domingo, 17 de fevereiro de 2013

Vale muito a pena ler até o final da carta de Tereza Collor. A cidadã conhece muito bem a vida deste cidadão do mal desde 1978.









TEXTO DE TEREZA COLLOR


Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra - Rio de Janeiro .




Carta aberta ao Senador Renan Calheiros




... "Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria 24 h, por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!


Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.




Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem


nunca a ousar como os bandidos.




Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço,


Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.




Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não


mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.




Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.




Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan.




Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.


Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento


De vencedor.


Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palacios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto,


todos os seus traumas banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo


do Rei."




Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: "A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível." Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: "Suje-se,


gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!"




Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço!


Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.




E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha -


e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.




Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política


brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos? José


Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?




Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje ospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?


Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal?


No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem. Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blinda-lo.




E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira.


Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan.




Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:




1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,


2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,


3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,


4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..




E SÒ.




Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!


Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000.




Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhoes, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?.




Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!




O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.


Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!




Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria vergonha na cara. Os alagoanos agradecem.




Thereza Collor

 

QUEM O CONHECE TEM O DIREITO DE CRITICAR ESSE CORONEL DE ALAGOAS !!!
 
Postado pelo Lobo do Mar

Prisioneiros da Covardia







“Não temos a mídia, mas temos o amigo para substituí-la.”
General Torres Mello -Grupo Guararapes


Por Waldo Luís Viana
Outro dia zapeava, despreocupado, a TV a cabo, aqui em Teresópolis, quando me deparei com o canal 21, universitário, se não me engano. Lá havia horário cedido ao Instituto Militar de Engenharia – IME. Logo parei, esperando assistir alguma coisa importante sobre as Forças Armadas ou sobre nossa política militar. Qual não foi minha surpresa, mas se apresentava um conjunto de pagode, com mulher no cavaquinho. Aliás muito afinada!



Desafinado ou deslocado era o programa, em forma e fundo. Que estaria fazendo o bom samba em horário do IME? E pensar que houve uma ditadura militar, com uma outra ditadura da Rede Globo por dentro, e os militares não tiraram nem uma lasquinha televisiva de tudo isso!

Terminou o regime militar (1985) e Exército, Marinha e Aeronáutica não receberam para si nenhum canal de comunicação privativo para externar as próprias idéias à sociedade civil, sedenta de curiosidade para saber o que fazem.
Os militares ficam hoje, por meios isolados, reclamando de que o atual governo quer cobrar a fatura das torturas e continuar perseguindo os militares de direita, anticomunistas de pijama e que ainda sobrevivem por aí, na reserva. E o povo brasileiro, por sua vez, continua alienado de propósito sobre o que fazem as nossas Forças Armadas. Não conhece os seus centros de excelência nem tem a menor idéia do grande trabalho que realizam.
Durante a minha juventude, que já vai longe, ouvia os empresários se reunirem preocupados com a “proletarização” das Forças Armadas. Hoje, não há setor da vida brasileira mais proletarizado que o militar, constituído de forma autêntica de amostras legítimas da população, mas não da opinião pública nem da opinião publicada.
Afinal de contas, os militares praticaram um contragolpe vitorioso em 1964, contra a comunidade protocomunista internacional, ficaram com a faca e o queijo na mão, e não lhes sobrou nada do antigo poder, em termos de comunicação de massa.
Os poderes executivo, legislativo e judiciário obtiveram canais de TV e rádio, alguns sindicatos e universidades, também. Católicos e evangélicos mantêm o proselitismo em vários canais abertos e a cabo, mas os militares, não. Pelo visto as Forças Armadas, do ponto de vista da comunicação, não são consideradas um poder! São censuradas por si mesmas e as tais políticas de defesa, que andam circulando por aí, não fazem qualquer menção ao domínio e exploração de canais de comunicação digital.
As Forças Armadas, em qualquer país desenvolvido, são consideradas a vanguarda tecnológica e de pesquisa das nações. Nos Estados Unidos, os militares disputam em feiras, com estandes explicativos em concorrência com grandes empresas, a atenção dos jovens para que entrem e façam carreira nas Forças Armadas.
Aqui, temos centros de beneficiamento de urânio, controlados pela Marinha, um centro aeroespacial no Maranhão, que, graças a Deus, não conseguiu ser privatizado pelo governo anterior, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e várias escolas superiores de Engenharia do Exército, que espalharam o melhor ensino de excelência que temos no Brasil. No entanto, todo esse trabalho silencioso, que nos faz respeitados até por outras forças armadas no exterior, não é reconhecido por nenhum folião brasileiro, que sacode os peitos e as nádegas no Carnaval, em fevereiro...
Até quando os militares irão ficar pedindo desculpas por existirem, sendo perseguidos por erros do passado? Houve torturados, sim; já embolsaram as indenizações devidas, claro que sim; alguns dizem que não, mas entraram com processos e fizeram associações e ONGs. Mas a indústria da tortura e da anistia irá até quando? Eu tinha quinze anos quando começou o governo Médici, o que é que tenho a ver com isso? E, se tenho 53 anos hoje, atrás de mim existe a maioria da população brasileira que não teve nada a ver com as brigas dos atuais ex-guerrilheiros, que estão mamando nas tetas do poder, e os velhos militares anticomunistas que sofrem, com nostalgia do passado.
Deveríamos todos dar um passo à frente e começar de novo, anistiando-nos mutuamente, e fazer um país sem cotas ou divisões. São todos brasileiros, andando no mesmo trem em alta velocidade para o futuro e a vida não comporta passar o tempo todo olhando pelo retrovisor.
Houve mortos dos dois lados, numa guerra que os ex-guerrilheiros querem retomar e vencer a qualquer custo, indo à forra, quando não há mais guerra, quer dizer, quando “o outro lado não mais existe”, é constituído por outra geração de funcionários resignados, oferecidos, acovardados e amuados pelo próprio governo representado pelos perdedores, ora vitoriosos. Essa irônica situação histórica só pode mesmo ser contada em quadrinhos, jogos de armar ou programas de humorismo, samba e pagode...
Enquanto tivermos um poder militar, contido por um Ministério da Defesa civil, que não interpreta os anseios e interesses reais dos militares brasileiros; enquanto tal ministério for bifronte, com cada pé numa jangada, servindo a dois senhores, jamais teremos doutrina de defesa, a não ser os arremedos que estão aí, construídos como protocolos de intenção teórica de civis despreparados, incompetentes e acovardados.
Nesse estado de coisas, os contingentes de homens e mulheres, que deveriam prestar à Nação as melhores aulas de cidadania e coragem, estão completamente preocupados em bancar meros técnicos em suas funções, tecnocratas neutros e servis, prisioneiros da covardia de quem se habituou a ficar em silêncio obsequioso, somente quebrado pelas nobres esposas dos representantes da caserna, quando não recebem um aumentozinho de salário. E submetidos a um poder civil que se considera onipotente, como tal, como se fosse o último bastião da decência e da moral públicas. O resultado todos vemos: é a entropia e confusão que aí está!



