segunda-feira, 26 de agosto de 2013

RECEPÇÃO DOS MEDICOS CUBANOS EM FORTALEZA

Por   PATRICK GAFFNEY AND ANDREW HARVEY - Londres

A VIAGEM ATRAVÉS DA VIDA E DA MORTE 

Para Buda, podemos usar nossas vidas para preparar para a morte. Não precisamos esperar pelo doloroso momento da morte de alguém muito próximo de nós para olharmos para nossas vidas. 

Não estamos condenados a ir, de mãos vazias, para o encontro da morte desconhecida. Podemos começar, aqui e agora, a encontrar o sentido de nossas vidas. Podemos fazer de cada momento uma oportunidade para mudarmos e prepararmo-nos – sincera, certamente e pacificamente – para a morte e a eternidade. 

Na visão central dos ensinamentos das mais antigas escolas Budistas do Tibet, a vida e a morte são vistas como um todo, sendo a morte o começo de um outro capítulo da vida. A morte é o espelho no qual a vida inteira encontra-se refletida.

No Livro Tibetano dos Mortos aprendemos que a vida e a morte se apresentam como uma série constante de mutações e transições de realidades chamadas “bardos”. A palavra “bardo” é comumente usada para indicar o estado intermediário entre a morte e o renascimento, porém, na realidade, bardos estão acontecendo continuamente, vida afora, morte adentro e nos pontos de junção, que é quando a possibilidade de libertação e iluminação é aumentada. 

Os bardos são poderosas oportunidades para a libertação. Em nossa vida existem certos momentos, muito mais carregados de potencialidades, quando o que quer que se faça tem um efeito crucial e de longo alcance. O bardo é o momento em que você dá um passo à beira de um precipício; é o momento em que o mestre transmite ao aluno a essência, original e profunda, da natureza de sua mente... E o mais importante de todos é o momento da morte.

Do ponto de vista Tibetano Budista, podemos dividir nossa existência em quatro realidades interligadas (1) vida, (2) morrendo e morte, (3) depois da morte e (4) renascimento. Estes são conhecidos como os quatro bardos: (l) o bardo do percurso desta vida, (2) o doloroso bardo de morrer, (3) o luminoso bardo do dharmata (intrínseca natureza de tudo, a essência das coisas) e (4) o bardo cármico de tornar-se. 

A pergunta geral é: como se pode ter chegado a este conhecimento? 

Infelizmente, a grande maioria dos cientistas continuam a reduzir a mente a meros processos físicos do cérebro, o que contraria o testemunho de milhares de anos de experiência mística e meditação de todas as religiões.

Os ensinamentos do bardo mostram, claramente, o que acontecerá se nos prepararmos para a morte, e o que acontecerá se não o fizermos. 

A escolha não poderia ser mais simples. Se recusamo-nos a aceitar a morte agora, enquanto estamos vivos, sofreremos por toda a vida, no momento da morte e depois. 

Os efeitos desta recusa destruirão esta vida e todas as próximas vidas. Não seremos capazes de viver nossas vidas completamente; permaneceremos prisioneiros em um aspecto de nós mesmo que tem que morrer. Esta ignorância roubar-nos-á a base da jornada para a iluminação, e nos prenderá para sempre no incontrolável ciclo de nascimentos e mortes, no oceano de sofrimento que os budistas chamam de “sansara”.

Por outro lado, a mensagem fundamental dos ensinamentos Budistas é a de que, se nós nos preparamos, há uma enorme esperança, não só na vida, mas também na morte. 

E esta preparação terá que ser feita agora, em vida, o que tornará a morte, não uma perda, mas um triunfo: o mais glorioso momento da vida. 

2. IMPERMANÊNCIA
O homem que aprende como morrer, liberta-se da escravidão. (Montaigne) 

Por que temer a morte? Por que recusarmo-nos a olhá-la? Esta coisa chamada defunto que tanto tememos, está vivendo dentro de nós, aqui e agora. Quanto mais tempo adiarmos encarar a morte, quanto mais a ignorarmos, tanto maior será o medo. Quanto mais fugimos do medo mais monstruoso ele se torna.

A morte é um grande mistério, mas há duas certezas: É absolutamente certo que vamos morrer, e é incerto quando ou como morreremos.

Talvez a mais profunda razão porque tememos a morte seja porque não sabemos quem somos. Acreditamos ser uma pessoa única, mas, na verdade, nossa identidade depende inteiramente de uma coleção de coisas que nos constroem: nosso nome, nossa “biografia”, família, casa, emprego, amigos, conta bancária... E é sobre esta frágil e transitória base que apoiamos nossa segurança. Retirando tudo isto ficamos diante de nós mesmos, uma pessoa que não conhecemos, um estranho inútil com quem estivemos vivendo todo o tempo, mas nunca, realmente, quisemos encontrar. 

