sábado, 22 de agosto de 2009

"DICIONÁRIO LULA, ALI KAMEL"!

RECEBIDO POR E-MAIL ESTOU REPASSANDO AOS AMIGOS E LEITORES DO VISÃO MILITAR.

Caros amigos, saiu há pouco um livro (Dicionário Lula, de Ali Kamel, que, ao mostrar a cara de Lula, indiretamente desnuda o verdadeiro rosto do Brasil, um país macunaímico (quer compreender esse país? Leia Macunaíma, de Mário de Andrade). Lula é um Macunaíma. É ambíguo, escorregadio, dúbio, tinhoso, esperto. Seu jogo é sempre duplo. Enfim, este jogo é, de algum modo, o jogo do brasileiro. Por que Lula caiu no gosto popular? Porque ninguém melhor do que ele representa tão bem as incongruências, contradições e ambiguidades deste país. Enfim, o brasileiro é muitas coisas ao mesmo tempo, e o Lula é a melhor metáfora para isto.
Você sabe qual é apito que esse homem toca? Você sabe qual é a do Lula? É impossível saber! Ninguém sabe! É um político perspicaz: não é contra nem a favor. Finge que apóia este ou aquele governo, mas simplesmente faz jogo de cena (a propósito, o brasileiro age do mesmo modo no seu dia-a-dia; ou seja, Lula é, apenas, o que espelha o verdadeiro rosto deste país. Daí a razão de sua popularidade. Ele joga em todas as posições: na esquerda e na direita, nas posições progressistas e nas reacionárias; fala uma coisa para sindicalistas, e outra oposta para banqueiros. Ou seja, a cara do Lula simplesmente coloca à flor das águas o rosto esquizofrênico do Brasil.
No governo dele, boiam nas águas sujas todos os sapos e ratos que nos habitam; mas seu rosto continua angelical, puro, santo aos olhos dos brasileiros. Não sabemos se ele é bom ou mal; é uma esfinge; um grande enigma; mas o Brasil também é um enigma; ninguém consegue entender este triste país, com suas espantosas mazelas e admiráveis grandezas), ou seja, Lula é muitas coisas ao mesmo tempo. Daí o fato de os europeus nem os norte-americanos não o entenderem, embora ele seja o mascote dessa gente. Até o Obama disse que ele é "o cara". Que ingenuidade! Como o presidente da América é pão-pão, queijo-queijo.
Lula é multifacetado: é um cruzamento de Macunaíma, Sarney e Maquiavel; diz sim e não ao mesmo tempo; isto é espantoso. Agrada a gregos e a troianos. Como pode? Mente e diz a verdade ao mesmo tempo. Diz sim para a bancada ruralista, mas, quando chega a algum rincão desse país, critica impiedosamente essa gente para o povo, no palanque. É um ator? É um Chávez travestido de democrata? Ou é, de fato, um autoritário travestido de socialista? Ninguém sabe, meu amigo!
Ao que parece, esse homem é uma síntese de todos os nossos defeitos, mas também de algumas de nossas qualidades. Não creio que Lula seja um canalha, mas ele está destruindo, por dentro, a República, com seu jogo político dúbio. Ele põe em prática tudo o que Maquiavel aconselha a um estadista. Você quer ver Maquiavel na prática? Observe a ação política desse homem; como político, ele é um Michael Jackson no palco. Quando fala de improviso, consegue enganar a todo mundo (não a mim, é claro!). E sempre está bem na foto. Desde que chegou ao poder, sua popularidade sempre se manteve acima dos sessenta por cento de aceitação.
Saiu incólume de todas as mais graves crises políticas que seu governo enfrentou; com seu carismo e com seu jeitinho brasileiro, ele põe todo mundo no bolso. Veja o Senado: está ajoelhado aos pés de Lula. Com seu poder ilimitado, conseguiu livrar o hipócrita e mentiroso Sarney da cassação. Mais ainda: até o inacreditável acontece: Fernando Collor de Mello, um dos piores calhordas da política brasileira de todos os tempo, representante daquela oligarquia acéfala, patrimonialista, perversa, sociopata e desprezível do nordeste, o elogia; diz que Lula é um grande estadista. E é mesmo! Mas não sei como o presidente consegue sustentar por tanto tempo esse jogo político ambivalente, incongruente, perverso e impregnado dos piores e mais horríveis vícios de nossas mazelas políticas, já que, para se sustentar no poder, ele ignora totalmente a ética. Por isso, o seu governo me parece algo surreal. Só no Brasil isto é possível. E por quê? Porque somos um povo dúbio, ambíguo, que joga de qualquer lado, desde que os nossos interesses não sejam atingidos; somos capazes de qualquer coisa, quando o que está em jogo são as questões particulares.
Isto, infelizmente, se reflete nas ações políticas do dinossauro Sarney, outra figura patética de nosso cenário político, que confunde a coisa pública com os interesses privados. Isto é inadmissível; só no Brasil aceitamos o inaceitável. Somos, realmente, uns bananas, pois já deveríamos ter dado um basta nesta situação insuportável ou deveríamos ter sido até mais radicais, fazendo voar pelos ares aquele Senado, com seus insuportáveis sacripantas.
Infelzmente, temos o país que merecemos, pois somos uma gente que só pensa o Brasil a partir do portão de nossa casa para dentro... No tocante ao resto, que todos se lixem ou que se danem. Com essa mentalidade tacanha e sem compromisso coletivo e/ou social, este país não tem jeito mesmo; malheuresement.
Para concluir o meu brado de indignação, envio-lhe abaixo dois poemas de Bertold Brecht, que caem bem nesse momento em que todo brasileiro consciente se sente envergonhado, agredido, sem esperança e profundamente desapontado com a postura cínica, covarde e irresponsável do Senado, que, em vez de passar o Brasil a limpo, optou por arquivar todas as denúncias contra Sarney, essa patética, decrépita, hipócrita, mentirosa, desprezível e ultrapassada figura de nosso lastimável cenário político.
Um fraternal abraço a todos os amigos e leitores deste simple e humilde blog.
José Osmar.
Eis os poemas: O analfabeto político Bertold Brecht

