sábado, 15 de outubro de 2011

Manuscrito liga offshore a membro do TCE

Por Cardoso Lira

"O aviltamento do Marxismo pelos oportunistas corruptos, que estão no poder, nestas premissas, nenhum farsante escapará da vala comum reservada aos falsificadores da história".(Cardoso Lira).

Por Fausto Macedo, no Estadão:

Manuscritos do conselheiro Eduardo Bittencourt Carvalho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), revelam movimentações financeiras milionárias por ele executadas no exterior e confirmam seu papel de verdadeiro gestor da offshore Justinian Investment Holdings, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal do Caribe. Os documentos foram localizados pela unidade de inteligência financeira dos Estados Unidos.

Bittencourt, ex-deputado, há 21 anos no TCE, corte de contas que presidiu três vezes, é alvo de investigação da Procuradoria Geral de Justiça que, em ação civil pública, o acusa de improbidade, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro. A Procuradoria requereu o afastamento cautelar do conselheiro e a indisponibilidade de seu patrimônio, calculado em R$ 50 milhões. A ação foi distribuída para a 1.ª Vara da Fazenda Pública que decidirá sobre os pedidos da Procuradoria. Bittencourt não se manifestou sobre a acusação.

A base do acervo de provas contra Bittencourt são os manuscritos que ele preencheu e endereçou, por fax, ao Lloyds Bank de Miami e de Nova York solicitando transferências em nome da Mezzanote, codinome que usou para a conta que abriu para a offshore Justinian. Em cooperação jurídica internacional solicitada pelo promotor Silvio Marques, os EUA enviaram os extratos para o Brasil. Cópias de certificados arquivados no Lloyds, datados de 16 de agosto de 1995, confirmam Bittencourt como controlador da Justinian. Ele e sua ex-mulher, Aparecida Bittencourt, compareceram pessoalmente à agência da instituição em Miami.

Uma transação ocorreu em 16 de janeiro de 2001, quando o conselheiro solicitou em documento por ele assinado, o deslocamento de US$ 250 mil para a offshore Conquest Limited. Os registros do Lloyds mostram que ele determinou pelo menos outras sete operações dessa mesma natureza e envergadura naquele ano e uma em 2002, totalizando US$ 1,96 milhão. Fantástico. Pelas contas bancárias da Justinian circularam US$ 9,7 milhões no período de abril de 1997 a fevereiro de 2005. Os apontamentos do Lloyds revelam o saldo existente nas contas da offshore de Bittencourt em determinadas ocasiões, com destaque para posições em dinheiro, bônus e fundos: US$ 1,82 milhão em 13 de novembro de 1998; US$ 2,11 milhões em 9 de novembro de 1999; US$ 1,82 milhão em 26 de fevereiro de 2001.

Comento

É sem dúvida a facção do PT, abriu as portas para o banditismo institucionalizado, para corrupção edêmica e todos esses crimes hediondos na nossa República, ou seria República dos petralhas? Nesses esquemas criminosos e fraudulentos,sempre é possível encontrar nove dedos cabeludos e sujos por trás, não tem a menor dúvida.

"A CORRUPÇÃO É A SUPREMA PERVERSÃO DA VIDA DE UMA SOCIEDADE, É UMA ESTUPIDEZ, A SUBVERSÃO DOS VALORES LEGÍTIMOS, ELA É O AGENTE DA DESORDEM SOCIAL A NEGAÇÃO DA ÉTICA E A DESTRUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS". (Cardoso Lira)

Postado pelo Lobo do Mar