terça-feira, 1 de junho de 2010

O Brasil sem história

André Soares

Mestre em operações militares e diretor-presidente de Inteligência Operacional

“O povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la.” É reflexão muito conhecida que, lamentavelmente, se aplica perfeitamente ao Brasil. Todos os brasileiros têm conhecimento, em maior ou menor grau, sobre fatos marcantes da história da humanidade, desde a antiguidade. Entretanto, nenhum cidadão brasileiro conhece significativa parcela da história contemporânea nacional dos últimos 60 anos. Isso porque, pior que um país que não conhece a própria história, é um país que a perdeu; e o Brasil é um infeliz exemplo dessas duas tragédias.

O primeiro ensinamento que todo cidadão deveria obrigatoriamente aprender é que “a história é contada pelos vencedores”. Portanto, existem duas — a oficial e a verdadeira. A história oficial é evidentemente a dos vencedores, a qual é massivamente e difundida à sociedade e especialmente direcionada aos jovens. Porém, é a história verdadeira a que o cidadão deveria se empenhar em conhecer. As informações divulgadas sobre o período obscuro do país denominado “anos de chumbo” (ou seria “período da subversão”?) são originalmente tendenciosas e referem-se a um passado que existiu de fato, mas não de direito; e o Brasil é incapaz de contar sobre ele até mesmo a sua história oficial — a dos vencedores. Afinal, quem são os vencedores?

Quanto a isso, governos militares e civis efetivamente nada fizeram, pois essa verdade compromete indistintamente a todos; sendo, por isso, unanimemente sepultada e esquecida aos olhos da sociedade, cuja investigação sempre foi perigosamente proibida. Assim, todas as tentativas de resgatar essa história foram pífias, oficiosas, eivadas de manipulação e inverdades. Atualmente, o governo Lula mobiliza-se na busca das ossadas dos desaparecidos políticos. E o Ministério Público e Poder Judiciário peregrinam há décadas pela abertura dos “arquivos da ditadura”, coadjuvados pelo apoio de outras entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que lançou recente campanha nacional nesse sentido.

O resultado de tudo isso? Praticamente nada. Nada de ossadas de desaparecidos políticos, nada de abertura de arquivos da ditadura, nada de história oficial; e quanto à história verdadeira, essa nem pensar! “Apagar” o passado é muito mais difícil que contá-lo e, assim, vivemos num Estado constituído impotente em revelá-lo e ineficiente em prestar contas à sociedade, vencido que foi pelo medo daqueles que “desaconteceram” a história nacional, pelo muito que têm a esconder, a temer e a pagar.

Nesse contexto, as ossadas dos desaparecidos políticos foram alvo de ações clandestinas cirúrgicas. Ministério Público e tribunais não conseguem vencer a blindagem da maior “caixa-preta” do país que são os próprios serviços de inteligência, cuja publicidade de suas ações sigilosas permanece inacessível, em flagrante e arrogante desrespeito ao texto constitucional e ao Estado Democrático de Direito vigentes. Todavia, mesmo que esse sonho se torne realidade, nada será encontrado além de toneladas de documentos irrelevantes, porque tudo o que o país deveria conhecer sobre essa história foi meticulosamente destruído. Nada restou.

Sem ossadas, sem arquivos, sem passado, mas não sem “histórias” porque subsiste a disputa fratricida das versões. Assim, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República lançou o livro Direito à memória e à verdade, que se autodenomina livro-relatório. Perigosamente ameaçados pela versão da esquerda, atualmente no poder, setores de uma direita sem rosto tenta, em contrapartida, divulgar a sua versão à sociedade, revelando clandestinamente um extenso dossiê secreto de codinome Orvil (a palavra livro ao contrário), produzido pelos mesmos serviços de inteligência, os quais não o divulgaram durante as décadas em que se esbaldaram no poder.

A lei de anistia de 1979, cujos efeitos foram ratificados em recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), foi um marco nacional a pretexto de inaugurar um novo período de concórdia, reconciliação e sem revanchismo. Todavia, esse fato político degenerou-se em amnésia histórica, indústria extorsiva de indenizações contra o Estado e impunidade generalizada para assassinos, torturadores, sequestradores e terroristas; que a Suprema Corte do país esquivou-se de corrigir.

