segunda-feira, 16 de abril de 2012

GLOBO REPÓRTER MOSTRA A PÉSSIMA SAÚDE DO MARANHÃO DE SARNEY

Esposa de Temer, filho de Sarney, muitos outros políticos serão alvos de dossiês ligando-os a Cachoeira e à Delta


Por Cardoso Lira
 
"O futuro cobrará justiça de todos os políticos que tentaram falsificar a própria história" (Cardoso Lira)

Visão Militar, um olhar Direto e uma forma moderna de ver a Corrupção na Política, o Brasil, as Forças Armadas e os Militares.

"Nenhum homem morrerá por afirmação de suas atitudes". (Nietzche)
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão." (José Maria Eça de Queiroz).

"Uma nação capitaneada por guerrilheiros, revanchistas e corruptos que no passado cometeram tantas atrocidades não pode atracar num porto seguro".


Enquanto as Forças Armadas brasileiras, continuam sendo sucateadas, não podemos deixar de pensar uma teoria do Estado, e nos remetemos a Karl Marx, que desenvolveu a mais interessante e provocativa teoria econômica do Estado.

Por Jorge Serrão


Exclusivo – A bela e jovem mulher do vice-Presidente da República, Michel Temer, pode ser a próxima vítima da onda de dossiês focados em triturar adversários, inimigos ou aliados nada confiáveis da máquina que aparelha o poder federal. Temer já teme que vazem na imprensa os elevados gastos mensais com compras feitas por sua discreta esposa. Os valores e bens adquiridos estariam acima da normalidade até para quem tem alto padrão consumista.

Mais preocupado que Temer – e que também anda com relações de atrito com a Presidenta Dilma Rousseff – é o Presidente do Senado. Tanto que José Sarney sentiu-se mal com informação de que seu filho Fernando seria um dos alvos preferenciais da fantástica fábrica de dossiês contra Carlinhos Cachoeira e seus aliados de lobby que tem na empreiteira Delta a principal base operacional-financeira. Sarney continua internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser submetido a um cateterismo e uma angioplastia com a colocação de stent.

Embora negue antecipadamente, quem tem motivos para preocupações com os vazamentos do “Delta do Cachoeira” é Sérgio Cabral Filho. O governador do Rio de Janeiro chegou a encenar, no final de semana, que nada tem a esconder de suas relações de amizade com o dono da Delta, Fernando Cavendish. Caso estoure uma bronca maior em dossiês, será nada fácil explicar como a Delta é sempre contemplada pelo Governo Cabral com milionárias obras sem concorrência. Desde 2002, a empresa tem contratos de R$ 450 milhões com o Estado do RJ. Agora, o maior temor é que algum problema com a Delta afete as obras de conclusão do Estádio do Maracanã para a Copa de 2014.

Quem está bastante enrolado com denúncias sobre o esquema é o governador petista do Distrito Federal. Agnelo Queiroz teria intercedido em favor da construtora Delta, antes mesmo de tomar posse, pedindo a prorrogação de contratos. Quem ficou seriamente queimado, até agora, foi o senador Demóstenes Torres (ex-DEM), apanhado em comprometedoras ligações telefônicas com o “Clube” de Carlinhos Cachoeira. Mas a PF já tem informações de que pelo menos 15 senadores, direta ou indiretamente, fariam parte do esquema.

Até o momento, só existe desconfiança – sem provas totalmente concretas – de que a Delta opere um esquema idêntico ao mensalão. A Polícia Federal desconfia dos recursos milionários repassados pela empreiteira a empresas com ligações diretas com o lobista-contraventor Carlinhos Cachoeira. Parte da grana teria sido usada para fazer doações e pagamentos ilegais a políticos. Desde 2003, a empreiteira recebeu R$ 3,6 bilhões em contratos com o Governo Federal do PT. Só os R$ 862,4 milhões em recursos federais que encheram os cofres da empresa no ano passado pagaram obras em 20 Estados.


