quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Gurgel não se intimida com gritaria petista, e Ministério Público vai investigar Lula


Por Reinaldo Azevedo

Sete anos e meio depois de o escândalo do mensalão ter vindo à luz, a investigação daquelas safadagens finalmente chega perto de Luiz Inácio Lula da Silva, chefe inconteste do PT. Convenham: é por onde tudo deveria ter começado. O Ministério Público decidiu investigar Lula, tendo como base as acusações feitas por Marcos Valério. Segundo o publicitário, que operou o esquema do mensalão em parceria com petistas, o então presidente foi um dos beneficiários pessoais da lambança. Leiam trecho da reportagem de Felipe Recordo e Alana Rizzo, publicada no Estadão desta quarta. Volto em seguida.
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O Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, de que o esquema também pagou despesas pessoais do petista. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu remeter o caso à primeira instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Isso significa que a denúncia pode ser apurada pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais.
A integrantes do MPF Gurgel tem repetido que as afirmações de Valério precisam ser aprofundadas. A decisão de encaminhar a denúncia foi tomada no fim de dezembro, após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério, que até então poupava Lula, mudou a versão após o julgamento.
Ainda sob análise do procurador-geral da República, o depoimento de Valério em setembro do ano passado, revelado pelo Estado, e os documentos apresentados por ele serão o ponto chave da futura investigação que, neste caso, ficaria circunscrita ao ex-presidente.
O procurador da República que ficar responsável pelo caso poderá chamar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. Marcos Valério também poderá ser chamado para dar mais detalhes da acusação feita ao Ministério Público em 24 de setembro, em meio ao julgamento do mensalão. Petistas envolvidos no esquema sempre preservaram o nome de Lula desde que o escândalo do mensalão foi descoberto, em 2005.
(…)
No depoimento de 13 páginas, Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com “gastos pessoais” no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. O empresário relatou que os recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de “faz-tudo” de Lula.
Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98,5 mil.
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No depoimento, Valério disse que esse dinheiro tinha como destinatário o ex-presidente Lula. Ele, no entanto, não soube detalhar quais as despesas do ex-presidente foram pagas com esse dinheiro. Conforme pessoas próximas, Valério afirmou que esse pagamento ocorreu porque o governo ainda não havia descoberto a possibilidade de gastos com cartões corporativos.
Gurgel volta de férias na próxima semana e vai se debruçar sobre o assunto. A auxiliares, o procurador já havia indicado que seria praticamente impossível arquivar o caso sem qualquer apuração prévia. No fim do ano, a subprocuradora Cláudia Sampaio e a procuradora Raquel Branquinho, que colheram o depoimento de Valério, foram orientadas por Gurgel a fazer um pente fino nas denúncias.
(…)
Voltei
A investigação vai chegar a algum lugar? Vamos ver. Ninguém, nem mesmo os petistas, acredita que uma operação daquele vulto tenha sido desfechada sem o consentimento e o estímulo do “chefe”. Segundo Valério, Lula sempre esteve no comando.
Em meados de setembro, reportagem  de capa de VEJA trazia o conteúdo das conversas que Valério mantinha com seus interlocutores: coincide, em grande parte, com o que conhecemos de seu depoimento ao Ministério Público.
Desde a reportagem de VEJA, os petistas deram início a uma verdadeira operação de guerra para blindar o Babalorixá de Banânia. “Não ousem tocar nele!”, gritam por aí, como se Ministério Público e Poder Judiciário existissem para satisfazer as vontades do poderoso chefão.
O trabalho de intimidação revelou-se, até agora, inútil. É evidente que as acusações feitas por Valério têm de ser investigadas. O Brasil não é a Venezuela. Não temos, não ainda, um caudilho acima da lei.

Postado pelo Lobo do Mar

O Petróleo é nosso?



Por Arlindo Montenegro

Na qualidade de cético e pessimista diante da moleza dos governantes para utilizar os conhecimentos e substituir mais rapidamente a matriz de energia, - solar, eólica, hidráulica e outras testadas e engavetadas, - passam pela cabeça as imagens de aborígenes tentando impedir a construção da Usina de Belo Monte. Gente nascida nesta nação, mobilizada por Ongs e outros agentes estrangeiros, financiadas pelos Rockfeller, Rothschild, Morgan, Harriman e outras famílias que há muito perseguem o controle total do planeta.


