quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Bruno Daniel: 'Gilberto levava dinheiro para o PT'

Gilberto Carvalho levou R$ 1,2 milhão arrecadado por Celso Daniel para José Dirceu. Dinheiro vivo, prefeito morto.

Por Cardoso Lira

"O aviltamento do Marxismo pelos oportunistas corruptos, que estão no poder, nestas premissas, nenhum político farsante escapará da vala comum reservada aos bandidos e falsificadores da história".(Cardoso Lira).

"Quando eu perder a capacidade de indignar-me ante a hipocrisia e as injustiças deste mundo, enterre-me: por certo que já estou morto".(Augusto Branco).

Deixa estar e aí está, depois de se exilar em Paris, Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso Daniel do PT, ex-prefeito de Santo André (SP) que foi assassinado estupidamente após torturas e servícias, no dia 18 de janeiro de 2002, está de volta ao Brasil. E deu uma entrevista exclusiva à TV Bandeirantes, que acaba de ser levada ao ar no jornal da Band. “Meu irmão deu a vida pelo PT”, disse Bruno Daniel. Ele afirmou que o ex-prefeito comandava um esquema de arrecadação de propinas em Santo André, para financiar campanhas do PT – inclusive a disputa de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao corrupto poder. Bruno conta que a revelação foi feita pelo ex-secretário de Santo André e atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, uma das "figuras" mais abomináveis do PT.


“Ele nos contou que levou R$ 1,2 milhão em espécie para o PT no seu corsinha preto”, disse Bruno Daniel. O valor teria sido entregue ao então presidente nacional do partido, José Dirceu. O assassinato de Celso Daniel completa dez anos nesta quarta-feira. O empresário e ex-assessor da prefeitura de Santo André, Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, deve ser julgado neste ano como mandante do crime. De acordo com a reportagem exibida pela Band, Celso Daniel comandava o esquema de arrecadação de propinas, mas não concordava com a destinação de recursos para finalidades não partidárias. Por isso, teria sido assassinado, assim como várias pessoas que presenciaram o jantar entre Celso Daniel e Sérgio Gomes da Silva numa churrascaria de São Paulo, antes do sequestro do ex-prefeito.

Bruno Daniel conta que se exilou em Paris por medo de ser assassinado. Mas diz que decidiu voltar para resgatar a verdade e a memória do irmão. “Fatos como esse não podem se repetir”, disse ele. Em 2002, Celso Daniel coordenava a campanha de Lula à presidência da República. Depois do assassinato, foi substituído por Antonio Palocci. Caso a tragédia não tivesse ocorrido, ele poderia estar hoje sentado na cadeira de presidente da República. Teria sido ministro da Fazenda de Lula e provavelmente seu candidato em 2010.

O cadáver insepulto de Celso Daniel ainda assombra a petralhada covarde, esta facção exacerbadamente criminosa que hoje ainda se encontra no poder da República, locupletando-se do erário público, mas a qualquer momento a verdade pode vir atona, e o verdadeiro culpado deste bárbaro crime, pode quem sabe um dia ser preso.

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos, o homem chega a desanimar-se da virtude, rir-se da própria honra e ter vergonha de ser honesto" (Ruy Barbosa)

"Aos bons tudo! Aos ruins, o rigor da lei! Aos inimigos a guilhotina dos próprios petralhas" (Cardoso Lira).

"Os lugares mais quentes do inferno, estão reservados para aqueles que em tempo de crise moral, optam por ficar na neutralidade".(Dante Aliguieri)

Não podemos orientar a direção do vento, mas podemos ajustar a velas.

"O futuro cobrará justiça, daqueles que tentaram falsificar a própria história".(Cardoso Lira)