Por Reinaldo Azevedo
Bem, Dilma Rousseff concedeu a tal entrevista a Jorge Bastos Moreno falando sobre as banalidades desta vida besta. Devemos entender que ela não é apenas aquela máquina de empacar o PAC. Ela também é um coração. O conjunto da obra poderia se chamar “Dilma, Coração e Mente”, parafraseando o título do livro que Tarso Genro escreveu para Lênin. Tarso encontrou o coração de Lênin, e Moreno, o de Dilma.
Ela gosta de literatura, de novela e de Chico Buarque. É gente como a gente, gente! E chegou a cantarolar. Ela tem das letras do ídolo o domínio que a cantora Vanusa exibiu do Hino Nacional em vídeo célebre. Moreno a apertou muito ao longo de toda a entrevista, fazendo um insaciável e longo Questionário Proust. Vão me acusar de ironia. Jamais! Entrevistas sempre são úteis. Só li e ouvi uma coisinha ou outra nesta madrugada, mas o suficiente. E os analistas simbólicos (!) deixaram escapar um ato falho magnífico de Dilma. Vamos ver?
Uma das músicas de sua predileção é João e Maria, de Chico Buarque e Sivuca, aquela do tempo em que até cavalo falava inglês. Vocês se lembram:
COMENTO
"Meus nobres amigos, as principais bandeiras e logomarcas da corrupta e nociva candidata da facção criminosa dos PETRALHAS são: o selvagem banditismo institucionalizados, corrupções edêmicas, obras super faturadas, táticas de guerrilhas, sequestros, assassinatos e ainda com requintes de enrriquecimentos ilícitos e perpetuação no poder, uma vez que esses bandidos e canalhas desta suja facção estão com a bola cheia. Certo?
Qualquer eleição pode ser vista como uma entrevista de emprego ou algo como: uma oportunidade do candidato vir a loculpetar-se do erário público, isso é notório e gritante.
Os postulantes ao cargo, seja de presidente, governador ou deputado, se apresentam ao eleitor pedindo o voto. Os candidatos pedem um emprego para o eleitor, no caso de uma eleição nacional é um mega emprego de presidente da República.
Por que o passado do candidato(a) importa? Você meu caro eleitor, confiaria em promessas de quem não tem passado? Confiaria em quem não tem um passado vinculado àquela vaga de emprego que você oferece? E quando esse candidato(a), tem um passado sujo como: sequestros, milhares de asassinatos inclusive de militares e roubos a bancos e de todas as formas possíveis, você confiaria num candidato desses?
Em 2010 os candidatos a presidente pedirão o seu voto. Eles vão fazer promessas para o futuro, dizer e mostrar como vão melhorar a sua vida. Porém, você só vai acreditar nas promessas, por melhor que sejam, se eles derem motivos para que acredite e de acordo com seu passado. Certo?
Senhores, por se tratar de uma eleição sem candidato a reeleição, esses motivos virão, em grande parte, do currículo da pessoa e de seu legado na política Nacional.
Ser desconhecido, porém, não é somente ser desconhecido, é muito mais do que isso. O recall ou nível de conhecimento é uma forma de sintetizar o currículo do candidato, a avaliação da pessoa, seu reconhecimento, suas virtudes políticas. Por que a corrupta e nociva candidata do governo vem caindo nas pesquisas desde maio? Porque não é conhecida do eleitorado. E por que seu sujo e nocivo passado vai vir à tona e todos os brasileiros terão conhecimentos dos fatos e dos crimes praticados por ela?
O que acontecerá com a digamos comandante Dilma quando Molusco tiver que deixar sua candidata voar sozinha? Isso é inevitável. Será Dilma, e não Molusco, quem irá aos debates. Será Dilma que terá que responder aos jornalistas em entrevistas coletivas ou situações de pressão. O currículo dela contribui para que tenha um bom desempenho em tais situações? A resposta é fácil: certamente não. Molusco é o vento que sopra a sua pipa, mas para voar e permanecer no alto ela precisa ser leve, o que ela certamente não é.
No próximo ano, quando a campanha começar de fato, muitas sujeiras cometidas por ela, nas décadas de 60 e 70 virão à tona, certamente só isso já será suficiente para detoná-la, somando com seu mau humor, sua antipatia e as exacerbadas mentiras mentiras serão suficientes para extingui-la de uma vez por toda, do cenário e da política Nacional".