terça-feira, 31 de julho de 2012

Procurador diz que mensalão foi o “mais atrevido” esquema de corrupção do país




Por Laryssa Borges, na VEJA Online:

Em memorial encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) às vésperas do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, classifica o esquema de compra de parlamentares como “o mais atrevido” estratagema de corrupção de autoridades da história brasileira. Para além das palavras de efeito, o chefe do Ministério Público reúne no documento as principais provas da acusação para demonstrar que ex-ministros, empresários, banqueiros e parlamentares atuaram em conjunto, “sob o firme comando de José Dirceu”, na distribuição de mesada a congressistas.
Na nova manifestação enviada ao tribunal, Gurgel, responsável pela acusação de 36 réus, listou em 388 páginas depoimentos, laudos, recibos de saques, auditorias e informações produzidas, entre outros, pelo Banco do Brasil e pelo Banco Central para comprovar a tese de que houve um esquema orquestrado de desvio de recursos públicos, empréstimos fraudados e compra de parlamentares no Congresso Nacional. A sistemática dos mensaleiros é classificada pelo procurador-geral como “escandalosa”.
O julgamento do mensalão será levado a plenário pela mais alta corte do país nesta quinta-feira. O memorial encaminhado ao Supremo, um misto de constatações do chefe do MP com provas periciais da existência do esquema, dá o tom que a acusação usará nas cinco horas a que tem direito durante o julgamento que começará na quinta-feira.
Confrontado com as defesas dos réus, que alegam que o Ministério Público não conseguiu, ao longo da denúncia, comprovar o mensalão, Roberto Gurgel elenca o que chama de “um substancioso conjunto de provas que não deixa dúvidas quanto à procedência da acusação”. Traz documentos do departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que atestariam o crime de lavagem de dinheiro do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia, Zilmar Fernandes, além de laudos do Instituto Nacional de Criminalística sobre como notas fiscais foram falsificadas para simular empréstimos e disseminar os recursos para corromper deputados.
Ao comentar a participação das agências de publicidade de Marcos Valério no esquema – elas teriam simulado empréstimos de bancos privados para justificar o dinheiro distribuído aos deputados – Gurgel observa, por exemplo, que “para impressão de notas fiscais, a DNA Propaganda utilizou autorizações para impressão de documentos fiscais falsificadas”. Era, conforme o memorial, “uma verdadeira engenharia contábil” para ocultar o destino final do dinheiro e os repasses a mensaleiros.
Dirceu
Dividido em núcleos da organização criminosa, nos moldes da denúncia apresentada, Roberto Gurgel ainda se remete no memorial a depoimentos da CPI dos Correios, como a da esposa de Marcos Valério, Renilda Santiago, para defender que José Dirceu, ex-todo-poderoso do governo Lula, “estava a par de todos os acontecimentos e coordenava as decisões, junto com a diretoria do PT”. Relatos da então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, ré no processo, também são utilizados pelo MP para comprovar a participação sistêmica de Dirceu no esquema do mensalão e para refutar a tese do ex-ministro de que não tinha mais ascendência sobre a direção do PT.

“Kátia Rabello informou que Marcos Valério dizia que era muito ligado ao Delúbio Soares e, por isso, tinha facilidades em conseguir promover encontros com o ministro José Dirceu”, disse o procurador-geral, ao citar o interrogatório da dirigente do Rural.
A participação ativa da instituição financeira no esquema do mensalão é relembrada por Gurgel, no memorial, com referências, por exemplo, a e-mails trocados entre funcionários de Marcos Valério e servidores do banco. Foram anexados à peça da acusação quatro mensagens eletrônicas em que a então gerente financeira da agência da publicidade SMP&B, Geiza Dias, informa ao Banco Rural as pessoas que iriam sacar os recursos, a maior parte deles intermediários dos verdadeiros participantes do esquema.
“O encobrimento dos nomes de inúmeros beneficiários dos recursos só foi possível com auxílio do Banco Rural, que mesmo tendo ciência dos nomes dos intermediários ou dos efetivos beneficiários dos valores transferidos, disponibilizou sua estrutura para que Marcos Valério Fernandes de Souza pudesse efetuar saques em espécie destinados a terceiros como se fosse pagamento a fornecedores”, relata o procurador-geral.
Ofensiva
O envio do memorial de Roberto Gurgel ao Supremo às vésperas do julgamento provocou uma ofensiva de advogados do Banco Rural, que encaminharam petição ao tribunal alegando que o documento, com novas informações, poderia comprometer o direito de defesa dos réus. Os defensores alegavam que precisavam ter acesso a essa manifestação para verificar os argumentos do procurador-geral e eventualmente encaminhar novos dados aos ministros. O relator da ação penal do mensalão, Joaquim Barbosa, autorizou nesta segunda-feira que os advogados fizessem cópias do memorial do Ministério Público.


Comento

Deixa estar e aí está, esse crime hediondo (O MENSALÃO DO PT), que aconteceu no início do governo Lula, foi a maior bandidagem que já aconteceu no Brasil, desde que Cabral aqui pisou pela primeira vez..
O corrupto, sujo e abominável governo do PT é pautado no banditismo institucionalizado e na corrupção edêmica, e ainda traz em si o DNA da criminalidade, os fatos estão aí na mídia, só não vê quem não quer, certo? 
O Ministério  Público Federal, tem que investigar todo dinheiro que foi enviado para os paraísos ficais, pelos bandidos  petistas durante todo governo desta quadrilha que hoje se encontra no poder da República locupletando-se do erário público, sem nenhum controle.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Milicos recebem metade da média dos servidores do Executivo, 1/3 do Judiciário e 1/4 do Legislativo

Por Cardoso Lira

Quanto custam os servidores públicos do Brasil
Marcos Prates


Os 3 poderes variam no apetite orçamentário para manutenção do funcionalismo. O Legislativo
 emprega menos de 2% dos servidores, mas é responsável por quase 4% dos gastos.
 