Tentamos preencher cada momento de tempo com ruidosa atividade, mesmo que seja desagradável ou superficial, a fim de não sermos deixados em silêncio com este estranho que somos nós.

Vivemos com uma suposta identidade, somos Alice no País das Maravilhas, hipnotizados pelo castelo de areia sobre o qual construímos nossa vida. Este mundo pode ser convincentemente maravilhoso até que a morte acabe com a ilusão e nos retire do nosso esconderijo. O que acontecerá conosco se não tivermos qualquer pista de uma realidade mais profunda? 

Quando morremos deixamos tudo para trás, principalmente este corpo de que tanto gostamos e no qual nos apoiamos cegamente, tentando mantê-lo vivo. 

Em nossa mente também não poderemos nos apoiar naquele momento final. Examine sua mente por alguns minutos. Verá que ela é como uma mosca, constantemente indo para lá e para cá. Verá que seus pensamentos, varridos pelo caos de cada momento, surgem sem qualquer razão, sem nenhuma conexão. Nós somos vítimas da incerteza de nossa mente. Apoiarmo-nos nela no momento de nossa morte é um jogo fatal. 

Quanto mais o homem vive mais estúpido se torna, devido a sua ansiedade para evitar a inevitável morte.

Ele vive buscando o que estará sempre fora de seu alcance! Sua sede pela sobrevivência no futuro faz com que ele seja incapaz de viver o presente. CHUANG TZU|

Agora, se nosso mais profundo desejo é, verdadeiramente, viver e continuar vivendo, por que, cegamente, insistimos que a morte é o fim? Por que não, pelo menos, tentar explorar a possibilidade de que pode existir uma vida depois? Por que, se somos tão práticos como apregoamos, não começamos a nos perguntar seriamente: “onde o nosso futuro real repousa?” 

3. LABOR DO NADA 
Quantas coisas fazemos no dia a dia que não tem, realmente, qualquer significado? Arrumar a casa, dar comida ao cachorro, lavar a louça, compras para suprir a geladeira, lavar, passar, pintar as unhas, telefonar. São as responsabilidades diárias (ou deveríamos chamá-las irresponsabilidades?)

A vida nos leva e perdemos o controle dela. Às vezes alguém se pergunta: “O que eu estou fazendo com a minha vida?” Mas logo a seguir tem que voltar ao torvelinho usual.

A palavra tibetana para corpo é “lü” que significa alguma coisa descartável, como “bagagem”. Todas as vezes que dizemos “lü”, lembramo-nos do viajante refugiado, temporariamente, dentro de seu corpo.

Ramakrishna disse a um de seus alunos: “se você despendesse UM DÉCIMO do tempo que despende para distrair-se, namorar e fazer dinheiro, em práticas espirituais, estaria iluminado em alguns anos!”

No Tibet ninguém ocupa o tempo para tornar mais confortável suas circunstâncias externas. Satisfazem-se em o ter o que comer, roupas e um teto sobre suas cabeças. 

Obsessivamente, tentar melhorar nossas circunstâncias pode tornar-se uma finalidade em si mesma. Será que alguém pensaria em redecorar seu quarto de hotel cada vez que nele se hospedasse? 

Hoje eu estou vivo, amanhã, por acidente ou ataque cardíaco, posso não estar. Diz um dito tibetano: “Amanhã ou a próxima vida – o que vem primeiro, nós não sabemos”. 

Temos que nos perguntar realisticamente: “E se eu morrer esta noite?”

É importante refletir calmamente, sempre e sempre, que a morte é real e virá sem aviso. 

O ser humano passa toda a sua vida preparando-se, preparando-se, preparando-se... Chega à próxima vida sem qualquer preparação. ( DRAKPA GYALTSEN )

4. LEVANDO A VIDA A SÉRIO

NUVENS DE OUTONO 
No mosteiro de Nejpal Dilgo Khyentse Rinpoche terminou sua lição dizendo: “nestes meus setenta e oito anos vi tantos jovens morrerem, tantos velhos morrerem, tantos que ocupavam altas posições tudo perderem, tantos países mudarem, tantas tragédias... e eu me pergunto sempre: ‘por que tudo muda?’ E só há uma resposta que volta a minha mente: Assim é a vida. Nada, absolutamente nada permanece da mesma forma.

Disse Buda

“Nossa existência é tão passageira quanto as nuvens de outono. Assistir ao nascimento e à morte é como olhar o movimento da dança. Uma vida é como um relâmpago que ilumina o céu”

Uma das principais razões da angústia e dificuldade de encarar a morte é ignorarmos a verdade da impermanência.

