segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Instituto Lula vira central de lobby e de um corrupto governo paralelo.


Por Cardoso Lira


Criado para fornecer ao público o acervo pessoal do ex-presidente da República, o Instituto Lula virou um gabinete paralelo de poder do PT em São Paulo. Do sobrado de vidros escuros, vigiado por câmeras e protegido por cerca elétrica no bairro Ipiranga, zona sul da capital, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva define estratégias e toma decisões que sobrepõem, muitas vezes, a própria instância partidária.
 
Foi dali que Lula traçou boa parte das estratégias eleitorais do PT nas eleições municipais. Dali também conteve, semana passada, o ímpeto de alguns petistas de divulgar um manifesto em defesa dos condenados no julgamento do mensalão. Na noite da última quarta-feira, Lula recebeu no instituto o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino e convenceu ambos de que não se tratava do momento ideal para manifestações.
 
A instituição foi criada com base na Lei 8.394/91, que atribui a ex-presidentes a responsabilidade de tornar acessível ao público o acervo privado obtido no exercício do cargo. Pelo estatuto, trata-se de algo "apartidário e independente de partidos políticos". No início da disputa eleitoral, a estrutura foi ampliada com o aluguel de um sobrado vizinho para a instalação de um estúdio.
 
O prédio de três pavimentos tem área de lazer com piscina. No local foi gravada a propaganda para candidatos petistas de mais de 90 cidades, com participação de Lula - foi uma maneira de facilitar sua aparição em programas de TV, já que o ex-presidente se recupera do tratamento contra um câncer na laringe.
 
Na terça-feira passada, a agenda privada do ex-presidente incluiu as visitas do megaempresário Eike Batista e do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de um dos réus do "mensalão". Reuniões partidárias com as presenças de dirigentes petistas, como o presidente nacional Rui Falcão, o secretário geral de Organização Paulo Frateschi e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, costumam avançar a noite.
 
Com a eleição de Fernando Haddad em São Paulo, o instituto passou a ser referência também para a composição do novo governo. Na quinta-feira, Lula recebeu Marcio Pochmann, candidato petista derrotado em Campinas, para discutir seu aproveitamento na equipe de Haddad. A agenda oficial recente incluiu visitas de ex-presidentes e personalidades internacionais, como Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França; Fernando Lugo, presidente deposto do Paraguai, e a primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. Na agenda privada, estavam o marqueteiro João Santana, o publicitário Valdemir Garreta, o advogado Roberto Teixeira, amigo e compadre de Lula, e o gerente de comunicação da Petrobrás, Wilson Santarosa.
 
Conforme o site oficial, o Instituto é mantido por doações de empresas e pessoas que se identificam com seus objetivos, mas a relação de doadores não é divulgada, assim como as despesas bancadas. Um dos objetivos declarados é a construção do Memorial da Democracia em que o ex-presidente será a figura central. A entidade nasceu com o governo paralelo que Lula estruturou após ser derrotado nas eleições de 1989 para acompanhar criticamente o governo de Fernando Collor de Mello, com o nome de Instituto da Cidadania. No ano passado, com Lula fora da Presidência, transformou-se no Instituto Lula tendo seu patrono como presidente de honra.
 
A instituição é dirigida pelo amigo pessoal e "braço direito" de Lula, Paulo Okamoto, com assessoria de Clara Ant, sua ex-assessora na Presidência, e dos ex-ministros Luis Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos). O estatuto aprovado em agosto de 2011 sofreu mudanças recentes. As novas normas ainda não foram postadas no site. Okamoto disse que o objetivo da mudança foi possibilitar maior atuação na área cultural. O foco central continua sendo "a cooperação do Brasil com a África e a América Latina". (Texto do Valor Econômico)
 
Postado pelo Lobo do Mar

MENSALÃO - BOB JEFFERSON - DISCURSO

 

PCC contrata snipers de aluguel do Oriente Médio e do Leste europeu para matar policiais em São Paulo


 
Por Jorge Serrão

Exclusivo - A facção criminosa que tem hegemonia no Estado de São Paulo contrata matadores de aluguel bem pagos, para cumprir a missão de assassinar policiais fora do horário de serviço. Os atiradores profissionais seriam ex-militares e snipers com experiência em forças especiais de países estrangeiros e prática de ações terroristas, principalmente do Oriente Médio e do Leste Europeu.

