo regimental de antecipação de voto, os ministros do Supremo decidiram que a área da demarcação tem de ser contínua. Isso quer dizer, na prática, que uma única antropóloga pode decidir entregar um pedaço de país a um grupo de índios comandados por ONGs. A questão em Raposa Serra do Sol é de tal sorte ridícula, que se pode dizer que, lá, índios católicos (pró-expulsão dos “brancos”) estão em confronto com índios protestantes (a favor da permanência dos “invasores”). A propósito: os padres do Conselho Indigenista Missionário — que é assim uma mistura de crucifixo com cauim moral (já que os índios de lá nem devem saber o que é isso e bebem o que a gente bebe) — continuarão na reserva, é claro (as ONGs também vão ficar). Não produzem um grão de arroz. Não servem para matar fome de um passarinho. Mas fundem como ninguém as coisas de Deus com o espírito de Anhangá...E das maracutaias, acho até que tem dedos dos petralhas nessa sujeira toda, vamos aguardar para ver.

A miscelânea religiosa ali vigente é só mais uma, entre tantas evidências, de que aqueles índios há muito estão aculturados. Mas vá lá... Ainda que a área permanecesse contínua, pergunta-se: por que proibir que menos de 1% de toda aquela terra seja dedicada à produção de arroz? É um absurdo é lastimável é imoral. A julgar pelos votos de Ayres Britto e Joaquim Barbosa, isso significa uma terrível agressão à natureza e à cultura indígena. Qual cultura indígena, caras pálidas e não-pálidas? Mas sigamos. Pensemos, então, conforme anuncio no primeiro parágrafo, no voto de Menezes Direito.

Foi Publicado ontem, as 18 exigências, endossadas pelos outros sete ministros, para que se mantenha a reserva Raposa Serra do Sol — e, entende-se, o que vai ali passa a valer para todas as outras reservas indígenas. Percebam: o ministro, sozinho, comportou-se como Legislativo, Executivo e ATÉ MESMO JUDICIÁRIO. Não, não o estou censurando por este particular. Alguém tinha de pôr alguma ordem na bagunça — por que não ele? Espantoso é o judiciaário querer prejudicar o país e que, até agora, nenhuma de suas exigências muito sensatas esteja em lei. E não está porque o Congresso não se mobilizou para tanto, porque o Executivo, por meio da Funai, não se mobilizou para tanto, porque, vejam que coisa, até as Forças Armadas andaram se descuidando do assunto, tendo despertado para o problema só agora, quando um pedaço do território brasileiro está prestes a se consolidar como terra de ninguém — já é hoje território livre das ONGs, com régio financiamento estrangeiro e todo tipo de maracutaia e safadeza.

Sim, as 18 exigências de Menezes Direito são procedentes. Mas será esse o seu papel? Cabe a um ministro do Supremo descer a tais minudências para disciplinar a forma de ocupação, preservação e exploração dos territórios indígenas? Ele faz bem em preencher esse vazio, mas que se note: trata-se do preenchimento de um vazio. Tivéssemos um Congresso e um Executivo que cumprissem as suas funções, o ministro poderia ser acusado de ser um usurpador. Mas não. Ou é assim, ou é a continuidade do vazio legal.

Então tudo certo? Não! Continua tudo errado. A disciplina que os ministros do STF querem ver agora aplicada às reservas existirá apenas no papel. Quero ver, ministro Direito, quem é que vai entrar na reserva para coibir o garimpo ilegal. Eu respondo: ninguém! Expulsos os fazendeiros, sem a renda que a atividade gera na região, aumentará a mão-de-obra disponível para as atividades ilegais. Um ministro do Supremo vale pelo Executivo, Legislativo e Judiciário, mas, no fim das contas, suas exigências não valem nada. Jamais sairão do papel. No máximo, o que se vai conseguir é deixar Roraima ainda mais pobre.

E no meio disso tudo estão nossas FFAA, agora na expectativa da votação da MP 2215-10 o que segundo Garibaldi Alves, deve acontecer na semana que vem. Estamos de olho. Senhores militares não vamos medir esforços para conseguirmos nossos objetivos. Senhores deputados chegou a hora do "tudo ou nada".