terça-feira, 25 de março de 2014

Alexandre Garcia desabafa sobre a situação das estradas

REPARTIÇÃO DO PLANALTO DOC. Nº19 – 2014

WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES

Quem conhece a evolução política no mundo, sabe muito bem que há
Instituições que precisam ser esmagadas para que as ditaduras sejam
instaladas. 
A democracia só funciona quando o povo e os seus dirigentes cumprirem as
leis. E o trabalho é a grande força viva da sociedade. 
As ditaduras, que foram exemplos no mundo, como o nazismo e comunismo
(Hitler e Stalin), foram pregando e destruindo tudo que lá existiam e o
povo conquistado por uma propaganda eficiente e depois pela força, criando
o medo coletivo.
Há instituições que são mais visadas pela importância que exercem na
organização do Estado. As Forças Armadas, A Igreja e a Justiça são
estruturas básicas que precisam ser destruídas e estão sendo destruídas em
nosso País. A Igreja passa a ser auxiliar do governo.
As armas mais usadas são a corrupção e a conquista das mentes. Caso a
democracia não se defende pela educação de seus filhos tudo estará perdido.
O domínio da mídia, o domínio das cátedras, a destruição do Poder
Judiciário e das Forças Armadas são fundamentais para a instalação da
ditadura comunista ou fascista.
Quando se destrói o Poder Judiciário, fazendo dele não um defensor da lei,
mas defensor dos que estão no Poder de mando, passando a ser uma Repartição
do Executivo ou do ditador, pode-se afirmar que estamos numa ditadura clara
ou apenas disfarçada. 
Há um ditado paquistanês que diz: “Sem honra o mundo não vale nada”. A
honra é guardada pela eficiência da Justiça. Se ela é manipulada por outros
poderes ou é exercida por homens sem honra o povo não tem mais quem o
defenda. É a ditadura que nos governa.
No livro “EU SOU MALALA”, a menina que é exemplo para o mundo na defesa da
liberdade, vamos encontrar o seguinte:” Salman Tasir foi alvejado e morto
por um de seus guarda-costas...” Ficamos chocados com a quantidade de gente
que elogiou o matador”. “Quando compareceu ao Tribunal, até mesmo advogados
o cobriram com chuva de pétalas de rosa”. Nosso País estava enlouquecendo.
Como era possível que agora festejássemos assassinos?”
O que acontece no nosso País? A maioria do STF festejou o não cumprimento
da lei, defendo criminosos que roubaram da sociedade brasileira. Não é o
mesmo que aconteceu no PAQUISTÃO? 
Lá temos MALALA e aqui Joaquim Barbosa, mas vejam que os dois são atacados
pela caterva, malta, ladrões, despudorados ou assassinos que se apoderam do
poder. Lá são os talibãs e aqui os pseudo-políticos, que não são mais do
que assaltantes do poder.
Ou seguimos BAN KI-MOON: “a educação é o caminho para salvar vidas,
construir a paz e fortalecer os jovens. Essa é a lição que MALALA e outros
milhões como ela estão tentando ensinar o mundo”. OU EDUCAR OU O CAOS.
PENSE
ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12 58
93. Cartório do 1º Registro de Títulos e Documentos, em Fortaleza. Somos
1.837 civis – 49 da Marinha - 479 do Exército – 51 da Aeronáutica; 2.416 
RP: batistapinheiro30@yahoo.com.br 24 DE MARÇO 2014
doc. 19 – 2014‏ 
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“A VERDADE É A ÚNICO TERRENO SEGURO QUE PODEMOS PISAR” ELIZABETH CADY
STANTON (1815 – 1902)
“UMA SOCIEDADE DE OVELHAS COSTUMA DAR LUGAR A UM ESTADO DE LOBOS”. 
JOSÉ MANUEL DE
ALMEIDA

PRECISAMOS APRENDER PARA EVOLUIR. A EVOLUÇÃO É INTELIGENTE. A MUDANÇA É
TRAUMÁTICA NA HISTÓRIA DO MUNDO.
OS QUE QUEREM MUDANÇAS QUEREM O PODER PARA ELES.