O Brasil sem história já está revivendo os próprios erros, e a sociedade inepta caminha às cegas na sua ignorância para decidir mais um pleito presidencial incapaz de distinguir cidadãos de criminosos. Nossa verdade histórica é um livro de páginas arrancadas e os poucos ainda vivos que as conhecem e não se prostituíram na corrupção assistem a um Brasil sem passado, ao qual resta apenas vagar perdido sem identidade, ou se encontrar na mentira dos perdedores.

Governo Molusco corta R$ 1,28 bilhão da Educação
















Renata Veríssimo e Edna Simão, no Estadão:

O governo definiu ontem os ministérios e os órgãos da União que terão uma nova redução de orçamento este ano, como parte do corte de gastos anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O Ministério da Educação foi o mais afetado e terá R$ 1,28 bilhão a menos para gastar em 2010. Com esse corte adicional, o orçamento da Educação perdeu R$ 2,34 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso.

No total, o Executivo está reduzindo despesas no valor de R$ 7,5 bilhões. Para alcançar o valor do corte de R$ 10 bilhões, anunciado no dia 13 de maio, o governo diminuiu também a estimativa de gastos obrigatórios (principalmente com pessoal e subsídios), em cerca de R$ 2,4 bilhões. O Legislativo e o Judiciário terão uma redução nas despesas de R$ 125 milhões.

O corte foi anunciado como medida para evitar uma escalada mais forte da taxa básica de juros (Selic) decidida pelo Banco Central. O ministro Mantega chegou até a dizer que a medida ajudaria a esfriar o crescimento acelerado da economia, funcionando como uma redução “na veia” da demanda pública.

Na prática, porém, a equipe econômica anunciou um total de R$ 31,8 bilhões cortados do Orçamento para reforçar a política de responsabilidade fiscal e mostrar ao mercado que o governo vai cumprir a meta do superávit primário, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Neste ano, foi a primeira vez que o governo teve de fazer um corte adicional além do contingenciamento que é realizado todo início de ano, após a aprovação da Lei Orçamentária pelo Congresso.

Além da Educação, os maiores cortes ocorreram no Ministério do Planejamento (R$ 1,24 bilhão), nos Transportes (R$ 906,4 milhões) e na Fazenda (R$ 757,7 milhões). O Ministério da Saúde perderá R$ 344 milhões. O Ministério do Desenvolvimento Social - responsável por programas sociais como o Bolsa-Família - terá de reduzir as despesas em R$ 205,3 milhões.

Beneficiados. Por outro lado, dez ministérios tiveram parte do orçamento recomposto em relação à previsão de março. Os ministérios beneficiados foram Agricultura; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Justiça; Previdência Social; Trabalho; Desenvolvimento Agrário; Esporte; Defesa; Integração Nacional e Turismo.

Segundo o decreto publicado ontem no Diário Oficial da União, os únicos órgãos que não tiveram alteração na previsão de orçamento em relação à última estimativa divulgada em março foram o Ministério das Relações Exteriores e a Vice-Presidência da República.

O governo também fixou R$ 1,5 bilhão como reserva. Esses recursos poderão ser distribuídos, à medida que seja necessário, aos ministérios.

COMENTO

Todos os dias, afirmo neste humilde blog, que o governo do PT é um governo viciado em ilegalidades, bandidagens e crimes de toda natureza! Esse é só mais um, certo?

A super guerrilheira petista, Dilma sugere contribuição mais longa à Previdência...

À abominável pré-candidata do PT, a ser a primeira palhaça do Planalto, Dilma Rousseff, defendeu ontem um aumento no tempo de contribuição para a Previdência. A guerrilheira petista sugeriu que a terceira idade seja estendida “um pouco mais para lá”, mas depois recuou e disse apenas que medidas terão de ser tomadas nesse campo, sem se comprometer com propostas específicas.

Questionada se, caso eleita, proporia a contribuição por mais tempo, Dilma recuou, dizendo que se referia à própria idade ela tem 62 anos. “Eu acho sempre que vai ter de haver, você vai ter de olhar a questão etária do país e tomar providências para isso”, acrescentou. No setor privado, a aposentadoria por idade pode ser pedida aos 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres).

Bem, o governo do molusco é um governo de exacerbada corrupção e crimes, Dilma representa a continuidade desses crimes e dessas bandidagens, Cabe ao MPF e controladoria da união, uma auditoria séria nos cofres e no caixa 2 dos PETRALHAS. Se a populaçao brasileira tomar conhecimento do valor que essa quadrilha, usurpou dos cofres públicos, nos últimos 8 anos, a República desmorona!!! Essa máquina de crimes precisa ser parada, custe o que custar, nem que seja por meios mais ortodoxo e radicais.