sábado, 10 de agosto de 2013

STF terá coragem para reabrir o Mensalão e calar a voz das ruas?


O julgamento dos recursos dos 25 condenados no processo do mensalão começa quarta-feira com a discussão sobre a possibilidade de mudar a sentença de condenação de 11 réus. Os ministros vão decidir se é legítima a análise de embargos infringentes no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora esse recurso esteja previsto no Regimento Interno da Corte, ele não figura em lei desde 1990. Se o STF aceitar julgar os embargos, réus condenados que tiveram ao menos quatro votos pela absolvição terão direito a novo julgamento, com reexame das provas e chance de reverter parte da condenação.
 
Teriam direito ao recurso João Paulo Cunha, João Cláudio Genú e Breno Fischberg, por lavagem de dinheiro; e José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Roberto Salgado, por formação de quadrilha. A discussão deve abrir a nova fase do julgamento. Se o STF aceitar julgar os embargos infringentes, Dirceu poderá passar do regime fechado de prisão para o semiaberto.
 
Mas, nesse caso, a decisão sobre a revisão ou não das penas só se dará depois de analisados os recursos de outros 14 réus que apresentaram embargos declaratórios questionando o acórdão do julgamento. A ordem do julgamento foi divulgada ontem. O 1º caso a ser analisado será o de Rogério Tolentino, ex-advogado e ex-sócio de Marcos Valério.
 
Normalmente, o julgamento dos embargos declaratórios é rápido no STF. Mas, levando-se em conta a complexidade do processo do mensalão e o número de réus, não há previsão de quanto tempo a análise dos recursos vai levar. As penas só podem ser executadas com o trânsito em julgado, ou seja, quando terminar o julgamento dos recursos. (O Globo)

Postado pelo Lobo do Mar

PT "subcontrata" Movimento do Passe Livre para organizar protesto. Hora de voltar às ruas contra Partido do Mensalão.

Na próxima semana, o STF deve negar acolhida aos recursos infringentes interpostos pela Quadrilha do Mensalão, definindo que a prisão dos mensaleiros será a mais breve possível. Por isso, o PT do Mensalão faz as últimas tentativas para tumultuar os atos da Justiça, com protestos, quebra-quebras e falsas acusações institucionalizadas pelo seu Presidente, Rui Falcão. Abaixo, notícia da Folha de São Paulo. Abaixo, notícia da Folha de São Paulo.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, usou ontem a expressão "trensalão" ao mencionar as denúncias de cartel nas licitações de trem e metrô nos governos do PSDB em São Paulo. Em evento realizado no Rio, o dirigente petista lembrou ainda que militantes do partido participarão de manifestação convocada para o dia 14, no centro paulistano.
Mais tarde, ao chegar ao encontro do PT paulista, em Bauru, Falcão voltou a falar sobre o protesto agendado para a próxima quarta-feira, em São Paulo. Segundo ele, os petistas participarão da passeata, mas não são responsáveis pela organização. "Não é convocação. Eu li nos jornais que era [uma manifestação] do Movimento Passe Livre e muita gente realmente vai participar, inclusive do PT, mas não é o PT que está convocando", afirmou.
Em junho, o dirigente convocou petistas a engrossar os atos de rua, mas houve reação hostil de manifestantes, que queriam evitar partidarização do movimento.





MENEZES - militar, historiador 

ESSES SUJEITOS, INFELIZMENTE, SÃO MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL !



- Quando constatamos que a nossa Constituição Federal estende a competência da indicação e da aprovação, dos ministros da Suprema Corte, a políticos com péssima reputação e vasto histórico de irregularidades, chegamos à conclusão que tudo está perdido ... !

- O STF não é a Suprema Corte do país, ... e sim, a fortaleza edificada para defender o direito ao contraditório e à ampla defesa dos "larápios" !

Pelo que estamos vendo, o julgamento do "MENSALÃO" não passou de uma peça teatral escrita pela cúpula do PT e Foro de São Paulo, e encenada pelos ministros membros, que durou o tempo necessário e suficiente para abafar as vozes das ruas ... !

- Quem acredita nos políticos e no STF ?

- Quanto mais escândalos aparecem no Brasil, tanto mais aumenta a confiança que eu já deposito nas Forças Armadas do meu país ! 

Com a defesa dessa opinião, não estou querendo dizer que não existem problemas dentro dos quartéis, e muito menos negando que existam comportamentos anti-éticos entre homens de farda, mas, unicamente, e precisamente, para afirmar que as Forças Armadas são, sem dúvida alguma, a instituição pública que melhor representa os valores como a ética, a probidade, a austeridade e o patriotismo neste país !

As Forças Armadas continuarão sendo, e por muito tempo, ainda, o baluarte da dignidade, da esperança e dos sonhos dos jovens deste imenso Brasil !!!