OS QUE QUEREM EVOLUÇÃO AMAM A DEMOCRACIA.

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20 - BANDA DOS FUZILEIROS NAVAIS 


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Dilma diz que Brasil está pronto. (MENTIRA)

POR CARDOSO LIRA

Em 2008, dois anos depois da compra da Pasadena, Dilma lavrou em ata elogios ao profissionalismo e competência técnica do agora demitido Cerverò.

Presidido pela então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, o Conselho de Administração da Petrobrás fez elogios à atuação de Nestor Cerveró à frente da Diretoria Internacional da empresa estatal no dia 3 de março de 2008. A ata da reunião naquela data informa que, "sob a presidência da presidente Dilma Vana Rousseff", o conselho registrava os "agradecimentos do colegiado" ao diretor e ressaltava "sua competência técnica e o elevado grau de profissionalismo e dedicação demonstrados no exercício do cargo".

Três meses depois, no dia 20 de junho de 2008, o Conselho de Administração passou a questionar internamente o negócio da compra da refinaria de Pasadena, defendida por Cerveró. Segundo o Planalto, foi quando Dilma e o conselho descobriram que, quando aprovaram a compra de 50% da refinaria em 2006, não tiveram acesso a cláusulas importantes do contrato. Dilma classificou, em nota enviada ao Estado na semana passada, o documento que embasou sua decisão de 2006 como "falho" e "incompleto". Em meio à crise, Cerveró, que escreveu o "resumo técnico", foi demitido de seu cargo na BR Distribuidora.

Os elogios foram registrados na ata 1301 no seu item 13 publicada no Diário Oficial do Rio de Janeiro, conforme revelou o blog do jornalista Gerson Camarotti, no portal G1. As citações honrosas a Cerveró o ajudaram a ser indicado posteriormente para a diretoria financeira da BR Distribuidora. No seu lugar na Petrobrás assumiu Jorge Luiz Zelada, depois limado pela atual presidente da empresa, Graça Foster, que acumula atualmente a presidência da companhia com o cargo de diretora internacional.

O Congresso tenta ouvir Cerveró sobre a compra de Pasadena. O Estado revelou, em julho de 2012, que a refinaria foi comprada pela Petrobrás por US$ 42 milhões pelo grupo belga Astra Oil e depois vendida pelos belgas para a estatal brasileira por US$ 1,2 bilhão.

A indicação de Cerveró para a diretoria internacional gerou uma crise no Congresso entre os partidos da base aliada que não quiseram assumir publicamente a responsabilidade pela sugestão do nome ao Palácio do Planalto. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Delcídio Amaral (PMDB-MS), que foi diretor da BR Distribuidora, trocaram farpas públicas se acusando pela nomeação. Cerveró mandou recados para parlamentares na Câmara de que está disposto a dar sua versão sobre o caso Pasadena.

Além de Dilma, assinaram os elogios a Cerveró os conselheiros Arthur Antonio Sendas, Francisco Roberto de Albuquerque, Guido Mantega, José Sérgio Gabrielli e Silas Rondeau. (Estadão)

Éramos uma ilusão em 1964

Por Cardoso Lira








Por Arnaldo Jabor

O golpe de 64 aconteceu porque nós não existíamos. Éramos uma ilusão. A esquerda era uma ilusão no Brasil (já imagino as “cerdas bravas do javali” se eriçando em alguns cangotes). Pois não existíamos em 64. Mas, existia o quê? Existia uma revolução verbal. A ideologia “revolucionária” era um ensopadinho feito de JK, Marx, Getúlio, Iseb e sonho. Existia uma ideologia que nos dava a sensação de que o “povo do Brasil marchava conosco”, um wishful thinking de que éramos o “ sal da terra”.

Havia a crendice de que nossos inimigos estavam todos “fora” de nós e fora das estruturas políticas arcaicas (até hoje é difícil arrancar isso de dentro das cucas fóbicas ). Existia um “bacalhau português” em nosso discurso, um forte ranço ibérico em nossa postiça ideologia “franco-alemã”: o amor ao abstrato, ao uno totalizante.

