sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Relator pede condenação dos primeiros mensaleiros da sofisticada organização criminosa do PT.



Relator do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa disse nesta quinta-feira (16) que "estão caracterizados" os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro do deputado João Paulo  Cunha (PT-SP) e de corrupção ativa do publicitário Marcos Valério e de seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbarch. Barbosa começou seu voto discorrendo sobre as acusações de desvios de     dinheiro   da Câmara dos Deputados, pela SMP&B, agencia de Valério. "Ao meu ver, estão caracterizados os  crimes de corrupção ativa a Valério, Paz e Hollerbach e corrupção passiva atribuída a João Paulo Cunha", disse Barbosa, que ainda não concluiu seu voto.

Ministro Joaquim Barbosa iniciou seu voto sobre o processo do mensalão por acusações contra João Paulo Cunha
Cunha é denunciado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Valério, Hollerbach e Paz respondem por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Na avaliação de Barbosa, Cunha atuou para favorecer Valério na época em que era presidente da Câmara e abrindo uma licitação desnecessária para a contratação de uma empresa de publicidade.

O relator questionou as versões apresentadas por Cunha para ter recebido R$ 50 mil do valerioduto. Ele lembrou que, inicialmente, o deputado disse ao Conselho de Ética da Câmara que sua mulher e sua secretária foram ao Banco Rural para resolver pendências de uma cobrança de TV por assinatura e só depois apresentou a versão de que o recurso teria sido do PT para pesquisa de marketing. "Não havia dúvidas que o dinheiro não era do PT nem de Delúbio Soares, mas que vinham das agências de Valério. As provas conduzem ao entendimento que o réu sabia da origem dos R$ 50 mil e aceitou a vantagem indevida", disse o relator. (Folha Poder)


O setorial jurídico do PT se reúne amanhã, em São Paulo, para discutir uma manifestação política em resposta às críticas do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. O relator do mensalão conclamou seus colegas de corte, anteontem, a combater o que chamou de "ataques pessoais" dos advogados de defesa no julgamento. Barbosa disse que a Justiça brasileira não poderia se deixar ameaçar por "guildas [grupos profissionais]".

Coordenador do setorial jurídico petista, Marco Aurélio de Carvalho deverá propor à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a criação de uma comissão para acompanhar o julgamento e evitar "atentados à democracia". "Esse é um prenúncio de como será Joaquim Barbosa na presidência do STF e nos traz a compreensão de que ele ainda não se despiu do papel de procurador. Ele precisa vestir a toga de ministro do Supremo", disse Carvalho. 

A pedido do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), o grupo discutirá ainda medidas legais para responsabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pela confecção de uma cartilha, exibida no site oficial do Ministério Público Federal, para apresentação do mensalão a crianças. O setorial jurídico do PT de São Paulo adotará medidas para suspender a veiculação da cartilha.(Folha de São Paulo)
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Governo quer propor reajuste pela inflação a servidores, diz ministro

Por Cardoso Lira


BRASÍLIA, 17 Ago (Reuters) - O governo pretende apresentar propostas de reajustes salariais aos servidores que recomponham as perdas inflacionárias do último ano, disse nesta quinta-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

"O governo tem interesse em repor a inflação", afirmou Carvalho a jornalistas.

Os reajustes devem variar entre 4,5 e 6,5 por cento, dependendo da categoria, segundo disse à Reuters uma outra fonte do governo, que preferiu não ter a sua identidade revelada.

Apenas militares, servidores da educação e algumas poucas categorias devem receber reajustes maiores, afirmou a fonte, acrescentando que a proposta aos militares deve ficar em torno de 10 por cento.

Para conceder reajuste salarial aos servidores públicos, o governo estima que pode gastar entre 14 bilhões e 22 bilhões de reais, segundo a mesma fonte.

Ao ser questionado sobre a disponibilidade de recursos para os reajustes, Carvalho disse que há uma estimativa inicial de 14 bilhões de reais.

"Pode ser um pouco mais", afirmou o ministro, acrescentando que as negociações determinarão o total a ser destinado aos servidores.

Se o valor chegar a 22 bilhões de reais, o pleito dos 22 sindicatos que representam as carreiras típicas de Estado poderá ser atendido minimamente, segundo os sindicalistas. Eles reivindicam reajuste médio de 13 por cento, que teria um custo de 20 bilhões de reais para os cofres do governo

Entre as carreiras de Estado estão os funcionários da Receita Federal, os delegados da Polícia Federal e os funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com o Ministério do Planejamento, que está conduzindo as negociações com os servidores, se as reivindicações de todas as categorias fossem atendidas, os gastos chegariam a 92,2 bilhões de reais.

(Por Jeferson Ribeiro)

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