Você já cogitou e compreendeu a verdade da impermanência? Já se apercebeu como seus pensamentos, respiração e todos os movimentos da sua vida têm se transformado? 

REFLEXÃO E MUDANÇA 

PROFUNDA MUDANÇA 
A reflexão sobre a morte visa operar a mais profunda mudança. 

Olhar a própria morte não é amedrontador ou mórbido. Reflita sobre a morte quando estiver relaxado e confortável, em sua cama, num feriado, ou ouvindo a música que o agrada? Por que não refletir sobre a morte quando se está feliz, com saúde e confiante? 

O resultado da frequente e profunda reflexão sobre a morte resultará em que você passará a ver com desgosto seus padrões habituais de vida e, com o tempo, estará pronto a deles libertar-se com facilidade. A contemplação da morte dar-lhe-á um profundo senso de renúncia à futilidade do seu passado e profunda força e confiança de que você não está preso aos seus velhos hábitos, pode libertar-se deles e pode mudar e crescer mais e mais livre.

O PULSAR DA MORTE 
A vida nada mais é do que uma contínua dança de nascimentos e mortes. A dança da mudança. Sempre que ouço as ondas batendo na praia, ou as batidas do meu coração, reconheço o som da impermanência. Estas mudanças, estas pequenas mortes, são os nossos elos com a morte. Elas representam o pulsar do coração da morte, preparando-nos para que abandonemos tudo a que nos apegamos.

É importante conscientizar estas mudanças agora, em vida, por ser este o caminho real de preparação para a morte. A impermanência, que para nós significa angústia, leva-nos a nos agarrarmos desesperadamente às coisas, mesmo sabendo que todas elas mudam. 

Aprender a viver é aprender a despojar-se. 

Contemplar e compreender a impermanência não é suficiente. Tem-se que assimilá-la. Aqui e agora, é o laboratório das mudanças. Com cada mudança compreendemos um pouco mais e nossa visão da vida se torna mais profunda. 

Embora nos tenha sido ensinado que se nos despojarmos acabaremos sem nada, a vida nos revela repetidamente o oposto: despojarmo-nos é o caminho para a real liberdade. 

Cada vez que reconhecemos a impermanência nas perdas e decepções da vida, chegamos mais perto da verdade. Se se cai, do chão não se passa. O chão é a verdade. Se se tem a compreensão, que vem da prática espiritual, nenhuma queda representará um desastre, sendo, ao invés, a descoberta de um refúgio mais profundo.

As dificuldades e os obstáculos, se bem compreendidos e usados, podem tornar-se uma inesperada fonte de força. Na biografia dos grandes mestres, você verá que, se eles não tivessem encontrado dificuldades e obstáculos, não teriam descoberto a força necessária para superá-los.

A MENSAGEM DA IMPERMANÊNCIA. 

Olhe mais atentamente a impermanência e encontrará nela uma outra mensagem, uma outra face, uma grande esperança, que abrirá seus olhos para a natureza fundamental do universo, e para o nosso extraordinário relacionamento com ele. 

Se tudo é impermanente, então tudo é, pode-se dizer, “vazio”, sem duração, estabilidade e existência própria? No entanto, as coisas quando vistas e compreendidas na sua verdadeira relação entre si, aparecem-nos, na verdade, como interdependentes com todas as outra coisas. Buda comparou o universo a uma vasta rede tecida por um sem número de jóias brilhantes e variadas, cada uma com um incontável número de facetas. Cada jóia reflete em si mesma todas as outras jóias da rede e é, na verdade, una com todas as outras.

Pense nas ondas do mar. Vistas de certa forma, parecem ter uma identidade própria, um fim e um começo, nascimento e morte. Vista de outra forma, a onda, em si mesma não existe; é, simplesmente, um formato tomado pela água, “vazia” de qualquer identidade, mas “cheia” de água. Assim, quando você reflete sobre a onda, conclui que ela foi produzida, apenas temporariamente, pelo vento e pela água e depende de um jogo constante de mutáveis circunstâncias. Você também compreende que toda onda esta relacionada com todas as outras ondas. Nada tem existência própria.

Pensemos numa árvore como num objeto distinto, definido (e, de uma certa forma, como a onda também o é). Mas quando você olha mais atentamente verá, que em última instância, ela também não tem existência independente. Ela se dissolve numa rede extremamente sutil de relacionamentos que se estende através do universo. A chuva que cai em suas folhas, o vento que a balança, o solo que a nutre, a luz da lua e o calor do sol – tudo faz parte da árvore. Indo mais fundo em sua análise descobrirá que tudo no universo ajuda a produzir o que aquela arvore é. Ela não pode, em momento algum, ser isolada do que quer que seja.

