domingo, 29 de setembro de 2013

FORÇAS ARMADAS: Depoimentos dramáticos de militares mostram as razões de frustração com a carreira


Quartel-General do Exército, em Brasília (Foto: Arquivo do Exército)
Quartel-General do Exército, em Brasília (Foto: Arquivo do Exército)
Teve grande repercussão Post do Leitor com texto do coronel reformado do Exército Marco Antonio Esteves Balbi apontando as possíveis razões pelas quais centenas de oficiais pedem demissão das Forças Armadas anualmente: em três dias, mais de 40 mil acessos — e as visitas ao post continuam.
O post provocou também muitos comentários de militares ou ex-militares das três Armas e de diferentes graduações, explicitando, na maior parte, as razões de seu desencanto com a carreira militar.
Acho que o blog presta um serviço aos responsáveis ao registrar aqui algumas das opiniões, não raro dramáticas ou muito críticas, desses integrantes ou ex-integrantes das Forças Armadas. Opiniões como essas deveriam, no mínimo, provocar reflexões do Ministério da Defesa, dos comandantes militares e do governo.
Não identifiquei os autores por razões óbvias.
Confiram:
De um engenheiro militar
“Sou engenheiro militar, formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).
Atualmente, mais de 50% da minha turma já saiu do Exército, e outros tantos estudam para concurso público. O salário, abaixo das expectativas e muito aquém daqueles percebidos por peritos da Polícia Federal, engenheiros do Senado, fiscais do dos tribunais de contas municipais, do Tribunal de Contas da União, fiscais de impostos etc, faz com que o engenheiro militar (que é um camarada inteligente) pense em sair.
Aliado a isso estão a falta de recursos para pesquisa e desenvolvimento, o sucateamento dos materiais, a burocracia exagerada (engessamento pela Lei nº 8.666, de 1993), a falta de visão de futuro por parte do alto escalão (falta de uma política de continuidade das pesquisas e do orçamento) e a estruturação da carreira.
Inconcebível [para as Forças Armadas] achar que vão conseguir permanecer com engenheiros de alto nível (formados pelo IME ou pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, ITA) pagando 5.500 reais (líquidos) por mês, com dedicação exclusiva (sem poder trabalhar em outra coisa), sem horários (regime integral), tirando serviço de 32 horas (24h + 8h de expediente), fazendo mudança com sua família a cada 3 anos, sem incentivo para fazer um mestrado ou doutorado (mestrado bruto sobre salario – 8% e doutorado – 5%).
Nem ao menos os direitos trabalhistas concebidos pela CLT nos são aplicados (FGTS, hora extra, etc…).
Vivemos no século XXI — mas com condições de trabalho, rituais e mentalidade praticados no século XIX. A única coisa que evoluiu foi o desprestígio”.

O desfile militar de 7 de setembro do ano passado, em Brasília: integrantes das três Forças Armadas têm muitas queixas e críticas (Foto: Agência Brasil)
Do militar que não identifica Arma e posto Eder
“Acredito que vai melhorar!! É notável a desvalorização social e a inferioridade salarial dos militares em relação ao funcionalismo público federal, do qual fazemos parte.
É duro saber tal realidade e conviver com ela.
Tiraram quase tudo de nós: licença-prêmio, posto acima após ida para reserva remunerada, etc etc…
Mas vai melhorar”.

Do ex-capitão do Exército Kleber
“Passei em concurso para auditor fiscal do trabalho em 2007 e deixei o Exército no posto de capitão. Meu subsídio atualmente é de 20 mil, bem superior ao de major, posto que estaria ocupando atualmente.
Deixei o Exército pensando em ganhar mais, mas depois percebi que deveria ter saído antes, mesmo que para ganhar menos”.
“Passei quase 10 anos da minha vida dentro das Forças Armadas, na maior parte do tempo, sob o julgo de pessoas despreparadas, autoritárias e sem muito comprometimento.

Do sargento da Marinha S. M.
“Não somos valorizados, somos menosprezados e desprezados, mas quando a polícia não dá conta…. ‘Chamem os militares’.
Quando há tragédias…
‘Chamem os militares’.
Epidemia de dengue e outras mais… ‘Chamem os militares’.
E por aí vai!”

