segunda-feira, 7 de junho de 2010

OS NOVOS BANDIDOS ALOPRADOS: O CRIME PREVISTO NO CÓDIGO PENAL E O CRIME CONTRA A CONSTITUIÇÃO

















Por Reinaldo Azevedo

Cuidado! O aparelho dos novos bandidos aloprados do PT foi estourado, mas eles continuam trabalhando. E a armação está em curso. E já começaram a misturar por aí alhos com bugalhos. Antes, falemos um pouco de Luiz Lanzetta, um dos sócios da Lanza. Um articulador, da abominável máquina de crimes dos Petralhas.

Lanzetta é o fusível queimado — ao menos oficialmente — no curto-circuito do dossiê petista. Está inquieto e, segundo diz, topa depor em qualquer lugar. À Folha e ao Estadão, o bandido se apresenta como VÍTIMA (!!!) de uma grande conspiração. Se, no PT, fazer dossiês não é coisa nova, tentar inverter as culpas também não. Luiz Inácio Molusco da Silva já lançou a interessantíssima teoria de que o mensalão foi uma grande armação tucana. Segundo entendi, almas puras como os chefes dessa quadrilha, José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino repousavam, como Inês de Castro, “no sossego de seus anos”, e os tucanos, também malvados, resolveram arrastá-los para o desastre, plantando o mega bandidão, Marcos Valério em seu caminho.

A mesma tática foi usada no dossiê dos aloprados: os petistas se mobilizaram para tentar incriminar o delegado que estourou o imbróglio facinoroso. E agora se repete a ladainha: Lanzetta acusa um complô. Ele só não consegue explicar por que alguém contratado para cuidar de uma das áreas de comunicação da campanha petista se reuniu com dois arapongas, um empresário de trajetória suspeita e um jornalista metido a fazer dossiês para tratar de temas como espionagem, dossiês e afins. Voltemos àquele ponto do primeiro parágrafo.

Crimes diferentes
Os petistas insistem em misturar as coisas, e cumpre fazer as devidas distinções. O “dossiê” do tal jornalista Amaury Ribeiro — finalmente, um homem quase célebre — já está pronto faz tempo e é matéria requentada. Ninguém pagaria nada por ele um tostão. Conta que vai se transformar num livro-denúncia contra as privatizações tucanas. Segundo a rede de crimes e bandidagens dos petralha, teria sido encomendado, lá atrás, pelo então governador Aécio Neves para atingir o candidato do PSDB, tempo em que Amaury trabalhava no jornal O Estado de Minas. Como se nota, já está em curso a tática de transformar tudo num “problema de tucanos”. Uma “reportagem” sobre o livro do tal Amaury circula nos blogs petralhas — INCLUSIVE EM UM CRIADO POR LANZETTA E DIRIGIDO POR SEU SÓCIO NA LANZA!!! Cabe a pergunta: ele realmente se desligou da campanha de Dilma?

Lanzetta não se reuniu com aquela turma da pesada para tratar do livro do tal ex-jornalista. O “material” já estava pronto. O mais importante e grave é que o grupo decidiu, segundo o ex-delegado Onézimo Souza, partir para ações novas. Os petistas queriam, revelou o policial em entrevista à VEJA, GRAMPEAR os telefones de José Serra. Estamos falando da convergência de duas delinqüências: requentar o dossiê, tentando lhe dar vida nova para produzir turbulência na campanha eleitoral, e armar uma escuta telefônica tendo como alvo ninguém menos do que o candidato das oposições.

Grampo, todo mundo sabe, virou uma esculhambação no país. Faço várias vezes por dia a mesma ironia. Toca o telefone, atendo, saúdo a pessoa do outro lado da linha e brinco:
— Vamos bater um papo: eu, você e o terceiro ouvido…
Saibam, pois, os arapongas que não falo uma única vírgula ao telefone que não queira que eles também saibam. Todas as vezes que simulo uma linguagem cifrada ao telefone é porque me divirto com a idéia de que os vagabundos estão transcrevendo as palavras e tentando lhes desvendar o sentido.
— Querida, sabe aquele negócio? Acabou! Estou doidinho! Traga logo um pacote com dez!
— Rei, você precisa parar com esse vício!
É só Hollywood!

