quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Parlamentar chama generais de frouxos

( Temos de voltar às ruas URGENTEMENTE ) O Fascismo e Pequena Burguesia hoje


O sociólogo Marcos Cezar Fernandes e o historiador Daniel Aarão Reis   se opõem.

 sobre os movimentos que ocorreram recentemente no Brasil. A meu ver,   ambos deixam escapar a essência do fenômeno. As ciências sociais mostram o    fascismo como produto de transformações na estrutura de classes emergindo, portanto, das formações socioeconômicas capitalistas.


A fertilidade do fascismo é nutrida pela descrença no campo político-institucional: por meio do caos, propõe repor crenças e semear ordens. Tal descrença tem um núcleo: a pequena burguesia, urbana ou rural, e a ordem tão cara a esta camada sociopolítica. Há semelhanças nos movimentos daqui e as hordas amorfas, que ocorreram na Alemanha e na Itália.

No fascismo e no nazismo, o desemprego da crise de 29 afetou mais, em termos relativos, a pequena burguesia. A perspectiva da perda do emprego dessa camada social estendeu-se politicamente aos demais trabalhadores, também atingidos pelas transformações científicas e tecnológicas. O dilema dos fascistas foi: evitar que um gargalo, principalmente político, nas distintas cadeias produtivas impedisse a expansão daquelas transformações. Ao mesmo tempo, contornar conflitos de classes provenientes das expansões, canalizando receios e insatisfações pela cooptação. Surgiram “ilhas” de avanço científico-tecnológico. Estas não iriam atingir valores materiais e imateriais pequeno-burgueses, preservando, quantitativa e qualitativamente, seus campos socioprofissionais.

Tais “ilhas” mantiveram as expansões científicas e tecnológicas, hoje sabe-se apoiadas por grandes empresas na Alemanha. Seus “muros” criavam sensação de segurança, estimulada pelo apoio a atividades sociais e estéticas conservadoras. Nazistas e fascistas organizavam homenagens a valores familiares e profissionais, mantidos no interior de grupos socioprofissionais, principalmente artesanais, e herdados de fases pretéritas da Revolução Industrial.

No Brasil contemporâneo, há a pequena burguesia surgida com os últimos governos do PT: 20 a 30 milhões vivendo com, em média, dois a dois e meio salários mínimos. Quantos, dos mais de 90% contrários à violência dos black blocks, são, também, defensores da ordem!! Quantos, dentre estes defensores da ordem e contra vandalismo, pertencem a estas “novas classes médias” emergentes nos últimos governos do PT!!

Nesse sentido, há uma questão central na abordagem do fascismo: como se dá sua atualização — aggiornamento — na estrutura sociopolítica do capitalismo, que é seu berço natural! Pois, apesar de ser um fenômeno histórico, o fascismo não se perdeu na história. Como escreveu Marc Bloch, a história não é feita só pelo que se transforma. Mas, também, pelo que permanece. E uma das funções da ciência da história — e do historiador, seu discípulo! — é construir meios de distinguir um e outro.

Ainda uma observação. A expansão das fronteiras agrícolas é um dos aspectos na análise da expansão do fascismo. Na existência de reservas, as tensões e conflitos urbanos — gerados na expansão do capital — são deslocados para as fronteiras. Talvez isso sinalize com um entendimento da timidez da reforma agrária nos últimos governos do PT: uma tentativa de acomodar, ou amortecer, tais conflitos deslocando-os para fronteiras, permitindo — por meio delas — uma expansão material e imaterial, do modelo capitalista.

Lembrete final: internet não cria classes sociais. Mas potencializa e agiliza as formas de expressão de seus descontentamentos e posicionamentos sociopolíticos. Basta ler os comentários, conservadores ou progressistas, que surgem sobre as notícias nela veiculadas. Estes dispõem de um potencial político. Obviamente, predispostos a manipulações e cooptações.





André Laino é Sociólogo e Historiador. Originalmente publicado em O Globo em 19 de novembro de 2013.




Lya Winckler Winckler 18 de novembro de 2013 13:40

Enquanto não se investe em SEGURANÇA PÚBLICA EDUCAÇÃO E SAÚDE vejam o que acontece:

A mais nova investida dos petistas agora é a liberação 1 bilhão de reais para o governo do Sudão, saco de bondade que vai custar caro ao BNDES. O dinheiro seria usado na construção de uma ferrovia, setor que se encontra à mingua no Brasil, com obras atrasadas e milhares de quilômetros de trilhos sucateados de norte a sul. O recurso seria repassado pelo governo do Sudão para uma empreiteira brasileira, apadrinhada por petistas ilustres, responsável pelas obras.

