terça-feira, 22 de abril de 2014

A declaração de ódio do PT aos brasileiros

RACHEL SHEHERAZADE




O que acontece após a Morte ? Texto sobre Taoísmo

    
O texto a seguir foi retirado do livro “Iniciação ao Taoísmo” e trata-se da transcrição de uma palestra proferida pelo sacerdote taoísta Wu Jyh Cherng.

- E uma vez chegada a morte, o que acontece?
Bem, com o esgotamento da energia, a gente ‘desliga’. O universo da consciência, o ser da consciência, se separa do ser do corpo físico. A energia vital é a cola que une o nosso ser consciente ao nosso ser material. Quando essa energia vai embora, eles se separam. O corpo se decompõe, volta à matéria, à terra, e é devolvido à Natureza. Nessa hora o ser da consciência – como eu já disse, basicamente composto de dois elementos, da consciência pura e da consciência personalizada – sobe.
Na pessoa comum, a consciência universal se separa da consciência personalizada, ‘egóica’. Quando o espírito deixa a alma, a consciência universal fica no espaço, e em todos os lugares. E a alma, que começa a descolar-se, perde a integração com a consciência universal. E é exatamente essa alma que irá seguir em frente, numa viagem que a levará a outra vida, a outra encarnação.


- Mas, e a consciência universal, o espírito não reencarna?
Ele não precisa encarnar, ele está em toda parte. Ele não tem personalidade, não é individualizado, não é ‘egóico’, ele é universal. Por que haveria de se condicionar? Não precisa.
- E por que a alma tem que procurar outra morada e continuar essa história?
Porque a alma é exatamente aquela parcela da consciência profundamente apegada. Apegada a uma forma de ser, por isso tem temperamento: gosta disso e não gosta daquilo; dá-se bem com um e mal com outro. Ela é profundamente arraigada e presa. Ela é uma consciência muito mais densa do que a consciência universal, que é feito um vazio. Por ser dotada dessa natureza, a alma tende a buscar outra morada para continuar. Esse é o processo da morte. Quando uma pessoa morre, o corpo físico se decompõe, sua energia se esvanece. Uma pequena parte da energia é condicionada na alma, para que esta possa continuar a funcionar. O espírito é devolvido ao espírito e a alma entra em sua viagem do destino num nível mais sutil. A partir daí começa o processo chamado de transmigração.
Imediatamente após a morte, a pessoa ainda mantém a consciência de sua identidade. É como se estivesse acordada fora do seu corpo físico. Com o tempo, ela vai entrando num processo de torpor. Vai ficando cada vez mais sonolenta e perde a capacidade de pensar, de observar, de raciocinar, de agir, e cai num sono profundo. Logo seu espírito, a consciência universal, não mais se manifesta nela.
Imediatamente após a morte ele tinha lembrança da sua identidade: “Eu era Cherng, era fulano, era beltrano; só que não tenho mais o corpo. Isto porque aquele espírito ainda estava condicionado dentro da alma, mantendo a luz, o pensamento e o raciocínio. Nesse momento ele é um “fantasma”. Ele pode ficar do seu lado falando ‘ei, ei’, e você não vê. Se você fosse um vidente, talvez se assustasse com as caretas das almas! [Risos]
Esse estado de transição em que o espírito é mantido dentro da alma com uma certa quantidade de energia vital poderia durar um período de tempo indeterminado. Algumas permanecem nesse estado apenas horas, dias, semanas, no máximo meses, e vão embora. Desligam-se e partem para o próximo passo. Outras permanecem muito tempo, anos, décadas, séculos, até milênios, de acordo com o seu grau de atenção, com a sua concentração, com o seu grau de apego e de a sua força vital ser de algum modo resguardada ou recarregada mesmo após a perda do corpo físico. Não obstante, uma hora dessas ele desliga, adormece e parte.
Essas almas permanecem despertas fora do corpo físico, no mundo intermediário, na plataforma do destino. Enquanto não reencarnam, essas almas ficam acordadas o tempo inteiro do outro lado. Quando adormecerem, entrarão em outro estado, perderão o controle e não mais voltarão a ser o fulano da última vida.
- Então é preciso ter muito apego para se manter vivo!
Vocês assistiram ao filme Ghost? Alguém se deu conta de que o fantasma do protagonista ficou vários dias, semanas, lá tentando solucionar seu ‘problema’ com sua mulher e não dormiu em momento algum? A mulher dormiu, o traidor dormiu, enquanto ele perambulava.
No mundo da sombra, onde a noite é constante, o ‘fantasma’ fica acordado o tempo inteiro, até o momento em que a energia dele acaba, ele apaga e entra em transmigração. A permanência nesse estágio intermediário depende do seu nó interior, o nó que lhe ata a alma às questões que deixou de resolver. Por isso ele não quer ir embora para um novo destino, outra forma de ser.
- Nesse período, ele só sabe quem foi na última encarnação, ou sabe das outras também?
Tudo depende do grau da sua consciência. Alguns, logo após a morte, conseguem lembrar-se também de várias vidas anteriores. Outros só conseguem lembrar-se da última. Alguns, inclusive, começam a se dissolver rapidamente e logo perdem a memória, não se lembrando de quem são, onde estavam, ou lembram-se apenas de coisas fragmentadas de uma vida ou de outra, o que faz com que fiquem confusos quanto a sua identidade.
- Alguns não sabem que morreram, não é?
Hum... normalmente descobre-se rapidamente. Se você não sabe, outros fantasmas vêm lhe contar: ‘Você morreu!’ [Risos]