 
Postado pelo Lobo do mar

domingo, 29 de julho de 2012

O JUMENTO


Por Cardoso Lira





O Jumento, comumente encontrado no nordeste brasileiro, ele zurra, transpira, trabalha e quando alguém lhe dá capim na boca ele vira amigo. Ele vê o capim nascendo e está em sua natureza abaixar a cabeça e se alimentar, mas só porque alguém abaixou e pegou um pouco e colocou em sua boca a sua natureza fica inerte. Quando está calor seu dono vai para a sombra e ele permanece no sol, quando faz frio ou chove ele tem sua casa e o pobre  animal permanece no pasto e não se importa se o seu dono cultiva alimento ou maconha, ou é traficante, assassino e etc, o que importa é que mais cedo ou mais tarde ele dará capim em sua boca e nem percebe o tratamento que os cavalos de raça recebem em suas baias com suas  rações caras, veterinários, tratadores e tudo que existe de melhor.     



Assim é o eleitor brasileiro  basta um governante corrupto  chegar com uma bolsa qualquer para ele, que ele aceita achando que isso será a solução da sua vida. E esquece da sua enorme capacidade de conseguir muito mais com seu esforço, enquanto isso o seu “dono” ou “dona” enriquece a passos largos, e ele nem se importa se são corruptos, ladrões, mentirosos ou assassinos o que importa é que a bolsa não vai acabar.



E nem se importa que os políticos ladrões e bandidos que estão recebendo milhões, desviando verbas e com falcatruas, bandidagens e vivendo o melhor da vida com sua inúmeras mordomias que o estado corrupto fornece.
É o que podemos chamar de banditismo institucionalizado e corrupção edêmica.
                         







                                 Peço desculpas para os jumentos de 4 patas


Postado pelo Lobo do Mar

MENSALÃO: DILMA QUER IMPEDIR QUE A LAMA SUBA A RAMPA.


Presidente baixou no Planalto uma lei do silêncio sobre o caso - Reuters
A ordem é blindar o Planalto do impacto do julgamento, que vai pôr o PT e o governo Lula no banco dos réus. Na tentativa de mostrar que sua gestão não será contaminada pelas ruidosas sessões do Supremo, Dilma preparou um pacote de estímulo aos investimentos, a ser lançado em várias etapas, entre agosto e setembro. A "agenda do desenvolvimento" terá medidas populares, como a desoneração de impostos para a redução do custo da tarifa de energia elétrica.

Na semana passada, a presidente quis saber de auxiliares se a repercussão do julgamento do mensalão ocuparia o espaço nobre da imprensa nos próximos meses. Diante da resposta positiva, não escondeu a contrariedade. Em conversas privadas, Dilma avalia que a denúncia da Procuradoria-Geral da República não fica de pé porque não há provas da compra de votos em troca do apoio parlamentar no Congresso na administração de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva.

O caso que mais a sensibiliza na Ação Penal 470 – um calhamaço com 50 mil páginas, 38 réus e 600 testemunhas – é o do ex-deputado José Genoino. Presidente do PT à época do escândalo de corrupção, Genoino é atualmente assessor do Ministério da Defesa e Dilma já o chamou várias vezes ao Palácio da Alvorada para trocar impressões sobre os rumos do governo.

A presidente gostaria de reabilitar Genoino na bancada do PT na Câmara, da qual ele é suplente. Não quer, no entanto, que José Dirceu, seu antecessor na Casa Civil, retorne ao comando do PT, embora deseje que ele seja inocentado. O ex-ministro é descrito na denúncia do Ministério Público como "chefe da quadrilha".
Dilma disse ter ficado aliviada ao saber que só terá de indicar o substituto de Cezar Peluso, ministro do STF que se aposenta em setembro, após o veredicto sobre o mensalão. Tem pavor de que suas ações sejam interpretadas como ajuda a réus do PT.

Amigos da presidente garantem que, embora esteja próxima de forças opostas a Dirceu no mosaico ideológico do petismo, ela jamais entrará em confronto com Lula nem trabalhará pela "faxina" no PT, mesmo de olho no projeto da reeleição, em 2014. Além disso, Lula só concordará em disputar novamente o Planalto contra o PSDB se ela não quiser concorrer a um segundo mandato, hipótese hoje improvável.

Herdeira do pós-mensalão, cristã nova no partido e caloura em eleições, Dilma só chegou à ribalta após a sucessão de crises que dizimou a cúpula petista e abateu candidatos "naturais" à cadeira de Lula, como Dirceu, o todo-poderoso chefe da Casa Civil entre 2003 e 2005, e Antônio Palocci, à época titular da Fazenda. Então ministra das Minas e Energia, a ex-guerrilheira furou a fila no PT e foi chamada por Lula para substituir Dirceu no período de ruína. Em reuniões que vararam a madrugada no Planalto, Dilma foi uma das integrantes do "núcleo duro" que mais o ajudaram na estratégia de proteção do governo.

Desde que foi eleita presidente, no entanto, ela se distanciou de Dirceu e desenhou uma nova geografia de poder. Sem trânsito no PT, Dilma constituiu um grupo formado por ministros do partido que, em sua maioria, não são ligados a Dirceu, como José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Educação), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações), além de Fernando Pimentel (Desenvolvimento), seu amigo de adolescência.

Escudeiros. Foi o próprio Lula quem a orientou a escalar um time de conselheiros políticos. "Monte sua equipe de confiança. Você vai precisar", disse o presidente à afilhada, em mais de uma ocasião. Apesar da fria relação com Dirceu – que a chamou de "companheira de armas e de lutas" ao passar o bastão para ela, em 2005 –, a presidente convidou o ex-ministro, em maio, para a cerimônia de instalação da Comissão da Verdade, que vai investigar violações de direitos humanos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985). Ele ficou radiante.

