quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A VIAGEM ATRAVÉS DA VIDA E DA MORTE

Por   PATRICK GAFFNEY AND ANDREW HARVEY - Londres



Para Buda, podemos usar nossas vidas para preparar para a morte. Não precisamos esperar pelo doloroso momento da morte de alguém muito próximo de nós para olharmos para nossas vidas. 

Não estamos condenados a ir, de mãos vazias, para o encontro da morte desconhecida. Podemos começar, aqui e agora, a encontrar o sentido de nossas vidas. Podemos fazer de cada momento uma oportunidade para mudarmos e prepararmo-nos – sincera, certamente e pacificamente – para a morte e a eternidade. 

Na visão central dos ensinamentos das mais antigas escolas Budistas do Tibet, a vida e a morte são vistas como um todo, sendo a morte o começo de um outro capítulo da vida. A morte é o espelho no qual a vida inteira encontra-se refletida.

No Livro Tibetano dos Mortos aprendemos que a vida e a morte se apresentam como uma série constante de mutações e transições de realidades chamadas “bardos”. A palavra “bardo” é comumente usada para indicar o estado intermediário entre a morte e o renascimento, porém, na realidade, bardos estão acontecendo continuamente, vida afora, morte adentro e nos pontos de junção, que é quando a possibilidade de libertação e iluminação é aumentada. 

Os bardos são poderosas oportunidades para a libertação. Em nossa vida existem certos momentos, muito mais carregados de potencialidades, quando o que quer que se faça tem um efeito crucial e de longo alcance. O bardo é o momento em que você dá um passo à beira de um precipício; é o momento em que o mestre transmite ao aluno a essência, original e profunda, da natureza de sua mente... E o mais importante de todos é o momento da morte.

Do ponto de vista Tibetano Budista, podemos dividir nossa existência em quatro realidades interligadas (1) vida, (2) morrendo e morte, (3) depois da morte e (4) renascimento. Estes são conhecidos como os quatro bardos: (l) o bardo do percurso desta vida, (2) o doloroso bardo de morrer, (3) o luminoso bardo do dharmata (intrínseca natureza de tudo, a essência das coisas) e (4) o bardo cármico de tornar-se. 

A pergunta geral é: como se pode ter chegado a este conhecimento? 

Infelizmente, a grande maioria dos cientistas continuam a reduzir a mente a meros processos físicos do cérebro, o que contraria o testemunho de milhares de anos de experiência mística e meditação de todas as religiões.

Os ensinamentos do bardo mostram, claramente, o que acontecerá se nos prepararmos para a morte, e o que acontecerá se não o fizermos. 

A escolha não poderia ser mais simples. Se recusamo-nos a aceitar a morte agora, enquanto estamos vivos, sofreremos por toda a vida, no momento da morte e depois. 

Os efeitos desta recusa destruirão esta vida e todas as próximas vidas. Não seremos capazes de viver nossas vidas completamente; permaneceremos prisioneiros em um aspecto de nós mesmo que tem que morrer. Esta ignorância roubar-nos-á a base da jornada para a iluminação, e nos prenderá para sempre no incontrolável ciclo de nascimentos e mortes, no oceano de sofrimento que os budistas chamam de “sansara”.

Por outro lado, a mensagem fundamental dos ensinamentos Budistas é a de que, se nós nos preparamos, há uma enorme esperança, não só na vida, mas também na morte. 

E esta preparação terá que ser feita agora, em vida, o que tornará a morte, não uma perda, mas um triunfo: o mais glorioso momento da vida. 

2. IMPERMANÊNCIA
O homem que aprende como morrer, liberta-se da escravidão. (Montaigne) 

Por que temer a morte? Por que recusarmo-nos a olhá-la? Esta coisa chamada defunto que tanto tememos, está vivendo dentro de nós, aqui e agora. Quanto mais tempo adiarmos encarar a morte, quanto mais a ignorarmos, tanto maior será o medo. Quanto mais fugimos do medo mais monstruoso ele se torna.

A morte é um grande mistério, mas há duas certezas: É absolutamente certo que vamos morrer, e é incerto quando ou como morreremos.

