sexta-feira, 17 de maio de 2013
Prioridades da Omissão da Verdade são derrubar a Lei de Anistia e mudar ensino dos militares
Por Cardoso Lira
Gurgel, ao encerrar sua peça acusatória:
“Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída, em tenebrosas transações!
Por Jorge Serrão –
A “Omissão da Verdade – que hoje completa um ano – já deixa claro um de seus mais importantes objetivos revisionistas e que vai criar atritos diretos com a área militar. O Grupo pretende propor uma “revisão drástica” no ensino das academias militares – principalmente na disciplina História. O presidente da CV alega que é preciso compatibilizar o ensino militar com a “democracia que estamos tendo (sic)”. A intenção é criar uma espécie de “Novas Forças Armadas”, naquela ótica mais adequada à Nova Ordem Mundial.
Outra prioridade estratégica da “Omissão da Verdade” é gerar uma pressão política para a derrubada da Lei de Anistia de 1979 – gerando mecanismos para punir os agentes do Estado acusados de “Repressores e torturadores”, porém poupando aqueles membros da luta armada que praticaram crimes hediondos e atos de terror explícitos. Os militares mais antigos não aceitam nem o revisionismo unilateral da anistia e muito menos a intervenção no ensino de suas academias. Mas como tendem a sair de cena com a reserva, reforma ou morte, num futuro próximo, tendem a virar “votos vencidos” pelo Foro de São Paulo.
A Omissão da Verdade, no entanto, parece contar com a complacência dos atuais comandantes militares. Os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica não largam os ossos de seus cargos desde o primeiro governo Lula. Trata-se de uma estranha demonstração de apego ao poder, totalmente avessa às tradições das três Forças. Até nos tempos da “ditadura” tão apregoada pela esquerda, havia rodízio natural entre os oficiais-generais de quatro estrelas e membros dos altos-comandos.
Com o fortalecimento do Ministério da Defesa – ocupado por um diplomata com o perfil abertamente ideológico-esquerdista de um Celso Amorim, os chefes das três forças se encastelam no poder de seus cargos e não entram em polêmicas sobre o regime pós-64. Autoritariamente, até impedem, oficialmente que as Forças Armadas celebrem, publicamente, a data de 31 de Março. Também impedem que instalações militares sejam usadas pelos militares da reserva ou por civis com tais fins.
A própria Omissão da Verdade comemora o fato de manter “uma boa relação” com o Ministério da Defesa (claro!) e com os três comandos militares (inteiramente submissos ao governo da turma do Foro de São Paulo, parecendo oficiais do alto escalão da velha União Soviética, que parece ter morrido no Leste europeu, mas renasce na América Latrina). Só não vê quem não quer o processo de desconstrução das Forças Armadas no Brasil rumo ao modelo estabelecido pelo Consenso de Washington (1989) que determinou a extinção do Estado Maior das Forças Armadas e sua substituição pelo Ministério da Defesa – preferencialmente com “civis” no comando.
O presidente da Omissão da Verdade, sociólogo Paulo Sérgio Pinheiro, promete um “relatório final contundente”, para reconstituir a veracidade dos crimes negados por seus autores diretos e mandantes. A intenção manifesta da CV é que “a impunidade dos mandantes e autores dos crimes da ditadura não prevaleça”. Tal hipótese só é viável juridicamente com a derrubada da Lei de Anistia ou se for aplicado um rigor seletivo apenas contra os agentes do Estado, livrando os criminosos com carteirinha ideológica de esquerda. Postura mais stalinista é impossível!
Em 29 de abril passado, o sociólogo Paulo Sérgio Pinheiro, claramente rasgou a Constituição, ao finalmente explicitar que o relatório final da CV pretende embasar processos criminais contra aqueles que forem apontados como violadores dos direitos humanos que agiram no período fixado pelo artigo 8º das Disposições Transitórias da Constituição de 1988. A intenção revanchista da CV vai diretamente de encontro ao que está claramente escrito na própria Constituição.
Pinheiro deixou claro ontem que o relatório final da CV fará recomendações para que o Brasil respeite uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que, desde 2010, questiona a validade de nossa Lei de Anistia de 1979. Só um analfabeto legal e político não lê que está claro no artigo 8º das Disposições Transitórias da Constituição de 1988 que a Anistia não pode ser derrubada, como desejam os sete bem remunerados membros da CV, com suas visões revanchistas e revisionistas da História.
A Omissão da Verdade não quer saber de apurar nem tornar públicos os 119 atentados terroristas e assassinatos praticados pela esquerda entre 1964 e 1985. O regime dos militantes foi muito mais covarde e violento que o tal regime militar. Quem tiver dúvidas sobre tal verdade que leia o “Orvil: Tentativas de Tomada do Poder” (Editora Shoba, 2012). O livrinho de 922 páginas foi organizado pelo Tenente Coronel Licio Maciel e pelo Tenente José Conegundes do Nascimento, com rigorosa revisão do General Geraldo Luiz Nery. Tudo baseado em fatos oficiais, reais, objetivos – que a Omissão da Verdade covardemente quer apagar da História do Brasil.
A Presidenta Dilma Rousseff, marcada por seu espírito revanchista, pretende renovar o prazo de atuação da CV. Inclusive, sua amiga e advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha deve ser a nova coordenadora dos trabalhos. Desde 16 de maio de 2012, cada um dos sete membros da Comissão Nacional da Verdade embolsam o valor mensal de R$ 11.179,36 (onze mil, cento e setenta e nove reais e trinta e seis centavos) pelos serviços prestados contra a soberania nacional do nosso Judiciário, pregando a derrubada da Lei de Anistia de 1979 - cujos efeitos são plenamente reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro.
A tal Comissão da Verdade é inútil. Tem propósito tático revanchista.Mas seu real plano estratégico é atingir psicossocialmente os militares. A intenção é manter alarmadas as forças armadas, atendendo a um objetivo dos verdadeiros inimigos externos do Brasil. Os membros da Oligarquia Financeira Transnacional investem nos agentes conscientes ideológicos para impedir que os militares, guardiões constitucionais da soberania do Brasil, tenham condições de cumprir seu papel.
Enquanto perdemos tempo com as CVs da vida, ultrajando a memória militar, não construímos um Projeto Nacional soberano para o Brasil... Na Verdade, sem necessidade de Comissão, Começões ou Omissões, precisamos olhar para a frente e não repetir os mesmos erros de um passado de um Brasil que não consegue se desenvolver e se tornar uma Democracia de Verdade.
Imagens fundamentais
Revejam o debate entre o General Luiz Eduardo da Rocha Paiva e a advogada Rosa Cardoso sobre a “Omissão da Verdade”, no último dia 30 de abril, no Canal Futura:
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