"Acho Dirceu uma pessoa injustiçada", afirmou Dilma, quando ainda comandava a Casa Civil. "Não tenho conhecimento de que ele tenha beneficiado instituição financeira no tocante a crédito consignado." As declarações estão no processo do mensalão. A principal interlocutora de Dirceu no Planalto, hoje, é a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. É ela quem o informa sobre o andamento da CPI do Cachoeira, as pressões de aliados por cargos e as preocupações palacianas. O governo e a cúpula do PT temem que o julgamento do mensalão, agora, prejudique campanhas prioritárias, como a de Fernando Haddad, em São Paulo, e a de Patrus Ananias, em Belo Horizonte.

"Haverá interferência na eleição, qualquer que seja o resultado, e a decisão tanto pode atingir o PT como a oposição", comentou o advogado Sigmaringa Seixas, ex-deputado do PT. "Alguém pode conceber um julgamento durante o dia e o programa eleitoral à noite? Isso é um absurdo", criticou ele. Dilma, porém, não vai mexer nesse vespeiro. (Estadão)

Postado pelo Lobo do Mar

Mensalão do PT






Por Ernesto Caruso

A arca que não é de Noé — do tesouro? — desliza na calmaria do esquecimento, dando tempo ao tempo, mas, de leve navega no canal da impunidade como soe acontecer. De 2005 a 2012. Agosto do fato, agosto do julgamento. É o que parece, mas não o que sociedade espera.

Rolam notícias de “cantadas” aos ministros abafadas pelas caudalosas cachoeiras e clarinadas dos telejornais em alvos compensadores da oposição.

Ações secundárias e ataques diretos conjugados. A decisão do Tribunal de Contas da União, baseada em voto da ministra Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), base do governo considerou regular o contrato da agência de Marcos Valério com o Banco do Brasil. Bombástica e oportuna na tentativa de anular o ilícito já apontado no desvio de recursos públicos.

Mas, não há como esconder as evidências diante do depoimento de Lula (Ago/2005): “Eu me sinto traído, traído por práticas inaceitáveis,... nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, tem de pedir desculpas”. Desculpas que não substituem julgamentos e penas judiciais; confessadas irregularidades.

Como causa, a refletir sobre impunidades, algumas amarras estão presentes nos tribunais, a criar fragilidades nos julgamentos pelas nomeações políticas e não técnicas, mas de acordo com a Constituição. Ao abordar o Poder Judiciário nos princípios básicos do Estatuto da Magistratura, impõe que o ingresso na carreira, será como juiz substituto e através concurso público.

O Supremo Tribunal Federal, a quem compete processar e julgar o Presidente da República, os membros do Congresso Nacional, etc, tem os seus Ministros escolhidos dentre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República.

O STJ conta com um terço, em partes iguais, dentre advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados pelos órgãos de classe e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, nomeados pelo Presidente da República. Idem relativamente aos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, com um quinto dos seus lugares preenchido por membros de carreira do Ministério Público, e de advogados do notório saber e reputação ilibada, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, enviada ao Poder Executivo para nomeação e, no Tribunal Superior do Trabalho, 1/5 dos seus membros de advogados/MPT, do notório saber e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente.

O Tribunal Superior Eleitoral tem, além dos três do STF, mais dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo próprio STF e, nomeados pelo Presidente da República. Tribunal com poder elevado nas questões políticas, pois são irrecorríveis as suas decisões, com poucas exceções.

Os Tribunais Regionais Eleitorais contam com dois dos seus juízes, oriundos de indicação do Tribunal de Justiça, advogados do notável saber e idoneidade moral, por nomeação do Presidente da República. O Superior Tribunal Militar tem três Ministros civis, advogados “com os mesmos atributos”, escolhidos pelo Presidente da República.

O Congresso Nacional, para exercer o controle externo dispõe do Tribunal de Contas da União, com dois terços dos seus Ministros escolhidos pelo próprio CN, possuidores de idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública. .

Não se pode aferir o conhecimento ou o caráter dos nomeados, por imposição legal e por incapacidade de aferir-se o conteúdo das consciências. Entretanto, a exigência do concurso público, como um dos fundamentos para o exercício da atividade com independência difere dos critérios da indicação. Nesse caso, a gratidão dos nomeados pode pesar na decisão que os verdadeiros independentes repugnam. O normal é o da ascensão na carreira, aperfeiçoamento, experiência por muitos anos e filtros, dedicação e mérito. Imperfeitos, mas, os melhores.

Nem podem os tribunais içar a bandeira de partido político.

Ernesto Caruso é Coronel Reformado do EB.
Postado pelo Lobo do Mar

“God” é padrinho de 5 dos 11 ministros que participarão do julgamento e tem pelo menos 10 discípulos entre os defensores dos réus