Talvez a mais profunda razão porque tememos a morte seja porque não sabemos quem somos. Acreditamos ser uma pessoa única, mas, na verdade, nossa identidade depende inteiramente de uma coleção de coisas que nos constroem: nosso nome, nossa “biografia”, família, casa, emprego, amigos, conta bancária... E é sobre esta frágil e transitória base que apoiamos nossa segurança. Retirando tudo isto ficamos diante de nós mesmos, uma pessoa que não conhecemos, um estranho inútil com quem estivemos vivendo todo o tempo, mas nunca, realmente, quisemos encontrar. 

Tentamos preencher cada momento de tempo com ruidosa atividade, mesmo que seja desagradável ou superficial, a fim de não sermos deixados em silêncio com este estranho que somos nós.

Vivemos com uma suposta identidade, somos Alice no País das Maravilhas, hipnotizados pelo castelo de areia sobre o qual construímos nossa vida. Este mundo pode ser convincentemente maravilhoso até que a morte acabe com a ilusão e nos retire do nosso esconderijo. O que acontecerá conosco se não tivermos qualquer pista de uma realidade mais profunda? 

Quando morremos deixamos tudo para trás, principalmente este corpo de que tanto gostamos e no qual nos apoiamos cegamente, tentando mantê-lo vivo. 

Em nossa mente também não poderemos nos apoiar naquele momento final. Examine sua mente por alguns minutos. Verá que ela é como uma mosca, constantemente indo para lá e para cá. Verá que seus pensamentos, varridos pelo caos de cada momento, surgem sem qualquer razão, sem nenhuma conexão. Nós somos vítimas da incerteza de nossa mente. Apoiarmo-nos nela no momento de nossa morte é um jogo fatal. 

Quanto mais o homem vive mais estúpido se torna, devido a sua ansiedade para evitar a inevitável morte.

Ele vive buscando o que estará sempre fora de seu alcance! Sua sede pela sobrevivência no futuro faz com que ele seja incapaz de viver o presente. CHUANG TZU|

Agora, se nosso mais profundo desejo é, verdadeiramente, viver e continuar vivendo, por que, cegamente, insistimos que a morte é o fim? Por que não, pelo menos, tentar explorar a possibilidade de que pode existir uma vida depois? Por que, se somos tão práticos como apregoamos, não começamos a nos perguntar seriamente: “onde o nosso futuro real repousa?” 

3. LABOR DO NADA 
Quantas coisas fazemos no dia a dia que não tem, realmente, qualquer significado? Arrumar a casa, dar comida ao cachorro, lavar a louça, compras para suprir a geladeira, lavar, passar, pintar as unhas, telefonar. São as responsabilidades diárias (ou deveríamos chamá-las irresponsabilidades?)

A vida nos leva e perdemos o controle dela. Às vezes alguém se pergunta: “O que eu estou fazendo com a minha vida?” Mas logo a seguir tem que voltar ao torvelinho usual.

A palavra tibetana para corpo é “lü” que significa alguma coisa descartável, como “bagagem”. Todas as vezes que dizemos “lü”, lembramo-nos do viajante refugiado, temporariamente, dentro de seu corpo.

Ramakrishna disse a um de seus alunos: “se você despendesse UM DÉCIMO do tempo que despende para distrair-se, namorar e fazer dinheiro, em práticas espirituais, estaria iluminado em alguns anos!”

No Tibet ninguém ocupa o tempo para tornar mais confortável suas circunstâncias externas. Satisfazem-se em o ter o que comer, roupas e um teto sobre suas cabeças. 

Obsessivamente, tentar melhorar nossas circunstâncias pode tornar-se uma finalidade em si mesma. Será que alguém pensaria em redecorar seu quarto de hotel cada vez que nele se hospedasse? 

Hoje eu estou vivo, amanhã, por acidente ou ataque cardíaco, posso não estar. Diz um dito tibetano: “Amanhã ou a próxima vida – o que vem primeiro, nós não sabemos”. 

Temos que nos perguntar realisticamente: “E se eu morrer esta noite?”

É importante refletir calmamente, sempre e sempre, que a morte é real e virá sem aviso. 

O ser humano passa toda a sua vida preparando-se, preparando-se, preparando-se... Chega à próxima vida sem qualquer preparação. ( DRAKPA GYALTSEN )

4. LEVANDO A VIDA A SÉRIO

NUVENS DE OUTONO 
No mosteiro de Nejpal Dilgo Khyentse Rinpoche terminou sua lição dizendo: “nestes meus setenta e oito anos vi tantos jovens morrerem, tantos velhos morrerem, tantos que ocupavam altas posições tudo perderem, tantos países mudarem, tantas tragédias... e eu me pergunto sempre: ‘por que tudo muda?’ E só há uma resposta que volta a minha mente: Assim é a vida. Nada, absolutamente nada permanece da mesma forma.