- INFELIZMENTE, POR ENQUANTO, SÓ POSSO DIZER QUE O MEU PAÍS ESTÁ ENTREGUE ÀS BARATAS !

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Cartel Jabuticaba do Metrô de SP pode acabar impune – igual ao Cartel do Oxigênio contra o Exército


Por Jorge Serrão e João Vinhosa

O Sistema do Crime Organizado - que domina o Brasil, obedecendo a tentáculos transnacionais - acaba de inventar uma nova e cínica modalidade de fazer negócios escusos. Trata-se do Cartel Jabuticaba. Uma lenda diz que a jabuticaba é uma fruta que só dá no Brasil. Por isso, metaforicamente, qualquer coisa que só acontece aqui pode receber o qualificativo “jabuticabano”.

Na definição clássica, cartel é uma associação informal de fornecedores que têm como objetivo lesar os consumidores, manipulando os preços cobrados por seus produtos. No caso de licitações públicas, os integrantes do cartel combinam os preços a serem propostos, fraudando o caráter competitivo da licitação para superfaturarem contra os órgãos contratantes. Em tese, sem precisar pagar propina para ninguém na esfera pública.


Freqüentemente, integrantes de cartel se vangloriam do fato de não corromperem administradores públicos para obter seus superfaturados contratos. A propósito, em diversas oportunidades, renomados integrantes de cartel chegaram a, debochadamente, repelir insinuações de facilidades oferecidas por incautos contratantes ávidos por dinheiro. Depois, no final das contas e das vantagens concedidas, sempre rola uma comissãozinha, em mimos de luxo ou em dinheiro “lavável”.

A realidade é dura. Nas áreas pública e privada, corruptores e corruptos convivem na viciada fissura de fechar uma negociata. Mas, no caso do cartel, existe uma singularidade. Para a frustração dos subornáveis na máquina administrativa oficial, a combinação feita entre os fornecedores, por si só, garante o sucesso do crime. Parece melhor evitar a arriscada e dispendiosa corrupção de agentes públicos.


Acontece que acabou de estourar um inusitado escândalo, em São Paulo e Brasília: descobriram um suposto cartel formado por fornecedores conluiados com os próprios contratantes. A imprensa alardeia que os integrantes do cartel do Metrô paulista feriram seu rígido “código de ética”, aceitando como cúmplices os mais odiados ladravazes do país, os gestores públicos venais. Coisas de Sucupira, Saramandaia ou do raio que nos parta...

Incontestavelmente, o fato de juntar integrantes do cartel e autoridades contratantes numa mesma empreitada torna o cartel do Metrô paulista um autêntico “cartel jabuticaba”. Uma suposta negociata, que não deve ser única, porque os nossos corruptos parecem os mais criativos do planeta, na hora de roubar, lavar e enxugar dinheiro público desviado para negociatas privadas.


Cartel Jabuticaba

Vamos analisar duas notícias que foram divulgadas sobre o rumoroso escândalo: 1 – o suposto cartel superfaturou os serviços em R$ 577 milhões, 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema; 2 – o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou que, se a formação de cartel for confirmada, o governo do estado vai entrar com ação de indenização.

A melhor maneira de analisar as duas notícias acima é por meio de uma comparação com o acontecido no caso da aquisição de gases medicinais para o mais tradicional hospital militar do país, o Hospital Central do Exército (HCE), localizado no Rio de Janeiro (RJ).

O caso do gigantesco superfaturamento contra o HCE – praticado por uma empresa transnacional que, tempos depois, foi multada em R$ 2,3 bilhões, por integrar o chamado “Cartel do Oxigênio” – foi amplamente divulgado pelo Alerta Total, conforme pode se ver nos endereços apresentados ao final.

A seguir, alguns aspectos do caso do HCE. Curioso é o fato de a empresa que cometeu o superfaturamento pertencer a um cartel - que veio em seu favor, isentando-a de culpa. Mais um triste exemplo no Brasil das Impunidades.


O caso do HCE

Em meados de 2003, o Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu denúncia de superfaturamento em três licitações anuais consecutivas (1997, 1998 e 1999), realizadas pelo HCE para a aquisição de gases medicinais.

Nas três licitações, uma única empresa apresentou proposta de preços para os nove gases licitados. Enquanto isso, na mesma cidade, outra concorrente fornecia para a Aeronáutica e uma terceira para a Marinha. Nada mais parecido que prática de cartel poderia ocorrer.

Contrariamente, na licitação para atender a demanda do ano 2000, com toda a certeza, não houve combinação de preços entre os participantes. Cinco empresas, entre elas a empresa que fornecia ao HCE desde 1997, apresentaram propostas de preços.

Superfaturamento explícito

A denúncia de superfaturamento foi feita com base na comparação dos preços praticados nos anos de 1997, 1998 e 1999 – anos das licitações de um único participante – com os preços propostos pela mesma empresa na licitação realizada no ano seguinte, 2000, quando houve, de fato, uma disputa entre vários concorrentes.

