terça-feira, 6 de abril de 2010

A CANDIDATA DO PT É DIL-MA/DIL-MA”, E NÃO “LU-LA/LU-LA”

Por Reinaldo Azevedo

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, não vai recorrer ao terrorismo na campanha eleitoral. De jeito nenhum! Ela só afirmou ontem que, caso a oposição vença as eleições, “vai acabar com tudo”: com o PAC (como acabar com o que não existe?), com o Bolsa Família e com o que houver de bom no Brasil. Mas ela promete não “baixar o nível”. Isso nunca!!!

Dilma decidiu fazer uma parceria com Esopo, recorrendo à zoologia para tentar extrair uma espécie sentido moral do jogo político. Em altíssimo nível, afirmou ela em visita ao Paraná, onde recebeu o apoio do mui ideológico PR (Partido da República), aquele do mensaleiro Valdemar Costa Neto: “[as oposições] são lobos em pele de cordeiro, fáceis de identificar. Muitas vezes, as mãozinhas de lobo aparecem debaixo da pele. Num dia, dizem que vão continuar o trabalho do presidente Lula; no outro, mostram as patinhas de lobo e aí ameaçam acabar com tudo”.

Nível elevadíssimo!

A fala, como se nota, é meio atrapalhada. Dilma é ainda neófita nesse terreno das metáforas. Não consegue criá-las com a naturalidade de um Lula, que não apela a nenhuma tentativa de sofisticação, como faz a sua “criatura eleitoral”. Ele teria recorrido a algo mais direto, corrente nas ruas. Lula ser quem é ajuda, claro, a popularizar uma candidatura. Mas também atrapalha um tanto. Ele é um fenômeno irrepetível. Tentar mimetizá-lo deixa sempre um rastro de ridículo. O presidente tem ao menos a memória real de como é o povo. Dilma o conhece dos manuais — alguns bem pouco recomendáveis, daí esse vôo ainda desajeitado. Vai encontrar o tom? Vamos ver.

Como vocês podem ver posts abaixo, um partido milionário chamado PT contratou nada menos do que a turma que cuidou da campanha de Obama na Internet. Não se sabe a que preço. Barato não foi. A tropa já está na ativa. E tudo isso por quê? Dilma deu uma resposta no Paraná: “Estamos juntos na luta para não deixar que aqueles que sempre governaram o país para os ricos voltem para excluir os pobres”. Ela não estava se referindo a aliados seus como os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor ou o deputado Paulo Maluf (PP). Não! O inimigo do povo, no caso, era Serra. Dilma quer governar para os pobres com notórios “pobrófilos” como Renan Calheiros.

Elevação de tom
Por que essa elevação de tom? Porque, até agora, a despeito de certos setores da imprensa insistirem na polarização inexistente - FHC X Lula -, Serra não caiu na cilada de confrontar quem não vai disputar as eleições. E não cometeu o erro de ficar debatendo miudezas ou grandezas sobre o… passado!

O PT está irritado porque Serra está se candidatando a governar o Brasil do futuro, e Dilma, até agora, é candidata a governar a biografia — e a mitologia — de Lula. É como se a existência de um candidato de oposição fosse uma ofensa pessoal ao presidente. Daí ela ter insistido: “Muito antes de eles poderem encenar o enredo do pós-Lula, eles são e sempre foram anti-Lula”.

Errado! Em muitos aspectos, o governo Lula é que “anti-Lula”, já que boa parte das escolhas que fez estava na categoria dos anátemas do lulismo. Em muitos aspectos, caso Serra prometesse a continuidade, estaria apenas tomando de volta o software que os petistas roubaram dos tucanos. E o ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha de Dilma, sabe disso melhor do que ninguém.

Assim, há um movimento curioso em curso. Dilma não tem biografia para contrastar com a do outro candidato. Não sou a sustentar isso, mas os próprios petistas. Quem deixou isso claro, ainda que por meio de palavras oblíquas, foi a própria candidata naquele seu discurso de despedida de impressionante subserviência. A principal tarefa do PT é tentar esconder a trajetória política do adversário, maculá-la se possível — com a colaboração das Bebéis da vida e da rede suja da Internet — para que o confronto se dê entre dois mitos criados pelo PT: os corruptos e sujos bandidos FHC e Lula. Um, evidentemente, apresentado como o demiurgo, e o outro, como o ogro. Parte da imprensa faz esse jogo duplo.

O PT pretende esconder o óbvio: se eleita, quem vai governar é Dilma, não Lula.
O presidencialismo brasileiro e forte e centralizador o bastante para impedir que ela seja mera funcionária do antecessor. Dilma é a candidata, como deixaram claro os arruaceiros que tentaram provocar a polícia na semana passada. A candidata do PT é “Dil-ma/ Dil-ma”; não é “Lu-la/ Lu-la”.

COMENTO

"Bem, a corrupta e nociva candidata do governo, dispensa apresentações, certo?
A primeira guerrilheira do país, carrega um legado, nada bom para seu sujo e abominável currículo.
Nas décadas de 60 e 70 ela simplesmente barbarizou à República, com milhares de assaltos, sequestros, tráfico e milhares de assassinatos até de inocentes, e sua justificativa era: a implantação do comunismo no Brasil, por esse motivo houve o golpe militar de 64.

Os brasileiros que vão votar nesta senhora, a esmagadora maioria recebe bolsa esmolas e acham que, se ela não ganhar vai acabar a digamos 'esmola eleitoreira'.
Isso não é verdade porque não foram os bandidos Petralhas que inventaram o bolsa esmolas, foi inventado por outro corrupto bandido e caudilho, tão nocivo quanto os larápios Petralhas.
Por isso precisamos ter muita atenção na hora de votarmos, para não cometermos os mesmos erros de antes, visto que: colocamos no poder da República os dois maiores bandidos e caudilhos da história da humanidade, FHC e o abominável 'sapo' Molusco".