Do ex-marinheiro e ex-praça do Exército Leonardo
“Depois de 3 anos ‘descascando batata no porão’ na Marinha e 5 anos e meio como’soldadinho de chumbo’ no Exército, saí para a Polícia Rodoviária Federal e pude perceber quão inútil eu era para a Nação brasileira.
Inútil não por vontade própria, mas o sistema faz todos serem inúteis. Fora a disciplina e a preparação física, nada mais se aproveita na rotina do militar. As praças trabalham para satisfazer o ego do oficialato, que na maioria das vezes, utiliza-se de regulamentos desatualizados e inconstitucionais para valer sua tirania.
Enfim, depois de 5 anos olho ora trás e vejo que, se houvesse vontade, muita coisa boa poderia ser feito para resgatar o orgulho militar, mas o que vejo é apenas que o sistema continua burro e opressor”.

Exercícios da Academia Militar das Agulhas Negras, AMAN (Foto: Arquivo do Exército)
Exercícios da Academia Militar das Agulhas Negras, AMAN (Foto: Arquivo do Exército)

Do ex-suboficial da Força Aérea Brasileira Jorge 
“Deixei a FAB com 23 anos de serviço – já era suboficial – e para ganhar um pouco menos no início, mas hoje ganho quase 5 vezes mais como servidor público civil.
Não saí só por causa de salário, mas por não ver nenhuma perspectiva de futuro, a não ser marchar, marchar e marchar para um monte de inúteis ficarem olhando.
Estava me sentindo como se fosse invisível, ninguém dá valor. Não me arrependi nem um pouco, e hoje tenho certeza de que não morrerei frustrado, e tudo porque parti para uma vida diferente e muito melhor.
Também não desprezo a Força, que me deu muitas alegrias no início da carreira, deixei muitos amigos lá, mas tudo tem seu tempo.
Hoje meus filhos estão bem encaminhados, a ainda bem que não escolheram seguir esse caminho”.

 Do ex-soldado do Exército Helton
“Servi como soldado em 2002 no 31º Batalhão de Infantaria Motorizada (31 BIMTz) , sediado em Campina Grande (PB), fiz concurso para a Escola de Sargento de Armas (ESA) e infelizmente não passei, mas continuo a tentar: as Forças Armadas dão estabilidade.
Sei que há muito o que melhorar e que estão perdendo muita gente inteligente , mas ainda é uma das melhores carreiras”.

Do militar que não identifica Arma e posto Eustáquio
“Não passamos 24 horas por dia à disposição de organizações militares; passamos a vida toda à disposição da Nação”.

Do militar do Exército Lamarca
“O Exército infelizmente está no gelo, vejo isso pelas escalas de serviço que são penosas e sugadas!
O recruta, o soldado antigo, o cabo, seja cabo da guarda ou motorista, as missões que nos dão e tudo isso nos impede de termos uma vida familiar nos fins de semana (…).
Tudo isso ocorre por que temos poucos homens e, com poucos homens, não tem quem colocar nas escalas de serviço para ficarem largas e assim termos folgas (…).
Se o Exercito não tem gente para fazer seus próprios serviços, imagine pra uma guerra?! Quem nos salvará?”

Do sargento do Exército O. J. 
“Sou sargento do Exército e estou aguardando minha nomeação para dar baixa; não é só o salário baixo, são também a mentalidade atrasada, as constantes movimentações, as falcatruas nas licitações.
Uma coisa irracional é um sargento com mais de dez anos de serviço, experiência na Amazônia, que já serviu em mais de seis Estados da federação ser subordinado a um oficial temporário, sempre ‘filhinho de papai’, que não tem conhecimento profissional, apenas é peixe de ‘alguém’ que conseguiu colocá-lo num CPOR [Centro de Preparação de Oficiais da Reserva] da vida.
É humilhante ter como superior um cara que você tem que dizer a ele o que tem que ser feito e se você não o faz sempre aparece alguém para te cobrar.
É obrigação do sargento de carreira orientar o oficial temporário para que ele não cometa erros. Só no Exército isso ocorre: o subordinado ter que ensinar ao superior a trabalhar, mesmo ganhando metade do salário. O Exército inverte a lógica, o que é simplesmente imoral”.