Fernando Pimentel, o chefe de Lanzetta, já declarou que não trata de nada relevante ao telefone. É… Eis aí um homem que sabe do que está falando. O crime da escuta é generalizado, não raro praticado por franjas do próprio estado. Mas não se tinha notícia, até este novo escândalo ganhar o noticiário, de que o comando de campanha da candidatura oficial decidiu grampear o candidato adversário.

O escândalo dos escândalos nessa área, o episódio verdadeiramente emblemático, é o Caso Watergate. Em 1972, Richard Nixon, então presidente dos EUA, ordenou a invasão do Comitê do Partido Democrata para fotografar documentos e instalar escutas. Os invasores foram presos, e a crise resultou na renúncia do presidente da República. No Brasil, homens da inteira confiança de Lula e um assessor de Aloizio Mercadante — os tais “aloprados” — foram flagrados tentando negociar um dossiê armado por pilantras, e nada aconteceu. Não se sabe até hoje nem mesmo a origem do dinheiro. Nos EUA, os desdobramentos do Caso Watergate fortaleceram as instituições; no Brasil, elas se conspurcaram um pouco mais. Tanto é assim que os chefes de Lanzetta e o próprio se meteram nesta outra operação.

Os novos aloprados continuam em ação, agora recorrendo à rede de blogs de aluguel e a criminosos para tentar fazer cirular o “dossiê” de anteontem. A traficância com documentos requentados, no entanto, não está na raiz daquele famoso encontro nem resume a operação que estava em curso: o grupo iria (iria?) se dedicar a novas ilegalidades: monitorar nada menos do que o candidato das oposições.

Vagabundo que organiza denúncias caluniosas e que arma dossiês é matéria para o Código Penal. É a bandidagem a serviço da política criminosa dos petralhas. Violar o sigilo telefônico e tentar impedir o livre exercício da oposição é matéria que agride a Constituição Federal, a democracia e o estado de direito.

COMENTO

Somente com a destruição, dessa facção exacerbadamente criminosa que se encontra no poder da República, voltaremos ao estado de direito e a plena democracia.
Conferme já denunciei aqui várias vezes o PT é viciado em: ilegalidades, corrupção, bandidagens e crimes. E todos sabem muito bem disso. Certo?

PF infla número de operações especiais

Por Rubens Valente, na Folha:
Ao citar, em entrevistas concedidas em abril, os feitos da Polícia Federal na gestão Lula, no contexto de uma crítica ao governo FHC, a pré-candidata Dilma Rousseff (PT) informou o número de 1.012 “operações especiais” realizadas até aquele momento no período 2003-2010. O mesmo número consta do site da PF. Contudo, levantamento feito pela Folha indica que o termo “operações” hoje serve para descrever atividades rotineiras do órgão, como fiscalização em áreas indígenas, blitz em empresas de segurança e até reforço no policiamento para o dia de eleições.

No governo Lula, a PF cresceu em pessoal (de 9.231 servidores, em 2002, para 14.295 em 2010) e investimentos (de R$ 141 milhões, em 2002, para R$ 227 milhões em 2009), alcançando repercussão inédita na história do órgão, com prisões em massa e acusações contra congressistas, juízes e ministros.

Mas, nos últimos anos, os balanços oficiais sobre as operações vêm sendo turbinados, de modo que as investigações aparecem em crescimento contínuo. Atividades que todos os governos anteriores realizaram com certa frequência são agora contabilizadas como operações, com direito a nome próprio.

Entre 2008 e 2010, período em que a PF informa ter realizado 580 operações, a reportagem contou 94 casos (ou 16% do total) que entrariam facilmente na lista de atividades corriqueiras do órgão.

RINHA DE CANÁRIOS
Grande parte das operações hoje está relacionada à prisão de narcotraficantes -atividade historicamente desempenhada pela PF, mas de difícil comparação com os governos anteriores, que não divulgavam balanços sobre operações especiais.
Cada ação para destruir pés de maconha nas regiões Norte e Nordeste, atividade realizada desde, pelo menos, os anos 80, agora é contabilizada como uma operação. Em 2008, a PF contabilizou cinco casos do gênero.

COMENTO

BEM, NO PASSADO, O PT ERA VICIADO EM TERRORISMO; NO PRESENTE, EM DOSSIÊS, OPERAÇÕES ESPECIAIS, ILEGAIS, BANDIDAGENS, CRIMES HEDIONDOS E DE TODA NATUREZA!