A população nem sabia que existíamos. Não havia nenhuma base material, econômica ou armada, “condições objetivas” para qualquer revolução. Por trás de nossas utopias, o Brasil escravista e patrimonialista dormia a sono solto. Nós éramos uma esquerda imaginária, delegando ao Estado a tarefa de fazer uma revolução contra o Estado. Como sempre em nossa história, até nas revoluções precisamos do governo.

Havia apenas um sindicalismo de pelegos e dependentes do presidente, que deu a grande festa de 13 de março (o comício da Central, com tochas da Petrobras). Eu estava lá, olhando para Thereza Goulart, linda de vestido azul e coque anos 1960, e vendo depois, com calafrio na espinha, as velas acesas em protesto em todas as janelas da chamada classe média “reacionária” do Flamengo até Ipanema. Essa era a verdadeira “sociedade civil” que acordava.

Hoje, acho que o único que sacava a zorra toda era o próprio Jango, o mais brasileiro, mais sábio e que preferiu o exílio, já que não pôde segurar o trem, entre os gritos de Darcy Ribeiro falando do “Brasil, nossa Roma tropical!”. Havia uma espécie de “substituição de importações dentro da alma”: a crença de que éramos “especiais” e de que podíamos prescindir do mundo real, fazendo uma revolução pela vontade mágica. Mas, existia o quê, de concreto?

Existiam os outros. Os “outros” surgiram do nada. Surgiram categorias esquecidas pelos “ideólogos”. O óbvio de nossa cultura pipocou do “nada” em 64. Fantasmas seculares refloriram. Surgiu uma classe média reacionária e burra, que sempre esteve ali. Surgiu um exército ignorante e submisso às exigências externas e repressivas da Guerra Fria na América Latina.

A sensação que eu tive foi de acordar de um sonho para um pesadelo. Um pesadelo feito de milicos grossos, burrice popular e pragmatismo de gringos do “mercado”. (Foi inesquecível o surgimento de Castelo Branco, feio como um ET de boné verde na capa do “O Cruzeiro”). Um pesadelo feito de realidade.
E agora, outra “heresia” (mais cerdas eriçadas): eu acho que 64 foi “bom” para nos acordar. Foi uma porrada necessária. 64 abriu cabeças. Aprendemos muito.

Ficamos conhecendo a ignorância do povo (que idealizávamos); descobrimos que a resistência reacionária de minhas tias era igual à dos usineiros e banqueiros. Descobrimos a burocracia endêmica, a “burguesia” nacional adesista a qualquer grana externa (que achávamos “progressista”). Descobrimos o óbvio do mundo.
Foi o início de uma possível maturidade. Despertamos para a bruta mão do money market, que precisava nos emprestar dinheiro, para que o Estado pós-getulista-verde-oliva avalizasse a instalação das multinacionais aqui.

Ou vocês acham que iam nos emprestar US$ 150 bilhões para o Jango fazer a reforma agrária com o Darcy? Aprisionaram-nos para contrairmos a dívida como, 20 anos depois, nos libertaram para pagá-la. 64 ensinou que o buraco é muito mais embaixo. Em 64, vimos que a esquerda tinha “princípios” e “fins”, mas não tinha “meios”.

Em 64, descobrimos que o mundo anda sozinho e independe de conspirações individuais. Claro que a CIA armou coisas com direitistas daqui, mas foram apenas os parteiros de um “desejo material da produção” no momento capitalista do mundo. Nossos paranoicos acham que o “neoliberalismo” é uma trama da IBM e da Microsoft em Washington.

1964 foi um show de materialismo histórico, ali, na bucha. Mas ibérico não gosta de ver estas coisas. E logo tapamos os olhos e nos consideramos as “vítimas” da ditadura, lutando só pela “liberdade” formal. E não enxergávamos que faltava liberdade “real” em nossas instituições políticas de 400 anos. Com 64, poderíamos ter descoberto que um país sem sociedade organizada morre na praia. E deveríamos ter descoberto que não adianta nada analisar os “erros” de nossa esquerda “revolucionária”.