Cada movimento da natureza muda tudo. É isto que se quer dizer ao afirmar que as coisas são vazias, que elas não têm existência independente. 

A ciência moderna nos fala de um extraordinário interrelacionamento. Ecologistas sabem que uma árvore queimada na floresta amazônica altera, de alguma forma o ar respirado por um cidadão de Paris, e que o bater das asas de uma borboleta em Yucatan afeta a vida de uma samambaia na Grécia. Os biólogos estão começando a descobrir a fantástica e complexa dança dos genes que criam personalidades e identidades, uma dança que se estende muito longe no passado e mostra que cada “identidade” é composta de um turbilhão de influências diferentes. Os Físicos nos apresentaram a partícula quântica, um mundo tão assombroso quanto o que foi descrito por Buda na imagem de uma brilhante rede que se desdobra através do universo. Exatamente como as jóias na rede, todas as partículas existem, potencialmente, como combinações diferentes de outras partículas. 

Desta forma, quando olhamos para nós mesmos, ou para as coisas que nos cercam, que imaginávamos serem sólidas, estáveis e duradouras, descobrimos que elas não têm maior realidade do que um sonho. 

Buda disse:

Reconheça em todas as coisas apenas isto:

Uma miragem, um castelo de nuvens 

Um sonho, uma aparição

Sem essência, mas com qualidades que podem ser vistas 

Reconheça em todas as coisas apenas isto:

A lua no céu claro

Refletida num translúcido lago

Embora, naquele lago a lua nunca se encontre. 

Reconheça em todas as coisas apenas isto

O resposta do eco

Aos sons vibrantes da música

Embora o eco não seja melodia 

Reconheça em todas as coisas

As ilusões produzidas por um mágico

De cavalos, carroças e outras coisas

Nada é o que aparenta. 

O reconhecimento desta ilusória realidade não tem que, necessariamente, tornar-nos frios, desesperançados ou amargurados. Ao contrário, abre para nós uma atitude melhor, mais amena, uma forte compaixão, e muito mais generosidade, que dificilmente saberíamos que possuímos para com as coisas e os seres que nos cercam. 

Disse um Mestre Tibetano: “Reconheça sempre a vida como um sonho e diminua seu apego e aversão a ela. Seja amoroso e compassivo a despeito do que os outros façam a você. O que eles fazem não tem muita importância quando você vê essas coisas como sonho. A mágica é ter uma intenção positiva durante o sonho. Este é o ponto essencial. Esta é a verdadeira espiritualidade.

A verdadeira espiritualidade também é estar consciente de que somos interdependentes com tudo e com todos até mesmo com o menor e mais insignificante pensamento, palavra ou ação, os quais refletem suas consequências por todo o universo. 

Tudo é inextricavelmente intercorrelato. Somos responsáveis por tudo que fazemos, dizemos ou pensamos, responsáveis de fato por nós mesmos, todos e tudo e o universo inteiro. 

Disse o Dalai Lama: “Neste mundo altamente interdependente, pessoas e nações já não podem resolver seus problemas por si mesmas. Precisamos uns dos outros. Devemos, portanto, desenvolver um senso de responsabilidade universal... É nossa responsabilidade individual e coletiva proteger e educar a família global para proteger os membros mais fracos, e preservar e cuidar do ambiente em que nós vivemos”. 

Maravilhosa e misteriosamente, a contemplação da verdade da impermanência, de maneira contínua e corajosa, a pouco e pouco, coloca-nos face a face com a alegria da descoberta da imutabilidade e imortalidade da natureza da nossa mente.


Postado pelo Lobo do Mar

Petralhas já temem detalhes de corrupção em 10 meganegócios problemáticos da Siemens no PAC

Por Cardoso Lira


Por Jorge Serrão – 

Plantar na mídia amestrada o escândalo do Cartel Jabuticaba do Metrô de São Paulo, denunciado pela alemã Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), foi um dos maiores tiros dados pela petralhada em sua própria cara de pau. Agora, corre o risco de vazarem na imprensa detalhes dos negócios cheios de problemas que os governos petistas mantêm com a Siemens e empresas ligadas à transnacional.

Já se tornou público que a Siemens participa de, pelo menos, dez dos maiores projetos e obras (fracassadas, com atrasos ou com evidências de superfaturamento), no setor de energia, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – que a oposição prefere traduzir como programa de aceleração da corrupção. A maioria dos negócios envolve a Petrobrás – e expõe o calcanhar de Aquiles da Presidenta Dilma Rousseff (que presidiu o Conselho de Administração da empresa na gestão do Presidentro Lula da Silva).

