Por Valmir Fonseca
Tudo começou com a “Placa”, lembram - se?
Inaugurada por imposição da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) em homenagem aos cadetes falecidos em atividade de instrução no decorrer do Curso de Formação de Oficiais e em desagravo ao Márcio Lapoente da Silveira, ela foi fixada e permanentemente mantida nas instalações da Academia Militar das Agulhas Negras.
Naquela oportunidade, afirmamos que ela representaria o fim dos sonhos, a morte dos anseios, a descrença na caserna, o desrespeito pelos superiores, o funeral da disciplina.
Era um sinal de que tudo estava perdido.
A falta de reações permitiu que a Secretaria desembestasse frontal e ousadamente contra uma instituição centenária, permanente, e que goza da mais alta credibilidade no âmbito popular.
A Resolução da Secretaria de Direitos Humanos, publicada nesta sexta-feira (7) no "Diário Oficial da União", determinou a criação de um grupo de trabalho para apurar casos de maus-tratos e torturas dentro de unidades militares.
Conhecemos a parcialidade e a sanha que impulsionam a Secretaria dos Direitos Humanos, contudo, semelhante investida contra o Exército Brasileiro é mais do que uma medida arbitrária e revanchista.
Nós que labutamos por mais de 40 anos naquela exemplar Instituição, vemos horrorizados como um mar de lama pode ser jogado sobre toda a sua História.
Nós passamos a maior parte de nossa vida militar lidando com soldados, com jovens que adentravam os quartéis, com precária educação, reduzido vigor físico e, em geral, sem os mínimos padrões que deveriam ser apanágios de um cidadão.
Na caserna, incutimos neles hábitos de cidadania, treinamento físico, pontualidade, higiene, disciplina e um profundo amor à Pátria.
Longe da grandeza militar e do respeito aos subordinados, de menosprezar, ferir, desmoralizar, muito menos torturar, um jovem, em geral, voluntário.
Por vezes, a dureza do treinamento, o critério da seleção rigorosa em determinados cursos, determinavam aos instrutores e responsáveis um elevado grau de exigência para a melhoria do próprio instruendo, mas sempre respeitando o “não faça aos outros, o que não gostaria que fizessem com você”.
O respeito sempre foi a base para a formação de Oficiais e de Sargentos que cursaram a AMAN e as Escolas de Sargentos, todas de mais alto gabarito, tanto no que diz respeito aos temas profissionais, como os dos currículos escolares.
Para nós, criados e formados com rígidos padrões, baseados na hierarquia e na disciplina, cala como uma agressão esta atividade aviltante da Secretaria contra a nossa Instituição.
Temos vergonha do que esta acontecendo, pois fere as nossas convicções, saber que sem o menor pejo, um reles grupo, sabe - se lá como será formado, prenhe de revanchismo, parte para denegrir a nossa instituição como se fosse um antro de facínoras.
Realmente, chegamos ao fundo do poço.
É incrível, como sem fazer força, devidamente amparados pelo desgoverno, qualquer ministério, secretaria ou autarquia pode extrapolar as suas atribuições e investir contra o que quiser.
Hoje, é obrigação das autoridades militares, do inefável Ministro da Defesa impedir a concretização desta vergonhosa ação.
Este passo, caso concretizado, ensejará a total investida nos currículos das escolares militares, nas suas normas, e, sem duvida, nos seus princípios.
De fato, após tantos revezes está difícil manter a cabeça erguida por ter passado a vida inteira acreditando que orgulhosamente éramos militares, que nos apegamos aos valores e às virtudes mais caras.
Sim, ao invadirem os quartéis à cata de criminosos, melhor fariam se buscassem entre seus antigos subversivos contumazes em atos terroristas, assaltos e sequestros.
Ao duvidarem dos padrões que nortearam e norteiam a vida dos militares, maculam a identidade da nossa Instituição.
Na Reserva, impotente e com uma indescritível mágoa no coração, vemos a Instituição que tanto amamos e respeitamos chegar à beira do colapso.
Meu único consolo é que já estou na Reserva; se na Ativa, melhor seria pedir as contas.
Não ficaria surpreso, se diante de tantos descalabros, alguém pedisse demissão.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do Ternuma, é General de Brigada Reformado.
Por Cardoso Lira
O revanchismo da Presidenta Dilma Rousseff e de sua corrupta e abominável célula criminosa, pode lhe render um processo por crime de responsabilidade – que pode causar seu impeachment. Dilma vai ferir o artigo 85 da Constituição Federal se sacramentar seu apoio à inconstitucional e ilegal resolução, publicada sexta-feira passada no Diário Oficial da União, que cria um grupo de trabalho para apurar 23 denúncias de violações de direitos humanos em instalações das Forças Armadas envolvendo, principalmente, cadetes e soldados.
A Guerrrilheira nociva e abominável Dilma, acaba de fabricar, de graça, uma crise militar. A medida é ilegal e inconstitucional, pois atenta contra os princípios fundadores da instituição militar e atropela o papel da Justiça Militar – que já trata de tais assuntos. Recomendada pela ONU e pela OEA, a medida é uma clara quebra da soberania brasileira em sua expressão do poder militar. A medida tem data de 5 de abril. Mas a ministra Maria do Rosário aguardou dois meses para fazer sua publicação, até que Paulo Vannuchi fosse escolhido membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Militares na ativa e na reserva odiaram e prometem reagir contra a Resolução da Secretaria de Direitos Humanos que vai invadir a competência dos comandantes militares, do Ministério Público e da Justiça Militar para apurar casos de maus-tratos e torturas dentro de unidades militares. Os comandantes já avisam, nos bastidores, que não vão aceitar pedidos de busca e apreensão de documentos em quartéis – atendendo a recomendações emanadas do grupo criado pela Secretaria de Direitos Humanos.
A maioria dos oficiais de quatro estrelas do Exército, Marinha e da Aeronáutica ficaram especialmente injuriados com as declarações de José Dirceu de Oliveira e Silva, condenado no Mensalão, apoiando a iniciativa revanchista da turma de Dilma e Maria do Rosário. Dirceu até escreveu em seu Blog do Zé: “Todo apoio à iniciativa do governo federal de investigar as 23 denúncias de violações dos direitos humanos em instalações das Forças Armadas. A criação de um grupo de trabalho com esta finalidade, inclusive, já foi determinada pela Secretaria de Direitos Humanos”.
A crise militar está criada. Se Dilma não recuar, pode rolar o confronto mais sério entre o governo e os militares, depois que o presidente João Figueiredo saiu pela garagem do Palácio do Planalto, em 1985, deixando o poder nas mãos da turma da Nova República e seus elementos bandidos, gângster e revanchistas.
Leia, abaixo, o artigo do General Azevedo: Uma INSTITUIÇÃO à beira de um ataque denervos
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