Quem é Luiz Lanzetta? Só mais um bandido petista, no meio de milhares, só não devemos associá-lo à figura do mordomo porque algumas profissões supõem certo physique du rôle, não? Lanzetta despediu-se da pré-campanha da guerrilheira petista Dilma Abominável Rousseff. Embora inocente como as flores, foi “caído fora” — e, como de hábito nesses casos, dando o assunto por encerrado, o caso por resolvido, e o dossiê pelo não-dossiê. A figura corrupta e bandida que interessa agora é a de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de Dilma guerrilheira — de fato, ele é o braço pessoal dela e da quadrilha dos amaldiçoados petralhas.

Esse negócio de fabricar dossiês, recorrendo à mão-de-obra dos serviços de informação do estado — os atuais e os pregressos —, é uma agressão à democracia ao estado de direito e um crime hediondo. Essa prática de bandidagem nada tem a ver com esclarecimento ou tentativa de fazer justiça. Ao contrário: se a informação desses dossiês é verdadeira e se destina à chantagem, usa-se, então, a verdade como instrumento criminoso; se é falsa e se destina à intimidação, a delinqüência busca produzir mais delinqüência. Em qualquer dos casos, o crime fica bem claro.

No estranho organograma da máquina de crimes dos petralhas — ou sei lá que nome tinha aquilo —, a Lanza contratava a mão-de-obra da pré-campanha. Isso quer dizer que, pela empresa do notório jornalista, passava uma grana preta. E, para isso, é preciso contar com a total confiança do chefe. E o chefe do demissionário Lanzetta era o super bandido do PT, Fernando Pimentel, que emitiu uma nota dizendo que não sabia de nada etc. e tal. Como de hábito, no petismo, existem os crimes, mas jamais os criminosos.

A minha leitura sobre o petismo e os petistas, como vocês sabem, é bem menos otimista — talvez a palavra seja “generosa” — do que a de muitos colegas. E exponho uma vez mais os motivos, agora à luz do dossiê. Muitas pessoas que aderiram a grupos terroristas durante o regime militar — e o bandido Pimentel foi uma delas; pertenceu à VAR-Palmares, mesma organização de que Dilma fez parte — justificam seu ato ainda hoje afirmando que aquela era a única saída e que lutavam por democracia. Trata-se de duas mentiras, obviamente — a que a petista freqüentemente recorre, diga-se.

Vivo apontando aqui essas falácias e digo que elas têm importância ainda hoje. Por quê? Porque se trata de admitir que, sob certas circunstâncias, o vale-tudo dos petralhas é aceitável e é parte do jogo. Quem aderiu ao terrorismo não estava lutando em favor da democracia coisa nenhuma, mas de uma ditadura comunista. Se não o admite, está procurando esconder o próprio crime nos crimes alheios e demonstra justamente disposição para o vale-tudo — eximindo-se, ademais, da responsabilidade moral por isso.

Em certo sentido, o dossiê está para a democracia como o terrorismo estava para a ditadura. No regime militar, procurava-se desconstruir o inimigo por meio da ação violenta, que supostamente respondia à violência do estado; no regime democrático, tenta-se desconstruir o adversário por meio da manipulação viciosa dos instrumentos do sistema — e, nessas horas, a imprensa sempre é convocada a atuar como inocente útil dos que querem jogar no lixo o estado de direito.

Sim, estou querendo dizer isto mesmo: a prática dos dossiês, da espionagem e das escutas telefônicas ilegais é o “terrorismo possível do PT” no regime democrático.

Esta é, desde sempre, a minha principal reserva ao petismo selvagem e aos bandidos petistas: eles vão com a democracia até onde consideram que ela não atrapalha. Afinal, no seu horizonte utópico-escatológico, o regime não é um ponto de chegada na política, mas de partida. Os instrumentos são outros, mas o espírito terrorista e ciminoso é o mesmo. Não muda em nada.

Lanzetta está fora? Quem está ligando? O fato é que Pimentel continua dentro. E ele era o chefe de Lanzetta. E o Zé Dirceu o chefe de todos e o apedeuta Molusco o chefe dos chefes de todos os bandidos. E agora? Com os três poderes da República dominado pelo PT, vamos recorer a quem? Tenho dito aqui exaustivamente, que, somente as FFAA, com métodos mais ortodóxo pode salvar o nosso país. Do contrário vamos sucumbir. Só não ver quem não quer, certo?