Para onde vamos com essa situação não sei. Sei que ao ver um sambinha gostoso, em horário militar, as questões profundas de defesa da Pátria continuarão sem ser tocadas. Houve um filósofo que nos disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas. E a covardia, seria refúgio de quem?
Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e tem tanta coragem quanto mulher de militar. Detalhe: Artigo originalmente escrito em 3 de junho de 2009 e que volta a circular na internet...



Brasil, paiseco bananeiro e bolivariano. Cuba e Venezuela cometem crimes aqui como se fosse seu quintal.


Dias atrás, foi o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Arveláiz que participou de um ato político em apoio ao chefe da quadrilha do mensalão, o condenado a mais de 10 anos de cadeia, José Dirceu. E que reafirmou que continuará apoiando, sem que as autoridades brasileiras exijam um mínimo de decoro diplomático do bolivariano.

A oposição no Congresso cobra explicações de integrantes do primeiro escalão do governo federal sobre um suposto plano de espionagem e pedido de divulgação de um dossiê contra a blogueira cubana Yoani Sánchez, que chega esta semana ao Brasil para lançar uma coletânea de textos próprios.
 
O dossiê foi distribuído numa reunião na Embaixada de Cuba no Brasil a militantes de esquerda, entre eles do PT e do PC do B, segundo a revista "Veja" publicou ontem. De acordo com a reportagem, no encontro também foi anunciado, sem detalhes, que está em curso um plano para monitorar a blogueira. A Secretaria-Geral da Presidência disse que irá apurar as denúncias. Durante anos, Yoani foi impedida de sair da ilha comunista, onde é acusada de trair os princípios revolucionários do governo dos irmãos Castro, Fidel e Raúl.
 
"Essa prática de dossiê é muito conhecida entre os petistas. Há uma organização a serviço da difamação alheia, em especial na internet", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que diz não ter se surpreendido com a possibilidade de Cuba e Brasil estarem tramando um plano para desmoralizar a blogueira. O senador afirmou que apresentará amanhã um requerimento para convocar ao Senado para dar explicações os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e convidar o embaixador cubano no Brasil, Carlos Rodríguez. "Trata-se de uma afronta à Convenção de Viena, que não permite atuação política de embaixadores estrangeiros em território nacional. É uma conspiração cubana no Brasil com a participação do governo brasileiro, já que tem funcionários envolvidos", afirma o senador.
 
De acordo com a reportagem, um dos participantes da reunião com o embaixador Rodríguez foi um funcionário da Secretaria-Geral da Presidência, comandada por Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete nos dois mandatos do ex-presidente Lula. Ricardo Poppi Martins é subordinado a Carvalho e coordena novas mídias. A Secretaria-Geral confirmou ontem que Poppi esteve na embaixada de Cuba em 6 de fevereiro, mas para tratar de uma viagem que faria a Havana, onde participaria de um encontro internacional de redes sociais.
 
A secretaria ressaltou que não autorizou nenhum servidor a tratar da visita da blogueira ao Brasil e que não foi informada de uma reunião nos termos relatados pela revista "Veja". Segundo o órgão, "a suposta participação do servidor Ricardo Augusto Poppi Martins será devidamente apurada quando de seu retorno ao Brasil". A Folha não conseguiu contato na embaixada cubana, e o secretário de relações internacionais do PC do B, Ricardo Melo, não ligou de volta até a conclusão da edição Em 2007, o governo Lula foi criticado por devolver a Cuba dois boxeadores do país. (Folha de São Paulo)
Postado pelo Lobo do Mar