A Siemens tem participação direta e indireta nos negócios do PAC – que tem a Dilma como “super-gerentona” desde o governo Lula, do qual ela foi ministra das Minas e Energia, Ministra-chefe da Casa Civil, Mãe do PAC e comandou o Conselho de Administração da Petrobrás. Portanto, Dilma tem o “domínio do fato” sobre todos os 10 megacontratos que envolvem a transnacional alemã e a Chemtech - sua subsidiária na prestação de serviços de engenharia e tecnologia da informação (TI).

Alguns dos negócios já são alvos de auditorias do Tribunal de Contas da União e de investigações preliminares do Ministério Público Federal, por suspeitas de preços além do normal, e por estarem com prazos de execução completamente estourados. Alardeado pela petralhada como o pecado capaz de arrancar os tucanos do Palácio dos Bandeirantes, tudo indica que o buraco do metrô paulista fica mesmo muito abaixo dos outros 10 negócios bilionários da gestão petista com a Siemens e Chemtech.

A Siemens tem participação direta nas Usinas Hidroelétricas de Jirau e Santo Antônio. Também atua diretamente nos Parques Eólicos nordestinos e no Gasoduto Sudeste-Nordeste da Petrobrás. Comanda a joint venture Voith Hidro, na Usina de Belo Monte. Já sua subsidiária Chemtech atua nas obras das Refinarias Premium 1 e 2 (no Maranhão e no Ceará), na polêmica Refinaria Abreu e Lima (parceria enrolada com a Venezuela, em Pernambuco), no também complicadíssimo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (em Itaboraí) e na plataforma P-58 (no Espírito Santo).

Todo o escândalo Siemens veio à tona por estratégia da cúpula petista para detonar a imagem do governador Geraldo Alckmin, tentando associar sua gestão ao cartel formado para ganhar as obras da linha 5 do Metrô de São Paulo. Agora, o grande plano petralha fica parecido com aquele das histórias em quadrinhos, nas quais o Cebolinha e o Cascão sempre se dão mal nas conspirações contra a Mônica.

O tiro da petralhada saiu pela culatra no mundo real da política. Quem tem tudo para sair chamuscada é a Mãe do PAC. Se algo de errado for denunciado, Dilma não terá condições de repetir a velha tática petralha de que “não sabia de nada”. Ela foi a gerentona de todos os negócios em que a Siemens tem participação direta e indireta. 

Os estrategistas petralhas miraram onde queriam, mas devem acabar gravemente feridos onde não imaginavam.

Petrobras em polvorosa

O governo deve anunciar, ainda esta semana, um aumento de preço na gasolina e no diesel.

Mas a medida, além servir de combustível para a inflação, ajuda a expor um outro calcanhar de Aquiles da Petrobras, apavorando seus dirigentes e a petralhada que aparelha a estatal de economia mista.

Como se pode justificar que o Brasil, produtor de petróleo, tenha preços de combustíveis caríssimos, semelhantes a países sem ouro negro?

CVM acionada

Investidores minoritários da Petrobrás, do Brasil e do exterior, exigem que a Comissão de Valores Mobiliários dê total transparência aos resultados do processo número 9.154.

A administradora de recursos Antares acionou a CVM para que a Petrobras explique como a política de reajustes de combustíveis da empresa, aparentemente desalinhada do mercado internacional, causa perdas bilionárias à empresa e a seus investidores.

Investidores reclamam que o uso da Petrobrás para o controle inflacionário, conforme prega o ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da petrolífera, não consta do objeto social da empresa.

O Desafio é a nossa demagogia...

De acordo com o estatuto da Petrobras, cabe à diretoria a decisão de reajustar os combustíveis (gasolina, diesel e gás de cozinha).

Na prática, tal discussão e decisão ocorrem no alto escalão do governo – o acionista majoritário e supostamente controlador.

Já a nafta, querosene de aviação e óleo combustível são reajustados seguindo critérios técnicos, fixados em contrato.  

Coisa dos Domadores...



Vaiados na Academia



Devem estar doendo, até agora, os ouvidos do vice-presidente Michel Temer e do Ministro do País sem Defesa, Celso Amorim, por causa das vaias na formatura de sábado na Academia Militar das Agulhas Negras...

Vai pra casa, Padilha...


Postado pelo Lobo do Mar

STF decide que não importa data em que PT roubou. Mensaleiros vão para a cadeia.

Por Cardoso Lira

O Supremo Tribunal Federal rejeitou ontem o recurso apresentado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares para tentar reduzir a pena que recebeu no julgamento do mensalão no ano passado. Figura-chave do esquema que distribuiu milhões de reais a partidos que apoiaram o governo no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006), Delúbio teve seus pedidos recusados por unanimidade na sessão de ontem.