Disse Buda

“Nossa existência é tão passageira quanto as nuvens de outono. Assistir ao nascimento e à morte é como olhar o movimento da dança. Uma vida é como um relâmpago que ilumina o céu”

Uma das principais razões da angústia e dificuldade de encarar a morte é ignorarmos a verdade da impermanência.

Você já cogitou e compreendeu a verdade da impermanência? Já se apercebeu como seus pensamentos, respiração e todos os movimentos da sua vida têm se transformado? 

REFLEXÃO E MUDANÇA 

PROFUNDA MUDANÇA 
A reflexão sobre a morte visa operar a mais profunda mudança. 

Olhar a própria morte não é amedrontador ou mórbido. Reflita sobre a morte quando estiver relaxado e confortável, em sua cama, num feriado, ou ouvindo a música que o agrada? Por que não refletir sobre a morte quando se está feliz, com saúde e confiante? 

O resultado da frequente e profunda reflexão sobre a morte resultará em que você passará a ver com desgosto seus padrões habituais de vida e, com o tempo, estará pronto a deles libertar-se com facilidade. A contemplação da morte dar-lhe-á um profundo senso de renúncia à futilidade do seu passado e profunda força e confiança de que você não está preso aos seus velhos hábitos, pode libertar-se deles e pode mudar e crescer mais e mais livre.

O PULSAR DA MORTE 
A vida nada mais é do que uma contínua dança de nascimentos e mortes. A dança da mudança. Sempre que ouço as ondas batendo na praia, ou as batidas do meu coração, reconheço o som da impermanência. Estas mudanças, estas pequenas mortes, são os nossos elos com a morte. Elas representam o pulsar do coração da morte, preparando-nos para que abandonemos tudo a que nos apegamos.

É importante conscientizar estas mudanças agora, em vida, por ser este o caminho real de preparação para a morte. A impermanência, que para nós significa angústia, leva-nos a nos agarrarmos desesperadamente às coisas, mesmo sabendo que todas elas mudam. 

Aprender a viver é aprender a despojar-se. 

Contemplar e compreender a impermanência não é suficiente. Tem-se que assimilá-la. Aqui e agora, é o laboratório das mudanças. Com cada mudança compreendemos um pouco mais e nossa visão da vida se torna mais profunda. 

Embora nos tenha sido ensinado que se nos despojarmos acabaremos sem nada, a vida nos revela repetidamente o oposto: despojarmo-nos é o caminho para a real liberdade. 

Cada vez que reconhecemos a impermanência nas perdas e decepções da vida, chegamos mais perto da verdade. Se se cai, do chão não se passa. O chão é a verdade. Se se tem a compreensão, que vem da prática espiritual, nenhuma queda representará um desastre, sendo, ao invés, a descoberta de um refúgio mais profundo.

As dificuldades e os obstáculos, se bem compreendidos e usados, podem tornar-se uma inesperada fonte de força. Na biografia dos grandes mestres, você verá que, se eles não tivessem encontrado dificuldades e obstáculos, não teriam descoberto a força necessária para superá-los.

A MENSAGEM DA IMPERMANÊNCIA. 

Olhe mais atentamente a impermanência e encontrará nela uma outra mensagem, uma outra face, uma grande esperança, que abrirá seus olhos para a natureza fundamental do universo, e para o nosso extraordinário relacionamento com ele. 

Se tudo é impermanente, então tudo é, pode-se dizer, “vazio”, sem duração, estabilidade e existência própria? No entanto, as coisas quando vistas e compreendidas na sua verdadeira relação entre si, aparecem-nos, na verdade, como interdependentes com todas as outra coisas. Buda comparou o universo a uma vasta rede tecida por um sem número de jóias brilhantes e variadas, cada uma com um incontável número de facetas. Cada jóia reflete em si mesma todas as outras jóias da rede e é, na verdade, una com todas as outras.

Pense nas ondas do mar. Vistas de certa forma, parecem ter uma identidade própria, um fim e um começo, nascimento e morte. Vista de outra forma, a onda, em si mesma não existe; é, simplesmente, um formato tomado pela água, “vazia” de qualquer identidade, mas “cheia” de água. Assim, quando você reflete sobre a onda, conclui que ela foi produzida, apenas temporariamente, pelo vento e pela água e depende de um jogo constante de mutáveis circunstâncias. Você também compreende que toda onda esta relacionada com todas as outras ondas. Nada tem existência própria.