Instalações do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos (SP) (Foto: defesanet.com.br)
Do ex-oficial engenheiro da FAB Leonardo
“Eu fui oficial engenheiro da FAB por 5 anos, trabalhava com manutenção de aeronaves e dificilmente via faltar dinheiro para os reparos necessários.
No entanto, o que vi bastante (e isso foi um dos motivos principais para minha saída) foi desorganização estrutural, ineficiência administrativa, falta de competência em gestão dos oficiais superiores e dos oficiais generais, aliadas a uma boa dose de excesso de ego, que os fazia tomar todo tipo de decisões arbitrárias, sem precisar dar satisfação sobre o dinheiro público gasto de maneira ineficaz.
É certo que existe um grande problema macro, porém creio também que as FFAA já tinham que ter começado a rever seus problemas internos antes de saírem jogando toda a culpa na ‘falta de apoio’ do governo”.

Do militar do Exército Mário
“Sou militar da ativa logo passarei para a reserva, se Deus permitir. Vibro muito em ser militar do EXÉRCITO, mas hoje vejo que perdi muito tempo tendo esperança de que um dia a minha carreira iria melhorar.
O resultado é que me arrependo muito de ter ficado no Exército, com uma carreira muito frustante e miserável. Olhando para tropas de outros países, são vergonhosos os nossos equipamentos, muito ultrapassados.
Do jeito que se segue é melhor fechar as portas”.

Do militar do Exército Bernardino
“Os praças sim, especialmente os sargentos do quadro especial (Sgt QE), cabos e soldados, vivem em extrema dificuldade financeira.
Além do salário ser o menor de todos, não têm nem uma ajuda adicional, como por exemplo uma transferência de sede a cada dois ou três anos, que na minha opinião deveria ocorrer, e outras coisas mais, pois é essa turma que realmente carrega a base da Força nas costas, como por exemplo; motoristas de carreta de tanques, motoristas de viaturas de todos os tipos, mecânicos, eletricistas, cozinheiro, pedreiros, pintores e ocupantes de outras funções, além do o próprio combatente de fogo”.

Do sargento da FAB Alexandre
“Sou graduado (sargento especialista) da FAB e posso assegurar que o número de baixas entre os sargentos é muito maior que a dos oficiais, por ganharem menos ainda, terem uma escala de serviço apertada e uma pouca valorização no seu plano de carreira em relação aos oficiais e mesmo aos taifeiros, que são equiparados aos sargentos, sem nenhum concurso”.

De um sargento do Exército
“Estou na ativa e tenho a plena convicção de que as Forças Armadas estão totalmente falidas. Nós, praças, sargentos e familiares a cada dia somos mais humilhados , desvalorizados e nos sentimos envergonhados de vestir essa ilusão que se chama Forças Desarmadas.
O que ainda deixa essa farsa de pé é o inconstitucional Regulamento Disciplinar que subjuga e rebaixa profissionais (pais de família) a situações desumanas”.

Do ex-militar da Marinha “Feliz da Vida”
“Saí da Marinha em 2006, na época para ganhar metade do que ganhava na Força.
Não me arrependi em nenhum momento.
Militar não tem gestão de recursos humanos, não sabe o significado de capital humano. Lá existe a Divisão de Pessoal.
Saí como segundo-tenente intendente, 2 anos depois passei em um bom concurso e hoje ganho quase o dobro dos capitães da minha turma.
Posso pagar colégio pro meu filho e vê-lo crescer…
Jovem oficial saia das Forças Armadas e vá ser feliz!”

A sede do Instituto Militar de Engenharia, subordinado ao Exército, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro (Foto: IME)
Da militar que não identifica Arma ou posto Maria
“A falta de materiais e seus desgastes tanto nos campos, armas e aviões/carros são conhecidos por toda família militar. Conviver com tais precariedades faz questionar que tipo de proteção podemos dar ao país!
O salário baixo pesa, o fim de semana trabalhando em prol da pátria agride, a falta de estrutura coloca em risco a própria vida, o sonho de um dia ter participado das Forças Armadas e ter orgulho em vestir a farda está acabando com uma juventude que QUERIA PROTEGER O PAÍS, queria… pq não se tem condições com o que é oferecido pelos governantes…
Os militares estão tão desprotegidos quanto o restante do povo…. a única diferença é q estão fardados!”

