segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Hitler descobre as manifestações do Fora Foro de São Paulo.

Casos Eike e Eletrobrás, mais descrédito sobre Mantega, alimentam pressão externa sobre Lula-Dilma

Por Cardoso Lira






Sem o povo, agora Dilma corre atrás dos políticos.

Para tentar enfrentar a volta do recesso branco no Congresso com a base governista ainda descontrolada, a presidente Dilma Rousseff decidiu fazer uma reunião com os líderes aliados na Câmara --principal foco de problemas com o Legislativo.Dilma quer inaugurar o que interlocutores chamam de "um novo capítulo" na instável convivência com o Legislativo e pedir que os partidos que integram a coalizão voltem a votar com o Executivo.
O plano esbarra em duas dificuldades: a presidente ainda não se recuperou do tombo de popularidade na esteira dos protestos de junho e a economia brasileira, com os cofres públicos minguados, limita o poder de barganha oficial.Na reunião com líderes, a presidente terá à sua frente representantes da base mais infiel a um presidente da República desde 1989, conforme mostrou a Folha ontem.

Por Jorge Serrão –

A atual equipe econômica do ministro Guido Mantega não tem credibilidade internacional nem inspira confiança aos investidores externos no Brasil. Este problema político mais imediato da Presidenta Dilma da Silva e de seu “Presidentro” Lula Rousseff torna-se mais grave com as previsõesrealísticas. Manter Mantega e a turma dele é uma temeridade.

A crise se desenha violenta no horizonte, e o Brasil pode ser muito afetado pela falta de confiança do mercado nos gestores econômicos. Mantega só continua no cargo por vontade de Lula. Dilma gostaria de substituí-lo, mas não engoliu direito o nome de Henrique Meirelles (que exigia autonomia total para assumir). E Mantega só permanece instável depois que Lula lhe deu uma bronca e mandou parar com as previsões que nunca davam certo.

O Banco Central do Brasil tenta aplacar a ira externa com o câmbio afrouxado, mas na casa dos R$ 2,30 por dólar, para agradar bancos e exportadores. Só nos últimos dois meses, o BC do B injetou US$ 31 bilhões no sistema financeiro, no mercado de derivativos, o que parece uma venda der dólares à vista. Probleminha é que o Brasil sofreu uma perda contábil de US$ 8,5 bilhões nas reservas internacionais, apenas no bimestre maio-junho. E o dólar nervoso quer subir mais...

No quadro atual, o que está ruim pode ficar pior. Dois casos de elevadas perdas geradas a investidores externos criam mais tensão interna com o governo. Os problemaços são os casos OGX e Eletrobrás. O Financial Times revelou que 60 acionistas minoritários da petroleira mal sucedida de Eike Batista querem processá-lo. Acusam o ex-bilionário de usar informações privilegiadas para vender R$ 70 milhões em ações, pouco antes de anunciar o fracasso na exploração de três campos petrolíferos.

Na Eletrobrás, a ira é com a divulgação irregular e incompleta de um fato relevante que levou o CADE a multar a empresa em R$ 888, 2 mil por omissão de informações aos investidores. Os minoritários da estatal de economia mista, controlada pela União, devem acionar o Conselho Fiscal para explicar como se permitiu que o Conselho de Administração, em 21 de junho, aprovasse a assinatura de um acordo de acionistas, classificado de altamente lesivo para os minoritários, com as empresas CEA e CERR.

A pressão externa sobre o Brasil chegará a níveis infernais em pouco tempo. Dilma e seu chefão Lula deverão sentir os efeitos negativamente políticos. Só restará aos dois mobilizar seus militantes para a defesa. O azar deles é que a guerra é assimétrica, e a turma lá de fora tem mais bala na agulha para desgastá-los.




O caso Siemens à luz de Kafka. Ou: O vídeo em que o Carvalho do Cade se mostra muito grato ao Carvalho de Lula. Ou ainda: Teoria conspiratória uma ova!

