segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Cantada pelo PT como a maior reserva de petróleo do mundo, pré-sal pode ter apenas um interessado. Algo está errado e não é a maioria das empresas do planeta.
por cardoso lira
O governo brasileiro leiloa hoje o campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos - o maior descoberto no mundo desde 2008. O evento está marcado para começar às 14 horas, desde que não apareçam liminares que possam atrasar o início. Será a primeira área no Brasil ofertada sob regime de partilha de produção. Nesse modelo, a propriedade do óleo extraído é exclusiva da União. O consórcio vencedor vai trabalhar para produzir no bloco e, como pagamento, recebe uma parcela do petróleo extraído.
Dessa forma, vence a licitação o consórcio que ofertar o maior percentual em óleo para a União. Essa será a única variável que decidirá a competição. O valor do bônus de assinatura é fixo e não interfere no resultado. Segundo o edital do leilão, o lance mínimo é de 41,65% do lucro em óleo. O valor do bônus de assinatura será fixo, em R$ 15 bilhões, e não interfere no resultado.
No caso do regime de concessão, utilizado nas 11 rodadas de licitação de blocos exploratórios de petróleo realizados pela ANP até hoje, o óleo produzido pertence à empresa que o extrai, durante o período de concessão, e a União recebe as taxas e royalties referentes a essa extração. O leilão começa com um vídeo de apresentação sobre a área que será ofertada, descrita pelo governo com poucos riscos e muito atrativa, com um poço perfurado, uma descoberta e estimativas de que haja entre 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperáveis.
Após o vídeo, os inscritos para fazer ofertas serão convidados para escrever em um papel o seu lance, lacrar e colocar em uma urna, em um tempo pré-determinado pela agência. A ANP vai verificar se cada envelope de ofertas está lacrado e informar aos presentes quais as empresas ou consórcios que fizeram lances e quais as participações acionárias de cada um nos consórcios. Em seguida, um representante da ANP vai abrir cada envelope e anunciar as ofertas. Por fim, será destacado o vencedor. Caso haja empate, os licitantes serão convidados a fazer ofertas superiores às realizadas. Em caso de novo empate, será feito um sorteio.
Interessados
Há 11 empresas inscritas para participar da competição de Libra e que pagaram a taxa de participação de R$ 2 milhões. Mas há a expectativa de que apenas um consórcio dispute o direito de produzir petróleo no gigantesco campo. Apesar do atrativo incomum de leiloar uma área com a descoberta de um reservatório gigante de petróleo, o governo pode se frustrar com uma licitação sem concorrência. (Valor Econômico)
O Rio se tinge com o verde do Exército para leiloar campo do pré-sal; Petrobras abre o bico e quer mudar modelo de exploração que PT considerava inegociável. Ou: E os gringos não estão loucos para “roubar” as nossas riquezas… Que pena!
Parte do Rio está nesta segunda sob o controle de forças federais, especialmente o Exército. Sim, ainda que numa circunstância um tantinho diferente, como já notei aqui, a presidente Dilma Rousseff, do PT, repete o então presidente da República de 1995 — FHC, do PSDB — e chama os soldados. A diferença é que a Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT, uma das promotoras da greve do setor e adversária do leilão do campo de Libra, é aliada desse governo e se opunha àquele. PSOL, PSTU e outros ultraesquerdistas se reúnem numa outra federação e também tentam impedir o evento. Ainda que eu registre aqui, com certa ironia, que Dilma recorre a um procedimento como antes já se fez nestepaiz, não critico a coisa em si, não. Tem de chamar as Forças Armadas mesmo. Estou doido para saber se vai haver black blocs, desta vez, tentando furar o bloqueio. Mas isso não é a coisa mais interessante que está em curso, não.