2ª Brigada de Infantaria de Selva (Foto: S Ten Brandi)
Soldados da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em São Gabriel da Cachoeira (AM) (Foto: S Ten Brandi)

 Do militar que não identifica Arma ou posto Flavio
“Não podemos colocar a culpa somente no governo, nós (das Forças Armadas) sabemos que nossos superiores não estão preocupados com a atual situação dos milicos, principalmente dos praças”.

Do militar que não identifica Arma ou posto Morfeu
“A situação atual dos oficiais não é nem de longe a situação lamentável e deprimente em que vivem os praças e seus familiares.
A vaidade, incompetência, falta de coragem e o egoísmo dos oficiais superiores, aliados à falta de perspectiva na carreira, são fatores que inicialmente podem explicar essa vergonhosa situação”.

Do 3º sargento do Exército Vitor
“A situação tem se agravado e não há expectativa para mudanças positivas. Hoje, o 3º Sargento no Exército Brasileiro é considerado peça de luxo, pois a procura pelo concurso (ESA) para ingresso tem diminuído a cada ano e os que estão dentro lutam incessantemente para sair. O objetivo é aprovação num concurso que até ofereça menor salário que as Forças Armadas, em algumas situações, mas que dê, na maioria das vezes, melhores expectativas que a carreira militar. As Forças Armadas são uma fortaleza em decadência no Brasil” (Vitor)


Papel importante na selva brasileira (Foto: Arquivo do Exército)
As Forças Armadas desempenham, como se sabe, papel importante nas vastas regiões de selva do país (Foto: Arquivo do Exército)
 Do militar que não identifica Arma ou posto Navy Seal
“Os próprios líderes – generais, brigadeiros e almirantes — parecem não estar preocupados com a motivação da tropa… isto sem contar que os mais antigos vão para a reserva e voltam contratados para fazer muito pouco, prejudicando a renovação das lideranças dentro das Forças Armadas”.

De um capitão engenheiro militar do Exército
“Sou filho e irmão de oficiais militares do Exército, atualmente capitão engenheiro militar, com quase 17 anos de serviço, bacharel em Ciências Militares formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e engenheiro formado Instituto Militar de Engenharia (IME).
Falo 2 idiomas – inglês e alemão –, tenho 3 pós-graduações concluídas e estou finalizando uma terceira graduação em Engenharia Civil ano que vem.
Estou me despedindo em breve do Exército para investir na carreira empresarial (…) Vou correr atrás de meus sonhos e realizações profissionais.
Não cuspo na prato em que comi, agradeço muito ao Exército por tudo que tenho e aprendi nesses anos, mas o que o Exército tem a me oferecer nos meus próximos anos de serviço em termos de carreira, financeiros e profissionais não me interessam”.

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22/08/2013
 às 12:00 \ Política & Cia

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Postado pelo Lobo do Mar

PROGRAMA CQC SOFRE PERSEGUIÇÕES DO PT

Explicando o Foro de São Paulo e a Nova Ordem Mundial

O Povo expulsando o PT na Av Paulista

CAMPANHA DA DILMA USOU CADASTRADOS DA BOLSA FAMÍLIA COMO CABOS ELEITORAIS EM 2010. E PAGOU COM DINHEIRO DE CAIXA DOIS.

Por cardoso lira


Moradora de Campo Verde (MT), a cozinheira Sebastiana da Rocha, 33, trabalhou no segundo turno das eleições de 2010 como cabo eleitoral da campanha de Dilma. Diz ter recebido R$ 600 pela distribuição de panfletos, mas não sabia que, na ocasião, havia se tornado uma doadora da campanha.  Em julho passado, ela foi surpreendida com um telefonema do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família, do qual é beneficiária. A pasta recebera denúncia segundo a qual Sebastiana havia doado R$ 510 à campanha de Dilma e queria questioná-la a respeito disso. No dia seguinte ao telefonema, uma assistente social foi à sua casa e confirmou que ela se enquadrava nos limites de renda do programa.
"Achei isso um constrangimento. Estava parecendo que eu era um bandido que estava ali sendo investigado." Somente depois disso ela entendeu: havia sido registrada como trabalhadora "voluntária" do segundo turno da campanha, por isso aparece como doadora na prestação de contas. Assustada com o caso, registrou boletim de ocorrência na polícia e fez denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral na qual declara que não fez doação nenhuma. "Nunca me falaram sobre isso. Simplesmente lá a gente assinou contrato de prestação de serviço", diz. "Li folha por folha e não dizia nada de trabalho voluntário." Sebastiana diz que estava desempregada na época e aceitou convite de trabalho feito por uma amiga. "Gastei [o salário] com alimentos, luz e água." (Folha de São Paulo)

Campanha da ex- Guerrilheira Dilma montou super esquema de corrupção, bandidagem e caixa dois em 2010 e deu informações falsas ao TSE.