Vejamos o ocorrido com o preço do Oxigênio Líquido. No ano de 1997, o HCE pagava, à sua “fornecedora exclusiva”, o extorsivo valor de R$ 7,80 pelo metro cúbico do produto. Em 2000, em uma licitação “lícita”, a mesma empresa que cobrava R$ 7,80 propôs o valor de R$ 1,63, e, ainda assim, foi derrotada por duas concorrentes.

Conforme o processo TC 012.552/2003-1, depois de minuciosa auditoria nas contas do HCE, o valor total calculado do prejuízo ao Erário foi de R$ 6.618.085,28, “tendo como parâmetro a aquisição realizada pelo próprio Hospital no ano de 2000, no qual se verificou efetiva competição entre os licitantes”.

Acontece que o caso foi submetido a um Recurso de Revisão no qual foi determinada “ampla pesquisa no sentido de sanear o processo quanto à correta apuração do possível superfaturamento”, uma vez que foi considerado “pouco consistente a metodologia empregada pela Secex-3 na determinação do valor do débito”.

Ao julgar referido Recurso, o TCU considerou inviável a apuração do dano, tendo em vista indícios de formação de cartel de preços no setor de fornecimento de gases medicinais. Em outras palavras, considerando que o setor era cartelizado, o TCU entendeu que a aferição dos custos reais desses insumos era impossível, e, portanto, inviável a apuração do dano sofrido pelos Cofres Públicos. Puro surrealismo burrocrático!

Resumo da ópera: por impossibilitar a “aferição dos custos reais dos insumos”, a existência de indícios de formação de cartel levou o TCU a livrar de punição a empresa denunciada por superfaturamento no HCE, conforme consta do Acórdão n°. 2335/2011-TCU- Plenário.  

Logicamente, da argumentação que norteou a decisão do TCU, lícito torna-se afirmar que – assim como R$ 7,80 não mereceu punição por superfaturamento – também não mereceria punição se o preço praticado fosse R$ 10,80, R$ 12,80, ou qualquer outro preço.

Conclusão

Diante do posicionamento do TCU – que se declarou incapaz de punir superfaturamentos em setores cartelizados, por ser impossível determinar a “correta apuração” dos “custos reais” do produto licitado – é de se esperar uma verdadeira e surreal batalha jurídica para que seja provado o anunciado superfaturamento de R$ 577 milhões no Metrô de São Paulo.

Com relação à possível ação de indenização a ser proposta pelo governo de São Paulo caso fique comprovada a prática de cartel, é um procedimento que deveria ser seguido por todas as vítimas de cartel, mesmo que sirva só para inibir tal tipo de crime.

Com toda a certeza, seria um inestimável serviço prestado ao combate de cartéis em nosso país se os órgãos que foram prejudicados pelo comprovado “Cartel do Oxigênio” (como o Exército Brasileiro e o Ministério da Saúde) tivessem entrado com ações de indenização como a anunciada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Como não entraram, quem entrou pelo cano, novamente e como de costume, foi o cidadão-eleitor-contribuinte.


Por enquanto, o Cartel Jabuticaba ainda vai render muita polêmica política – com grandes chances de dar em nada no final. Uma transnacional (a Siemens) teria feito um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica para denunciar o cartel do metrô. O caso corre em segredo no CADE, que é presidido por Vinicius Marques de Carvalho, que é sobrinho do Secretário Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O PT quer uma CPI sobre o caso...

O Governador paulista garante que o governo nada tem com o cartel. A Siemens teria denunciado que sim. As empreiteiras negam ter formado cartel. Acusando o CADE de “politicagem”, Geraldo Alckmin quer acionar a Justiça para que, se confirmado o crime de cartel, o Estado de São Paulo seja indenizado.

Parece que o Cartel Jabuticaba fica muito mais embaixo do buraco do metrô - e tantos outros contratos falcatruados de obras e prestação de serviços, em terceirizações ou parcerias, nos municípios, estados e nos órgãos e empresas federais. No Brasil, onde tudo se apura, mas pouco se condena, tudo se transforma em corrupção premiada. E os crimes, continuados, compensam...

O Cartel Jabuticaba oculta enigmas: Quem corrompeu quem para que a denunciada negociata acontecesse? Quem consegue acreditar que as empreiteiras não formam cartéis no Brasil, obrando e andando para a coisa pública? Quem, no mundo político, da situação à oposição, tem moral ilibada para denunciar cartéis e outras falcatruas?
Infelizmente, a tendência no Brasil é a impunidade ampla, geral e irrestrita – gerando apenas passageiros desgastes eleitoreiros...

Cartel do Oxigênio

Uma oxigenada no cartel que ficou impune, apesar das evidências e provas:  

Mosquitagem



Cartel Jabuticaba do Metrô de SP pode acabar impune – igual ao Cartel do Oxigênio 




Postado pelo Lobo do Mar