domingo, 3 de janeiro de 2010

Um chute no saco do Meirelles

Por Jorge Serrão

Enquanto a mídia amestrada repercute a “crise” militar – pré-fabricada ideologicamente para favorecer a campanha de Dilma Roussef, e também para criar a falsa imagem de Nelson Jobim como “defensor e paladino” dos militares -, ficam praticamente esquecidos os sinais de uma crise realmente séria, que se avizinha. A crise econômica pós-marolinha pode criar problemas para o Brasil a partir de 2011. Ignorantácio – o apedeuta mais sabido do Planeta (e da casseta) – já foi advertido sobre isto pelo presidente Henrique Meirelles.

Um indício de que algo estranho se avizinha é que o popular líder $talinácio jámandou avisar que não comparecerá ao Fórum Econômico Mundial na geladíssima cidade de Davos, nos Alpes da Suíça. No mínimo é estranho que Lula – em propagandeada fase de “enorme prestígio internacional” – deixe de aparecer na reunião anual da elite financeira do globalitarismo. Será que - como ele mesmo bem diria – tem cheiro de “merda” no ar? Só falta mandar a pobre da Dilma em seu lugar, para acostumá-la com a escatologia econômica futura.

Quem sente cheiro de merda econômica no ar é o professor Carlos Lessa. A jornalista Flávia Oliveira, da coluna “Negócios e Cia” de O Globo, publicou, no sábado, uma esclarecedora entrevista com o ex-presidente do BNDES e ex-reitor da UFRJ. Estranhamente, o jornal da Família Marinho (que ajudou a produzir o épico “Lula, o Filho do Brasil”) não deu destaque de primeira página (merecia uma manchete) para o que disse o economista Carlos Lessa na matéria “Não vejo razão para otimismo”.

O velho professor Lessa deu um violento chute no saco do futuro senador goiano Henrique Meirelles – que pode se eleger e ficar onde está, ou assumir a direção de um grande banco privado transnacional. Carlos Lessa detonou: “Vivemos uma política econômica de péssima qualidade para o futuro. Há um festival de otimismo, mas não vejo nenhuma razão para ser otimista a longo prazo. Só sou otimista com o povo brasileiro, que é maravilhoso, resiste a tudo”.

Carlos Lessa foi direto no ataque ao presidente do Banco Central do Brasil: “A política do Meirelles não está preparando o Brasil para o futuro. Na melhor das hipóteses, segura um pouquinho o curto prazo. Endividar em massa as famílias para segurar a indústria automobilística, de eletrodomésticos e o setor imobiliário só garante o presente. Se não houver retomada do investimento na siderurgia, na indústria de cimento, cerâmicas finas, fiação, o País não terá ampliação de capacidade produtiva”.

O economista Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa toca na maior armadilha de nossa política econômica, e critica o Comitê de Política Monetária do Banco Central (o Copom), também presidido por Meirelles: “O problema fundamental é que segurar a inflação com taxa de câmbio e juro alto é a pior fórmula possível. Com o câmbio muito valorizado, você barateia o importado e dificulta o que se exporta. O que dá saúde a uma economia é ampliar a agressividade no comércio internacional ou desenvolver poderosamente o mercado interno”.

Ao contrário do que divulga a máquina de propaganda de $talinácio, Carlos Lessa adverte que o País não faz isso: “O Brasil está atrofiando as exportações industriais e ampliando as primárias. Voltou a ter pauta basicamente primário-exportadora. Não estamos competitivos com o dólar a R$ 1,70. País competitivo é a China, que não permitiu a valorização do Iuan”. Lessa acrescenta que o Brasil tem aprovação internacional óbvia porque é a melhor aplicação financeira de curto prazo (com os juros altos e que podem subir ainda mais, em 2010).

Chamado pelos amigos de “Barão do Rosário” - pelo trabalho de revitalização cultural de uma área nobre do Rio Antigo -, Lessa também deixou clara a impotência do ministro Guido Mantega diante de Henrique Meirelles: “A Fazenda é prisioneira do BC. As relações estão invertidas. O Mantega disse outro dia que o dólar ideal para o Brasil é R$ 2,60. Ele parecia um cronista, não o ministro da Fazenda. Esta declaração deveria produzir especulação e uma terrível alta do dólar, o que seria uma irresponsabilidade. Não aconteceu nada. Significa que o ministro é impotente”.