Pensemos numa árvore como num objeto distinto, definido (e, de uma certa forma, como a onda também o é). Mas quando você olha mais atentamente verá, que em última instância, ela também não tem existência independente. Ela se dissolve numa rede extremamente sutil de relacionamentos que se estende através do universo. A chuva que cai em suas folhas, o vento que a balança, o solo que a nutre, a luz da lua e o calor do sol – tudo faz parte da árvore. Indo mais fundo em sua análise descobrirá que tudo no universo ajuda a produzir o que aquela arvore é. Ela não pode, em momento algum, ser isolada do que quer que seja.

Cada movimento da natureza muda tudo. É isto que se quer dizer ao afirmar que as coisas são vazias, que elas não têm existência independente. 

A ciência moderna nos fala de um extraordinário interrelacionamento. Ecologistas sabem que uma árvore queimada na floresta amazônica altera, de alguma forma o ar respirado por um cidadão de Paris, e que o bater das asas de uma borboleta em Yucatan afeta a vida de uma samambaia na Grécia. Os biólogos estão começando a descobrir a fantástica e complexa dança dos genes que criam personalidades e identidades, uma dança que se estende muito longe no passado e mostra que cada “identidade” é composta de um turbilhão de influências diferentes. Os Físicos nos apresentaram a partícula quântica, um mundo tão assombroso quanto o que foi descrito por Buda na imagem de uma brilhante rede que se desdobra através do universo. Exatamente como as jóias na rede, todas as partículas existem, potencialmente, como combinações diferentes de outras partículas. 

Desta forma, quando olhamos para nós mesmos, ou para as coisas que nos cercam, que imaginávamos serem sólidas, estáveis e duradouras, descobrimos que elas não têm maior realidade do que um sonho. 

Buda disse:

Reconheça em todas as coisas apenas isto:

Uma miragem, um castelo de nuvens 

Um sonho, uma aparição

Sem essência, mas com qualidades que podem ser vistas 

Reconheça em todas as coisas apenas isto:

A lua no céu claro

Refletida num translúcido lago

Embora, naquele lago a lua nunca se encontre. 

Reconheça em todas as coisas apenas isto

O resposta do eco

Aos sons vibrantes da música

Embora o eco não seja melodia 

Reconheça em todas as coisas

As ilusões produzidas por um mágico

De cavalos, carroças e outras coisas

Nada é o que aparenta. 

O reconhecimento desta ilusória realidade não tem que, necessariamente, tornar-nos frios, desesperançados ou amargurados. Ao contrário, abre para nós uma atitude melhor, mais amena, uma forte compaixão, e muito mais generosidade, que dificilmente saberíamos que possuímos para com as coisas e os seres que nos cercam. 

Disse um Mestre Tibetano: “Reconheça sempre a vida como um sonho e diminua seu apego e aversão a ela. Seja amoroso e compassivo a despeito do que os outros façam a você. O que eles fazem não tem muita importância quando você vê essas coisas como sonho. A mágica é ter uma intenção positiva durante o sonho. Este é o ponto essencial. Esta é a verdadeira espiritualidade.

A verdadeira espiritualidade também é estar consciente de que somos interdependentes com tudo e com todos até mesmo com o menor e mais insignificante pensamento, palavra ou ação, os quais refletem suas consequências por todo o universo. 

Tudo é inextricavelmente intercorrelato. Somos responsáveis por tudo que fazemos, dizemos ou pensamos, responsáveis de fato por nós mesmos, todos e tudo e o universo inteiro. 

Disse o Dalai Lama: “Neste mundo altamente interdependente, pessoas e nações já não podem resolver seus problemas por si mesmas. Precisamos uns dos outros. Devemos, portanto, desenvolver um senso de responsabilidade universal... É nossa responsabilidade individual e coletiva proteger e educar a família global para proteger os membros mais fracos, e preservar e cuidar do ambiente em que nós vivemos”. 

Maravilhosa e misteriosamente, a contemplação da verdade da impermanência, de maneira contínua e corajosa, a pouco e pouco, coloca-nos face a face com a alegria da descoberta da imutabilidade e imortalidade da natureza da nossa mente.


