sexta-feira, 7 de agosto de 2009

BRASIL COBRA GARANTIAS SOBRE BASES NA COLÔMBIA

Por Letícia Sander, na Folha:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou para o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o mal-estar do Brasil com a ampliação da presença militar americana no seu país, que pode chegar a sete bases e não foi previamente comunicada aos vizinhos da região. Também pediu garantias a Uribe de que as operações se limitem ao território colombiano.
Uribe encerrou ontem no Brasil uma ofensiva diplomática que o levou a outros seis países da região sem conseguir pôr fim à polêmica em torno do acordo militar ampliado que seu país negocia com os EUA.
Reunido por pouco mais de duas horas com Lula, ele ouviu as cobranças e explicou os objetivos do acordo, mas não acatou o pedido brasileiro para participar da reunião da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) no Equador, na segunda-feira, e dar informações sobre as bases aos 12 países do grupo.
“Não posso responder pelo Uribe. Minha impressão é de que ele não vai”, disse o chanceler Celso Amorim, que participou do encontro.
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, também confirmou a negativa de Uribe: “Evidente que gostaríamos que todos fossem, mas entendemos os motivos de a Colômbia não ir”, disse ele.
Resumindo a conversa, Amorim disse: “Voltamos a reiterar que um acordo com os EUA que seja específico e delimitado ao território colombiano é matéria naturalmente da soberania colombiana, sempre quando os dados gerais de que se disponham sejam compatíveis com esta delimitação das ações ao território colombiano”.
E continuou: “Isso foi colocado, Uribe reiterou que este é o propósito, mas naturalmente isso vai exigir outras consultas e conversas, não só com a Colômbia, mas com os EUA”.

Baixaria no Congresso Nacional

Tasso para Renan: “Não aponte esse dedo sujo para mim, cangaceiro de terceira categoria”
Agência Estado

Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) travaram um agressivo e tumultuado bate-boca no plenário da Casa no fim da tarde desta quinta-feira, 6, depois que Renan, líder do PMDB no Senado, pediu a cassação do líder tucano, Arthur Virgílio (AM), por quebra do decoro parlamentar.

A briga fez com que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), interrompesse por alguns instantes a sessão, e a TV Senado suspendeu momentaneamente a transmissão da reunião.

O tumulto começou assim que Renan terminou o pronunciamento e retornou à sua cadeira. Nesse momento, um estranho invadiu a tribuna e passou a fazer declarações de apoio a Renan. O senador Tasso pediu a Sarney que o intruso fosse retirado. Renan, por sua vez, passou a defender a permanência do manifestante e, enquanto falava, apontava um dedo para o senador cearense. Começou o bate-boca: “Não aponte esse dedo sujo para cima de mim”, bradou Tasso.

“Dedo sujo é o do senhor, que paga jatinho com dinheiro do Senado”, retrucou Renan.

“O dinheiro é meu, o jatinho é meu. Não é igual ao que você anda com seus empreiteiros. Coronel, cangaceiro de terceira categoria!”, devolveu Tasso.

Em seguida, fora do microfone, Renan falou uma frase, que, segundo alguns senadores, teria sido: (“CORONEL DE MERDA!”). Isso foi legal e verossímel, visto que ambos são: abomináveis e corruptos.

“Me respeite!”, disse Tasso. “Me respeite!”, respondeu Renan. Por fim, Renan aponta para Tasso: “Você é minoria com complexo de maioria.”

Após o bate boca, Tasso disse ao presidente Sarney que Renan lhe dirigiu palavras de baixo calão, e pediu que seja feita representação contra ele por falta de decoro.

Por fim, Renan pediu a Sarney a retirada a expressão “minoria com complexo de maioria”.

Sarney nega elo com nomeado e é desmentido
Por Leandro Cólon e Rosa Costa, no Estadão:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reuniu argumentos ontem para rebater novas acusações de ter mentido em plenário - o que pode caracterizar quebra de decoro parlamentar. Sarney atribuiu a um homônimo do genro de Agaciel Maia, Rodrigo Cruz, o fato de na véspera ter declarado na tribuna que não o conhece.

Em nota divulgada ontem por sua assessoria de imprensa, Sarney disse que, na verdade, se referiu a outra pessoa, chamada “Rodrigo Miguel Cruz”. Segundo o senador, o rapaz seria ex- funcionário de Roseana Sarney e seu nome é o que aparece na representação protocolada pelo PSOL no dia 30 de junho. “É este que está relacionado na denúncia do PSOL, que se baseia em O Estado de S. Paulo”, informa a nota.
Os documentos, contudo, desmentem a versão do senador. A representação do PSOL não cita nenhum “Rodrigo Miguel Cruz”. Na página 4, está o nome de “Rodrigo Cruz” e uma referência a um endereço do portal estadao.com.br com a lista de apadrinhados e parentes de Sarney envolvidos em atos secretos. Ao acessar o nome de “Rodrigo Cruz”no site, surge a descrição de que ele é a pessoa que se casou com Mayanna Maia, filha de Agaciel, no dia 10 de junho. Sarney foi padrinho do casamento.