Por que não fala sobre a Siemens?”, esgoela-se a petralhada. E logo vem a suposição, que a súcia pretende seja uma resposta: “Só porque, desta vez, envolve o PSDB?”. Ora, ora… Os tucanos, e com razão, são sempre os primeiros a negar o parentesco entre o que eles pensam e o que eu penso. Já afirmei aqui uma 300 vezes, e posso repetir outras tantas, que — para fazer uma blague influente, nestes dias — o PSDB não me representa. Mas votarei, sim, em Geraldo Alckmin em 2014 — e não vejo por que alguém deva supor algo diferente disso. Ou me imaginam escolhendo, deixem-me ver, Alexandre Padilha, do PT, ou Paulo Skaf, do PMDB? Falo, sim, sobre o caso Siemens, um troço que guarda mais parentesco com uma novela de Kafka do que um processo conduzido num país em vige um estado democrático e de direito. Vamos ver.
Se alguém cometeu alguma safadeza nas licitações do metrô, que seja punido. Por que haveria de ser diferente? Mas é evidente que não dá para ignorar os absurdos que envolvem essa denúncia. Vejamos. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), uma autarquia subordinada ao Ministério da Justiça — cujo titular é o notório José Eduardo Cardozo — conduz uma, atenção!, “INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR” para apurar se houve uma espécie de formação de cartel, com combinação de preços, que teria resultado em prejuízos aos cofres do estado — fala-se de irregularidades em São Paulo e no Distrito Federal. Primeira dúvida: nos demais estados, a Siemens agiria de modo diferente? Por quê? E quando negocia com o governo federal? Adiante.
Ficamos sabendo que existe o chamado “Acordo de Leniência”, por meio do qual executivos da Siemens — a empresa nega que seja a fonte de informação — teriam revelado as irregularidades, sustentando que o governo de São Paulo (no caso, o de Mário Covas) teria ciência das irregularidades, compactuando com elas. Contratos renovados nos governos seguintes carregariam, então, o mal de origem. Essas informações, ou suposições, vieram a público em reportagens da Folha e do Estadão.
Notem que, obviamente, não estou aqui a negar que tenha havido safadeza. Como poderia? Não conheço o processo. Não tenho os dados em mãos. Ocorre que há uma coisa espantosa: o governo de São Paulo, o principal interessado nessa história, também não tem. Assim, o ente “governo do estado” está sendo acusado na imprensa de ter compactuado com uma tramoia, mas — e eis o dado kafkiano — não tem acesso à investigação porque, afinal de contas, ela está resguardada pelo sigilo de Justiça.
Então vamos ver se a gente consegue entender direito: jornalistas, como resta evidente, tiveram acesso a pelo menos parte da investigação que está no Cade. O principal acusado, no entanto, está a chupar o dedo. NÃO TEM COMO SE DEFENDER PORQUE NÃO SABE DIREITO DO QUE É ACUSADO. A justificativa do Cade é que o papelório está protegido por sigilo de Justiça. Leio na Folha:


Corre à boca pequena no mercado que Lula tem participação na JBS, maior conglomerado de produção de carne do mundo. Dizem que o testa-de-ferro é o Lulinha Fenômeno, que seria sócio de fazendas com Daniel Dantas, além de operar uma enorme frota de transporte de gado. Ou seja: o quinhão de Lula e demais Silvas seria a parte de logística.
Hoje a Folha de São Paulo informa que a JBS doou mais de R$ 18 milhões para campanhas eleitorais, com forte predileção para o PT. Mesmo sendo devedora de R$ 66 milhões ao Fisco. Além disso, a empresa é acusada pelo Ministério Público por fraudes tributárias de R$ 10 milhões, em Goiás. Isso não impede que a JBS tenha recebido R$ 8 bilhões de financiamento do BNDES, que participa com cerca de 25% do capital da empresa. Ou seja: o BNDES, que tanto dinheiro recebe do Tesouro Nacional, participa de uma empresa que é devedora deste mesmo Tesouro. Retratos do Brasil petista.
Agora a JBS está saindo do campo econômico para atuar no campo político. Seu dono, Joesley Batista, pretende ser candidato a governador pelo Goiás. O grupo está no ar com forte campanha de publicidade, que começou "casualmente" depois de uma campanha difamatória contra outros frigoríficos, que rendeu matérias no Fantástico e em capas de revistas nacionais.
Neste momento, a JBS tenta indicar, via Eduardo Cunha, do PMDB, o diretor de Vigilância Sanitária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ou seja: a JBS, se conseguir fazer a indicação, decidirá quem pode e quem não pode vender carne no Brasil. Por toda essa impunidade, o boato de que a JBS é do Lula começa a fazer sentido.



Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Este País é mesmo incrível, fantástico, extraordinário. Em verdade, não existe outro no mundo que se obrigue a comprar um material obsoleto, no afogadilho, para defesa antiaérea de, nada mais nada menos, é de pasmar, que arenas de futebol.  Mas foi o que aconteceu. De repente a TV exibe um blindado sobre lagartas adquirido na União Européia (UE), desses bem montadinhos, do tipo que agrada os olhos e a imaginação fértil de meninos recém-saídos da primeira infância.

Como se não bastasse essa motivação, no mínimo leviana para aquisição de sistema de armas defensivo, a informação sobre o potencial atual do material GEPARD para sua atividade fim praticamente não foi repassada ao cidadão brasileiro que, no final das contas, está pagando por produto lançado na década de 1960, de tecnologia ultrapassada e que já foi retirado do serviço pela Alemanha, Bélgica e Holanda há algum tempo. 

Alerta! Estaríamos aceitando gato por lebre?  O Brasil estaria servindo para depósito de ferro velho novamente, repetindo alhures a compra do refugo dos blindados americanos desgastados quando do final da guerra do Vietnã? Que se diga, ainda em outubro de 2011 se quis “vender o peixe”, tendo sido levada a cabo, no Campo de Instrução de Formosa, Brasília/DF, uma exposição das possibilidades deste material para especialistas do metier. Ao que tudo indica, alguns oficiais-generais teriam sido de parecer que os 30 milhões de euros pedidos por 36 destes carros, necessários para “modernização” das nossas unidades antiaéreas, não deveram pagar a obsolescência precoce dos “GEPARD”.

Ainda que as contraindicações não pesassem, é de se lamentar a motivação “lúdica” que levou a governança a optar por esta sucata, preocupada muito mais com uma copa do mundo do que com a absoluta falta de meios antiaéreos que tem nossas Forças Armadas, por exemplo, para uma real defesa do parque industrial de São Paulo e de nossas hidroelétricas, alvos vitais que, uma vez atingidos, colocarão sem tardança a nação de joelhos.






Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.

Postado pelo Lobo do Mar