Postado pelo Lobo do Mar

Raul Seixas - Gita

Wanderléa e Raul Seixas cantam "Eu quero mais" - 1983

Nordeste em pleno apagão. Qual será a desculpa?

por cardoso lira


Um apagão atinge todo o Nordeste do país no início da tarde desta quarta-feira (28).Já há confirmações de falta de energia em Teresina, Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió e Natal, entre outros municípios. A energia faltou por volta das 15h15. A Coelce (Companhia Energética do Ceará) diz ainda não ter informações sobre quantos municípios foram afetados pelo apagão e que está apurando as causas.
 
A Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) confirmou a queda de energia no Estado, e informou que ainda apura a extensão da falha. Um executivo da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) disse à Folha que o apagão atinge várias cidades do Nordeste e que a companhia ainda está avaliando a extensão do problema.
 
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já foi comunicada da falha, mas informou que ainda não tem detalhes sobre o apagão.O Ministério de Minas e Energia também está apurando as causas dos problemas.Embora ainda não tenha informações detalhadas sobre a causa e a magnitude, a Folha apurou que o governo orientou seus técnicos a religar toda a área afetada ainda durante o período da tarde.

Esta é a eficiência do governo dos Petralhas, estes malditos trazem na alma o DNA da corrupção, da bandidagem, da lavagem de dinheiro, do peculato e todos os crimes hediondos.

Postado pelo Lobo do Mar

LANÇAMENTO ACAMPAMENTO UNEMFA

Ministério Público tem razões legais para proibir faixas e corredores inventados pela Prefeitura de São Paulo

Por Cardoso Lira




Por Jorge Serrão – 

A Engenharia Social, formuladora de problemas para gerar tensão, raiva ou medo na população, com o intuito de desviar a atenção para assuntos de menor importância política, pode sofrer um importante golpe em São Paulo. Tudo vai depender se o Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo, Marcio Fernando Elias Rosa, levar adiante uma demanda feita oficialmente, por telegrama, pela Associação dos Usuários de Serviços Públicos. O pedido é para o Ministério Público sobrestar, imediatamente, a implantação de faixas e corredores de ônibus, bicicletas e motocicletas na cidade.

O texto enviado pela ONG vai direto ao ponto: “é inconstitucional, o prefeito Haddad e seu secretário de transportes Gilmar Tato, privilegiarem, com corredores de ônibus as empresas, já subsidiadas com dinheiro público, e os 5 milhões de passageiros, usuários de ônibus, em detrimento de 12 milhões de usuários de automóveis. Não há por que penaliza-los, com o trânsito insuportável, causado pelos corredores de ônibus, que conturba a vida de todos os munícipes”.

A Associação dos Usuários de Serviços Públicos denuncia a verdadeira armação da Prefeitura com os corredores e faixas: “Além disso, é razoável afirmar, que a Prefeitura estiola as vias, propositalmente, para justificar a implantação de pedágios urbanos e outras restrições, ao direito de ir e vir. Tudo isso atenta contra o Princípio da Razoabilidade Constitucional, e contra o artigo 37 da mesma carta, por ser imoral, ineficiente e ilegal”.

A entidade argumenta que os automóveis na Grande São Paulo transportam, diariamente, 12 milhões de passageiros. Os ônibus transportam, apenas 5 milhões de passageiros. Ressalte-se, que a Prefeitura não tem como disponibilizar transporte público para os 12 milhões de passageiros, que são obrigados a usar automóveis.

A Associação dos Usuários de Serviços Públicos não tratou do assunto no telegrama ao chefe do MP paulista, mas tem outro ponto que deve ser levado em conta na ação da promotoria. Os corredores e faixas, gerando tensão no motorista que não consegue se deslocar, acaba levando-o a cometer a infração de invadir os espaços inconstitucionalmente demarcados, impedindo o direito de ir e vir. Isto colabora com a milionária indústria das multas de trânsito, que geram receita extraorçamentária para a Prefeitura e, no final das contas, ajudam a alimentar os mensalões da vida...

Assim, o Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo, Marcio Fernando Elias Rosa, terá de agir contra a armação do Prefeito Haddad e seu Super Secretário Tatto – que se licenciou do cargo de deputado federal para gerenciar o enriquecedor esquema do trânsito de São Paulo.

Repatriar para quê?



Se importamos médicos cubanos, com formação questionável, por que não podemos importar políticos acusados de corrupção?

Só sabe das vaias...



