Por Jorge Serrão –
O Governo do Crime Organizado consumiu nada menos que R$ 7 trilhões e 800 bilhões em recursos públicos nos últimos 10 anos, durante as gestões Lula da Silva e Dilma Rousseff. O levantamento sobre este número assustador da corrupção tupiniquim poderá ser divulgado pelo PSDB a qualquer momento ou na proximidade da campanha presidencial. O risco é que o PT, sabendo disto, fará o mesmo com os oito anos de FHC – o que pode neutralizar a denúncia.
A maior parte do dinheiro desperdiçado criminosamente foi com grandes obras que foram pagas, mas nunca concluídas. Quem tomará a decisão estratégica de liberar a informação, na hora que for mais conveniente, é o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. O problema é se o eleitor vai se sensibilizar com tal dado assustador sobre a roubalheira e a incomPTência petralha, a ponto de votar em Aécio Neves. Os tucanos se preparam para investir até R$ 300 milhões na campanha do neto de Tancredo Neves – que em 2004 foi apontado pelos banqueiros ingleses Rothschild como “o futuro Presidente do Brasil em 2010”.
Um dos principais alvos dos tucanos contra os petistas serão os absurdos gastos não justificados com os Cartões de Crédito Corporativos do Banco do Brasil, colocados à disposição de altos funcionários públicos do governo federal para saques ou despesas de “pronto pagamento”. Em 10 anos, segundo levantamento do PSDB, as gestões Lula e Dilma torraram nada menos que R$ 14 bilhões – “dinheiro de plástico” que deveria servir apenas para custear despesas de pequeno vulto ou excepcionais. Mais graves são os “gastos secretos” da Presidência da República – cujo sigilo é justificado sob a desculpa de “despesa em nome da segurança nacional”.
Os tucanos pretendem focar seus ataques em exemplos bem objetivos de má gestão petralha e de seus aliados do PMDB em empresas estatais de economia mista por eles aparelhadas. Os alvos serão a Petrobras e a Eletrobras – nas quais existem indícios de muita corrupção, conforme denúncias de investidores. Só na Petrobrás estimam-se prejuízos de R$ 2,5 bilhões com negócios mal feitos ou com ares de corrupção. Relações promíscuas entre os dirigentes petistas e os fundos de pensão também podem servir de munição para a campanha agressiva de Aécio. Obras faraônicas, quitadas e não terminadas ou mal executadas, também entram na linha de tiro.
Estradas não terminadas, a bagunça e o desperdício de recursos públicos em portos e aeroportos, milhares de ambulâncias paradas e projetos faraônicos que não saem do papel – como o Trem-bala RJ/SP - devem ser mostrados já na pré-campanha de ataque do PSDB contra o PT. Os tucanos só devem dar uma trégua nas relações entre a petralhada e o sistema financeiro. Os maiores bancos tendem a apostar na candidatura tucana, enquanto o PT deve ser majoritariamente financiado pelas grandes empreiteiras.
Postado pelo Lobo do Mar