O leilão do Campo de Libra, que se pretende um dos maiores do mundo, se dá num climão meio borocoxô, sem muito ânimo. Os primitivos de extrema esquerda estão vociferando por aí que gananciosos capitalistas internacionais querem o nosso petróleo, querem roubar tudo de nós. Infelizmente, não! É o contrário. Há o risco de um só consórcio se apresentar, justamente o formado pela Perobras e pelas chinesas CNPC e CNOOC. Um outro, liderado pela Shell, em parceria com a indiana ONGC e a francesa Total, não estava conseguindo se viabilizar. Eu já falei sobre a Pipoca, uma das cadelinhas aqui de casa, certo? De vez em quando, ela “rouba” um pregador, um pedaço de casca de tangerina, um papel de bala. Leva para a casinha dela, deita em cima e vira uma fera de assustadores três quilos e meio. Rosna para quem passar perto. Mensagem: “Você está querendo este meu pregador, né? Este meu papel de bala? Não dou, é meu! Venha pegá-lo se for capaz”. Ela não é existencialista, como um beagle… Ninguém quer o papel de bala. Mas rosnar é de sua natureza.
O Brasil é um pouquinho melancólico. Há uma informação importante numareportagem da Folha desta segunda, de Valdo Cruz e Denise Luna. Transcrevo um trecho:
O leilão de hoje do campo de pré-sal de Libra, na bacia de Santos, pode ser o primeiro e último em que a Petrobras participa como operadora única e dona obrigatória de pelo menos 30% do consórcio vencedor. Segundo a Folha apurou, a própria estatal já manifestou o desejo de rediscutir o modelo para torná-lo, pelo menos, opcional. Ou seja, de acordo com a conjuntura da empresa, ela poderia abrir mão dos direitos atuais. O problema é que, para técnicos da estatal, o que pode ser considerado um “privilégio” num dado momento torna-se um “peso” em situações como a atual, em que a empresa enfrenta dificuldades de caixa para bancar seu plano de investimento de US$ 236,5 bilhões. O próximo leilão do pré-sal está previsto para ocorrer só em dois ou três anos, segundo a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard.
Por Milton Pires
Em 1900, a China foi varrida por um movimento ultranacionalista que tinha como objetivo expulsar os estrangeiros do país. De caráter fortemente anticristão, o levante atacou missões, igrejas e possessões de outros países naquela nação. Seus integrantes ficaram conhecidos como os “boxers”e costumavam misturar luta política com misticismo. Acreditavam-se, por exemplo, imunes às armas de fogo uma incorporados “espíritos” capazes de lhes proteger. Esse episódio entrou para história da China como a "Revolução Boxer".
Além do fato de “boxer” ser também o nome para designar uma raça de cães, nada disso tem a ver com o que se passou no Brasil semana passada quando ativistas invadiram e destruíram um laboratório para libertar animais usados em experimentos científicos. Imagino que, como os boxers, essas pessoas estavam possuídas por certos “espíritos” capazes de torná-las imunes às consequências legais daquilo que fizeram.
Não sei como deveria eu chamar esses “espíritos”. Escolho aqui o nome de “causa maior”. Por “causa maior” entendo um princípio universal aplicável a qualquer membro da sociedade. Ativista ou não, aquilo que alguém é do ponto de vista moral deve ser medido em termos de sua posição com relação à (ou às) causa maior. Assim, se alguém não apóia a invasão e o salvamento dos cachorrinhos, não pode ser “boa gente”. Da mesmo forma, se alguma pessoa não acredita no aquecimento global, dever ser alguém que está atuando no sentido de provocar o acúmulo dos gases do efeito estufa. A discussão a ser travada repete portanto aquilo que Olavo de Carvalho chama de “guerra assimétrica” e não há – na opinião de alguém que defende uma causa maior – qualquer condição de se discutir seriamente com um opositor.
O que mais frequentemente ocorre quando a sociedade inteira se mobiliza por causa de uma notícia como a dos beagles é esquecer todo o resto. A matéria torna-se pauta do Fantástico, pessoas são entrevistadas nas ruas e reportagens mostrando cãezinhos adotados capazes de comover até Hitler vão ao ar em todos os canais. Nesse meio tempo o país esquece do mensalão, dos médicos cubanos e do incêndio de Santa Maria. Ninguém se comove com os hospitais nem com as crianças sem aula..ninguém lembra de um policial militar ferido em ação e paraplégico para sempre vivendo de uma pensão ridícula.