Por Reinaldo Azevedo

Vejam esta imagem. Ela ilustra uma reportagem na VEJA desta semana.
Uma das personalidades do julgamento que começa na quinta não é nem réu nem juiz. Trata-se Márcio Thomaz Bastos, cujo apelido, em certos círculos, é nada menos do que “Deus” —, sim, Ele Mesmo, mas pronunciado na versão em inglês: “God”. Bastos não está bem certo de que o Outro esteja à altura da comparação, entendem?
No dia 23 de maio, publiquei um texto afirmando que nunca antes na história destepaiz houve alguém como ele. Reproduzo trecho e volto e seguida:
Olhem aqui: todos têm direito a um advogado. É fundamento do estado de direito. Ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo ou a se autoincriminar. É outro fundamento do estado de direito. Advogados criminalistas não devem atender apenas freirinhas do convento das carmelitas descalças e probos professores de educação moral e civismo. Muito provavelmente eles não precisem de… advogados criminalistas. Isso também é um apanágio do estado de direito.
Márcio Thomaz Bastos é, sem dúvida, um dos maiores criminalistas do país. Fez fama e grande fortuna nesse ramo. Que o advogado provavelmente mais rico do país atue justamente na área criminal, eis um emblema da vida pública brasileira, não é? Ao mesmo tempo, Bastos sabe cuidar de sua reputação politicamente correta. O militante lulo-petista falou, por exemplo, como “amicus curiae” no STF em defesa das cotas raciais. Curiosamente, pronunciava-se em nome da Associação dos Advogados Afrodescendentes. Adiante.
Não! Não serei eu aqui a julgar doutor Márcio em razão da qualidade de seus clientes. Isso não faz sentido. Seria o mesmo que dizer que o estado se torna copartícipe de crime quando nomeia, por força de lei, um defensor para o pior dos homicidas. O ponto definitivamente não é esse. O problema de Márcio Thomaz Bastos não é sua expertise de criminalista, mas a sua inserção na vida política. Eu duvido que exista em qualquer outra democracia do mundo alguém como ele. É militante partidário; é um dos principais conselheiros e interlocutores de Lula (dentro e fora do poder formal) — o mesmo Lula que tenta, a todo custo, manipular a CPI; foi ministro da Justiça; guarda os arcanos da República e do PT…
Essa condição lhe rendeu hoje, durante a CPI do Cachoeira, muitos elogios, salamaleques e rapapés. Ora, foi durante a sua gestão no Ministério da Justiça, com a Polícia Federal sob o seu comando, que se estabeleceu no país a República do Grampo. Foi sob o seu comando que setores da PF decidiram brincar de luta de classes, com algumas operações espetaculosas para demonstrar que “os ricos também choram”. Sob os seus auspícios, prisões, digamos, midiáticas ganharam o noticiário. O preso poderia até ser solto logo depois, mas a notícia já estava garantida. E se criou então um mito: acabou a impunidade, acabou a festa!
Acabou? Como criminalista no Ministério da Justiça, foi dele a tese de que mensalão era mero caixa dois de campanha. O esquema Delta, diga-se, tem tudo para ser um mensalão de dimensões pantagruélicas. Não venham me dizer que devemos encarar como coisa corriqueira o fato de Dr. Márcio ora estar de um lado do balcão, tentando coibir o crime, ora estar do outro, oferecendo seus préstimos profissionais a criminosos. Não há nada de errado numa coisa. Não há nada de errado na outra. Uma e outra são parte do jogo democrático. Quando as duas condições, no entanto, se juntam num homem só, há algo de errado é na República.
(…)
VolteiLeiam trecho da reportagem de VEJA desta semana, de Otávio Cabral e Laura Diniz:
Os banhos do advogado Márcio Thomaz Bastos têm sido mais demorados nos últimos dias. É embaixo do chuveiro que ele ensaia a defesa que apresentará no plenário do Supremo Tribunal Federal. Seu cliente é José Roberto Salgado, um dos 38 réus do mensalão. Mas a participação de Thomaz Bastos no julgamento do mensalão vai muito além dele. De longe o mais ilustre dos advogados que atuarão no caso, o ex-ministro da Justiça do governo Lula é “padrinho” de cinco dos onze ministros que participarão do júri, uma vez que avalizou suas indicações nos anos em que esteve à frente da pasta. Além disso, designou ao menos dez advogados, todos seus discípulos, para trabalhar para os mensaleiros. Por fim, foi também ele o autor da estratégia de defesa urdida quando do estouro do escândalo, em 2005 e que pretendeu reduzir o crime a um simples caso de caixa dois.
A estratégia, crucial para que Lula não fosse implicado no escândalo e corresse o risco de impeachment, vem sendo sustentada até hoje. O julgamento a colocará à prova. Chamado de God (Deus, em inglês) pelos colegas, Thomaz Bastos atuará dentro e fora do tribunal, articulando as estratégias dos colegas, avaliando a disposição dos ministros e informando as tendências de condenação ou absolvição a Lula e à presidente Dilma Rousseff.
Thomaz Bastos é a estrela mais reluzente do julgamento, mas não a única. Há outro ex-ministro da Justiça (José Carlos Dias), um ex-presidente da OAB-SP (Antônio Cláudio Mariz de Oliveira), o principal advogado de Brasília (Antônio Carlos de Almeida Castro) e uma estrela da nova geração (José Luis de Oliveira Lima). Todos têm ligação profissional e pessoal com Thomaz Bastos. Especula-se que, juntos, os decanos receberão mais de 20 milhões de reais em honorários. No último mês, eles se reuniram pelo menos três vezes para combinar os principais movimentos da defesa. Há duas linhas conjuntas de ação. A primeira é postergar o julgamento ao máximo, a fim de evitar o voto de Cezar Peluso, que se aposenta em 3 de setembro. Sem ele, os advogados afirmam que precisão de apenas cinco votos para absolver seus clientes, um a menos do que se o quorum estiver completo. Além disso, suspeitam que Peluso se inclina pela condenação da maioria dos réus. O segundo movimento será o de restringir a defesa a questões técnicas, sem entrar em polêmicas políticas.
(…)
Leiam a íntegra na revista. Abaixo, alguns dos discípulos de Bastos que defendem os mensaleiros:

Comento

Só bandido defende outros bandidos, está realmente tudo dominado, pela corrupção EDÊMICA e generalizada, pelo banditismo INSTITUCIONALIZADO, sistêmico e a bandidagem Repúblicana  e Bolivariana.

