Por Cardoso Lira
Em
Banânia, as piadas costumam nascer prontas, as metáforas brotam das
coisas, sem que a gente precise fazer grandes voos interpretativos, e a
crônica, às vezes, dispensa um narrador. Leiam o que segue. Volto em
seguida.
Por Gabriela Guerreiro e Andreza Matais, na Folha Online. Volto em seguida.
Uma sobrinha do presidente do STF, Joaquim
Barbosa, e uma colega dela foram demitidas do Senado por compartilharem
na rede social Facebook foto de um rato encontrado na gráfica da Casa
com a legenda: “E a gente achou q o único problema aqui fosse o Renan
Calheiros”. As duas eram estagiárias no Senado. O Senado confirmou a
demissão das duas jovens, mas manteve seus nomes em sigilo. Em nota,
afirmou: “O Senado agiu de acordo com as normas vigentes ao tomar
conhecimento de um ato de indisciplina.”
O Senado
também afirma que as duas postaram as fotos no horário de trabalho
“usando ferramentas de trabalho”, o que diz ser uma infração às regras
de estágio da Casa. O caso foi revelado pelo jornal “Correio
Braziliense”. Ariadina Barbosa Gomes Oliveira é filha de uma irmã do
ministro Joaquim Barbosa. Ela estagiava na secretaria de Recursos
Humanos, que fica nas mesmas dependências da gráfica onde o rato foi
encontrado. A Folha não conseguiu localizá-la. A assessoria do ministro
disse que ele não irá comentar o assunto.
Segundo
Laura Meirelles, a outra estagiária, as fotos foram postadas do celular e
não do computador do Senado e no horário de trabalho porque o rato foi
encontrado durante o expediente. O Senado tem cerca de 500 estagiários.
Uma secretaria para cuidar dos estagiários foi criada na época de
Agaciel Maia para acomodar a mulher dele, que não está mais no cargo.
(…)
Comento
Vamos ver. A gráfica do Senado, procurem no Google, já foi sinônimo de empreguismo, ineficiência e desperdício. Confesso que não sei como a coisa anda hoje em dia. Aí aparece o rato morto. Rato? Pois é… O bicho asqueroso é metáfora de sem-vergonhice, de malandragem, de roubalheira. No Senado? O universo simbólico só pode estar de sacanagem.
Vamos ver. A gráfica do Senado, procurem no Google, já foi sinônimo de empreguismo, ineficiência e desperdício. Confesso que não sei como a coisa anda hoje em dia. Aí aparece o rato morto. Rato? Pois é… O bicho asqueroso é metáfora de sem-vergonhice, de malandragem, de roubalheira. No Senado? O universo simbólico só pode estar de sacanagem.
Aí quem
fotografa o bicho e decide pôr no Facebook? A sobrinha de Joaquim
Barbosa, presidente do STF e homem odiado por uma boa penca de… ratos.
Em áreas do petismo, Barbosa é considerado um “negão traidor”.
A moça põe
a foto na rede social e decide fazer uma espécie de legenda em que
evoca o nome do presidente do Senado, Renan Calheiros — segundo
escreveu, o senador não é o único problema na Casa. Há também os ratos…
Foi demitida.
Não aprovo
nem estimulo esse comportamento de funcionários públicos. Numa empresa
privada, é certo, seria igualmente punido. Não há razão para que seja
diferente em órgãos do estado. É evidente que a abordagem de Ariadina
foi um pouco além do direito à crítica. O presidente do Senado está
sendo desqualificado.
Mas não dá
para ignorar as qualidades — ou a falta delas — que levaram Renan à
Presidência da Casa. Tudo está fora do lugar nessa história, embora,
para a tristeza do Brasil, faça um brutal sentido.
A única coisa que não se encaixa no universo dos símbolos é o fato de o rato estar morto.
Bem que os outros ratos "graúdos" poderiam também estárem mortos a essa altura do campeonato, uma vez que estes ratos "graúdos"abomináveis e corruptos, são muito mais nocivos para o país, do que os pequenos roedores. (Renan Calheiros) é um cancer e uma praga para o nosso país. Deveremos tira-lo do Senado e coloca-lo numa penitenciaria de sgurança máxima.
Postado plo Lobo do Mar