Reportagem publicada pelo Estado no dia seguinte à festa revelou que o noivo ganhou emprego no Senado por meio de ato secreto. Rodrigo Cruz foi nomeado em 19 de janeiro de 2006. Trabalhou no gabinete de Maguito Vilela e na Secretaria Especial do Interlegis. O “Rodrigo Miguel Cruz” citado por Sarney trabalhou entre 2003 e 2007 no gabinete de Roseana e do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Ele não aparece em atos secretos, nem na representação do PSOL.

Ontem, em plenário, o senador José Nery (PSOL-PA) afirmou que Sarney pode ter quebrado o decoro parlamentar novamente. “O senador Sarney faltou com a verdade”, disse. Irritado, Sarney chegou a levantar a suspeita de que o PSOL possa ter fraudado a representação para incluir o endereço do estadao.com.br. Nery pediu respeito a Sarney e exigiu que o Conselho de Ética comprove que não houve alteração no documento.

Tropa de choque livra Sarney de CPI
Por Eugênia Lopes, no Estadão:

Em seu primeiro dia de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás começou do jeito esperado: o governo acionou o rolo compressor e escanteou a oposição ao impedir a investigação do convênio da Petrobrás com a Fundação José Sarney e evitar o depoimento da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que foi demitida depois de divulgar nota em que considerou irregular a manobra contábil feita pela estatal para alterar seu regime tributário, no ano passado.

Ao mesmo tempo que blindou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a comissão de inquérito aprovou um plano de trabalho que prevê a investigação de contratos de patrocínios da Petrobrás, no período de 1998 a 2009, atingindo os convênios firmados no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O relator da CPI, senador Romero Jucá (PMDB-RR), fez um extenso plano de trabalho, no qual propôs a rejeição de 66 dos 88 requerimentos apresentados à comissão. Diante das reclamações da oposição, que apresentou a maioria dos requerimentos, Jucá contemporizou. Ele concordou em aprovar 22 requerimentos de convite e de envio de documentos, deixando sem votar os 66 requerimentos por ele previamente rejeitados. Entre eles, o convite a Lina Vieira e o pedido de informações sobre patrocínios da Petrobrás à Fundação José Sarney.

Jucá argumentou que o depoimento, na próxima terça-feira, do secretário interino da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, deverá suprir as explicações sobre a manobra contábil feita pela estatal.

Também foram aprovados os requerimentos de convite do presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, e de oito diretores da estatal, além do presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, quatro diretores da ANP, entre eles, Victor de Souza Martins, irmão do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins.

Entre os requerimentos rejeitados por Jucá está o de Josênia Bourguignon Seabra, mulher de Victor Martins, e sua sócia na empresa Análise Consultoria e Desenvolvimento. Segundo denúncia publicada na revista Veja, a assessoria teria se beneficiado com ganhos de R$ 260 milhões de comissão com o aumento do repasse de royalties do petróleo para prefeituras que contrataram a Análise Consultoria.

“O relator fez um roteiro competente, mas parcial. Ele optou por convidar apenas aqueles que supostamente defenderão a causa governista. O relator eliminou preliminarmente aqueles que eventualmente possam denunciar. Teremos aqui um tribunal só com advogado de defesa e sem promotor. Assim não investigaremos as causas das irregularidades que a CPI se propõe a fazer”, reclamou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do pedido de criação da comissão de inquérito.

COMENTO
Amigos, o corrupto Congresso Nacional, está desmoralizado, e por este motivo deve ser fechado imediatamente, visto que este, está prestando um deserviço a nação brasileira, ao povo e a pátria.

Só não entendo, é como as autoridades brasileiras podem assistir aos tristes espetáculos abomináveis, como os dos últimos dias e ficarem leniêntes com essa "esculhambação" que assola a nossa República.

Os oficiaias generais das nossas Forças Armadas, em suas letargias profundas perderam a capacidade de se indignarem, com essas facções exacerbadamente criminosas que estão nos três poderes da República. Principalmente a facção dos corruptos, sujos e bandidos Petralhas, que estão cometendo tantas atrocidades e bandidagens no nosso país.

Os três poderes da República estão desmoralizando nossa nação brasileira e nos envergonhando, diante de todos os países do mundo.