Parece até "O CREPÚSCULO DOS DUSES",   verdadeiros e ABOMINÁVEIS caudilhos, criminosos e déspotas resolveram cometer todo tipo de crime na república. Estão certo que não serão punidos. "A impunidade é uma das piores coisas no nosso país, ou seria o país dos PETRALHAS? 

Postado pelo Lobo do Mar

sábado, 28 de julho de 2012

MILITAR É SER PATRIOTA ACIMA DE TUDO

Por Cardoso Lira

 

Senhor Deus do Universo e dos Exércitos, Mestres dos Mestres, em algumas casas Senhor que existem, no vosso reino onde homens honestos vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais muitas das vezes até desconfortáveis Senhor, e sofrendo muita humilhação.


Pela manhã, a um toque de corneta ou apito, se levantam para obe
decer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida. Seu nome é sacrifício e disciplina. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são tão generosos que chegam a ser, facilmente esplêndidos. As belezas de suas ações são tão grandes que os poetas não se cansam de celebrar. Eles são tão magníficos que: quando passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados, mais oprimidos, sentem estremecer alguma coisa dentro de si. Nos os conhecemos por militares...

Os corruptos Governantes, bandidos do nosso país os desprezam, humilham, são cheios de revanchismo e não reconhecem seus magníficos valores e sua importância para o país, ainda os chamam desrespeitosamente de "Milicos de MERDA"


Senhor Deus dos Exércitos, te pedimos, te imploramos, senhor sabedoria, inteligência, força orientação e dicernimento para retirarmos esta organização criminosa que se encontra no poder da república, e ainda pretende se perpetuar no poder por 50 anos até a destruição total das Forças Armadas e dos Militares.



Abençoa Senhor todos os militares e seus familiares que já estão cansados de tanto sofrimento, revanchismo e humilhação.

Postado pelo Lobo do Mar 

Focos de criminalidade e Corrupção Ameaçam Alicerces do Estado de Direito.

Por Cardoso Lira


Deixa estar e aí está,   Constatamos  com imensa tristeza, no atual e corrupto cenário  -- político nacional,   inumeráveis, abomináveis e lamentáveis fatos que vêm   sistematicamente ocorrendo na República do    PT,   envolvendo  autoridades públicas, com pouco    ou   nenhum caráter,   especialmente ministros de Estado e   funcionários do primeiro escalão do governo dos malditos  petralhas.

Muito bem,o problema é que o nosso miserável país se encontra em avançado   processo   de putrefação moral.

Há muito tempo a República está passando por uma    anomalia tão exacerbadamente Avassaladora e destrutiva.  Poucas    vezes na história deste país tivemos no  fundo do poço,   como     agora estamos no  Brasil,      um      predomínio        tão avassalador da mediocridade, da  corrupção   e    criminalidade    generalizada, ocasionando um processo flagrante de anomalia da bandidagam política.  E   o fenômeno     espalha-se por todos   os    setores da sociedade brasileira. E não    existe   uma reação à   altura   das forças vivas da Nação Brasileira.

Até as Forças Armadas,      foram       sucateadas,     definhadas e vilipendiadas, e estamos vendo o fundo do poço.

"Nunca antes na história deste país tivemos tantos casos de suicídios na caserna".

Será que os bandidos que hoje se    encontram no   poder, vão pagar por todos esses crimes? Como vão ficar as    FFAA e os Militares? Não vamos fazer nada? Pelo menos vamos sair  da inércia.

Postado pelo Lobo do mar

Não cutuque a Onça






Por Aileda de Mattos Oliveira

Primeiro foi o Jobim. Abraçou a onça do CIGS para mostrar ser tão fera quanto a fera. Acredito que o felino estivesse sonolento com o odor petista que devia exalar do arrogante chefão. Daí, aguentar tirar uma foto com o falso ‘quatro estrelas’, sem lhe arreganhar os caninos.

A situação é outra, de seriíssimas consequências. Mas a presidente não quer copiar o seu antigo ministro e abraçar a onça. Ao contrário, vem de cutucá-la com o canetaço guerrilheiro, substituto das armas pesadas de outrora. Mas essa onça é de outra categoria, portanto, cautela com as disparatadas assinaturas apostas em Medidas Provisórias, que na concepção estranha dos ocupantes do poder, são sempre definitivas, já que o Poder Legislativo faz vista grossa quanto às suas validades, pois, esta Casa regulada pelo Executivo, é mera ficção.

Dar um salário mais alto a um agente penitenciário ou de polícia em início de carreira do que recebe um coronel com vinte e cinco anos de serviço, e equiparar o salário de um carcereiro ao de um general é abusar demais do poder de desenhar seu nome búlgaro nos documentos oficiais brasileiros.

Se a presidente é Comandante em Chefe das Forças Armadas, e é com horror que escrevo isto, deve saber que se algo acontecer ao país será a única acusada de crime de lesa-pátria. Será a única acusada de displicência com as coisas do Estado e com a sua defesa. Será a única acusada de responsabilidade pelo desaparelhamento das Forças. Será a única acusada de ter negado o aumento justo àqueles que são realmente os únicos que pensam o Brasil, mas também pensam nas suas famílias e têm filhos para criar e educar.

Carlos Lacerda, o melhor, o mais empreendedor governador do então Estado da Guanabara, agora espoliado Estado do Rio de Janeiro, sempre dava aos servidores (policiais, bombeiros, professores) o mesmo índice salarial que o governo federal. Assim eliminava as distorções, tão aberrantes nos dias de hoje. Mas Lacerda era inteligente e sabia governar.

Infelizmente, essas Forças, na hora em que a presidente estiver em aperto, sairão em seu socorro. Infelizmente, repito. Como advogo pela Pena de Talião, deveriam deixar acontecer, já que a comandante nada faz em benefício dos seus comandados, nada faz em benefício das que são consideradas as mais respeitáveis instituições nacionais. Nada faz, por medo. MEDO!