Cabos eleitorais da presidente Dilma Rousseff que aparecem como "voluntários" na prestação de contas de campanha de 2010 afirmam que receberam dinheiro pelo trabalho realizado no segundo turno da eleição. A Folha localizou 12 pessoas em Mato Grosso e no Piauí que dizem nunca ter atuado de graça, apesar de serem tratadas como prestadores de serviço sem remuneração nos papéis entregues pela campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O motoboy Fernando Araújo Matos, 23, de Teresina (PI), é um desses "voluntários" de Dilma. Ele rodava a cidade em sua moto carregando bandeiras da candidata do PT."No segundo [turno] fiquei só com a Dilma. Recebi R$ 300 e o tanque de gasolina." O nome dele e de outros cabos eleitorais aparecem em declarações individuais de "trabalho voluntário" assinadas, nas quais eles atestam estar cientes da "atividade não remunerada".

As declarações fazem parte da documentação entregue à Justiça Eleitoral, que considera "doador" quem presta serviço "voluntário". A Folha identificou ao menos 43 "trabalhadores voluntários" na prestação de contas da campanha, totalizando "doações" de cerca de R$ 20 mil. No grupo, estão os 12 localizados pela reportagem. Efetuar pagamentos de campanha e não declará-los é crime de caixa dois. O PT nega a prática e diz que suas contas foram aprovadas. No total, a campanha da atual presidente registrou arrecadação de R$ 135 milhões e despesas de R$ 153 milhões.
Nas entrevistas com os cabos eleitorais, a Folha mostrou cópias das declaração de "trabalho voluntário". A maioria confirmou a assinatura, mas disse não ter lido o documento antes. "[O trabalho] não foi de graça. Não sou otário para trabalhar de graça", disse Mariano Vieira Filho, que atuou como motoboy no PI. Já Luís Fernando Barbosa Nunes, 25, também motoboy na campanha de Dilma em Teresina, disse que sua assinatura foi falsificada no documento entregue ao TSE. "Nunca ia assinar meu nome errado. Está escrito Luís com z e eu não escrevo assim".
Em Cuiabá, a tecnóloga em segurança do trabalho Cristine Macedo, 48, diz ter ganho cerca de R$ 600 para panfletagem. "As pessoas que trabalharam precisavam do dinheiro. Eu trabalhei pelo dinheiro. Se falar em voluntário, ninguém vai trabalhar." Nas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral não há registro de pagamento a nenhum deles no segundo turno. No primeiro turno, todos trabalharam para candidatos do PT ou aliados nos Estados e foram registrados como prestadores de serviço. No segundo turno, viraram "voluntários" de Dilma.
OUTRO LADO
Procurada e informada sobre o teor da reportagem, a coordenação financeira da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, comandada pelo atual secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, José de Filippi Júnior, afirmou que a prestação de contas foi aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Os termos de trabalho voluntário foram feitos pelas coordenações estaduais da coligação e repassadas à coordenação nacional, que encaminhou para o TSE junto com toda documentação relativa à prestação de contas", disse, por meio de nota, o tesoureiro à época. Filippi Júnior disse ainda que "toda arrecadação e pagamento" foram realizados por meio de transferência bancária e registrados.
O coordenador-geral da campanha petista de 2010, José Eduardo Dutra, disse por meio de sua assessoria que o assunto não cabia a ele, porque não cuidou das finanças. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também coordenou a campanha de Dilma em 2010, disse via assessoria de imprensa que as contas foram aprovadas e que somente coube a ele a coordenação jurídica.
Também procurada no Palácio do Planalto, a assessoria da presidente Dilma Rousseff afirmou que "todas as questões relativas a 2010 são respondidas pela coordenação da campanha".  (Folha de São Paulo)


Apesar do marketing, 65% dos brasileiros não quer o PT em 2014.