Imagina se o Celso Amorim fosse ministro da Defesa Síria hoje? Iria preferia as vaias que recebeu na formatura dos cadetes...

Por Cardoso Lira

Cuba, a farsa – A baixa mortalidade infantil no país que pratica a eugenia se deve a um número escandaloso de abortos. As mentiras sobre o passado e o presente de Cuba e dois vídeos sobre o que só os cubanos veem

Deixa estar e aqui está, em Cuba, quase nada é de verdade. Em Cuba, verdadeiro mesmo, só o comunismo exacerbado e nocivo na ilha de Fidel. A página sobre o país na Wikipedia parece ter sido redigida pelo Granma, aquele jornal oficial do Partido Comunista que a população usa para a higiene, digamos, íntima porque, vocês devem saber, quase não há papel higiênico na ilha. Lamento pelo desconforto que deve implicar, mas pergunto: que destinação melhor poderia ser dada ao que escrevem os comunistas? A maior de todas as farsas da ilha é antiga. Foi inventada pela canalha de Fidel Castro e adotada por intelectuais ocidentais. Diz respeito ao espetacular avanço social que teria havido no país depois da revolução de 1959.
Esse salto é tão mentiroso quanto as ditas múltiplas tentativas de matar Fidel Castro — o super-herói, no entanto, sempre teria escapado. Se verdade fosse, seria o caso de ele se sentir rejeitado até pelo capeta. Mas também isso era só mistificação. Cuba estava longe de ser um desastre social antes da revolução comunista. Em 1952, o país tinha o terceiro melhor PIB per capita entre os países latino-americanos. Vinte anos depois da revolução, só ganhava de Nicarágua, El Salvador e Bolívia. Os dados estão no livro “La lune et le caudillo: Le rêve des intellectuels et le régime cubain”, de Jeannine Verdes-Leroux (para comprar na Amazon, clique aqui). Quando Fidel chegou ao poder, anunciou que a taxa de analfabetismo no país era de 50%. Mentira! Era de 22% — a do mundo, alcançava 44%. Esses dados estão compilados em “O Livro Negro do Comunismo – Crime, Terror e Repressão” (vários autores, Editora Bertrand Brasil). No Brasil (ver tabela ), era de 39,7% — dados do Ministério da Educação.
Outro dos mitos estúpidos da ilha de Fidel Castro é a baixa mortalidade infantil, que estaria hoje em torno de 4,5 por mil, só perdendo para o Canadá nas Américas. Há uma grande possibilidade de que esses números sejam manipulados (já chego lá). Em todo caso, é preciso que se considere um dado estarrecedor. Em Cuba, o aborto é legal desde 1965. O país é um açougue. Deve estar entre os campeões mundiais na modalidade, que passou a ser empregada como método contraceptivo.Ninguém precisa acreditar em números dos “adversários” de Cuba, não! Segundo dados oficiais, em 2006, por exemplo, 67.903 mulheres na faixa dos 12 aos 49 anos se submeteram a pelo menos um aborto — ou seja, de cada 100 mulheres grávidas, 37 abortaram. Nascem por ano uns 3 milhões de crianças. no Brasil. Se os números fossem os mesmos de Cuba, isso corresponderia a 63% das que não abortaram (100 menos 37). Assim, o total de grávidas seria 4.716.904 grávidas para 3 milhões de nascimentos — ou seja: 1,716.8904 abortos. EIS O MILAGRE CUBANO; MATE ANTES QUE NASÇA. Esses números acabam com a farsa monstruosa de que a legalização do aborto provoca uma redução no número de ocorrências. ISSO É MATEMÁTICA, NÃO É RELIGIÃO.
E ainda pode ser mais horripilantes. Cuba realiza, sem qualquer pudor, o aborto eugênico — a eliminação de fetos com deficiência, qualquer que seja ela. O país também foi um dos pioneiros na propagação do aborto químico, realizado com remédios. Mate os fetos e diminua a mortalidade infantil. É o modo comunista de fazer as coisas.
Em 2009, a CNN exibiu uma reportagem sobre as maravilhas do sistema cubano de saúde, entremeando com cenas do filme “Sicko”, do delinquente Michael Moore, que ataca duramente o sistema de saúde dos EUA. A reportagem mereceu uma resposta de Humberto Fontova, cubano de nascimento, que mora nos EUA e luta contra a ditadura comunista. O texto foi traduzido e publicado no Brasil pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil. Fontova lembra, por exemplo, que, em 1958, um ano antes da revolução, Cuba já ocupava a 13a posição no ranking dos países com a menor mortalidade infantil. Escreve ele: “Isso colocava o país não apenas no topo da América Latina, mas também acima de grande parte da Europa Ocidental, à frente da França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália, Espanha e Portugal. Hoje, todos esses países deixam a Cuba comunista comendo poeira, com taxas de mortalidade infantil muito menores”.
Pois é… Cuba realiza mesmo alguns prodígios. Enquanto a taxa de mortalidade infantil está abaixo de 5 por mil nascimentos (no Brasil, é de 16), abaixo da dos EUA (5,3), quando se trata de verificar a mortalidade das crianças de 1 a 4 anos, aí se verifica o quê? Nos EUA, é de 8,8 por mil; em Cuba, de 11,8 (no Brasil, 18,76 em 2010). Assim, o mais provável é que Cuba falsifique os dados. Mais um trecho do texto de Fontova: “Em abril de 2001, o Dr. Juan Felipe García, de Jacksonville, Flórida, entrevistou vários médicos que haviam desertado recentemente de Cuba. Baseado no que ouviu, ele declarou o seguinte: ‘Os números oficiais da mortalidade infantil de Cuba são uma farsa. Os pediatras cubanos constantemente falsificam os números a pedido do regime. Se um bebê morre durante seu primeiro ano de vida, os médicos declaram que ele era mais velho. Caso contrário, tal lapso pode custar-lhe severas punições, além do seu emprego’”. Faz sentido. O que entra para as estatísticas mundiais são os índices de mortalidade infantil.
Há mais. Em números de 2009, a mortalidade materna em Cuba (mulheres que morrem durante ou logo depois do parto) era de 33 por 100 mil; nos EUA, de 8,4 (ATENÇÃO! NO TEXTO TRADUZIDO, CUJO LINK VAI ACIMA, HÁ UM ERRO IMPORTANTE: FALA-SE LÁ QUE ESSES NÚMEROS SE REFEREM A GRUPOS DE MIL). Entenderam os paradoxos absurdos? Cuba, então, teria uma mortalidade infantil mais baixa do que a dos EUA, mas muito maior quando se comparam as crianças até 4 anos. A mortalidade materna, por sua vez, seria quase o quádruplo. De toda sorte, pode ser pior no Brasil, claro! A mortalidade materna, aqui, foi de 65 por 100 mil em 2010. Fica claro que os números cubanos são uma farsa estúpida e sem precedente, não sei como tantas mentiras viram "verdades" . Os Europeus já descobriram esta farsa há muito tempo, centenas de europeus que foram fazer tratamento em Cuba voltaram com graves sequelas, principalmente cegos. 