Na atual fase do processo, os ministros do STF já rejeitaram recursos apresentados por 13 dos 25 condenados no julgamento. A sessão ontem foi encerrada durante a análise dos pedidos do principal operador do esquema, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, que será retomada na próxima semana. Ao rejeitar o pedido de Delúbio, o Supremo rechaçou uma das teses apresentadas pelo ex-ministro José Dirceu e outros petistas, para quem um erro cometido durante o julgamento levou a punições excessivamente rigorosas.

A lei que define as penas para o crime de corrupção foi alterada em novembro de 2003, e os petistas querem que suas penas sejam fixadas pela lei antiga, mais branda.Eles dizem que a lei antiga deve ser aplicada porque era a que estava em vigor em outubro de 2003, quando o ex-presidente do PTB José Carlos Martinez morreu e o PT começou a negociar com o partido os repasses do mensalão.

Mas o acórdão do julgamento, que resume as decisões tomadas no ano passado, diz que a morte de Martinez foi em dezembro de 2003, ou seja, depois da mudança que tornou a lei mais severa. O erro na data foi reconhecido na sessão de ontem pelo ministro Ricardo Lewandowski, mas ele mesmo explicou que o equívoco era irrelevante, e por isso o STF rejeitou o recurso de Delúbio.No entendimento do tribunal, o ex-tesoureiro não cometeu o crime de corrupção só na época em que o PT selou o acordo com o PTB, mas de forma continuada nos anos seguintes, enquanto o esquema do mensalão funcionou.

O mesmo entendimento foi adotado na fixação das penas atribuídas a Dirceu e ao ex-presidente do PT José Genoino, que ainda não tiveram seus recursos analisados."Considerou-se no caso, assim como os demais corréus, [que Delúbio] praticou o delito em continuidade delitiva, não somente antes, como também depois da alteração da lei", disse o presidente do STF, Joaquim Barbosa.Lewandowski foi o único a admitir o erro no acórdão, mas deixou claro que isso não muda nada: "Aponto que há um erro, que há de ser corrigido", disse. "No entanto, esse erro não tem impacto sobre o resultado do julgamento."

Delúbio foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão, em regime fechado. Como a decisão foi apertada em relação ao crime de formação de quadrilha, ele ainda poderá apresentar ao STF novos recursos.

Enivaldo Quadrado, ex-sócio de uma corretora que repassou recursos do mensalão para o PP, foi o único réu a ter um recurso atendido até agora. O STF aceitou ontem converter sua pena, de 3 anos e 6 meses, para multa e prestação de serviços comunitários, como ocorrera antes com outros condenados que receberam penas inferiores a 4 anos. (Folha de São Paulo).


Postado pelo Lobo do Mar

Turma do PT revoluciona corrupção na Ferrovia Norte-Sul. Além do superfaturamento, agora também paga milhões por serviços não realizados.

O Tribunal de Contas da União (TCU) voltou a encontrar irregularidades em contratos firmados pela Valec com construtoras que atuaram na construção da Ferrovia Norte-Sul. Desta vez, o alvo da auditoria foi o trecho da estrada de ferro que está sendo construído para ligar as cidades de Palmas, em Tocantins, até Uruaçu, em Goiás. No trecho de aproximadamente 550 quilômetros, a auditoria encontrou casos de serviços que foram medidos e pagos pela estatal, mas que não foram executados pelo fornecedores. Em outros casos, as obras foram executadas com baixa qualidade. O prejuízo estimado pelo tribunal é de R$ 35 milhões.
A auditoria se concentrou em seis contratos que foram assinados entre a Valec e três empreiteiras. O tribunal informou que nenhum desses contratos foi alvo de recomendação de bloqueio de repasse financeiro, porque todos já estão em fase de encerramento pela estatal.
No processo, o ministro relator Valmir Campelo afirma que o tribunal vai realizar audiências com a Valec e diretores da estatal para esclarecer porque a empresa realizou o pagamento de obras que não foram devidamente realizadas, ou entregues em desconformidade com aquilo que foi contratado. Campelo ressaltou que, apesar da série de denúncias que já atingem a Norte-Sul, essas são ocorrências inéditas. "As situações de possível débito ora investigadas são distintas das ocorrências de superfaturamento tratadas em outros diversos processos em curso neste tribunal, referentes aos mesmos lotes da ferrovia", comentou. ( Do Valor Econômico)


Minha Casa, Minha Vida: antes da entrega, bairros inteiros são invadidos por movimentos sociais e até traficantes.