Aécio Neves foi ovacionado pelos tucanos / Sérgio Lima/Folhapress
Em tom de campanha eleitoral, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou o governo federal nesta sexta-feira, 27, durante entrevista coletiva em Curitiba (PR), na abertura do encontro regional do PSDB no Sul. Acompanhado do governador Beto Richa e de outros líderes partidários, Aécio disse que a presidente Dilma precisa governar ao invés fazer "marketing".
Questionado sobre os números da pesquisa Ibope que o apontam como terceiro colocado, atrás da presidente e de Marina Silva, ainda sem partido, Aécio alegou ser natural a presidente estar na frente por aparecer a todo o momento na imprensa.
"O dado que me parece relevante é de que 60 a 65% da população brasileira não quer votar na atual presidente da República, mesmo ela tendo uma exposição diária, na mídia, quase com uma lavagem cerebral, nós temos uma candidata a presidente "fulltime", marketing. O que eu percebo é um sentimento que divido com vários companheiros. O candidato que chegar no segundo turno será vitorioso, o ciclo do PT será encerrado". (Estadão)

A Nova Ordem Petista


Por Maria Lucia Victor Barbosa

A recente vitória do PT, quando o STF livrou “mensaleiros” das penas já impostas sinalizando para outras mais atenuadas, demonstrou que a Nova Ordem Petista para a América Latina se fortaleceu e está sendo levada adiante a diretriz do Foro de São Paulo: transformar o Brasil, maior economia do continente, na União das Repúblicas Socialistas Latino-Americanas.

Com o voto do ministro Celso de Mello que modificou suas anteriores explanações jurídicas e anuiu aos embargos infringentes, postergando para a eternidade o julgamento que parecia ter chegado ao fim depois de quase oito anos de tramitação, dissipou-se a esperança de um punhado de brasileiros.

Esperança de que não seríamos mais o país de impunidade, que finalmente se realizaria a isonomia que no Direito significa que todos, sejam ricos ou pobres, são iguais perante a lei e que a proteção social deve vir da Justiça sem favorecimentos com base em diferenciações políticas, financeiras ou de quaisquer outras espécies.

Por outro lado, a sensação que a instância mais alta do Poder Judiciário se fortalecia agradava a minoria de cidadãos que vê com apreensão o domínio petista se estendendo a partir do Executivo.

Ledo engano. Favorecidos ficaram os corruptos, ladrões de nossos pesados impostos que os sustentam em cargos públicos. Retire-se o crime de quadrilha e o chefe desta e seus comparsas petistas terão suas penas reduzidas, podendo cumpri-las em regime semiaberto. Isto se não houver mais e mais embargos infringentes, até que os velhacos que promoveram o maior escândalo de corrupção do Brasil estejam totalmente livres e transformados em vítimas inocentes da imprensa, das elites e do tribunal de exceção, a merecer de novo o voto popular.

Outra consequência da decisão do STF ao acolher os embargos infringentes é o chamado efeito dominó, o que nos consagra definitivamente como o país da impunidade, refúgio ideal para bandidos do quilate de Cesare Battisti.

Conforme noticiado no jornal O Estado de S. Paulo (22/09/2013), tal decisão que empolga os advogados de defesa dos mensaleiros com a possibilidade de lançar mão de mais recursos para defender seus clientes, pode beneficiar réus de 306 ações que se arrastam na Corte, sem previsão de conclusão. Entre os que poderão ingressar com o recurso estão o deputado Paulo Maluf (cabo eleitoral do prefeito Haddad) e os senadores Fernando Collor e Jader Barbalho.

Aos que apelam ao direito de defesa dos réus como algo inerente aos direitos humanos é bom lembrar as palavras do ex-ministro do STF, Eros Grau. Disse ele em entrevista no jornal acima citado sobre os embargos infringentes:

“Admiti-los no STF levaria à instalação do moto perpétuo processual”. “Se cada quatro ou cinco votos forem fiéis, a cada julgamento sobrevirão novos embargos e, continuamente, outros mais”. “Sem fim”. “Os embargos de divergência têm sentido nos tribunais estaduais e regionais”. “Na esfera do STF não, pois ele não se curva, não se põe de joelhos para ser sobreposto a si mesmo”.