O conceito de “esquerda” no Brasil tem de ser repensado ab ovo, pois é impossível trancar a complexidade de nossa formação nacional numa falange unificada. 1964 devia nos lembrar que uma esquerda aqui tem de ser dialogal, atenta aos vícios culturais do país, complexa e libertada da “ganga impura” do patrimonialismo tradicional do Sarney ou do novo patrimonialismo de Estado que o PT inventou.

Como os EUA lutaram contra o racismo, Vietnã, direitos civis, temos de lutar dentro da democracia. Nossa formação nos condena à democracia. O tempo não para, e as forças produtivas do mundo continuarão agindo sobre nossa resistência colonial que o PT preserva.

Quando entenderemos que a verdadeira revolução brasileira tem de ser endógena, democrática, porque as instituições seculares são a causa de nosso atraso e fracasso? As velhas palavras de ordem continuam comandando o governo atual. O medo à “globalização neoliberal” (ah... palavras mágicas da hora...) desloca o alvo do problema: o verdadeiro inimigo de uma nova esquerda deve ser a velha estrutura oligárquica e e burocrática do país, alojada no bunker do Estado.

E aí vai o terceiro eriçamento das “cerdas bravas do javali”: o Estado não é a solução; o Estado é o problema. Só um banho de “liberalismo” pode ajudar a sanear esta “bosta mental sul-americana”, como disse Oswald de Andrade.


Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 25 de Março de 2014.

POSTADO PELO LOBO DO MAR

Com rabo mais do que preso, o mega bandido, Eduardo Campos orienta PSB a não apoiar CPI da Petrobras.

por cardoso lira







Tente não encontrar Eduardo Campos nesta foto o corrupto está em todas.

O Painel da Folha informa, hoje:

Use... Eduardo Campos recomendou ao PSB cautela na condução do caso Petrobras. Por ora, a ordem é não assinar o pedido de CPI.

... com moderação A sigla vai defender depoimento conjunto do ministro Edson Lobão (Minas e Energia) e da presidente da empresa, Graça Foster, em sessão conjunta no plenário do Congresso.

A refinaria Abreu e Lima, que saltou de U$ 2,3 bilhões para U$ 20 bilhões foi um dos mimos que Lula ofereceu a Eduardo Campos, nos tempos em que o ex-presidente acalentava no pernambucano o sonho de que ele seria o sucessor de Dilma, em 2018. Campos não pode atacar a Petrobras porque tem o rabo preso neste que é um dos maiores escândalos da história do Brasil. 
Paulo Roberto Costa, mega bandido preso pela Polícia Federal, era um dos diretores da Petrobras mais próximos da guerrilheira Dilma Vanda. Na foto, autografa o macacão da grande amiga, em evento da Petrobras.

A Polícia Federal suspeita que o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, pagou R$ 7,9 milhões em propinas para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa entre 2011 e 2012. Os pagamentos, segundo a PF, estavam “relacionados a obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás na qual o investigado (Costa) teve participação”.

Indiciado por corrupção passiva, Costa foi preso em regime temporário no dia 19 pelo prazo de 5 dias. Ontem, acolhendo pedido formal da PF, a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva – a menos que consiga obter habeas corpus em algum tribunal, ele ficará preso até a instrução processual em juízo.

A Lava Jato foi deflagrada há 8 dias e desmontou sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de R$ 10 bilhões. Youssef é suspeito de agir em conluio com Costa para desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobrás. Youssef foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990. Os negócios na Petrobrás seriam intermediados por Fernando Soares, um lobista conhecido como “Fernando Baiano”.

Profundidade. O ex-diretor da Petrobrás recebeu valores e uma Land Rover de Youssef sob alegação de que havia prestado “serviços de consultorias”. Mas rastreamento promovido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que mapeia movimentações atípicas na rede bancária, indica que a relação do ex-diretor da Petrobrás com Youssef “é bem mais profunda do que a alegada consultoria”.