Sempre que chove, a casa de Adriana Ferreira, 44, fica alagada. Moradora de uma área de risco em Fortaleza, ela diz ter perdido a conta dos escorpiões que viu e dos eletrodomésticos que perdeu nessas enchentes.  Em 2009, a dona de casa achou que seu problema seria resolvido, foi contemplada com uma unidade do conjunto habitacional em construção pelo programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.  Mas até hoje ela não pôde se mudar: o conjunto de 816 unidades foi invadido em outubro de 2012 --entre os invasores estão traficantes, segundo a polícia cearense.
A situação se repete em diferentes cidades: conjuntos habitacionais do governo federal têm sido invadidos antes de serem entregues.São obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou do Minha Casa Minha Vida, dois dos principais programas da gestão da presidente Dilma Rousseff.
Além do Ceará, a Folha identificou casos na Bahia, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo--onde um conjunto invadido na zona leste tem até síndicos e é cobrado R$50 de condomínio dos moradores.
As invasões, em geral, são articuladas por movimentos de sem-teto ou por líderes comunitários de bairros próximos. Em casos extremos, há participação de traficantes.Guilherme Boulos, representante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), diz que a maioria das invasões são de grupos sem organização de entidades nacionais e que o movimento só invade os conjuntos se houver irregularidades nas obras. As invasões ocorrem com facilidade. Já a saída, não: Caixa Econômica Federal ou prefeituras esperam meses na Justiça a reintegração de posse.
Em Porto Velho, por exemplo, a prefeitura classifica a situação como uma "indústria de invasões". Na cidade, 1.064 famílias invadiram e estão há cerca de um ano em três condomínios do PAC que custaram R$ 30 milhões. Na parede de uma das casas, o recado: "Lotado, tem dono".  Em Teresina, o atraso nas obras de um conjunto com 4.300 unidades incentivou 116 famílias sem-teto a invadirem algumas das casas. Em Maringá (PR) e em Natal, invasores foram expulsos por decisão judicial e voltaram pouco tempo depois, permanecendo até hoje. Glaydson Andrade, 26, vive com a mulher e cinco filhos em uma dessas casas invadida em Natal. "Não tinha onde morar. Como vou viver com essas crianças se sair daqui?", disse o desempregado. (Folha Poder)

Vamos prender os escravos cubanos?

Por Humberto de Luna Freire Filho

Caros (as) já disse e reafirmo que vou exercer minha cidadania, sim, chamarei a polícia no momento que encontrar o primeiro escravo cubano exercendo ilegalmente a medicina (sem o Revalida e sem o CRM).

Afinal a polícia existe para garantir a ordem, a "integridade física" do cidadão e a lei. Não é verdade?  Há alguns séculos os escravos vinham da África e os "exportadores" recebiam o pagamento em ouro.

Hoje eles vêm do Caribe, a transação é feita entre governos comunistas e a moeda circulante é Dólar.

Humberto de Luna Freire Filho é Médico.


De Escravos e Guardiões


Por João Eichbaum

“A regra é clara”, como diria o comentarista de arbitragem Arnaldo Cezar Coelho: a relação de emprego é um direito constitucional do trabalhador, inscrita no inciso I do artigo 6º da Constituição Federal.

Então, eu pergunto para vocês: quem será o empregador dos médicos cubanos trazidos do exterior, em nome do programa eleitoreiro denominado “Mais médicos”?

Ao que se saiba, o pagamento pelo trabalho desses médicos será feito diretamente a uma entidade internacional, chamada Organização Panamericana de Saúde, e não propriamente aos médicos. Parece que a tal entidade repassará a verba para o governo cubano (leia-se irmãos Castro) e esse realizará (realizará?) o pagamento.

Bem, então, é razoável perguntar outra vez: quem é o empregador dos médicos cubanos? É o governo brasileiro? É a entidade internacional? Ou será o governo cubano? Se for o governo brasileiro, a que título estarão os médicos cubanos prestando serviço? A título de serviço público?

Nesse caso, a admissão é ilegal. Só há três formas de prestar serviço público, no Brasil: através de concurso, por livre nomeação para preenchimento de cargo em comissão, ou ainda, em casos excepcionais, através de contrato por prazo determinado, desde que autorizado por lei, segundo o inc. IX do artigo 37 da Constituição Federal.

Ah, sim, e agora existe também a figura, juridicamente fantasmagórica, do “estagiário”. Mas, “estágio” nem relação de emprego compreemde. E, além disso, seria possível contratar “estagiários” como médicos? Ou médicos como “estagiários”?

Pô, é difícil. Se o cara não é concursado, não tem cargo em comissão, não é estagiário, ele não tem relação de emprego, quer dizer, não tem nenhum empregador brasileiro.

Mas, e a entidade internacional? Se é ela a empregadora, ela própria é que tem a obrigação de remunerar o trabalho do médico. Se não é ela quem paga, não há o requisito da subordinação econômica. Portanto, também ela não é empregadora.