O STF se pôs de joelhos e pôs a Nação de joelhos diante do PT e do Foro de São Paulo, pois reforçou ainda mais o Executivo. Já o Legislativo é o que se conhece, facilmente comprável.

Em recente e magistral texto, baseado na mídia internacional, Francisco Vianna cita uma recente publicação do The Wall Street Journal, sobre os rumos do Brasil, que vale a pena repetir:

“Tais rumos são os que enveredam pelos escuros antros da corrupção sistêmica do Estado e de suas relações público-privadas, estimuladas por um sistema judicial cooptado, pelo Executivo que garante uma impunidade geral e irrestrita aos corruptos e corruptores”.

“Também, por todas as medidas socialistas de desconstrução por intuscepção da democracia do mérito (a partir de dentro dela própria), através do favorecimento do crime organizado (privado e estatal), pela anulação do sistema legislativo mantido a peso de ouro e legislando em causa própria, com uma oposição de faz de conta, e por uma infraestrutura que não atende ao nível de produção do país”.

Depois de falar grosso na ONU afrontando os Estados Unidos, contraditoriamente a presidente Rousseff foi implorar ajuda da elite e do capitalismo norte-americanos e internacional. O governo petista não percebeu ainda que os idiotas somos apenas nós, público interno, e que sua escolha é mais do que evidente. Não interessa a democracia, a liberdade, a prosperidade. A Nova Ordem Petista nos vincula à China, à Rússia, aos piores ditadores mundiais e às aberrações latino-americanas como Cuba, Venezuela e outros antros antiamericanos.

Como poder reforçado no Executivo o PT deve agradecer aos seis ministros que livraram seus asseclas das penas maiores. Principalmente, agradecer ao ministro Celso de Mello que reafirmou o já sabido: no Brasil e justiça não vale nada, vale ter dinheiro e ótimos advogados.




Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga 


Por Jorge Serrão – 

Eleger Luiz Inácio Lula da Silva Senador por São Paulo é a prioridade máxima estabelecida pela cúpula petista para 2014. Além de usar o carisma do Presidentro na nada fácil campanha para eleger Alexandre Padilha governador, o objetivo tático é aumentar a já poderosa blindagem para Lula com a imunidade parlamentar garantida por oito anos de mandato. Pessoalmente, Lula tem outra prioridade-necessidade: eleger sua melhor amiga Rosemary Nóvoa Noronha deputada federal, também por São Paulo.

O foro privilegiado concedido pelo mandato é fundamental para alongar, o máximo que puder, o processo (em segredinho de Justiça) ao qual a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo fatalmente responderá por crimes de corrupção, formação de quadrilha e tráfico de influência. Por ironia da politicagem, o Congresso será um “Porto Seguro” para Rose e seu padrinho, o “tio” Lula. A candidatura de Rose também tem o apoio de outro velho amigo: José Dirceu – enrolado, porém ainda impune, no Mensalão.

Independentemente dos problemas econômicos internos ou de batalhas ideológicas externas com os Estados Unidos da América, o comando do PT fará o que for necessário para cumprir seus objetivos para 2014. Os mais óbvios são a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff e a eleição de Alexandre Padilha ao Governo do Estado de São Paulo. No entanto, eleger Lula e Rose, para livra-los de problemas judiciais, também é uma necessidade prioritária.

Não foi á toa que Lula aproveitou para lançar, esta semana, seu grito de guerra em reunião com sua mídia amestrada sindical. O Presidentro avisou: “Para felicidade de alguns, para desgraça de outros, é o seguinte: estou no jogo”. Malucos interpretaram, erroneamente, que ele estaria insinuando que poderia roubar o lugar de Dilma. Na verdade, Lula vem pesado para a disputa eleitoral, na qual ele mesmo é candidato à imunidade parlamentar e ao foro privilegiado.

Lula já identificou a fragilidade dos adversários. Não haverá oposição consistente contra o PT em 2014, apesar dos erros que o governo e a petralhada cometem em profusão. Com poucas chances presidenciais, seja com Aécio Neves ou José Serra, os tucanos ainda correm o sério risco de perder o governo de São Paulo, por absoluto desgaste de imagem. Se Lula realmente entrar na briga pelo Senado (tirando o emprego do Eduardo Suplicy), a campanha em favor de Padilha será uma batalha feroz e covarde contra Geraldo Alckmin.

