domingo, 9 de dezembro de 2012

PT vai pagar multas dos quadrilheiros, que terão tratamento de heróis.


Por Cardoso Lira

O presidente do PT, Rui Falcão, disse no início da tarde deste sábado, durante o Encontro do Diretório Nacional do partido, que os militantes da legenda devem se cotizar para ajudar os condenados no julgamento do mensalão a pagarem as multas que lhe forem impostas. 



- O PT não (vai pagar). Mas, certamente, se as multas forem mantidas, eu já ouvi a manifestação de inúmeros companheiros que estão dispostos a se cotizar. Até porque os companheiros (condenados) não têm recursos para pagar essas multas totalmente desproporcionais aos crimes que lhes são imputados - disse Falcão. O presidente da sigla afirmou que ele mesmo vai colaborar com recursos. - Se houver manutenção das multas, se houver essa cotização, e se me pedirem uma participação, dentro dos meus meios, eu vou contribuir.

Rui Falcão disse ainda que os condenados no processo do mensalão não sofrerão qualquer punição dentro da legenda. O estatuto do partido prevê a expulsão de qualquer militante que cometa "crime infamante" ou "por práticas administrativas ilícitas", mas no caso do mensalão o partido não reconhece a legitimidade do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). - Eles seguem sua vida normalmente, com todos os direitos partidários assegurados. Quem aplica o estatuto do partido é a direção do partido e nós não vemos nenhum crime infamante, que é o que diz o estatuto, e nós questionamos o caráter político do julgamento do STF, porque consideramos que não houve compra de votos, nem tampouco a aplicação de recursos públicos (no mensalão) - afirmou. ( O Globo)


Gurgel vai “convidar” Lula a esclarecer que laços mantém com Rose, indiciada por formação de quadrilha


Por Jorge Serrão -

O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pedirá explicações de Luiz Inácio Lula da Silva sobre suas reais relações com Rosemary Nóvoa de Noronha. Gurgel não quer saber de informações íntimas entre ambos – que só valem para revistinhas de fofocas. Objetivamente, interessa ter certeza se Lula tinha alguma influência nas ações fora da lei praticadas pela Rosemary – uma velha amiga e assessora de confiança. Rose foi a única apadrinhada por Lula que Dilma Rousseff manteve quando assumiu. Logo, é fortíssima a relação entre o Godfather e a "Doutora Rose".

O Procurador-Geral só quer ter convicção se a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo praticava sozinha os crimes corrupção ativa, tráfico de influência e formação de quadrilha, ou se Rose tinha “amigos” acima lhe dando ordens de comando dos negócios que a Polícia Federal mapeou no inquérito da Operação Porto Seguro. Até agora, "Tio" Lula não foi objeto direto de investigação. Mas o Rosegate lhe abriu o portão do inferno para ter a vida pessoal e política devassada.

A tendência é que o Procurador-Geral, pelo menos em um primeiro momento, não exponha o ex-Presidente da República aos leões. O pedido para Lula prestar esclarecimentos pode até preservá-lo com o “direito” a conceder um depoimento reservado à Polícia Federal e à Justiça, assim que o inquérito for para a vara federal competente ou até para o Supremo Tribunal Federal, se houver caso de “foro privilegiado” aos principais envolvidos.

Gênios jurídicos que trabalham para o PT já estudam até a hipótese de Lula, em segredo, procurar a PF e declarar tudo que sabe: Nada. O fato de se apresentar espontaneamente apenas para se dizer “traído” (na confiança) por uma ex-assessora seria uma tática para fugir, ao menos por enquanto, da vergonha pública de ser chamado a depor oficialmente pelo Procurador-Geral. Independentemente de qualquer coisa, Luiz Inácio Lula da Silva tem a obrigação moral de vir a público esclarecer sua ligação com Rose. Frases curtas e grossas para a imprensa não resolvem o problema – que se agrava.

A operação abafa está em andamento. Semana passada, advogados de Rose procuraram a Polícia Federal para reclamar que a intimidade da cliente deles estava sendo indevidamente devassada. A tática é clara: impedir que eventuais elementos investigatórios sejam usados como provas de alguma forte ligação entre ela e Lula. O objetivo é impedir que a Justiça leve em conta o conteúdo de 122 ligações captadas entre Rose e Lula pelo sistema “Guardião” da Polícia Federal. Outras ligações “pessoais” de Rose para José Dirceu ou demais dirigentes petistas também se tornariam anuláveis como provas para um futuro julgamento.

O indiciamento de Rose também por formação de quadrilha pegou os lixeiros do PT de calça curta. Até então, inclusive na mídia amestrada, a tática era apresentar Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (Ana), como o “chefe da quadrilha”. Agora, com Rose no mesmo barco, tem tudo para ser afundada esta tese furada sobre o real comando das operações criminosas. E se for provada a tese – defendida pela oposição – de que Rose agiria em nome de Lula ou de Dirceu, o Rosegate ganha uma dimensão idêntica ao da Ação Penal 470 – que condenou os mensaleiros.