O site The REal Cuba publicou vídeos feitos por cubanos sobre as reais condições das instituições de saúde na ilha — não a mistificação mostrada pela CNN. O material foi enviado à emissora, informa Fontova, e estavam prontos para ir ao ar. Mas o governo cubano ficou sabendo e iniciou uma enorme pressão para impedir. E foi bem-sucedido. O bom de haver uma real pluralidade na imprensa americana é que Fox News se interessou pelo material. As cenas são horripilantes, conforme se pode ver abaixo.

Só Dilma não sabia.

Para impedir que a crise se alastrasse do campo da diplomacia para o da Defesa, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de blindagem do ministro Celso Amorim. Os escalões superiores das Forças Armadas sabiam informalmente da fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que teve escolta de militares, e Dilma ordenou que Amorim explicasse o ocorrido.
 - Ueslei Marcelino/Reuters
Amorim preferiu fazer a declaração por meio de nota. Ele justificou que, no dia da viagem de Pinto Molina, os três adidos militares da embaixada em La Paz estavam fora da capital, em Cochabamba. "Em momento algum, eles foram informados da ação de deslocamento do senador boliviano para o Brasil", disse Amorim.
 
Apesar da negativa oficial, informações sobre a transferência do senador foram repassadas à cadeia de comando, segundo disseram ao Estado fontes graduadas das três Forças. Os comandantes evitam fazer comentários sobre o caso ou negam que tenham sido informados porque os avisos dos adidos vieram por canais informais. A cúpula militar prefere não se envolver no episódio por não se tratar de um tipo de operação militar. (Do Estadão)
Postado pelo Lobo do Mar