Além dos ataques aos policiais, alguns dos atiradores são também especialistas em bombas e ações assimétricas de guerrilha urbana. São eles quem coordenam ataques incendiários a ônibus. Também aprimoram os brasileiros na tática de difusão de boatos, para provocar medo na população). O PCC também trabalha com parceiros recrutados das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - cujos membros são exportadores de pasta de coca e cocaína para o narcovarejo no Brasil.

O esquema de recrutamento de matadores de aluguel pelo Primeiro Comando da Capital é sigilosamente monitorado por empresas transnacionais de segurança que atuam em São Paulo e contam com especialistas em ações anti-terror. Os analistas avaliam que os atuais “sicários” do PCC são os mesmos usados nas 251 ações urbanas de terrorrismo, em maio de 2006, em São Paulo. Na ocasião, PMs, guardas municipais, famílias de policiais, seguranças privados e civis também foram alvos dos ataques e ameaças.

A especialidade dos matadores é tiro certeiro de pistola de grosso calibre, com precisão milimétrica, a partir da garupa de motocicletas. Este é o sistema mais comum e “seguro” empregado nas quase cem mortes de policiais em São Paulo. Só este ano foram assassinados 100 policiais – uns 90 PMs, sendo que apenas 5 deles em serviço fardado. O Estado responde por 43% das mortes de policiais em 2012. No Brasil, temos hoje a macabra média de um policial assassinado a cada 32 horas.

A Polícia de São Paulo é vítima de uma guerra assimétrica. A Secretaria de Segurança Pública nem pode cometer o desatino admitir o assunto publicamente. Mas investiga o esquema do PCC, que também é monitorado, em sigilo, pelas inteligências das Forças Armadas, da Polícia Federal e de empresas privadas de segurança e gerenciamento de risco.

Até agora, nenhum matador de aluguel foi apanhado em flagrante – o que dificulta a comprovação da “tese de emprego assimétrico do terrorismo urbano”. Por isso, não se tem nem ideia precisa de quanto custa a “terceirização” de um assassino pela facção hegemônica do crime organizado em São Paulo.

O que a polícia sabe – e não divulga – é que o PCC também possuiu ramificações em milícias que promovem “serviços de segurança” em áreas perifericas da capital e cidades do interior. Neste “negócio”, o PCC “concorre” com empresas privadas de segurança ou com policiais que prestam tais serviços legalmente, nos seus horários de folga. Outro problema: o Estado se limita a praticar ações táticas contra os criminosos – e não contra a organização criminosa.

O curioso é que a ação do PCC hoje muito se assemelha ao modelo de guerrilha urbana para implantação do comunismo que o Exército brasileiro conseguiu derrotar na década de 70. Além do tráfico de drogas e dos “serviços ilegais de segurança”, o PCC usa os recursos obtidos em assaltos e sequestros para financiar suas operações – tal qual a “luta armada” do passado, cujos membros da cúpula, muitas vezes, embolsavam a grava “expropriada dos burgueses e imperialistas”.

A diferença agora é que, com o dinheiro arrecadado, o PCC presta serviços de assistência social aos seus filiados. A facção tem “planos” de assistência médica, dentária e funeral para seus membros e familiares deles. Boa parte do dinheiro também é investida em assessoria jurídica e em “bolsas de estudo” para formar estudantes de Direito. O PCC também promove melhorias nas condições de sobrevivência de seus filiados que se encontram nos presídios.

Em suma, estruturado profissionalmente, o PCC tem chances de sustentar um movimento político-ideológico, inclusive financiando, ocultamente, candidaturas de vereadores, deputados e prefeitos. Para fugir do estigma de organização criminosa, o PCC adota o apelido de “partido”, cujo lema é “Paz, Justiça e Liberdade”. Seu líder mais famoso é Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado a 44 anos de prisão por assalto a banco.

O PCC usa a simbologia chinesa do ying-yang como bandeira. Também adota os números 15.3.3 como senha de identificação e tradução para as letras P, C e C. Com cerca de 130 mil “irmãos integrados” (terminologia que adotam entre si), o “partido” usa tatuagens específicas para qualificar seus membros. A facção tem até hino veiculado no YouTube, desde 4 de junho de 2010. Vide o link: http://www.youtube.com/watch?v=T3VAWPyXBdc

É só cena de terror, aqui não tem perdão. Paz, Justiça e Liberdade é o lema do ladrão”...

Guerra negada

O governo de São Paulo nega a existência de uma guerra entre bandidos e a polícia na capital.

O secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto, alega que não existem toques de recolher em alguns pontos de capital e em cidades da Grande São Paulo.

O fato objetivo é que, em quatro semanas, mais de cem assassinatos foram registrados na cidade e nos municípios da região metropolitana.

CSI Sampa?

O Instituto Médico Legal de São Paulo talvez seja obrigado a comprar um detetor de metais para análise do corpo humano.

Alguns mortos que chegam para necropsia no IML apresentam tantos tiros que os legistas perdem horas para dissecar os cadáveres à procura de projéteis.

Com o detetor, ficará menos complicado localizar onde estão as balas deixadas nas vítimas da guerra urbana negada oficialmente.

Hospedagem?

Desabafo da professora Mara Montezuma Assaf ao ler nos jornais que o PCC abriga em Heliópolis traficantes fugidos do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro:

“Na época em que o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro - José Mariano Beltrame - anunciou que no dia seguinte ele comandaria a invasão do Morro do Alemão, estranhei sua atitude, ainda mais que depois, durante a ação filmada pelas câmeras da Globo num helicóptero, percebi que a "porta de saída" da favela não tinha sido cercada, e que os bandidos fugiam na maior correria , indo se refugiar sabe-se lá Deus onde...Ao ser inquirido sobre sua "metodologia" ele respondeu que desta forma ele evitou a morte de muita gente, que este tinha sido seu maior ganho , e estranhei mais ainda esta resposta, pois aqueles fugitivos nunca pensam duas vezes antes de meter uma bala num policial ou mesmo num civil desarmado.Fiquei me perguntando se aqueles fugitivos não viriam buscar abrigo em São Paulo e hoje ao ler o jornal, soube que muitos criminosos do Morro do Alemão se refugiaram na favela Heliópolis a convite do PCC (Primeiro Comando da Capital). Quanta gentileza e hospitalidade! O resultado é que os homens do CV (Comando Vermelho) pagaram esta prova de amizade com a moeda mais forte que eles possuem: o repasse de seu know-how na prática da criminalidade. Por isso agora estamos vivendo este inferno em São Paulo. Sr. José Mariano Beltrame, o PT , de olho na posse do Estado de São Paulo, deve estar muito grato ao senhor ! Já para nós, paulistas e paulistanos, sua atitude foi deplorável ! Parece que alguns políticos usam as forças do crime organizado para desestabilizar governos de adversários políticos”

PCCard

Médicos legistas já encontram provas de como funciona o plano de assistência médica, odontológica e funerária bancado pelo PCC.

Vários cadáveres, crivados de balas, apresentam dentição perfeita, sem cáries, com obturações recentes, implantes e até aparelhos ortodonticos que custam nada barato.

E as famílias das vítimas reclamam à Polícia e ameaçam fazer queixa ao Ministério Público e aos grupos de direitos humanos, se o corpo (geralmente crivado de tiros) for muito mexido por quem fizer as perícias.




Postado pelo Lobo do Mar

PPS cobra da AGU ação para reaver recursos desviados no mensalão


Por Cristinae Jungblut, no Globo:

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), vai apresentar, na próxima terça-feira, pedido de informações na Câmara para cobrar do ministro da Advocacia Geral da União, Luís Adams, explicações sobre o que pasta fez em relação aos desvios de recursos públicos da União relacionados ao escândalo do mensalão. Em nota, o PPS disse que quer informações detalhadas sobre o que foi feito para “reparar financeiramente o Estado, nos casos em que órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU), identificaram desvio de recursos públicos. A partir do recebimento, a AGU terá 30 dias para responder à Câmara.
Reportagem de O GLOBO publicada neste domingo mostra que a União é lenta nos processo para reaver verbas desviadas. A União teve pelo menos sete oportunidades de recuperar parte do dinheiro público desviado pelo esquema do mensalão, mas os processos abertos pelo TCU não conseguiram levar à recuperação dos recursos. A AGU, conforme O GLOBO, não tentou recuperar os recursos, alegando que “a reparação pecuniária decorrente do esquema já é objeto de ação cível proposta pelo Ministério Público e que tramita na Justiça Federal de 1ª instância”.
“Precisamos saber por que há uma certa lentidão do órgão responsável por representar os interesses jurídicos da União no caso do mensalão. Sobre este episódio, o Brasil acompanha ao longo dos últimos anos o brilhante trabalho do Ministério Público da União e do próprio Supremo. E a AGU? O que fez? “, cobrou Rubens Bueno.

Postado pelo Lobo do Mar