Pouco importa saber se é justa ou não a causa dos ativistas ou se deve ser libertada a moça que está presa na Rússia. Nada disso é “causa maior” nem vai definir o futuro de uma nação governada por uma ditadura mensaleira e amiga do narcotráfico. Digo eu que sequer devemos aceitar discutir com esses revolucionários de i-phone 5 e que a maioria não passa de pessoas ingênuas lideradas por canalhas que nada se interessam por bioética ou ecologia. Além de jamais terem estudado esses assuntos, não estudaram nenhum outro e são (querendo ou não) soldados a serviço dessa organização criminosa chamada Partido dos Trabalhadores.
Àqueles que se comovem com as imagens de cada beagle que foi “salvo” recomendo entrar numa enfermaria de pediatria de uma dessas imundícies que são os hospitais públicos do Brasil. Observem as mães dormindo em cadeiras e debruçadas sobre as camas dos filhos, reparem na quantidade de crianças acumuladas, na superlotação, nas condições de higiene e iluminação sintam o cheiro deixado pelos serviços de limpeza terceirizados contratados de maneira fraudulenta para financiar a campanha de algum secretário da saúde e respondam se é procedente numa realidade assim pensar em “andar de bicicleta, salvar cachorros ou invadir propriedades na Rússia”.
Só existem duas explicações para o ativismo no Brasil – uma é a ingenuidade; outra é a má-fé. Cada vez menos eu acredito em ingenuidade. Má-fé é a minha opção preferida pois foi essa a característica dos líderes de todas as revoluções que conheci..Não deve ser diferente na Revolução Beagle...
Milton Simon Pires é Médico.
Por cardoso lira
PT afunda Petrobras em dívidas obrigando empresa a participar do pré-sal para maquiar privatização.
O leilão de hoje do campo de pré-sal de Libra, na bacia de Santos, pode ser o primeiro e último em que a Petrobras participa como operadora única e dona obrigatória de pelo menos 30% do consórcio vencedor. Segundo a Folha apurou, a própria estatal já manifestou o desejo de rediscutir o modelo para torná-lo, pelo menos, opcional. Ou seja, de acordo com a conjuntura da empresa, ela poderia abrir mão dos direitos atuais.
O problema é que, para técnicos da estatal, o que pode ser considerado um "privilégio" num dado momento torna-se um "peso" em situações como a atual, em que a empresa enfrenta dificuldades de caixa para bancar seu plano de investimento de US$ 236,5 bilhões. O próximo leilão do pré-sal está previsto para ocorrer só em dois ou três anos, segundo a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard.
Dentro do governo, a ordem é aguardar o leilão de hoje, que funcionará como um "teste" do modelo de partilha, no qual a participação da Petrobras é garantida e fortalecida pela legislação. A tendência, segundo fontes ouvidas pela Folha, é que apenas um consórcio --formado pela Petrobras e pelas chinesas CNPC e CNOOC-- apresente oferta.
ATÉ A ÚLTIMA HORA
Outro consórcio, liderado pela Shell, com a indiana ONGC e a francesa Total, estaria encontrando problemas para ser fechado, mas ainda não foi totalmente descartado. A composição de consórcios costuma ser fechada geralmente na última hora e sob muito sigilo. No caso de Libra, que inaugura um modelo inédito no país --o regime de partilha--, as negociações foram ainda mais complicadas.
Do lado da indústria, o principal problema foi a exigência de que a Petrobras atuasse como operadora do campo. Isso afastou petroleiras de peso, como a Exxon e a BP, e pode inibir que outras façam lances no certame, mesmo que Libra seja a principal descoberta já feita no Brasil e a maior oferta de um reservatório de petróleo já feita no mundo.
