segunda-feira, 17 de março de 2014

Vergonha alheia! A conhecida incapacidade de expressão da Dilma cria incidente diplomático.

POR CARDOSO LIRA


Hoje o Palácio do Planalto teve que emitir uma Nota Oficial para explicar o que Dilma quis dizer ontem, enquanto sobrevoava as regiões alagadas no Norte do Brasil. Pior: por mais que a nota tente, mesmo assim o mundo continua sem entender o que Dilma disse. Ou quis dizer. Ou te...ntou dizer. Ou pensou dizer. Ou. Leiam abaixo:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República (SIP) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Não é verdadeira a afirmação de que a Presidenta da República tenha responsabilizado a Bolívia pelas cheias que estão castigando os estados do Acre e de Rondônia;

2. Durante a visita que fez hoje a Porto Velho para verificar de perto os estragos causados pelas chuvas e onde anunciou medidas Federais de ajuda àqueles dois estados, a Presidenta foi muita clara ao dizer que as cheias são resultados de um fenômeno climático que elevou, em muito, a quantidade de chuvas nas cabeceiras dos rios que cortam a região;

3. Em sua fala, a Presidenta disse: “ A avaliação nossa é que houve, de dezembro a fevereiro, um fenômeno em cima da Bolívia…mas o que ocorreu ali? Ocorreu uma imensa concentração de chuvas. Nós temos dados de 30 anos, de 30 anos. Nesses 30 anos, não houve nenhum momento, nenhuma situação tão grave quanto essa, em termos de precipitação pluviométrica num só lugar”;

4.Para deixar mais clara a sua fala, a Presidenta recorreu à uma fábula: “..E aí eu até disse aqui uma fábula, que vocês conhecem, a fábula do lobo e do cordeiro. O lobo, na parte de cima do rio, olhou para o cordeiro e disse: “Você está sujando a minha água”. O cordeiro respondeu: “Não estou, não, eu estou abaixo de você, no rio”. A mesma coisa é a Bolívia em relação ao Brasil. A Bolívia está acima do Brasil, em relação à água. Nós não temos essa quantidade de água devido a nós, mas devido ao fato que os rios que formam o Madeira se formam nos Andes, ou em regiões altas, se eu não me engano, o Madre de Dios e o Beni”;

5.Como se vê, a fala da Presidenta se ateve a fenômenos climáticos e não geo-políticos.

Secretaria de Imprensa da Presidência da República

Vem aí a Copa do racionamento de energia.

Pelo que está acontecendo no país e pelo que está previsto para os próximos meses, muitos brasileiros estarão sem energia elétrica na sua casa para ver os jogos do Brasil. A situação só não é gravíssima porque o governo petista esconde os números com medo de reconhecer que estamos à beira de um colapso.

POSTADO PELO LOBO DO MAR

Projeto hegemônico: depois de dominar o STF, PT busca maioria no Senado.

POR CARDOSO LIRA

A exemplo dos planos para a Câmara dos Deputados, o PT quer ampliar sua bancada de senadores nas eleições de outubro e trabalha inclusive para superar o PMDB em número de parlamentares. Se isso ocorrer, o partido da presidente Dilma Rousseff não só ampliaria sua participação nas comissões da Casa, como poderia também pleitear a presidência do Senado. A legenda do vice-presidente Michel Temer, por sua vez, tenta manter a posição de maior bancada e preservar o posto que desde 2001 vem sendo ocupado por um senador peemedebista.

A renovação no Senado nestas eleições será de um terço das 81 cadeiras - cada um dos 26 Estados e o Distrito Federal vão escolher um novo parlamentar. O problema para o PMDB é que, de seus atuais 20 senadores, 7 estão em fim de mandato. Na bancada de 13 integrantes do PT, apenas 3 vão completar oito anos de mandato em janeiro de 2015. A posse dos parlamentares eleitos em 5 de outubro será em 1.º de fevereiro.

A tradição no Senado é que o partido de maior bancada tenha a prerrogativa de ocupar a Presidência da Casa. O posto ganha importância porque se acumula com o de presidente do Congresso, que tem o poder de convocar as sessões conjuntas de deputados e senadores. Como o Congresso aprovou recentemente a votação aberta para os vetos presidenciais, o controle dessas convocações é de interesse do Palácio do Planalto.

Na avaliação de senadores petistas, o partido aliado que tem complicado a vida de Dilma na Câmara terá mais dificuldades para manter o tamanho atual de sua bancada. Além disso, o PMDB se queixa de que tem sido sufocado pela legenda da presidente nos Estados, o que afetaria não só a manutenção da bancada de deputados - é com base no número de integrantes da Câmara que é calculado o tempo de propaganda no rádio e na TV e os repasses do Fundo Partidário -, como a eleição de governadores e senadores.

Renovação. Embora a prioridade do PT seja eleger o maior número de governadores em outubro, decisão que está no seio da disputa entre as duas legendas, o partido também está de olho na ampliação e renovação da bancada do Senado. Se conseguir ganhar mais espaço na Casa, os petistas querem reduzir a dependência do governo em relação à base aliada e ao PMDB nas comissões, também divididas proporcionalmente, de acordo com o tamanho das bancadas.

O PT aposta em nomes como o do atual governador da Bahia, Jaques Wagner, para aumentar sua bancada. Se o petista sair candidato ao Senado e for eleito, ocupará a cadeira do senador João Durval, do PDT, partido aliado de Dilma. No Pará, um dos nomes cotados é o do ex-deputado Paulo Rocha, que em 2012 foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão.

Em Santa Catarina, o presidente do diretório estadual, deputado Cláudio Vignatti, pode entrar pela disputa da cadeira que hoje é ocupada pelo peemedebista Casildo Maldaner.

O PMDB, por sua vez, espera manter a maior bancada da Casa e continuar no posto que ocupa quase ininterruptamente desde 2001. De lá para cá, só houve interrupção quando o de novo presidente Renan Calheiros (AL) renunciou ao cargo, em 2007. Em 2015, Renan pretende disputar a reeleição para o comando do Senado.

Se o número de senadores do PT superar o do PMDB, a bancada já tem um nome para suceder a Renan: o atual vice-presidente da Casa, Jorge Viana (AC). (Estadão)
 
POSTADO PELO LOBO DO MAR