quarta-feira, 10 de junho de 2009

Senado mais de 300 atos secretos para criar cargos.

Senado mais de 300 atos secretos para criar cargos

Senado federal acumula mais de 300 atos secretos para criar cargos e nomear parentes, amigos. Além de falta de respeito com o contribuinte, ainda é bandidagem.

Por Rosa Costa e Leandro Colon, no Estadão:
Depois da revelação feita no mês passado por um estudo da Fundação Getúlio Vargas de que o Senado tinha mais 600 funções comissionadas e cargos com gratificação, descobre-se agora outra caixa-preta na Casa. Atos administrativos secretos foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários. Levantamento feito por técnicos do Senado nos últimos 45 dias, a pedido da Primeira-Secretaria, detectou cerca de 300 decisões que não foram publicadas, muitas adotadas há mais de 10 anos. Essas medidas entraram em vigor, gerando gastos desnecessários e suspeitas da existência de funcionários fantasmas.
O Estado teve acesso a esses atos secretos, que, após o início da investigação interna, começaram a sair como “boletins suplementares”, inseridos nos respectivos meses a que se referem, com data da época. Na relação, aparecem as nomeações da ex-mulher do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) na Advocacia-Geral e da ex-presidente da Câmara Municipal de Murici, cidade cujo prefeito é filho do hoje líder do PMDB, Renan Calheiros (AL).
Também secreto é o ato que exonerou um neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), então lotado no gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-MA). A exoneração, pelo modo secreto, ocorreu para não dar visibilidade à existência de um parente não-concursado de Sarney nos quadros da instituição no momento em que o Senado se via obrigado a cumprir a súmula antinepotismo do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na pesquisa dos técnicos do Senado, surgem ainda medidas impopulares, como a que estende assistência vitalícia odontológica e psicológica a marido ou mulher de ex-parlamentares. Os boletins secretos revelam também que mais um filho e um irmão do ex-diretor João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos) trabalharam no Senado, além dos outros sete parentes já conhecidos. Aqui

BANDIDAGEM, CORRUPÇÃO E MARACUTAIA EM ALTO NÍVEL

Super atos secretos de bandidagens no Senado beneficiou NETO de Sarney

Por Rodrigo Rangel, no Estadão:
João Fernando Michels Gonçalves Sarney é um jovem de 22 anos que está perto de terminar o curso de administração numa faculdade particular de Brasília. Apesar da pouca idade e de ainda não ter diploma, ele carrega no currículo, além do sobrenome de peso, um emprego de prestígio. Por um ano e oito meses, João ocupou formalmente um dos postos mais altos da estrutura funcional do Senado. Foi secretário parlamentar, função que dá direito a salário mensal de R$ 7,6 mil. A história agora se tornou conhecida graças à revelação dos atos secretos.
É o próprio João Fernando quem revela as credenciais que lhe garantiram o bom emprego. Procurado ontem pelo Estado, respondeu sem rodeios à pergunta sobre sua relação com o presidente do Senado. “Sou neto do senador Sarney, meu pai é o Fernando”, disse. Ele se referia a Fernando José Macieira Sarney, filho mais velho do senador e encarregado de tocar os negócios da família. A mãe de João, Rosângela Terezinha Michels Gonçalves, candidata a Miss Brasília em 1980, é ex-namorada de Fernando.
O rapaz foi nomeado assessor do Senado em 1º de fevereiro de 2007. Quem assinou a nomeação foi o atual diretor-geral da casa, Alexandre Gazineo, na época adjunto do então todo-poderoso Agaciel Maia. João deveria trabalhar no gabinete do senador Epitácio Cafeteira, do PTB do Maranhão, terra dos Sarney. Esteve lotado no Senado até 3 de outubro do ano passado, quando um novo ato secreto, também assinado por Gazineo, formalizou sua saída.

COMENTO
Meus amigos estamos diante de uma super facção criminosa (PETRALHA), que além de roubar, matar, extorquir dinheiro público, ainda etimula os outros poderes da República a fazerem o mesmo.
Onde está o MPF que não fiscaliza essas bandidagens? Nunca na história desse país foi cometido tantos crimes, com o dinheiro público como agora.
Nas próximas eleições vamos pensar bem antes de votarmos nesses bandidos e canalhas que estão no congresso só para tirar proveito próprio e beneficiar seus parentes famíliares. Isso é um absurdo.
Enquanto isso os militares continuam com seus salários defazados em mais de 60% em relação a 1964.
Os PMDF continuam ganhado três vezes mais que os militares das FFAA. Isso é um grande escárnio e sem precedente na nossa nação brasileira. Cadê os oficiais generais que não fazem nada para mudar esse triste e caótico quadro.