Embora não tenha a mesma saúde do passado para encarar uma campanha tão desgastante, Lula tem de sobra o que falta nos outros adversários: disposição de vencer, muita cara de pau para mentir e, o principal, muito dinheiro para investimento na campanha que reelegerá Dilma e elegerá ele, Padilha e a melhor amiga Rose.

Código de Conduta



Preservação de emprego paralamentar


O Brasil dos "PETRALHAS" é assim!!!


Por Humberto de Luna Freire Filho

Um país onde um presidente analfabeto recebe titulo de Doutor Honoris Causa de várias universidades.

Um país onde um presidente analfabeto promove reforma ortográfica na língua portuguesa.

Um país onde um presidente eternamente bêbado decreta lei seca.

Um país onde um presidente tentou desarmar a população de bem, quando simultaneamente comandava um bando de ladrões.

Um país onde uma quadrilha já condenada a prisão subjulga a Suprema Corte.

Um país onde a desmoralização da Justiça no mínimo traz insegurança jurídica com a contradição entre duas cortes federais relacionada a embargos infringentes.

Um país que possui a única petroleira do mundo que quanto mais vende mais prejuízo tem, fruto de dez anos sob a administração de incompetentes e corruptos.

Um país onde um banco de fomento, BNDES, financia a inciativa privada, a juros subsidiados, dirigida por bandidos da pior espécie, porém amigos do rei. 

Um país onde roubo do erário se chama "mal feito", talvez em homenagem a George Orwell, e uma contribuição ao seu projeto da novilíngua.

Um país onde ministro demitido por roubo escolhe seu substitutos e continua, lá dos porões, comandando a roubalheira: leia-se Ministério dos Transportes.

Um país onde magistrados, quando são flagrados roubando, recebem como punição uma aposentadoria compulsória com salários integrais.

Um país que tem presidente de fato e presidente de direito interligados por um mordomo, travestido de ministro, que circula na cozinha do Palácio do Planalto 

Um país onde direitos humanos são prerrogativas de bandidos, o que institucionaliza a inversão de valores.

Um país onde a cúpula dirigente beija as botas de ditadores e ainda lhes perdoa altas dívidas, em detrimento dos brasileiros que morrem de fome e sede no Nordeste.

Um país onde o que seria oposição se vende por valor acima do que vale.

Um país onde um "corajoso" ministro da defesa fica de quatro para um exportador de cocaína, que vasculhou sua aeronave em viagem oficial.

Um país onde, para ser ministro a condição sine qua non é ter a ficha suja, sinônimo de experiência para não serem flagrados nos atos do mau ofício. 

Um país em cujo congresso 60% dos nobres responderam ou respondem a processo administrativo ou na justiça.

Um país que tem como presidente de uma das Casas um corrupto que já renunciou ao mandato para não ser cassado.

Um país que a cada dia cria um novo ministério para abrigar o chorume que escorre do poder Legislativo e promete de pés juntos ser fiel à vontade do Executivo.  

Um país cujo Congresso mantém um gabinete em penitenciária para um nobre presidiário.

Um país cuja atual presidente propõe, em fórum internacional, um código de ética para espionagem, levando o povo brasileiro ao ridículo diante do mundo.

Um país cuja força aérea teve suas bases transformadas em praça de taxi para atender políticos e ministros corruptos.

Um país que, através de falsos programas de inclusão social, há dez, anos compra votos no pobre substrato eleitoral, mantendo os atuais corruptos dirigentes no poder.

Um país onde a maior parte da imprensa foi comprada pela publicidade oficial superfaturada.

Um país onde se pinta o asfalto  para resolver os problemas do trânsito, como está ocorrendo na nossa maior cidade, hoje comandada pelo poste que destruiu o MEC. 

Um país onde as minorias já ditam regras para a maioria, estimuladas por um governo corrupto que desagrega a sociedade para melhor dominar.

Um país onde falta gente de coragem e sobram covardes, além dos imorais subservientes.

Um país que hipocritamente canta direitos humanos e contrata escravos cubanos para trabalhar sem salários onde nem condições de trabalho existem.

Um país governado por um bando de incompetentes que quando faltar comida vai contratar cozinheiros.

Um país onde eu não gostaria de ter nascido, porque não sou analfabeto, não sou corrupto nem covarde.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Postado pelo Lobo do Mar