sábado, 3 de agosto de 2013

Por que a Folha esconde que o presidente do CADE é sobrinho do Gilberto Carvalho?



Vinícius Marques de Carvalho, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é sobrinho de Gilberto Carvalho, secretário do Lula e da Dilma. Antes de chegar ao cargo, atuava no Ministério da Justiça, comandado por José Eduardo Cardozo, um dos aspirantes à candidatura petista ao governo do Estado de São Paulo. De 2008 a 2011, o irmão de Gilberto Carvalho já fatura uns trocados como conselheiro do CADE. Antes, pasmem, foi chefe de gabinete da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, um dos feudos da família no governo petista. A Folha de São Paulo está dando grande cobertura ao Dossiê Petista sobre um suposto cartel de empresas para aumentar preços nas obras do Metrô paulista. É quem esta recebendo os dados vazados pelo CADE. Talvez seja por isso que a Folha esqueceu de informar aos leitores que Vinícius é sobrinho do Tio Gilberto, o que já coloca toda a investigação sob suspeita.


Banco Central decreta a liquidação extrajudicial do Banco Rural, que está no epicentro do mensalão. Ou: Ação tardia

Com alguns anos de atraso, o Banco Central percebeu que algo não andava bem no Banco Rural, a principal instituição que serviu ao esquema do mensalão, e decretou a liquidação extrajudicial da instituição. Segundo informa o Estadão, o BC afirma que a liquidação se deve “ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, à existência de graves violações às normas legais e estatutárias que disciplinam a atividade e à ocorrência de sucessivos prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores quirografários (que não possuem qualquer preferência)”.
Kátia Rabello, ex-presidente do banco e membro da família que controla a instituição, e José Roberto Salgado, ex-vice-presidente, pegaram as maiores penas: 16 anos e oito meses de prisão, condenados por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, formação de quadrilha e evasão de divisas.
Nos debates na VEJA.com — que serão retomados tão logo o STF retome ele também este interminável processo —, destacamos muitas vezes que o mais impressionante não era o Banco Rural ter atuado no mensalão, mas ainda estar em operação. Por quê? A resposta está num post que publiquei aqui no dia 16 de outubro do ano passado. Reproduzo (em azul):
A muitos passará despercebido, mas cumpre destacar.
Ontem, durante o julgamento do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, referindo-se ao Banco Rural, mandou ver: “Trata-se de uma verdadeira lavanderia de dinheiro”.
O Banco Rural foi personagem do escândalo PC Farias-Collor. Foi personagem do escândalo da CBF. Está envolvido no rolo do mensalão.
Não obstante, continua por aí, a operar normalmente.
Não era uma figura qualquer que fazia a acusação. Era um membro do Supremo. E o fazia depois de uma investigação meticulosa. Concordam com ele todos os ministros do Supremo, que condenaram os dirigentes do banco por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
O BC tem cumprido, de fato, a sua função de fiscalizar os bancos?

Postado pelo Lobo do Mar