O discurso defensivo dos petistas indica claramente um desespero de causa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a repetir (santa redundância) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é objeto de investigação pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. No discurso oficial, pode realmente não ser. Na realidade objetiva, se a PF não investigar, seus servidores incorrem em omissão e prática de rigor seletivo (só investigando quem convém). Pelo menos uma das cinco forças de poder dentro da PF tem absolutamente tudo sobre o Rosegate. Se as informações serão usadas é problema para a Justiça.




Tão ou mais grave que o Rosegate é o fato da Executiva Nacional do PT insistir em afrontar o Judiciário. O comando da legenda, por orientação evidente de José Dirceu, repete sem parar que não concorda com o resultado da Ação Penal 470, insistindo que ocorreu um julgamento mais político do que técnico no Supremo Tribunal Federal. Mês passado, o PT já tinha divulgado um manifesto pregando que "o julgamento do STF não foi isento de acordo com os autos e à luz das provas”. Na visão petista, “parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo”.

O caldo pode entornar porque o Presidente do STF, Joaquim Barbosa, tem tudo para condenar, institucionalmente, o PT. Caso a Executiva Nacional do PT cometa o criminoso golpe contra a soberania do Brasil, passando por cima do Supremo Tribunal Federal e recorrerendo aos Tribunais internacionais para conseguir um perdão para os membros de sua cúpula condenados no Mensalão, os nazicomunopetralhas romperão com a ordem institucional brasileira, desmoralizando e tornando inútil a instância maior do nosso Poder Judiciário.

O Alerta Total insiste. O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, terá a obrigação moral e constitucional de defender a soberania do Brasil e do próprio Judiciário. No STF e no Conselho Nacional de Justiça, reservadamente, já se estuda como os advogados dos mensaleiros e os dirigentes do PT poderiam ser enquadrados, legalmente, por desrespeitar uma decisão soberana da Corte Suprema, recorrendo a foros internacionais criados pela Nova Ordem Mundial para atacar, de forma sistemática e permanente, a soberania do Brasil.

O golpe nazicomunopetralha já foi identificado. O Governo do Crime Organizado investe na radicalização e na impunidade para continuar reinando a república. Por isso, na hora em que o titanic fica longe de um “porto seguro”, surgem várias perguntas no horizonte: Haverá um contragolpe eficiente? Militares, militantes, meliantes e midiotas podem se enfrentar novamente?

Indagação mais importante - Quem vai se aproveitar melhor do vácuo institucional que se desenha, principalmente com ingredientes de crise econômica em estágio de agravamento:

Os controladores globalitários que mandam aqui há séculos? Os novos marionetes socialistas fabianos que a Oligarquia Financeira Transnacional escalará para nos governar do mesmo jeito de sempre - com as grandes empreiteiras tocando os principais negócios capimunistas? Ou, surpreendentemente, na maior zebra da história, sairão vencedores o Brasil e a massa que aqui habita sem entender nada do que realmente acontece?

Sem respostas imediatas, a conclusão preliminar é: O Brasil parece uma Profecia Maia autorealizada...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.



Rose do Lula é indiciada no crime preferido por petistas: formação de quadrilha.

A Polícia Federal decidiu indiciar Rosemary Noronha também pela suspeita do crime de formação de quadrilha. A ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada para o cargo ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva, já era investigada por tráfico de influência, falsidade ideológica e corrupção passiva. Segundo a Operação Porto Seguro, da PF, ela integrava um esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos públicos para empresas privadas.
O delegado federal Ricardo Hiroshi decidiu incluir o nome de Rose na lista de suspeitos de formação de quadrilha após analisar a documentação apreendida no escritório da Presidência em São Paulo no dia em que a operação foi deflagrada, há duas semanas. E-mails da ex-assessora também ajudaram os investigadores a firmar convicção de que ela mantinha "uma relação estável" com outros integrantes do grupo, comandado, segundo a Polícia Federal, pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira.

Nesta semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Congresso para dar explicações sobre a operação. Afirmou aos parlamentares que não havia "uma quadrilha instalada no seio da Presidência", justamente pelo fato de Rose não ter sido acusada de integrar o núcleo central do grupo suspeito.
Demissão. Suspeito de ter beneficiado a empresa Tecondi, reconhecendo a ela o direito de explorar um terminal de contêineres no Porto de Santos, o diretor-presidente da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, pediu demissão ontem. Ele também foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar a quadrilha de venda de pareceres de órgãos públicos a empresas privadas.

Lima encaminhou sua carta ao Planalto pedindo seu afastamento, mas ela foi direcionada à Secretaria dos Portos. Com a publicação da regulamentação do setor portuário, a Antaq passa a ser vinculada ao ministro Leônidas Cristino, que acolheu imediatamente o pedido de demissão. O ex-diretor da Antaq tem ligações com Paulo Vieira, apontado como chefe do grupo suspeito. (Estadão)
Postado pelo Lobo do Mar