“A prova documental revela pagamentos vultosos, sub-reptícios e sem causa lícita efetuados pelo doleiro Alberto Youssef a Paulo Roberto Costa”, diz a PF. Os pagamentos ocorreram, segundo planilhas apreendidas pela PF, entre 28 de julho de 2011 e 18 de julho de 2012. “As informações do Coaf sugerem a existência de uma conta corrente de Costa com o doleiro, além de contas comuns no exterior e a entrega de relatórios mensais da posição dele com o doleiro” e “com pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns deles também relacionados a negócios envolvendo a Petrobrás”, diz a PF.

Num diálogo em 21 de outubro de 2013 entre Youssef e o empresário Márcio Bonilho, sócio proprietário da empresa Sanko Sider Comércio, Importação e Exportação de Produtos Siderúrgicos Ltda., o doleiro faz referência a pagamentos que teria feito ao ex-executivo da Petrobrás. 

O grampo mostra Youssef irritado. “Não, porra, pior que o cara fala sério, cara, que ele acha que foi prejudicado, cê tá entendendo? É, rapaz, tem louco pra tudo. Porra, foi prejudicado? O tanto de dinheiro que nós demos pra esse cara… Ele tem coragem de falar que foi prejudicado. Pô, faz conta aqui cacete, aí porra, recebi 9 milhão em bruto, 20% eu paguei, são 7 e pouco, faz a conta do 7 e pouco, vê quanto ele levou, vê quanto o comparsa dele levou, vê quanto o Paulo Roberto levou, vê quanto os outro menino levou e vê quanto sobrou. Vem falar pra mim que tá prejudicado. Ah, porra, ninguém sabe fazer conta, eu acho que ninguém sabe fazer conta nessa porra. Que não é possível. A conta só fecha pro lado deles.”

A PF também captou mensagem de correio eletrônico enviada pela gerente financeira de uma empresa, que encaminha planilha de pagamentos de “comissões”, em valores vultosos – total de R$ 7.950.294,23 –, com indicação, no campo fornecedor, das siglas MO e GFD. Segundo a PF, a GFD Investimentos e a MO Consultoria “são empresas controladas por Alberto Youssef, que as colocou em nome de pessoas interpostas e são por ele utilizadas para ocultação de patrimônio e movimentação financeira relacionada às operações de câmbio no mercado negro”.

Para a PF, um dos braços armados do PT, a convergência do valor constante na planilha (R$ 7.950.294,23) com o valor mencionado por Youssef no diálogo interceptado (“são 7 e pouco, faz a conta do 7 e pouco, vê quanto ele levou, vê quanto o comparsa dele levou, vê quanto o Paulo Roberto levou, vê quanto os outro menino levou e vê quanto sobrou”) permite conclusão de que tratam do mesmo assunto. A PF destacou que não foi apresentada “qualquer explicação concreta quanto às comissões pagas pela MO Consultoria ou pela GFD Investimentos e relacionadas a Costa”.

Há uma planilha, porém, que faz referência à sigla CNCC, no campo “cliente”. A PF acredita se tratar do Consórcio Nacional Camargo Corrêa, responsável por parte das obras na refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás, com valor de cerca de R$ 8,9 bilhões, e “em cuja licitação e execução participou o investigado Paulo Roberto Costa”. Em depoimento, Costa disse que “a diretoria que ocupava ‘atua na fiscalização dos aspectos técnicos da execução da obra’”. A Justiça decretou a prisão preventiva de Costa amparada no fato de ele tentar destruir provas, com retirada de documentos de sua casa e do escritório.

Personagem. Costa deixou a diretoria de Abastecimento da Petrobrás em 2012. Ele participou ativamente do polêmico negócio da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Ele ajudou a moldar o contrato ao lado do ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró. Costa também é personagem conhecido no mundo político. Quando comandava a área de abastecimento da Petrobrás circulava com desenvoltura pelo Congresso e mantinha contato com várias outras organizações criminosas e corruptas.