O mesmo vale para o governo de Cuba. Se não são os “Castro” que pagam, eles não são empregadores igualmente. Trabalhando no Brasil, porém, os médicos têm a garantia do artigo 5º da Constituição Federal de receberem tratamento igual ao de todos os trabalhadores brasileiros: não poderão ter sua relação empregatícia regulada pelo direito cubano.

Então, vamos excluindo aqui e ali: o Brasil não é empregador, a entidade internacional não é empregadora, nem o governo dos “Castro”.

Conclusão: os médicos cubanos trazidos no colo da Dilma não têm empregadores. E, se não têm empregadores, não têm, consequentemente, relação de emprego.

E se não têm relação de emprego, mas trabalham, o trabalho deles é escravo porque não se ajusta ao direito fundamental inscrito no artigo 6º da Constituição Federal. Então eu faço uma perguntinha só para incomodar os juristas do governo: e se um paciente do SUS, inconformado com o atendimento, matar um médico cubano, quem responderá pelo “seguro-acidente”?

Chegou a hora do “pega pra capar”. O Ministério Público do Trabalho tem a chance de mostrar que existe. E o STF, a chance de mostrar que seus ministros não são apenas figurantes de “reality show”, mas também guardiães da Constituição Federal.

João Eichbaum é Advogado, Jornalista e Escritor.

Os longos tentáculos da organização criminosa  do PT.


Por Reginaldo Gonçalves

A situação econômica do País é cada vez mais complexa. A presidente Dilma Rousseff está contente com o índice inflacionário de julho, que foi de 0,03%, um dos mais baixos do ano. Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, chegou a de 6,27%, muito acima da meta estabelecida, de 4,5% ao ano.

As duras críticas ao pessimismo do mercado pela presidente expõe outros fatores. Os gastos públicos continuam acirrados e a arrecadação tributária em alta, mesmo com a desoneração e a perda de competitividade das empresas.

O IPCA-15, que considera uma prévia da inflação para o mês de agosto, aponta uma alta de 0,16% contra 0,07% do mês anterior. A inflação acumulada nos últimos 12 meses situa-se em 6,15%, apurados através deste indicador.

O que deverá ter reflexo dentro dos próximos três meses é a aceleração da desvalorização do real frente ao dólar, cuja média está em R$ 2,40, com previsões bem pessimistas de chegar a R$ 2,70 até o final do ano. As ações do Banco Central não estão surtindo o resultado necessário para redução do impacto nos preços, tudo por conta dos problemas do endividamento em moeda estrangeira, aumento das importações e redução das exportações.

A situação vem se agravando em virtude da desconfiança tanto com relação ao ministro da Fazenda Guido Mantega quanto com a própria presidente Dilma, já que as manobras políticas estão cada vez mais evidentes, provocando um represamento de parte da inflação por conta do não aumento dos combustíveis na bomba. Tal fato, alias, prejudica ainda mais a Petrobrás, principal empresa importadora de petróleo.

O que surpreende os acionistas da empresa é perceber que a Petrobrás está perdendo gordura, prejudicando suas operações comerciais internas a medida que subsidia a venda dos combustíveis às distribuidoras. Compra-se gasolina por R$ 1,35 em média e vende-se por R$ 1,05. A perda estimada em seu fluxo de caixa gira em torno de R$ 125,6 milhões, valor apurado sobre a importação até junho de 2013, que chegou a 2,6 milhões de barris - aproximadamente 413 milhões de litros.

O subsídio da Petrobrás na importação sem repasse dos preços a distribuidora representa um desconto de aproximadamente 22,22% sobre o valor de aquisição. Isso sem contar com todos os gastos relativos a distribuição, custos internos e carga tributária sobre o combustível.

Ou seja, a Petrobrás já não tem mais a gordura necessária para reduzir custos e despesas. Atingiu um limite que poderá inviabilizar os investimentos futuros, inclusive no pré-sal. Sem contar os desvios de finalidade por conta das companhias controladas no exterior.

A Petrobras já solicitou o reajuste do preço de combustíveis, mas a preocupação do governo está centrada na situação atual da economia. E um aumento, por menor que seja, implicará automaticamente nos preços de toda a cadeia produtiva, desde o insumo agrícola até o produto acabado.

O governo precisa ter a responsabilidade, competência e obrigação de reduzir gastos, e não utilizar de uma estatal para segurar a meta inflacionária. O prejuízo à população será significativo. Se insistir no uso deste mecanismo, a Petrobrás poderá não existir no longo prazo, em virtude da falta de recursos para financiar sua operação.

Ou o Governo reduz o gasto público, os impostos e estimula a produção, ou teremos dias bem difíceis pela frente. Futuro este que pode estar próximo.  


Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – FASM.

Postado pelo Lobo do Mar