"O Aviltamento do Marxismo pelos oportunistas, políticos, corruptos e bandidos que estão no poder da República. Nesta premissa, nenhum político farsante escapará da vala comum reservada, aos caudilhos, aos déspotas e aos falsificadores da história". (Cardoso Lira)
Por Jorge Serrão –
Luiz Inácio Lula da Silva será um dos
principais alvos de processos judiciais, aqui e lá fora, movidos por investidores
internacionais de peso da Petrobrás. Reorganizando um movimento para conseguir
representação real no Conselho de Administração da empresa, os acionistas
querem responsabilizar Lula pela propaganda enganosa sobre “a Arábia Saudita em
que o Brasil se transformaria, em breve, com a exploração de petróleo e gás de
alta qualidade na camada pré-sal”.
Cansados
de perdas com desvalorização de ações, investidores se sentem lesados e
enganados pelas promessas feitas por Lula sobre investimentos imediatos no
pré-sal – que agora se tornam inviáveis por problemas de caixa da Petrobrás. Por
isso, já preparam ações na corte de Nova York e no judiciário brasileiro contra
dirigentes da Petrobrás e do governo brasileiro – o acionista majoritário que interfere
nas decisões estratégicas da petrolífera estatal de economia mista que é um dos
símbolos do capimunismo tupiniquim.
Ontem,
no mercado repleto de bravatas e boatos, investidores de fora do Brasil
lançaram no ar uma ameaça. Pretendem revelar, em tribunais lá de fora, que
lobistas (se passando por membros do alto escalão do governo Lula-Dilma e por
supostos assessores da direção da Petrobrás) tentaram auferir vantagens
indevidas na formação de parcerias para explorar o pré-sal. Segundo empresários
do setor de óleo & gás, também pequenos acionistas da Petrobrás, lhes foram
oferecidas participações em empreendimentos, com uma condição considerada
incomum e mafiosa: “cinco por cento deve ter a participação do Senhor X”.
Os
investidores internacionais não falam abertamente. Mas afirmam ter uma ideia
bem concreta de quem seria o tal “Senhor X” em nome do qual lobistas
condicionavam a participação nos futuros empreendimentos, para que tudo fosse
viabilizado. Investidores confidenciam que o grupo do “Senhor X” também sugeria
que a joint venture para o promissor negócio no pré-sal também deveria contar
com a participação de uma petrolífera europeia que já é parceira da Petrobrás
em vários campos de exploração fora do pré-sal. Sabe-se que pelo menos dois
altos dirigentes do PT têm íntimas relações com tal empresa, na qual a família
do “Senhor X” também teria uma participação acionária dispersa, inferior a 4%,
para não chamar a atenção do mercado.
Os
investidores já deixam claro que o “Senhor X” não é Eike Batista – que também
tem empresa petrolífera e que gosta de usar a letra X em seus negócios. O “Senhor
X” é um personagem com influência direta no governo brasileiro, ditando regras
na Petrobrás desde a gestão de José Sérgio Gabrielli. Por isso, os investidores
preparam ações judiciais para que seja feita uma auditoria independente em
todos os contratos da estatal – principalmente naqueles ligados ao pré-sal.
Além das suspeitas de superfaturamento, prejudicando o caixa da companhia e
seus resultados, uma investigação sobre empresas parceiras pode revelar como
funciona o grupo do “Senhor X”.
Um
investidor ouvido pelo Alerta Total garante que se trata de um esquema de “delinquência
generalizada” mexendo com um volume muito maior de dinheiro que o famoso
escândalo do Mensalão que condenou a cúpula petista. Por isso, investidores
sugerem que um dos alvos da auditoria internacional, feita a pedido da Justiça
de Nova York, seja a PFICo (Petrobras International Finance Co) que é uma das
grandes caixas-pretas no sistema Petrobrás.
O
presidente da PFICo é Almir Guilmerme Barbassa, que também é o diretor
financeiro da Petrobras desde a gestão de Gabrielli – apadrinhado de Lula da
Silva e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que é presidente do Conselho de
Administração da Petrobrás – sucedendo a Dilma Rousseff. Investidores querem
saber como acontece a rolagem diária de dívidas da Petrobrás com bancos internacionais,
para formar caixa – trabalho que é feito por Barbassa.
Em
essência, investidores daqui e de fora querem que a Petrobrás comece, de fato,
a funcionar de acordo com um sistema transparente e honesto de governança
corporativa. Por isso, alguns investidores ainda apostam na capacidade da presidente
da Petrobrás, Maria das Graças Foster. Na visão deles, como empregada de
carreira da Petrobrás e engenheira de alto gabarito, Graça não teria
envolvimento com o time de Gabrielli, Mantega e, por extensão, Lula e sua
sombra José Dirceu. Tanto Graça como Dilma, se tivessem condições políticas,
entregariam a diretoria financeira da empresa a alguém da confiança de ambas.
Graça
também
tem prestígio internacional porque seu marido, Colin Foster, é o
dirigente máximo da Maçonaria inglesa no Brasil. O “Irmão” Colin é
Grão-Mestre
Distrital da Divisão Norte da Grande Loja Unida da Inglaterra, cujo
“Grand
Master” é o Príncipe Edward George Nicholas Paul Patrick – primo da
Rainha
Elisabeth. Quem comanda a Grande Loja Unida da Inglaterra, junto com o
príncipe, é Peter Lowndes membro do Royal Institution of Chartered
Surveyors
(RICS). O prestigiado maçom Colin também é dono de uma empresa de
componentes eletrônicos, a C Foster Serviços e Equipamentos, que atua na
área de petróleo e gás.
O
grupo de Lula-Dirceu não tolera Graça e teme o poder de influência de Foster. Tanto que, em 2004, quando José Dirceu reinava
na Casa Civil de Lula, recebeu uma “denúncia” contra Graça, na época gerente do
Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras). Graça foi acusada
de favorecer a empresa do marido Colin. Dirceu cobrou explicações oficiais a
Dilma Rousseff, então ministra das Minas e Energia de Lula e grande amiga
pessoal da “acusada” pelo Poderoso Zé. A Petrobrás informou que a comissão
constituída para apurar a denúncia “não encontrou provas de má-fé ou intuito de
auferir vantagens financeiras", e “não ficou caracterizada a existência de
prática de crime ou improbidade administrativa” cometida por Maria das Graças
Foster.
Caso
se
confirme a informação divulgada ontem pelo Alerta Total de que a
revista
Veja vai divulgar mais detalhes escabrosos sobre a compra de uma
refinaria
tecnologicamente ultrapassada pela Petrobrás, em Pasadena (Texas, EUA), a
coisa deve ficar mais preta que petróleo para o time de Lula. E o óleo
pode esquentar ainda mais se investidores irados conseguirem provar quem
é o tal "Senhor X" e como funciona o esquema mafioso dele contra os
interesses corporativos da Petrobrás.
Postado pelo Lobo do mar