Pesa na balança das empresas também a perspectiva de ganhar o leilão e depois não ter poder de decisão no Comitê Operacional. Isso porque a estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), criada especialmente para cuidar dos interesses da União, terá peso de voto de 50% no conselho. A Petrobras terá peso de 15% e o consórcio vencedor, de 35%. Essa restrição levou a mais cálculos e simulações do que nos leilões anteriores, sob o regime de concessão, praticados no país desde 1999. (Folha de São Paulo)
Na "oposição", Eduardo Campos critica o Mais Médicos. Há 90 dias, ainda na base do governo, ele elogiava o programa em rede nacional.
Hoje Eduardo Campos, o presidenciável do PSB, criticou duramente o programa Mais Médicos. Tem razão. Mas a sua critica é oportunista e politiqueira. Em 30 de agosto, ainda mamando nas tetas do PT e do governo, ele elogiava o Mais Médicos na sua participação no Programa do Ratinho. Assistam abaixo e vejam com quem o Brasil está lidando. Esse Eduardo Campos, pra voltar correndo pro colo da Dilma, é só jogar um osso.
Lula diz que mensaleiros do PT foram condenados pela imprensa e pelos adversários. É mentira, Lula, foram condenados pelo STF.
Ao falar sobre o Mensalão, em entrevista ao El País, da Espanha, Lula afirmou que os "cumpanhêros" corruptos, membros de uma quadrilha que roubou dinheiro público para se manter no poder, foram "previamente condenados". Lula gosta de mentir aqui e lá fora. O bando de José Dirceu e companhia teve todo o direito à defesa e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, não pela mídia ou pela oposição. Vejam a declaração de Lula.
"O que digo aos companheiros é que só há uma forma de não ser investigado neste país [Brasil]: não cometer erros. Duvido que exista no mundo uma nação com a quantidade de fiscalizações que tem no Brasil. Aqui, 90% das denúncias que são apresentadas são feitas pelo próprio governo. Contratamos policiais, reforçamos os serviços secretos, fortalecemos o controle das contas do Estado. Quanto mais transparência, melhor. O que não se pode admitir é que depois que uma pessoa é processada e não se descobre nada, ninguém se desculpa. Por isso, me preocupam essas condenações a priori. No caso dos companheiros do PT, já foram previamente condenados. Alguns meios de comunicação, independentemente de juízo, os condenaram à prisão perpétua. Alguns nem podem sair às ruas. Eu insisto, devemos ser 150% corretos, porque se nos equivocamos em um 1%, os olhos de nossos adversários e de determinados meios de comunicação nos levarão a 1.000%."
PSB usou PT para crescer, está usando Marina para se viabilizar e quer usar Alckmin para chegar ao segundo turno. É o Partido Sem Base.
Quando a esperteza é demais, engole o dono. Segundo o Estadão, os espertos do PSB, o Partido Sem Base, que só cresceu escorado nos outros quer dividir palanque com o PSDB em vários estados. Vejam essa: "o governador Geraldo Alckmin tem que abrir o palanque para o Eduardo Campos em São Paulo e liberar a imagem dele nos nossos materiais de campanha se quiser o apoio do PSB", afirmou Wilson Pedro da Silva, 1° secretário do PSB paulista.
O PSDB reage, com toda a razão: "Sou contra o uso da imagem do Geraldo. Não vamos permitir isso. Nosso candidato é o Aécio", respondeu o deputado tucano Pedro Tobias, ex-presidente estadual do PSDB. Para o deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame, secretário-geral do PSDB nacional, essa discussão é fruto de uma previsível "animosidade" entre Eduardo Campos e Aécio Neves na campanha. "O PT já tem uma vaga no segundo turno", disse.
Tudo isso porque a lei eleitoral é dúbia e insensata. O último acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que trata do assunto, de 12 de agosto de 2010, estipula que "é permitido ao candidato da eleição majoritária presidencial ou militante de partido político participar de propaganda eleitoral gratuita de candidato em âmbito estadual, desde que estejam coligados no plano nacional".
Postado pelo Lobo do Mar
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