Paradoxalmente, ao final de mais um ano de desgoverno, o rancho presidencial com a trupe familiar começa a se movimentar em direção a uma das Organizações Militares, que tem de gastar o que não lhe dão para satisfazer a truculenta e os seus graciosos descendentes, nas felizes férias de verão.

Expressando-se mal, organizando pior as ideias que brigam entre si, foi galgando os degraus da política pelos acordos e não pelo saber. Para ser presidente da república, atualmente, basta comprar votos e aliados de ocasião, não precisando, em absoluto, ser alfabetizado. Mas para se atingir o generalato, a cara senhora desconhece que é preciso viver com os livros, fazer cursos, aprimorar-se continuamente, acumular conhecimentos específicos à sua área de atuação, sem os quais o militar não chegará ao último estágio de sua carreira, aos quarenta anos ou mais de serviço.

A insensatez dessa senhora é tão grande que a impede de ter um raciocínio lógico, de enxergar as evidências de que provocar o desequilíbrio do país pela desmoralização dos membros das Forças, ao equipará-los ao abridor e fechador de portas da carceragem, é brincar com a sorte que AINDA está do seu lado. Mas não se iluda a eterna guerrilheira: apesar de esta onça não ser pintada (ou por esta mesma razão) quando acuada, adquire uma força extraordinária que a sua bisonha imaginação não pode supor.

É chegado o tempo. O tempo kairós, como diziam os gregos. É o momento exato de se tomar a decisão correta. Se essa pequena presidente tivesse coragem, não fosse dominada pelos seus retrógrados parceiros, não ouvisse a voz rouquenha de um Lula ignorante e ultrapassado, transformaria as Forças Armadas no sustentáculo do desenvolvimento do país, de sua defesa, levantando o moral de seu medíocre governo e reintroduzindo a moral que não existe nele.

Mas falta-lhe coragem, falta-lhe coragem de romper com o passado, falta-lhe coragem de ver que os tempos mudaram, falta-lhe coragem de reescrever o futuro do país com clarividência, falta-lhe coragem de dar às costas aos parceiros internos e aos da periferia latina, desequilibrados detentores do poder. Falta-lhe coragem porque lhe falta personalidade. Mas sobra-lhe medo, o medo das Forças. Medo de aliar-se a elas para dignificar o país, para elevar a nação à posição de potência atlântica. Por isso, tropeça seguidamente como chefe de Estado, por isso, fracassa continuamente como comandante em chefe.

Quanto à onça, está quieta além do desejável, parecendo frouxa, como já disseram alguns, mas está alerta, felinamente alerta. É bom não cutucá-la com o canetaço do poder, instrumento mais adequado ao demagógico assistencialismo, corrosivo meio de submeter o povo, já de natureza, servil.

Aileda de Mattos Oliveira é Professora Dr.ª em Língua Portuguesa. Membro da Academia Brasileira de Defesa.


Coaf confirma irregularidades em transações da família Sarney

Por José Ernesto Credendio, na Folha:

O Coaf, órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda, confirmou irregularidades em transações financeiras realizadas pela família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e aplicou multa a Teresa Murad Sarney, nora do senador. Teresa controlava a empresa São Luis Factoring, intermediária de operações financeiras da família. A multa, de R$ 70 mil, foi aplicada pela Secretaria Executiva do Coaf à nora e à empresa. Ainda cabe recurso. Segundo o órgão, a empresa realizava as transações sem informar que havia dinheiro da família Sarney, que são as chamadas PEPs (pessoas expostas politicamente) e alvos dos órgãos de controle. Também escondia as próprias movimentações de recursos.
Teresa é casada com Fernando, filho do peemedebista e principal responsável pelos negócios da família. Na época da abertura do inquérito da Polícia Federal, o Coaf informou ter encontrado R$ 2 milhões em operações “atípicas” atribuídas a Fernando e a Teresa. Foram as atividades da empresa de factoring que levaram a Polícia Federal a investigar Fernando na operação Boi Barrica (depois Faktor), realizada em 2007.
Segundo a PF, a empresa foi criada somente com o objetivo de prestar serviços ao grupo. No relatório da operação, a polícia cita que havia “inúmeros” depósitos em dinheiro na conta da factoring. A operação que teve as provas anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em setembro de 2011. Segundo o ministros do STJ, grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais. O Ministério Público Federal recorreu da decisão.

Postado pelo Lobo do Mar

quinta-feira, 26 de julho de 2012

UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NO PODER


Por Maria Lucia Victor Barbosa
 


Desde que o PT foi entronizado no posto mais alto da República a nação foi se acanalhando. A sucessão de escândalos anestesiou as mentes e poucos se indignam com a imoralidade reinante nos Poderes Constituídos. Os sentimentos populares foram amestrados pela propaganda incessante e o mito do pobre operário foi suficiente para que a corrupção sempre havida alcançasse seu paroxismo sem que nenhum protesto fosse ouvido. Não houve nem partidos, nem instituições, nem grupos de pressão que agissem como oposição ao desgoverno populista, perdulário, enganador.


Lula foi reeleito. Verborrágico como um caudilho latino-americano, debochado como um frequentador de boteco, praticante do autoelogio, ególatra ao extremo, ele conquistou as massas pobres iludidas com bolsas da caridade pública. Atraiu o apoio dos ricos que financiaram suas campanhas e, depois, se refestelaram nos lucros que ele lhes proporcionou. A classe média, especialmente a composta por professores e estudantes universitários, artistas, clérigos da Teologia da Libertação, ou seja, os entusiastas das utopias que prometeram o céu e transformaram a vida em inferno, viram no pelego sindicalista a ansiada personificação do proletário que iria liderar a lutas de classes. 


