quinta-feira, 11 de junho de 2009

VIGARICES E BANDIDAGENS NOS PODERES DA REPÚBLICA!

Sarney e cúpula corrupta do Senado na festa da família Agaciel. Música-tema:”O Poderoso Chefão”.
No Estadão:

Embalado pela música tema do filme O Poderoso Chefão, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vestiu o figurino de padrinho e compareceu ontem ao casamento da jovem Maiana, filha do ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia.

Chamado por parlamentares de oposição de supersenador, Agaciel, mesmo afastado do comando da Casa na esteira de escândalos administrativos, atraiu à Igreja do Perpétuo Socorro, no Lago Sul, uma bancada de poderosos senadores do PMDB.

Além de Sarney, outros dois ex-presidentes da Casa marcaram presença na cerimônia - o hoje líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e Garibaldi Alves Filho (RN). Senador licenciado e sempre aliado de Sarney, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também prestigiou a festa.

Em meio a mais um escândalo - desta vez a revelação pelo Estado da existência de atos secretos editados pelo Senado para beneficiar com cargos e salários um grupo de apadrinhados -, Sarney foi abraçado por Agaciel.

O presidente “abençoou” o jovem casal. O noivo, Rodrigo Cruz, é um exemplo administrativo de como funcionou a “era Agaciel” - consolidada, principalmente, sob o comando de Sarney e Renan. O novo genro era um desconhecido dos corredores do Senado. Mas uma figura recorrente nos atos secretos da Casa. Do sogro, não tem o que reclamar.

Em 18 de janeiro de 2007, Cruz foi nomeado por Agaciel para trabalhar como assistente parlamentar no gabinete do então senador Maguito Vilela (PMDB-GO) com salário de R$ 2,6 mil. Um ano depois, virou secretário do curso de educação do Interlegis, programa digital da Casa para o ensino legislativo, um dos principais braços políticos de Agaciel. O salário subiu para R$ 8,1 mil.

O mecanismo? Ato secreto. As movimentações internas do genro de Agaciel no Senado foram todas assinadas pelo então diretor adjunto e hoje diretor-geral, José Alexandre Gazineo.

Em 10 de outubro do ano passado, durante o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) antinepotismo, Agaciel foi obrigado a demitir o genro. Mas escondeu a decisão, numa tentativa de ocultar o loteamento familiar do Senado. A exoneração saiu num ato secreto.

Ontem, sob holofotes, Cruz e Agaciel não quiseram falar com a reportagem. O noivo e Maiana, despediram-se dos senadores e convidados ao som de Eu Sei que Vou te Amar, tocado pela banda Rogério Midlej, que cobrou R$ 5 mil pela performance.

CORRUPÇÃO EXACERBADA BENDIDAGEM E PICARETAGEM
Após demissão de neto de Sarney, mãe herdou vaga.
Por Rodrigo Rangel, no Estadão:

Um dia após a revelação de que um neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), passou 18 meses pendurado na folha de pagamento do Senado como funcionário do gabinete de um senador amigo da família, eis que surge mais uma polêmica. Assim que o garoto foi demitido, em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no poder público, a mãe dele foi contratada - para o mesmo cargo, no mesmo gabinete, e com o mesmo salário.

A nomeação do estudante João Fernando Michels Gonçalves Sarney foi revelada na edição de ontem do Estado. O caso veio a público graças ao surgimento de 300 boletins secretos em que parentes e amigos de senadores eram nomeados para cargos no Senado sem que seus nomes aparecessem em publicações oficiais. A demissão do garoto foi publicada num desses boletins, o que, à época, permitiu que a contratação passasse despercebida. João Fernando, de 22 anos, é filho do empresário Fernando Sarney, primogênito do senador. Nasceu de um relacionamento do empresário com a ex-candidata a Miss Brasília Rosângela Terezinha Michels Gonçalves.

Em 2 de outubro passado, ele teve de ser exonerado. Como não pôde ficar no posto, sob pena de o Senado estar descumprindo a ordem do Supremo, apelou-se para uma solução literalmente caseira. João Fernando deixou de receber o salário, mas o contracheque continuou a chegar em sua casa. Desta vez, em nome de sua mãe. Vinte dias após a exoneração do neto de Sarney, a mãe dele foi contratada como secretária parlamentar do gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), aliado político do senador Sarney.

“Eu devia favores ao Fernando (Sarney, o filho do presidente do Senado). Ele me ajudou na campanha. Eu era brigado com o Sarney e ele me ajudou na minha eleição”, disse Cafeteira, ao se explicar. “Eu sabia que a nomeação do filho podia criar até um problema de família porque o João Fernando não é neto que transita na casa de Sarney”, emendou o senador. Perguntado pelo Estado sobre a razão pela qual a contratação do jovem representava um favor, ele desconversou. “É filho fora do casamento, e a mulher do Fernando não sabia.”

Indagado se a contratação seria uma maneira heterodoxa de conceder pensão ao jovem à custa do Senado, Cafeteira se irritou. “Eu contrato quem eu quero e não sabia que tinha que pedir autorização de vocês da imprensa.” O senador disse que Sarney não sabia da nomeação do neto.

Sobre o fato de a exoneração ter sido feita por meio de boletim secreto, respondeu que essa pergunta deveria ser feita ao então presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). Garibaldi disse que nem sabia da existência do boletim.

Fantasma
Cafeteira negou que o jovem fosse funcionário fantasma. Na véspera, uma funcionária do senador disse ao Estado não conhecer nenhum João Fernando que tenha trabalhado no gabinete. Sobre a contratação da mãe do garoto, o senador não quis se estender. “Eu a convidei. Quem resolve quem trabalha no meu gabinete sou eu.” Procurada, Rosângela não respondeu às ligações do Estado.

COMENTO
"Amigos, esta certamente é uma das maiores crises de falta de ética, moral e carater, que os poderes da República atravessa, ao longo de sua história.
Vale lembrar o seguinte: o carro chefe dessas bandidagens é o Executivo; visto que os petralhas que estão no poder, cometem muito mais atrocidades e corrupções do que o Legislativo e Judiciario.
No entanto a certeza da impunidade e popularidade do Apedeuta da Silva comprada com beneplácitos do bolsa esmolas e os atos secretos do executivo, no caso dos exacerbados gastos da Presidêcia da República, com o eslogan de (Segurança Nacional), faz um blindagem em torno dessa facção criminosa que está no poder.
Causa-me estraheza, a leniência do povo brasileiro e das autoridades, com esses facínoras e bandidos que estão no poder e que num passado recente roubaram, sequestraram e mataram milhares de pessoas. Não entendo porque os oficiais generais estão aceitando os desmandos desta facção que hoje governa o Brasil.
Precisamos fazer alguma coisa para mudar esse quadro caótico, que o nosso país atravessa. É muita bandidagem e Picaretagem dessa quadrilha no governo dos Petralhas. É a maior facção criminosa do planeta terra. Só não ver quem não quer".