O pior analfabeto político

é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa

dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,

do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio

dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro

que se orgulha e estufa o peito

dizendo que odeia a política.

Não sabe o moribundo que, de sua ignorância política,

Nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante

e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista;

pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais

POEMA DE BERTOLD BRECHT

Sob o cotidiano, desvendai o injustificável.

Por trás do consagrado, atentai no absurdo.

Desconfiai do menor gesto, por simples que pareça.

Não aceitai como tal a regra estabelecida;

Procurai nela a necessidade.

Rogamos-vos não dizer: “é natural”

diante dos acontecimentos diários.

Numa época em que reina a confusão e corre sangue,

a ordem é desordem,

o arbitrário, lei.

E a humanidade se desumaniza.

Não se diga jamais “é natural”,

a fim de que nada passe por imutável.

“LULA NÃO FARÁ SEU SUCESSOR”

Por Reinaldo Azevedo

Carlos Augusto Montenegro é um dos mais experientes analistas do cenário político nacional. Presidente do Ibope, empresa que virou sinônimo de pesquisa de opinião pública no Brasil, ele acompanhou com lupa todas as eleições realizadas no país desde a volta à democracia, em 1985. Agora, faltando pouco mais de um ano para a sucessão presidencial, Montenegro faz uma análise que o consagrará se acertar. Se errar? Bem, dará às pessoas o direito de igualarem seu ofício às brumas da especulação. Em entrevista ao editor Alexandre Oltramari, Montenegro aposta que o governo, apesar da imensa popularidade do presidente Lula, não conseguirá fazer o sucessor - no caso, a ministra Dilma Rousseff. Também afirma que o PT está em processo de decomposição.

O que os acontecimentos da semana passada revelaram sobre o PT?
Que o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruí-das. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram para sempre. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso.

Ao contrário do que muita gente acredita, o senhor aposta que Lula, mesmo com toda a popularidade, não conseguirá eleger o sucessor.
Uma coisa é ele participar diretamente de uma eleição. Outra, bem diferente, é tentar transferir popularidade a alguém. Sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia. Aliás, carisma não se ensina. É intransferível. “Mãe do PAC”, convenhamos, não é sequer uma boa sacada. As pessoas não entendem o que isso significa. Era melhor ter chamado a Dilma de “filha do Lula”.

Caso Lina: Mantega sabia. Mas teria feito apenas perguntas
Mantega obteve informações da ex-secretária da Receita Federal sobre as investigações dos negócios do clã Sarney mas não fez propostas “incabíveis”

Alexandre Oltramari

SIM Guido disse que pediu a Lina Vieira explicações sobre o vazamento de informações

Existe um terceiro personagem envolvido no caso do suposto encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no fim do ano passado. É o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chefe direto de Lina Vieira nos onze meses em que ela ocupou o cargo e responsável por sua demissão, há um mês, sem nenhuma justificativa pública.

O caso não se encerra com o depoimento de Lina. Será preciso esclarecer as razões pelas quais, como tudo indica, a ministra cortou caminhos na hierarquia e fez pedidos “incabíveis” a uma secretária da Receita Federal. Uma hipótese a ser investigada é a de que Dilma só teria entrado em ação depois de uma falha no canal natural para obter o efeito desejado pelo Palácio do Planalto - o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Descobriu-se agora que esse canal foi acionado, mas sem que se produzissem os resultados esperados. Mantega efetivamente chamou a ex-secretária em seu gabinete e pediu detalhes sobre o caso dos Sarney. O ministro justificou seu interesse sem rodeios, informando a Lina que a investigação estava preocupando o Palácio do Planalto. A secretária fez seu relato e o ministro agradeceu as informações. Mantega encerrou a conversa sem pedir nem sugerir nenhuma ação à secretária Lina. Isso é o que se sabe.

COMENTO
"Caros amigos e leitores, espero que realmente essa facção criminosa dos petralhas, se acabe, visto que a República, não aguenta mais, tantas bandidagens, corrupções, safadezas e maracutaias.
Espero ainda que todos os canalhas membros desta facção, responda na justiça pelos seus terríveis e abomináveis crimes, contra nossa nação, contra o povo brasileiro, as Forças Armadas e os militares".