Com Lula lá empunhando seu cetro diante de companheiros e seguidores, o pior da América Latina em termos de governantes se tornou expressivo. E o magnânimo presidente, em detrimento dos interesses brasileiros, facilitou a vida de déspotas travestidos de democratas como Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e outros mais. Com tais compadres Lula compartilhou o ódio à liberdade de imprensa, como é também o caso de Cristina Kirchner, sempre adulada pelo petista. 


Em todo mundo a política externa lulista seguiu vergonhosamente apoiando os piores tiranos que exercitam aberrante desrespeito aos direitos humanos como, por exemplo, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad. 


Acontece que Lula da Silva sempre foi um homem de muita sorte, o que é confundido com capacidade. Herdou a herança bendita do Plano Real, surfou durante seus dois mandatos, até 2008, nas águas calmas da economia mundial e ainda logrou eleger sua sucessora, Dilma Rousseff. Esta fiel seguidora do seu criador político imita seus gestos, perpetua seu populismo, não dá um passo sem consultá-lo. Sobre ela também um mito é tecido: é a gerente, a “faxineira”, a economista. 


Entretanto, se Lula satisfazia a plateia contando piadas de mau gosto em péssimo português, Rousseff, quando discursa, parece não conseguir ligar um parágrafo com outro se levanta os olhos do papel. Sua linguagem é confusa. Seu pensamento obtuso. Mesmo quando tenta agradar assume uma atitude colérica como se vivesse em perpétua fúria. 


Em política externa ela segue, como em tudo mais, as ordens do mestre. Foi assim que, por seu intermédio, em conluio com Cristina Kirchner e aquiescência de José Mujica, o Brasil mais uma vez encenou procedimento vergonhoso, covarde, arbitrário ao suspender o Paraguai do Mercosul por causa do impeachment de Fernando Lugo, um ato legítimo, legal e soberano daquele país. 


Esta, sim, foi uma manobra desonesta levada a efeito para introduzir no Mercosul Hugo Chávez, o despótico governante da Venezuela que tentou assumir o poder através de um fracassado golpe. Posteriormente foi eleito, mas, alterando a Constituição a seu-bel prazer tem se perpetuado no cargo desde 1999. Prepara-se agora para nova eleição com pleno apoio e intromissão de Lula na política venezuelana. 


Enquanto seguem as lutas do poder pelo poder, sinais preocupantes vão aparecendo na esfera econômica, em que pese o falso otimismo da presidente e de seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. A produtividade da economia encolheu pelo segundo ano consecutivo. A Petrobrás estagnou. Segundo O Estado de S. Paulo, “a produção industrial recuou cinco anos e vai cair mais”. “De janeiro a junho o valor das exportações foi de 1,7%, menor do que um ano antes, enquanto o das importações foi 3,7% maior”. Aumenta a inadimplência e a inflação. O reflexo no desemprego será inevitável e já começou acontecer. E o PIB, que agora não tem importância para a presidente, pode ficar abaixo de 2%. 


Culpa dos ricos, da crise mundial, dirão Rousseff e Mantega para esconder o próprio fiasco. Será só isso? Segundo o BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais: “O caminho escolhido nos últimos anos para promover o crescimento econômico – crédito – se tornou insustentável e pode levar o Brasil ao desastre”. 


Por essas e por outras me envergonho do meu país. 


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. www.maluvibar.blogspot.com.br -mlucia@sercomtel.com.br
Postado pelo Lobo do Mar

Um tiro na nuca da nação


Uma Urgente Aula de História ( recente ) O Futuro do PT!!


Por Cardoso Lira

“Nascimento” do PT:
O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento de um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
“Crescimento” do PT:
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
“Maioridade” do PT:
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastaram do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do corrupto e nocivo governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada, do crime organizado, da bandidagem e da corrupção.

"O PERIGO É O SILÊNCIO, o futuro cobrará justiça a todos os políticos corruptos  e bandidos que tentaram falsificar a própria história".


Por Guuilherme Fiuza

Carlinhos Cachoeira disse que vai à CPI quando quiser, porque a CPI é dele. Quase simultaneamente, um dos agentes federais que o investigaram é executado num cemitério, enquanto visitava o túmulo dos pais. Al Pacino e Marlon Brando não precisam entrar em cena para o país entender que há uma gangue atentando contra o Estado brasileiro. Em qualquer lugar supostamente civilizado, os dois tiros profissionais na nuca e na têmpora do policial Wilton Tapajós poriam sob suspeita, imediatamente, os investigados pela Operação Monte Carlo - alvos do agente assassinado. Mas no Brasil progressista é diferente.


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se pronunciou sobre o crime. Declarou que "é leviano" fazer qualquer ligação entre a execução do policial federal e a operação da qual ele fazia parte. E mais não disse. Tapajós foi enterrado no lugar onde foi morto. Se fosse filme de máfia, iam dizer que esses roteiristas exageram. No enterro, alguém de bom-senso poderia ter soprado ao ouvido do ministro: dizer que é leviano suspeitar dos investigados pela vítima, excelência, é uma leviandade.



Mas ninguém fez isso, e nem poderia. O ministro da Justiça não foi ao enterro. Wilton Tapajós era subordinado ao seu ministério, atuava na principal investigação da Polícia Federal e foi executado em plena capital da República, mas José Eduardo Cardozo devia estar com a agenda cheia. (Talvez seja mais fácil desvendar o crime do que a agenda do ministro.) Por outro lado, o advogado de Cachoeira, investigado pelo agente assassinado, é antecessor de Cardozo no cargo de xerife do governo popular. Seria leviano contrariar o companheiro Thomaz Bastos.