Longe de esfriar, o caso Petrobras só esquentou. Está pelando. E agora os emissários do governo resolveram fazer um pouco de terrorismo para assustar os parlamentares. A primeira frente de preocupação do Planalto vem de Nestor Cerveró, presidente da Área Internacional da Petrobras quando a empresa brasileira comprou a refinaria de Pasadena, em 2006. Ele teria feito o memorial executivo recomendando a compra, em parceria com Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento e Refino até o ano retrasado — é aquele sujeito que está preso, acusado de se envolver com lavagem de dinheiro. 
Muito bem! Oito anos depois da compra da refinaria de Pasadena, Dilma jogou toda a responsabilidade nas costas de Cerveró e o demitiu de maneira humilhante, pela imprensa, da direção financeira da BR Distribuidora, cargo que ele ocupava até a semana passada. O homem está fora do país e, segundo informa a Folha nesta terça, emitiu sinais a parlamentares da oposição de que está disposto a falar no Congresso. A falar o quê? Ninguém sabe! Serão apresentados requerimentos convidando-o a depor nas comissões de Minas e Energia, Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação e Relações Exteriores.
Esse não é o único fio desencapado. O outro é Paulo Roberto Costa, cuja prisão passou ontem de temporária para preventiva. Numa eventual CPI da Petrobras — que o governo tenta evitar a todo custo —, ele seria certamente uma das principais personagens.
Sim, Costa fez com Cerveró, a quatro mãos, o documento que recomendou a compra de Pasadena, omitindo as cláusulas que geraram um prejuízo à Petrobras de US$ 1,18 bilhão. Mas está mais enrolado do que isso. Segundo a PF, ele era um dos parceiros do doleiro Alberto Yousseff, principal personagem da operação Lava-Jato. A PF acredita que Yousseff pagou a Costa R$ 7,9 milhões de propina relacionados à refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. É aquele empreendimento que a Petrobras deveria tocar em parceria com a PDVSA, da Venezuela, e que, na prática, caiu inteiro no seu colo. Até aí, vá lá. Ocorre que a refinaria foi orçada em US$2,5 bilhões e, hoje, estima-se que não saia por menos de US$ 20 bilhões.
Na estatal, Costa acabou, vamos dizer assim, sendo adotado pelo PMDB e pelo PT. Nos bastidores, emissários do Planalto fazem terrorismo. A mensagem é a seguinte: se o ex-diretor falar, pode ser ruim para todo mundo. Segundo comentam deputados e senadores petistas, o temor maior de uma CPI não é o, por si, escandaloso contrato de Pasadena, mas as ramificações políticas do diretor que está preso. Até 2012, ele circulava pampeiro e poderoso por vários gabinetes da Câmara e do Senado.
Eis o ambiente que garantiu a decadência da maior empresa do país, que perdeu mais de R$ 200 bilhões em valor de mercado em três anos e que viu a sua dívida saltar R$ 180 bilhões para R$ 300 bilhões no período. Escolham o que vocês acham que poderia render uma CPI na Petrobras. Prejuízo de US$ 1,18 bilhão na compra de uma refinaria nos EUA? Sim, tem isso. O confisco de duas refinarias da Petrobras por Evo Morales, aliado dos petistas? Tem isso também. Uma refinaria orçada em US$ 2,5 bilhões que já está custando US$ 20 bilhões e ainda não começou a operar? Ora, é claro que tem! Atraso de quatro anos na construção de um complexo petroquímico, no Rio, cujo custo já saltou de R$ 19 bilhões para R$ 26,6 bilhões? É só pedir, que a Petrobras produziu esse escândalo. Negócios suspeitos com uma empresa de plataformas holandesa? É claro que esse produto não poderia faltar!
A maior empresa brasileira, que serviu ao proselitismo político do PT em três eleições consecutivas, se transformou numa casa de horrores, na casa da mãe joana, em instrumento das politicagens mais vis.
Hoje, já não cabe mais a campanha “O petróleo é nosso”. Hoje, é preciso lançar a campanha “A Petrobras é nossa” — antes que o PT acabe com ela. O partido já torrou mais de R$ 200 bilhões de seu valor de mercado. A parte que sobrou já é menos da metade.
POSTADO PELO LOBO DO MAR