Lobistas do PT querem doar R$ 1 bilhão para o ditador do Sudão !!????



.... PARECE QUE O BRASIL É RICO !!????
.... SALARIO DOS PROFESSORES ONDE FICA !!????
EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA !!???
QUERIA APLAUDIR COMO ESSE GOVERNO DISTRIBUI PARA COMUNISTAS NOSSO SUADO DINHEIRO !!!!!

Rio – Os lobistas do Partido dos Trabalhadores estão pressionando a presidente Dilma a autorizar o BNDES a liberar 1 bilhão de reais para o Sudão, país africano governado por Omar al-Bashir, ditador facínora, condenado por crime contra a humanidade, fiel aliado dos petistas. Esta é mais uma distorção do governo brasileiro: ajudar ditadores africanos com dinheiro público, além de perdoar dívidas e empréstimos humanitários que vão parar no bolso desses déspotas proprietários de mansões luxuosas em Paris.

O jornalista José Casado levantou a lebre. Em matéria publicada no Globo denunciou que a presidente Dilma está perdoando dívidas dos países africanos como Congo-Brazzaville, Gabão, Guine Equatorial e o próprio Sudão que já somam quase 1 bilhão de reais. Esqueceu-se, portanto, de dizer que petistas ilustres têm feito viagens a esses países à bordo de jatinhos de empreiteiras para negociar com os ditadores, normalmente receptivos à distribuição de comissões generosas em paraísos fiscais àqueles que agenciam negócios com o BNDES.

A mais nova investida dos petistas agora é a liberação 1 bilhão de reais para o governo do Sudão, saco de bondade que vai custar caro ao BNDES. O dinheiro seria usado na construção de uma ferrovia, setor que se encontra à mingua no Brasil, com obras atrasadas e milhares de quilômetros de trilhos sucateados de norte a sul. O recurso seria repassado pelo governo do Sudão para uma empreiteira brasileira, apadrinhada por petistas ilustres, responsável pelas obras.

O Congresso Nacional aliou-se a irresponsabilidade do governo e a toque de caixa perdoa as dívidas na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sem apreciar nada. Ao tentar estabelecer a ordem na CAE, o senador Pedro Taques (PDT-MT) reconhece a desordem: “A pressa ao pautar essas votações tem levado a situações constrangedora em que a comissão deve deliberar sem o mínimo de informação suficiente”.

Hilariante, porém, é a justificativa do Itamaraty para ajudar os ditadores. Em nota, dizem os itamaratecas: “Não se trata de voluntarismo brasileiro, mas de prática concertada internacionalmente, com objetivos claros de permitir que o peso da dívida não se transforme em impedimento do crescimento econômico e da superação da pobreza”.


Dilma desiste de apoiar alívio a dívida de prefeituras

Por Tai Nalon, Júlia Borba e Valdo Cruz, na Folha:
Preocupada com as críticas à política fiscal, a presidente Dilma Rousseff decidiu que o governo não vai mais apoiar a votação do projeto de lei que reduz a dívida de Estados e municípios com a União. A decisão foi tomada em reunião com a base aliada. Segundo o governo, o projeto, moldado para beneficiar principalmente o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, deixou de ser “prioritário” por estimular gastos em um momento em que o Planalto quer mostrar compromisso com a austeridade. A Prefeitura de São Paulo contava com a aprovação da medida, que traria uma redução estimada de 40% na dívida do município com a União –de R$ 54 bilhões. Além disso, abriria espaço para a contratação de novos empréstimos, bancando investimentos programados pelo prefeito petista.
Aprovado pela Câmara no fim de outubro, o projeto está agora na pauta do Senado. O texto original, encaminhado pelo governo, propunha a troca do indexador usado para corrigir os pagamentos das dívidas à frente. Após acordo fechado no Congresso, com o aval do governo, havia sido acertado que a troca também seria retroativa ao momento da contratação dos empréstimos, firmados no final dos anos 90. Isso garantia um socorro importante a Haddad no início de sua gestão. Agora, o governo recuou e afirma que só pode aceitar uma mudança do indexador para a frente, sem efeitos retroativos. Sem que seja necessário retirá-lo ou alterá-lo, o projeto de lei será simplesmente abandonado pelo governo e pela sua base da forma como está tramitando hoje.
Postado pelo Lobo do Mar