A máquina do Bolcheviquepropagandaminister – que gasta milhões para vender a imagem de um Brasil cuja economia vai bem com Lula – deve ter se sentido impotente diante do chute no saco dado pelo Barão do Rosário em Henrique Meirelles – que desistiu de ser vice na chama da Dilma, porque não quer correr o risco de queimar seu filme com os problemas econômicos previstos para o governo que sucederá Ignorantácio.

COMENTO

Meus caros e nobres amigos, estamos diante da maior facção criminosa do planeta terra, a máquina de corrupção e bandidagem dos PETRALHAS, não tem limites. Somente uma intervenção militar poderia dar um jeito neste imbróglio facinoroso, criado pelos palhaços do planalto e pelos terroristas, que nas décadas de 60 e 70, barbarizaram nossa república em nome do comunismo selvagem.

TERRORISTA CAÇA TORTURADOR? EM NOME DO QUÊ?

Por Reinaldo Azevedo

Fica chato ter de começar o texto lembrando as famosas “exceções de sempre”, mas é inevitável. Então vamos lá: com as famosas exceções de sempre, a chamada grande imprensa decidiu se comportar como linha auxiliar do governo Molusco. E nem por isso os “bandidos e corruptos Franklin boys” pararam de atacar os grandes veículos de comunicação, acusando-os de fazer jornalismo de oposição. Estão trabalhando. Sabem que sua patrulha é bem-sucedida. E que se note, hein: parte do jornalismo cede à vigilância, mas outra parte adere por convicção ou interesse.
Vejam o que aconteceu com o qüiproquó armado pelos revanchistas, com a anuência de Molusco, que levaram o governo a maior crise militar do país: o assunto sumiu do noticiário. E, quando esteve presente, ainda foi porcamente tratado. Todos os decretos assinados pelo presidente tem o “nihil obstat” da Casa Civil. Logo, o texto que cria a tal Comissão da Verdade tem as digitais de Dilma Rousseff, titular da pasta e candidata do PT à Presidência. O fato foi praticamente omitido. Como se omite também a participação direta de Franklin Martins, hoje uma espécie de primeiro-ministro para assuntos políticos, no imbróglio.

O assunto não está resolvido, o descontentamento entre os militares é grande - até porque foram trapaceados -, mas o assunto foi para a geladeira. Afinal, vocês sabem, ninguém quer dar a impressão de que é crítico de um governo tão… popular! Popularidade agora dá licença para o governo fazer bobagem. E a tal Comissão da Verdade é uma dessas vigarices políticas ímpares. Sua estupidez não é matéria de avaliação ou gosto: é matéria de fato. E vou demonstrar por quê.

Antes, no entanto, que me apegue às questões as mais objetivas, que não dependem de escolhas de natureza política ou ideológica, faço questão de expressar um ponto de vista que é político, que é ideológico. Não fosse por outra razão, que seja por esta: faço questão de deixar claro, no meu primeiro texto de 2010, que busco evidenciar com clareza ainda maior quais são os marcos deste blog. Então lá vai, em negrito - as questões legais vêm depois:

Ainda que houvesse sentido jurídico na revisão da Lei da Anistia e que os torturadores de então - ou seus colaboradores e/ou incentivadores - pudessem ser chamados ainda hoje de torturadores (dada a imprescritibilidade do crime), eles não poderiam ser julgados por um tribunal político composto de TERRORISTAS. Se é verdade que um torturador será torturador para sempre, então um terrorista será terrorista para sempre. E estes não podem julgar aqueles.

