Meus amigos, o editorial do Estadão é uma exceção. MAS ESTE NÃO É UMA EXCEÇÃO! Refere-se àquele incrível discurso que Molusco fez anteontem contra a imprensa.
O abominável, terrível E DESQUALIFICADO, Molusco da Silva não é o primeiro nem será o último digamos chefe de governo, em qualquer instância e de qualquer país democrático, a se queixar da imprensa. Para não ir muito atrás, nem muito longe, o que se falava mal da mídia no Palácio do Planalto do caudilho FHC e o que se fala no Palácio dos Bandeirantes do ainda governador José Serra, por exemplo, ocupariam páginas inteiras de um periódico. Jornalistas - essa a reclamação recorrente nos palácios de todas as cores - ignoram na maior parte do tempo o que se faz de bom (e o esforço que isso demanda), só destacam o que vai mal (sem se aprofundar nas causas dos problemas) e preferem a fofoca aos fatos relevantes (porque estes dão mais trabalho para apurar).
Há, no entanto, uma diferença - não de grau, mas de natureza - entre os protestos dos que se julgam injustiçados pelos meios de comunicação e os sistemáticos ataques de Lula à imprensa a que acusa, indistintamente, de tratar o seu governo com “má-fé”. Governadores e prefeitos, ministros e secretários podem deplorar a suposta miopia do noticiário, mas reconhecem a carga inerente de tensão no seu relacionamento com o jornalismo que a eles não se subordina. Já o caso de Lula é obsessão. Desde o escândalo do mensalão, em 2005, ele está em campanha para demolir a credibilidade dos órgãos de informação. As suas diatribes, como a de anteontem, durante um evento, são uma mistura de vezo autoritário com ressentimento de classe, agravada pelo descontrole emocional diante da mera expectativa de receber críticas.
No passado, O ABOMINÁVEL Molusco dizia que não teria se tornado o que se tornou, a ponto de disputar a Presidência da República, não fosse a liberdade de imprensa no Brasil. Foi ela quem de fato propeliu o seu nome, cobrindo passo a passo a sua trajetória, fossem quais fossem os julgamentos que pudesse fazer a seu respeito. Isso não mudou, mas o que Lula hoje entende por liberdade de imprensa é uma caricatura grotesca. “É triste”, investiu, “quando as pessoas têm o direito de escrever as coisas certas e escrevem as coisas erradas.” Nas democracias, as pessoas têm o direito de escrever ? ponto. Nas ditaduras, quem diz o que é certo ou errado é o ditador. Para Lula, o certo seria a imprensa dizer que o PAC é uma maravilha. O errado, informar que apenas 11% de suas obras foram concluídas e 54% não saíram do papel.
Certo também seria a imprensa olhar para o outro lado enquanto ele promove, com assombroso despudor, a candidatura Dilma Rousseff. Na mesma ocasião em que vociferou contra a mídia, deu a deixa para a platéia gritar o nome da ministra, ao afirmar: “Eu não posso dizer quem vai ser (o sucessor), eu não posso dizer, porque, porque? vamos aguardar.” Errado é noticiar que Dilma inaugura obras que não estão concluídas. O Desqualificado afirma que a imprensa tem predileção pela desgraça “para dizer: “viu, o menino não era letrado, o menino nasceu para ser torneiro mecânico. A partir daí já é abuso”". Ele jamais se cansará de fazer praça de suas origens ? menos por justo orgulho do que para insuflar o eleitorado pobre. Mas nunca pôs a sua formidável popularidade a serviço da educação, dizendo algo como “se sou o que sou sem ter estudado, imaginem o que eu seria se tivesse”.
Os historiadores do futuro certamente terão muito a dizer sobre a contribuição do governo Lula para o prosseguimento das transformações pelas quais o País começou a passar nos anos 1990. Tampouco deixarão de registrar que a democracia lhe deve a decisão de não buscar um terceiro mandato mediante emenda constitucional. Mas haverão de lembrar que nunca antes neste país, em regime democrático, um presidente havia manifestado tanto ódio pela imprensa livre. Lula é o governante que, com pouco mais de um ano no poder, tentou expulsar do País o correspondente do New York Times por ter escrito uma reportagem (de duvidosa qualidade, por sinal) sobre o que seria o seu gosto pela bebida. Alertado pelo então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, de que a expulsão seria inconstitucional (o jornalista era casado com uma brasileira), Lula explodiu: “F-se a Constituição.”
ABOMINÁVEL MOLUSCO VOLTA A DESRESPEITAR A LEI ELEITORAL E AINDA FAZ CHACOTA DO TSE
Vocês lerão nesta sexta nos jornais que o Tribunal Superior Eleitoral multou Lula em R$ 10 mil. É a segunda multa. Ele já recebeu outra de R$ 5 mil. O motivo é o mesmo: propaganda eleitoral antecipada, agora por declarações feitas em janeiro na inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo:
“Eu penso que a cara do Brasil vai mudar muito e quem vier depois de mim, eu por questões legais não posso dizer quem é, espero que vocês adivinhem, vai encontrar um programa pronto, com dinheiro no Orçamento”.
Dilma estava ao lado. Dada a deixa, alguns dos presentes gritaram o nome da petista. Por 4 votos a três, o TSE reconheceu o óbvio.
E MOLUSCO? Não está nem aí. Não apenas segue transgredindo a lei como faz pouco do tribunal e da legislação eleitoral. Ontem, depois da solenidade das ambulâncias (ver post), participou da entrega de alguns apartamentos — INACABADOS — em Osasco, numa festa organizada pelo governo e pelo prefeitura, que é do PT. E discursou:
“O que estamos fazendo aqui é reparação [em relação aos governos anteriores] e isso eu tenho certeza que vai continuar, mas eu não posso dizer o nome. Eu já fui multado em R$ 5 mil porque disseram que eu falei o nome [de Dilma].”
Não, ninguém disse que ele “falou o nome” de Dilma. O que se considerou é que recorreu a estratagemas de linguagem que resultam na mesma coisa. Adivinhem o que os presentes gritaram? Isto mesmo: “Dil-ma, Dil-ma”.
E Lula, com um risinho irônico, deu uma bronca de mentirinha na claque:
“Se eu for multado, vou a trazer a conta para vocês. Alguém aceita pagar?”
E muita gente levantou a mão: “Eu, eu, eu…”
Não é necessário contar com o concurso de lingüistas para explicar o que fez Lula. Não resta ao TSE, se provocado, outra coisa a não multá-lo de novo.
Vou tentar saber com especialistas, nesta sexta, qual é o procedimento adequado quando um presidente da República, de modo deliberado, desrespeita a lei e ainda faz chacota da legislação, chamando a atenção para o seu malfeito.
E no meio destes BANDIDOS/CAUDILHOS e desta facção exacerbadamente criminosa que se encontra no poder da República, estão nossas FFAA, totalmente Desarmadas sem poder cumprir sua missão constitucional, militares flagelados por dois dos maiores MONSTROS da história da humanidade FHC e MOLUSCO SILVA.