quinta-feira, 6 de março de 2014
Doutrinação na escola pública - Professora Ana Campagnolo. E Não a qualquer golpe.
CARDOSO LIRA
Promulgação da Constituição Cidadã de 1988.
Deixa estar e aqui está, bem muito cuidado. Um movimento destrambelhado, sem liderança identificada, está marcado para o dia 22 de março. Uma reedição da Marcha da Família com Deus e pela Propriedade, que ocorreu às vésperas da Revolução de 64. O evento tem forte ligação com militares radicais e ocorrerá em dezenas de locais no país, segundo o Facebook. O site e o vídeo da organização foram tirados do ar.
O que prega o movimento? Uma intervenção militar. A intervenção militar não seria um golpe, pois estaria respaldada pelo artigo 142 da Constituição. É uma clara manipulação da carta magna, pois ali é dito que as Forças Armadas só agem se convocadas pelos poderes constitucionais para garantir a lei e a ordem. Não é o caso. Manipulação, mentira e má fé por envolver nomes como Olavo de Carvalho e Raquel Sheherazade, para demonizá-los diante da sociedade. Ambos declararam que não dão apoio ao movimento.
Estamos em plena vigência do Estado de Direito, em véspera de eleições, não existe uma só ameaça à estabilidade democrática. Podemos e devemos discordar visceralmente da esquerda que comanda o país, mas qualquer associação da oposição com movimentos radicais é um tiro no pé. Não precisamos disso. Nossa baioneta é o voto livre e secreto.
A nossa agenda é clara. Não aceitamos a interferência do Estado na economia. Não toleramos a corrupção e o gasto público sem limites. Não defendemos aumento dos impostos como a solução para má gestão. Exigimos serviços públicos de qualidade. Queremos que todos sejam iguais perante a lei. Não abrimos mão da liberdade de imprensa, do direito de propriedade, do respeito ao lucro e à meritocracia.
Somos conservadores, mas não somos contra a inclusão social, desde que ela não esteja baseada em mero assistencialismo. Não tentem nos colocar contra os mais pobres. Somos defensores ferrenhos da Democracia e do Estado de Direito. Aqui e em todos os países. Somos, por isso, pluralistas. Ser de direita ou de esquerda não é crime e faz parte do jogo democrático, desde que ambos respeitem as leis. Não vamos cair no erro histórico da direita radical e da esquerda bolivariana de contestar o sistema político, por ele ser corrompido, para com isso pregar golpes contra a democracia. Vamos mudar os políticos - e não o sistema! - vencendo eleições em vez de querer acabar com elas.
Por isso, muito cuidado com movimentos idiotas que podem estar sendo organizados para colocar a oposição democrática em confronto com a opinião pública. Vamos nos organizar para vencer no voto e, por favor, não alimentem esta bobagem de fraudes em urnas eletrônicas. Se elas existissem, a oposição não governaria a metade do país. Inscreva-se para trabalhar nas eleições, participe do processo eleitoral, verifique os controles de uma mesa de votação, desde a zerésima até o boletim da urna, entregue aos fiscais dos partidos, com a votação de candidato a candidato, antes de ser enviada à central de apuração. E viva a democracia!
POSTADO PELO LOBO DO MAR
Assinar:
Postagens (Atom)