Getúlio Vargas contratou uma autoridade técnica norte americana, para analisar o petróleo que aflorava no recôncavo baiano. Naquele tempo dependíamos da importação de gasolina, importada do líder de produção mundial, os EUA. O outro grande produtor era a Rússia Soviética. O “mister” que entendia do risco do bordado, mandou selar os poços baianos com cimento e declarou: “Não há petróleo”. Pegou o pagamento pelo consultoria e partiu.

Meses depois o óleo jorrou espontaneamente, com tal força que o Presidente viajou até a Bahia e a foto apareceu nos jornais, a mão melada de óleo negro, o sorriso e a manchete: “O petróleo é nosso!” Foi criada a Petrobrás, uma empresa estatal que em pouco mais de meio século tornou-se gigante. Nos anos 1980/90, sucessivas crises econômicas geradas sob a batuta do FMI, começaram a assolar os países “em desenvolvimento”. Os controladores, insaciáveis, ampliavam seu espaço de poder.

Uma das razões mantidas na moita é que os poços dos EUA já eram insuficientes para assegurar o alto consumo daquele país. A matriz energética ficou intocada. Nenhum governante norte americano indicou a necessidade de economizar gasolina. Melhor ir à guerra e assegurar o controle dos territórios no Oriente Médio, onde estavam as maiores reservas do óleo que garantia a sustentação da matriz energética.

A Europa totalmente dependente das exportações mobilizou a OTAN. E a comunidade mundial foi informada que mais uma vez se defendiam os ideais democráticos, contra “seitas e governos carniceiros”. Previa-se um grande abalo na estabilidade do nível de vida daqueles países do hemisfério norte, altamente industrializados e dependentes do óleo negro, tanto quanto de minerais estratégicos obtidos no “terceiro mundo”, dos “subdesenvolvidos” mentais.

Todos eles, como as nações de pobres que não controlavam mais suas riquezas no hemisfério sul, eram devedores dos bancos e credores dos empréstimos feitos aos países ditos “em desenvolvimento”, ou “terceiro mundo”. Para manter a posição mobilizavam as guerras no Oriente Médio, onde estavam as maiores reservas do óleo que garantia a sustentação da matriz energética. E mobilizavam a guerra silenciosa para submeter mentalmente outros países.

Uma das medidas estratégicas era influir para instalar governantes obedientes, que aderissem à globalização em todo o planeta, que  transformassem as instituições em feudos partidários e abrissem todas as portas para a tal concorrência, acabando de vez com as ideias nacionalistas que poderiam derivar para governos fortes em defesa do petróleo, do território, da biodiversidade, dos minerais estratégicos, dos controles sobre a produção e comércio, peitando a invasão estrangeira.

Era urgente avançar com a invasão cultural, jogar os valores tradicionais no lixo. Isto lembra os socialistas fabianos? Isto lembra Gramsci? Isto lembra a doutrina das Internacionais Comunistas? Isto lembra a ação do Foro de São Paulo calada pela nossa imprensa? Isto lembra a escalada das drogas e da violência? Para quem ainda conserva os olhos e ouvidos bem abertos, todas estas associações correspondem às orientações globalitárias, isto é do coletivismo internacionalista que orienta a ação do governo do PT do Foro de São Paulo, tudo associado ao crime organizado globalista.

O petróleo - que poderia vir a ser moeda de troca se tivéssemos avançado na substituição da matriz energética, se a Petrobrás continuasse sob o controle de brasileiros, se as decisões de Estado pudessem ser de fato orientadas por políticas nacionais, em benefício dos nacionais, deixou de ser nossa há muito tempo!

O território com sua biodiversidade e jazidas de minerais estratégicos está cercado e sob controle de políticas externas. Os conservadores e nacionalistas, avis rara (se é que ainda existem), estão amordaçados e incapazes de organização, impedidos de falar na escolas, na mídia... Mas que bom! Ligue a televisão, ouça o rádio, veja os filmes, atente para a propaganda oficial. Vivemos no melhor dos mundos!

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Postado pelo Lobo do Mar