Assim como o consultor Fernando Pimentel (ministro vegetativo do Desenvolvimento) e Fernando Haddad (o príncipe do Enem), Cardozo é militante político de Dilma Rousseff e ministro nas horas vagas. O projeto de permanência petista no poder é a prioridade de todos eles, daí os resultados nulos de suas pastas. Cardozo anunciara que ia se aposentar da política, e em seguida virou ministro. Lançou então seu ambicioso plano de espalhar UPPs pelo país e se aposentou (da função de cumpri-lo). Deixou de lado o abacaxi do plano nacional de segurança, que não dá voto a ninguém, e foi fazer política, que ninguém é de ferro. Para bater boca com a oposição e acusá-la de politizar a operação da PF, por exemplo, o ministro não se sente leviano.



Carlinhos Cachoeira era comparsa da Delta, a construtora queridinha do PAC. O bicheiro mandava e desmandava no Dnit, órgão que, além de acobertar as jogadas da Delta, intermediava doações para campanhas políticas, segundo seu ex-diretor Luiz Antonio Pagot. Entre essas campanhas estava a de Dilma Rousseff, da qual Cardozo fazia parte. O policial federal assassinado estava entre os homens que começaram a desmontar o esquema Cachoeira-Delta, e seus tentáculos palacianos. O mínimo que qualquer autoridade responsável deveria dizer é que um caçador da máfia foi eliminado de forma mafiosa. Mas o falante ministro da Justiça preferiu ficar neutro, como se a vítima fosse o sorveteiro da esquina. Haja neutralidade.



Montar golpes contra o Estado brasileiro é, cada vez mais, um crime que compensa. Especialmente se o golpe é montado dentro do próprio Estado, com os padrinhos certos. Exemplo: às vésperas do julgamento do mensalão, um conhecido agente do valerioduto acaba de ser inocentado, candidamente, à luz do dia.



Graças a uma providencial decisão do Tribunal de Contas da União - contrariando parecer técnico anterior do próprio TCU -, Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que permitiu repasses milionários à agência de Marcos Valério, não deve mais nada a ninguém. Os famosos contratos fantasmas de publicidade, que permitiram o escoamento sistemático de dinheiro público para o caixa do PT, acabam de ser, por assim dizer, legalizados. Nesse ritmo, o Brasil ainda descobrirá que Lula tinha razão: o mensalão não existiu (e Marcos Valério se sacrificou por este país).



O melhor de tudo é que uma lavagem de reputação como essa acontece tranquilamente, sem nem uma vaia da arquibancada. No mesmo embalo ético, Delúbio Soares já mandou seu advogado gritar que ele é inocente e jamais subornou ninguém. O máximo que fez foi operar um pouquinho no caixa dois, o que, como já declarou o próprio Lula, todo mundo faz. Nesse clima geral de compreensão e tolerância, o ministro do Supremo Tribunal Federal que passou a vida advogando para o PT já dá sinais de que não vai se declarar impedido de julgar o mensalão. O Brasil progressista há de confiar no seu voto.



Esses ventos indulgentes naturalmente batem na cela de Cachoeira, que se enche de otimismo e fala grosso com a CPI. Se o esquema de Marcos Valério está repleto de inocentes, seria leviano deixar o bicheiro de fora dessa festa.



Guilherme Fiuza é jornalista.



Ao negar a existência do mensalão, José Dirceu pôs a culpa em Delúbio Soares. Num documento de onze páginas, que está sendo distribuído à imprensa, a Assessoria do ex-ministro-chefe da Casa Civil diz que o ex-tesoureiro do PT assumiu as irregularidades. "Nunca houve o chamado mensalão. O que de fato existiu foi a prática de caixa dois para cumprimento de acordo eleitoral, conduta irregular prontamente assumida por Delúbio Soares e o PT sobre a relação com partidos aliados em 2004", diz o memorial feito para jornalistas. O texto diz que não foi comprovada a suposta compra de votos para parlamentares apoiarem o governo no Congresso. De acordo com a defesa de Dirceu, o mensalão foi uma "fantasia" criada por Roberto Jefferson, então líder do PTB, que teria sido desmentida no processo.

Réu número um do mensalão, Dirceu vai acompanhar o início do julgamento em São Paulo. Aconselhado por advogados e assessores, Dirceu desistiu de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também de fazer a sua defesa aos ministros da Corte. Advogados alertaram-no que fazer a defesa pessoalmente seria uma estratégia suicida. Essa prática é absolutamente incomum nos tribunais brasileiros. Além de ser considerada como uma ofensa ao trabalho dos advogados, defender-se pessoalmente é prática vista como arrogante, que pode transmitir a imagem de desafio direto aos julgadores. Os criminalistas são unânimes a desaconselhar os clientes a fazê-lo.

Segundo seus assessores, Dirceu deve adotar uma postura "low profile" e evitar eventos públicos durante a primeira semana de agosto. Ele deve cancelar a sua participação num debate, no sábado, sobre o Movimento de Libertação Popular (Molipo), uma das organizações que lutou contra o regime militar. O evento vai ser realizado no Memorial da Resistência de São Paulo, no bairro da Luz. Dirceu também não vai montar um "bunker" para contestar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que vai fazer a acusação do mensalão assim que o julgamento tiver início, em 2 de agosto.

 As alegações de Gurgel vão ser rebatidas por meio do advogado do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Luis de Oliveira Lima, o Juca, no dia seguinte. Como Dirceu foi colocado como réu número um do mensalão pelo Ministério Público Federal, Juca será o primeiro advogado a apresentar defesa oral aos ministros do STF. Ele deve defender Dirceu em 3 de agosto. No momento em que o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, começar a votar as acusações contra Dirceu, o ex-ministro deve permanecer em São Paulo e assistir à sessão do STF pela televisão. A não ser que tenha um rompante, Dirceu não irá a Brasília. (Valor Econômico)






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