Comento

"O futuro cobrará justiça de todos os políticos que tentaram falsificar a própria história" (Cardoso Lira)

Na VEJA Online:

“Trata-se da mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber.” É assim que a Procuradoria-Geral da República (PGR) qualifica o mensalão, nas alegações finais do processo. E a explicação da PGR é cristalina: “No momento em que a consciência do representante eleito pelo povo é corrompida (…), a base do regime democrático é irremediavelmente ameaçada”. Para chegar a esta síntese do maior escândalo de corrupção da história do país, agora prestes a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público reuniu as mais variadas evidências de recebimento de propina - testemunhos, recibos, livros contábeis, laudos, TEDs, DOCs, entre outros - e, a exemplo das CPIs que se debruçaram sobre o assunto, mostrou sua correspondência com a votação de matérias caras ao governo. Infográfico de VEJA.com aponta os beneficiários do esquema, as datas, os valores, os intermediários e as votações citadas na denúncia.

SETE ANOS DE ESCÂNDALO
Para entender o mensalão
Série de ferramentas e infográficos de VEJA.com recapitula questões centrais do mensalão, o maior escândalo político da história do país. “A hora da sentença”, que abriu a série, revisa o desenrolar do caso no Supremo. Outros destrincham os crimes apontados, o papel de cada mensaleiro na quadrilha, os saques do valerioduto, as provas apontadas pela Procuradoria-Geral da República, a defesa dos réus e o esquema do julgamento.

O conjunto de provas é suficiente para afastar as principais teses da defesa dos mensaleiros. A recorrência dos saques em dinheiro e do uso de laranjas - motoristas, assessores, a mulher, o irmão, o contínuo - evidencia que os beneficiários do valerioduto não ignoravam a origem ilícita do dinheiro. E a correspondência entre votações e os saques desautoriza a versão de que se tratava de pagamentos desinteressados ou casuais. Quanto a isso, a PGR cita na acusação trecho do relatório final da CPI dos Correios que apontou, como exemplo, que nos dez dias anteriores ou posteriores à votação da Reforma Tributária ocorreram 18 visitas à agência do Banco Rural em Brasília e foram retirados R$ 2.020.000 do valerioduto.


Comissão de Ética da Presidência acolhe representação contra Ideli

No Estadão Online:

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República acolheu na manhã desta segunda-feira, 16, representação do PSDB para investigar a conduta da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no episódio envolvendo a compra de 28 lanchas-patrulha. Conforme informou o Estado, as lanchas foram encomendadas por R$ 31 milhões pelo Ministério da Pesca em 2009 e parte da conta foi paga enquanto Ideli comandava a pasta. O Estado também revelou que o dono da fabricante das lanchas, a Intech Boating, doou R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina, que bancou 81% dos custos da campanha derrotada de Ideli ao governo catarinense.

De acordo com o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, Ideli já se antecipou e apresentou explicações sobre as compras das lanchas. “Ela apresentou esclarecimentos voluntariamente. Recebi o memorial do seu advogado, ainda não li, o relator (Américo Lacombe) é que está examinando o caso”, disse Pertence, após o final da primeira metade da reunião, que ocorre em anexo do Palácio do Planalto. Os conselheiros devem decidir depois se abrem um processo disciplinar contra Ideli, informou Pertence. A próxima reunião da comissão está marcada para 14 de maio.

Ideli contratou uma empresa de consultoria, a Entrelinhas Comunicação e Publicidade, para evitar o desgaste de sua imagem e também para reagir aos ataques que considera estar sofrendo nos últimos dias. Na semana passada, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou convocação para a ministra falar sobre o episódio das lanchas.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também decidiu pedir mais informações ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre os negócios de sua empresa de consultoria. Os conselheiros aplicaram ainda “censura ética” ao ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, por conta de suas declarações que de não cumpriria a “quarentena” enquanto aguardava a volta à iniciativa privada após deixar o serviço público.
 

Postado pelo Lobo do Mar