Fábio Portela e Sandra Brasil:
A eleição de Collor para a presidência da comissão é desdobramento da eleição de Sarney para a presidência do Senado. No toma-lá-dá-cá que rege a política nacional, Calheiros fez um acordo com o PTB: caso o partido apoiasse Sarney, ganharia a presidência de uma das comissões do Senado. O PTB, ao cobrar a fatura, indicou Collor. Calheiros adorou a ideia e trabalhou – se esse é o termo – com afinco redobrado para que o conterrâneo fosse eleito. Candidato ao governo de Alagoas em 2010, Calheiros restabelece, desse modo, relações, por assim dizer, profícuas com Collor e garante o apoio do PTB e dos meios de comunicação que o ex-presidente controla no estado. O acordo traz ainda outra vantagem ao PMDB: enfraquece o PT. Quanto mais fraco o partido do presidente fica, mais cresce a força do PMDB na coligação que dá sustentação a Lula. Mais força significa mais cargos, e isso, descontados o bem de todos e a felicidade geral da nação, é tudo que os peemedebistas querem, como explicou cristalinamente o senador Jarbas Vasconcelos em sua entrevista a VEJA publicada há três edições.
Comandante Dilma vai a evento de obra do PAC que tem sobrepreço de R$ 21 milhões.
Empenhada em viajar pelo país e divulgar o PAC a maior maracutaia eleitoreira de todos os tempos, na história do Brasil, a digamos "ministra" Dilma Rousseff (Casa Civil) participou ontem da assinatura da ordem de serviço de uma obra cujo projeto básico, segundo auditoria realizada pelo próprio governo federal, está superestimado em R$ 21 milhões.
A Via Expressa Baía de Todos os Santos, rodovia de acesso ao porto de Salvador, tem problemas de sobrepreço nos serviços de terraplenagem (R$ 10,426 milhões), pavimentação (R$ 349,047 mil), construção de viadutos (R$ 10,017 milhões) e drenagem (R$ 402,335 mil), segundo relatório de fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União), obtido pela Folha.
A obra está sendo feita em parceira da União, por meio do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), com o governo estadual.
Para marcar o início efetivo da construção -que será executada pela construtora OAS, vencedora da licitação-, o governo da Bahia organizou um ato que contou com a presença dos ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Geddel Vieira Lima (Integração), além das de Dilma e do governador Jaques Wagner (PT).
O documento da CGU, com 68 páginas e elaborado no final de dezembro, aponta ainda problemas em outros oito convênios do governo com a Bahia.
Os fiscais constataram: "Orçamento da obra superestimado em R$ 21.195.040,67 em razão de diferenças nos quantitativos dos serviços". Entre os exemplos destacados na parte sobre pavimentação estão: 1) "foram considerados 637 metros lineares de pavimentação que não são objeto da licitação"; 2) "a Conder utilizou larguras acima das definidas em projeto".
É muita maracutaia e corrupção nesse governo "PTralha", só não ver quem não quer, certo meus nobres amigos?
Indústria tem pior resultado desde Collor e depois da marolinha.....
A produção da indústria brasileira recuou 17,2% em janeiro na comparação com igual mês de 2008, o pior resultado em 19 anos nessa base de comparação, segundo o IBGE.
Já na comparação de janeiro com dezembro, a produção cresceu 2,3%, interrompendo três meses de queda, puxada pela recuperação das montadoras graças à redução do IPI. Mas ficou abaixo das expectativas dos analistas.
"A indústria não ia tão mal desde 1990, quando o país vivia os efeitos do confisco da poupança decretada pelo presidente Fernando Collor", diz Sílvio Sales, coordenador da pesquisa do IBGE. "Mesmo que o resultado mensal seja positivo, os indicadores de longo prazo, que mostram a tendência do setor, vão mal."
O desempenho médio da indústria entre os meses de novembro e janeiro também confirma a percepção do IBGE. O indicador mostrou queda de 6,2%, atingindo o pior patamar dos últimos quatro anos. "Ainda que seja melhor do que os -6,9% de dezembro, não posso afirmar que a produção da indústria parou de cair porque o resultado ainda está muito ruim", diz Sales.
Na comparação com dezembro, a alta de 2,3% foi puxada, principalmente, pela indústria automotiva. Depois da fase de redução dos estoques -que incharam após o encarecimento do crédito-, as montadoras viram a demanda reaquecer graças à redução de IPI, no início do ano.
Assim, a produção de veículos cresceu 40,8% em janeiro ante o mês anterior, depois de cair 40,8% em dezembro.
Como antecipou a Folha na edição de quarta-feira, o governo anunciará no fim do mês a prorrogação da redução de IPI para o setor automotivo.
Apesar do desempenho pontual de alguns segmentos em janeiro, a queda na produção segue se ampliando. De 755 itens pesquisados pelo IBGE, só 25% avançaram em janeiro. Entre janeiro e setembro, 60% da lista de produtos vinha em produção crescente.
Maracutaia pura, Molusco avisa PT que Palocci é seu candidato ao governo paulista...
A bordo do Aerolula, no voo que o levou de Campinas a Brasília na última segunda-feira, o digamos "presidente" Molusco da Silva mandou um recado explícito para uma plateia de corruptos petistas e assessores palacianos sobre o nome da sua preferência para disputar o governo de São Paulo, em 2010: é o digamos "deputado federal" e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP).
Certo de que Palocci não será responsabilizado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela violação direta do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Lula já discute com aliados a candidatura do deputado ao governo paulista.
O presidente da República tem tratado do assunto com regularidade. No voo para Campinas, ele reiterou a sua posição em favor de Palocci numa conversa em que o interlocutor direto era o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) - mas o diálogo foi mantido diante de vários ministros e assessores especiais.
Molusco disse ao senador Mercadante, aquele das malas, outro potencial candidato ao governo paulista pelo PT, que Palocci é a pessoa que reúne as principais credenciais para tentar suceder ao governador José Serra (PSDB). Na opinião do presidente, Palocci é conciliador, consegue dialogar mesmo com a língua presa com a classe média, tem um bom trânsito com o empresariado paulista e sabe como abordar o povo.
A outros interlocutores, Molusco também costuma lembrar que o ex-ministro da Fazenda já demonstrou sua competência e lealdade. Será mesmo? Acredite quem quizer. Certo?
Mercadante ponderou, no Airbus da Presidência, que, mesmo absolvido pelo STF, Palocci poderá enfrentar, numa campanha eleitoral muito disputada, a ressurreição do caso Francenildo e os processos que investigaram suas gestões na Prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1996 e 2001-2002) - compras supostamente superfaturadas e suposto pagamento de propina nos contratos do serviço de limpeza urbana.
Molusco ouviu atento, mas disse que Palocci tem jogo de cintura e saberá sair das dificuldades. Segundo relatos repassados ao Estado, o "presidente" avalia que esse passado não é motivo para Palocci se intimidar. E, em frase emblemática, sentenciou: "Fosse assim, durante as denúncias do mensalão, eu teria ficado trancado no Palácio da Alvorada". "Ou seria no Palácio das corrupções"? É só uma questão de hermenêutica. Certo meus nobes amigos?
E no meio de tanta corrupção e maracutaia estão nossas FFAA cada dia mais definhadas e desmanteladas, militares flagelados por dois dos maiores caudilhos da história da humanidade FHC e Molusco. Certo senhores deputados. Atenção com as PECs 245 e 249 e com a MP 2215-10 do caudilho FHC.