Aliás, na Constituição brasileira, SÓ O TERRORISMO É IMPRESCRITÍVEL. É uma falha a ser sanada. Basta ler os incisos 43 e 44 do artigo 5º da Constituição:
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Aí alguns tontos escrevem: “O que é que os militares têm de se meter nessa história? Que fiquem quietos! Isso é assunto para civis”. Seria caso se tratasse de uma ação corriqueira da política, dentro dos marcos da Constituição. Mas esse decreto não resiste a dois outros incisos do próprio Artigo 5º:

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

A comissão se constitui num óbvio tribunal de exceção, e a Lei de Anistia produziu efeitos evidentes. Trata-se de uma proposta de inconstitucionalidade arreganhada. Mas não fiquemos só nesses aspectos. Aliás, para fazer o que quer a turma da pesada do governo Lula - Paulo Vannuchi, Dilma Rousseff, Franklin Martins e Tarso Genro -, seria preciso praticamente extinguir o Artigo 5º da Carta. Em dois outros incisos, ele estabelece:

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

O crime de tortura só foi definido, como pede a Constituição, em 7 de abril de 1997 (Lei nº 9455), o que já lembrei aqui em vários textos, em especial em um de 4 de novembro de 2008.

E daí que Cezar Britto, presidente da OAB, apóie a tal comissão? Desde quando ele é meu norte ético? Aliás, não é nem meu norte jurídico. Sua opinião nesse caso, como em muitos outros, não tem, entendo, nada de técnica. É pura ideologia. Ele só pode defender seu ponto de vista flagrantemente inconstitucional fazendo um tanto de demagogia. Ora, doutor Britto deveria ter um pouco mais de compostura intelectual. Se quer fazer política, o caminho são as urnas, mas não as da OAB.

Aí dizem alguns retóricos do pé quebrado: “Precisamos conhecer nosso passado para não repeti-lo: tortura nunca mais!” É? E os historiadores desse passado serão os egressos do MR-8? Da VPR? Da ALN? Os terroristas vão estufar o peito de sua moral homicida para caçar torturadores? Por que nós devemos lhes dar tal licença quando sabemos que não é justiça que buscam, mas vingança - e, como sempre, não estão nem aí se jogam ou não o país numa crise política?

Tortura nunca mais? O que faz o doutor Britto e outros amostrados que não se mobilizam para valer contra a tortura que existe nas cadeias contra presos comuns? Ou esses valentes são apenas contra a tortura de presos com bom pedigree ideológico? E o que fazem no grupo dos defensores da Comissão da Verdade alguns dos notórios amigos de Cuba, um dos países em que a tortura é prática corriqueira, cotidiana, também contra presos de consciência?

Não fosse a ilegalidade descarada dessa tal Comissão da Verdade, não fosse a sua flagrante inconstitucionalidade - e isso não é, reitero, matéria de gosto, mas de fato -, há, repito, a questão que é de fundo moral: quem aderiu ao terrorismo não julga quem aderiu à tortura. Se é para ignorar a Lei da Anistia, então que se amplie a lista. Nesse caso, Dilma, em vez de disputar a Presidência, vai para o banco dos réus; Franklin Martins, Paulo Vannuchi e até Carlos Minc, em vez de estarem por aí dando pinta de homens de estado, se juntarão à companheira.

E que se note: é mentira, trapaça, vigarice, afirmar que todos os esquerdistas que recorreram ao terrorismo foram, a seu tempo, punidos. E é um mentira em duas frentes:

A - em primeiro lugar, é mentira porque nem todos foram, de fato, punidos;
B - em segundo lugar, é mentira porque os que sofreram as conseqüências de suas escolhas (com punições legais ou ilegais) foram indenizados pelo estado. Aquela punição, pois, mesmo que legal à época, gerou uma compensação.

COMENTO

Meus caros amigos e leitores, a mega crise militar sumiu do noticiário, e seus aspectos jurídicos são solenemente ignorados em nome da “justiça super corrupta” - e, nessa particular visão do que é justo, o terrorismo e os bandidos petralhas assumem a estranha e meldicre condição de algoz exemplar da tortura. Isso é realmente muito estranho.

Seria cômico, se não fosse trágico, super bandidos, que nas décadas de 60 e 70, assaltaram, sequestraram, assasinaram, milhares de pessoas, hoje querem dar uma de honestos e democratas.

Esses canalhas, bandidos e palhaços do Planalto, não passam de meros gângster e mega assasinos, que vivem fazendo o mal ao país e ao povo brasileiro e ainda vivem locupletando-se do erário público. Todos esses bandidos amaldiçoados devem ir para cadeia, e serem condenados a prisão perpétua, pois já passaram dos limites do tolerável.

Bom Domingo para todos.