Alguns morrem, encontram outros ‘lá’, conversam como nós aqui. Outros não encontram ninguém, caem num vazio, numa imensa escuridão, e ficam lá vagando sozinhos, sem achar coisa alguma durante muito tempo. Há múltiplas possibilidades.
- Quanto tempo se leva para entrar na transmigração?
Até 49 dias: sete vezes sete. Leva-se normalmente de 7 a 49 dias para cair no sono e daí poder entrar em transmigração. A alma só embarca para outra vida após apagar. Se não apagar, não vai para a frente. Não acontece como nos romances, em que o fantasma identifica: ‘Oh, este vai ser o meu futuro papai, aquela vai ser a minha mamãe, é só ficar lá acompanhando, um dia eles fazem amor e aí eu já estou lá, pronto para nascer.’
Em geral, primeiro se vira um ‘fantasma ambulante’, com uma forma mais ou menos cônica, sem sua forma física de cabeça, tronco e membros, algo como uma bola ou cone, que tem uma frequência própria e vai se sintonizar com a próxima morada de acordo com o seu carma. Às vezes ele fica ‘lá’ flutuando um bom tempo até encontrar aquele casal que tenha uma combinação cármica que esteja na sua frequência, para entrar naquela encarnação. Então, ele não sabe aonde vai. Também não há aquele bom velhinho, ou aquela figura assustadora que pega a sua mão e lhe diz que você está sendo levado para tal lugar. Normalmente isso não acontece. Não no ato da transmigração. Pode acontecer antes, quando são encontrados guias, entidades; nesse período intermediário, sim, você faz ‘relação social’, mas, na hora em que você vai mesmo, apaga tudo, entra no espaço e vai se encaixar exatamente onde você merece ser encaixado.
Para nós, não existe aquela história de “fulano encarnou injustamente”, “aquela família não tem nada a ver com ele, coitado, uma alma tão iluminada numa família tão medíocre!” Não existe isso. Se caiu lá, é porque merece. Esse é o lugar a ele destinado. Não há injustiça nisso. É como um programa de computador que requer uma senha para abertura de um arquivo. Se você tiver tal senha, o arquivo se abre para você; se não tiver a senha, ele não se abre. E é só: não há julgamento. O Céu, a Terra, o Tao – a exemplo do computador [Risos] – não tratam as pessoas com privilégios ou discriminação. Nós fazemos o nosso destino.
- Há 5 mil anos, havia menos de 1 milhão de pessoas na Terra, hoje somos mais de 6 bilhões, como se explica isto? Milagre de multiplicação das almas?
O grande problema da maioria das pessoas é olhar para o tempo de maneira muito estreita. E olhar o espaço de maneira muito curta. Supõe-se que o universo das almas é apenas este planeta e os últimos 3 mil ou 4 mil anos. Na verdade, o tempo é infinitamente maior: bilhões e bilhões de anos. Durante este período de tempo, infinitas almas surgiram, infinitas populações apareceram, se desenvolveram e desapareceram. Em algumas épocas houve muito mais, em outras muito menos. Isto em termos de tempo. E o espaço? Além do nosso espaço físico no planeta Terra, existem infinitos ‘territórios’ no Universo. A alma não transmigra só de um lugar para outro. Por ir de um continente para outro, de um planeta para outro, de uma galáxia para outra, de uma dimensão para outra.
Então, existem só no nosso mundo infinitas dimensões, ou mundos paralelos. Às vezes, a população daqui diminui enquanto a de outras dimensões aumenta muito mais. Então nós estamos sempre nos ajustando entre infinitas dimensões de tempo e espaço. Por isso, não houve aumento de entidades ou aumento de almas. Houve, sim, transmigração de um lugar para outro.
O mundo dos seres humanos é apenas um pequeno departamento dentro de um incomensurável universo. Há ainda muito outros níveis, outros mundos, outras dimensões mais sutis e diferentes. É dentro dessa grande complexidade que acontece a grande viagem da alma. Assim, não são propriamente aqueles milhões de almas de 5 mil anos atrás que se multiplicaram para formar esses não sei quantos bilhões. O que houve foi a multiplicação de matéria. Houve produção de mais corpos físicos para abrigar mais gente, e não aumento na ‘produção’ de almas, porque sempre há almas à disposição, é só trazê-las. Se a população aumenta, construímos mais habitações; se diminui, construímos menos. O corpo é a casa.
- A alma não pode escolher que caminho seguir?
Enquanto ela está acordada, sempre faz escolhas. Como nós, do lado de cá. Nem sempre somos bem-sucedidos nas nossas escolhas, mas sempre tentamos. Mas, a partir do momento em que apaga e vira um ‘cone’, a alma não escolhe mais nada. É levada pelo destino.
Quando a alma desliga e vai para a plataforma do destino, ela terá a possibilidade de seguir por vários caminhos. Apesar de o Taoísmo apontar para infinitas possibilidades, estas basicamente se resumem a seis caminhos.
A primeira possibilidade é voltar a ser humano, reencarnar como ser humano. Este é o Caminho do Homem.


A segunda possibilidade constitui uma condição melhor do que a humana. Dependendo do seu nível de desenvolvimento espiritual, grau de iluminação, grau de desapego das coisas do ego, após a morte ele consegue despir-se rapidamente de seus laços e, por ter passado longo tempo de sua vida com alto grau de consciência, tem muito mais força do espírito dentro dele do que a força da alma e esta ascensiona e transmigra para um mundo mais luminoso, mais iluminado. A este nós chamamos de Caminho do Céu.
É uma espécie de reino celestial, um mundo feito de luz, ao passo que aquela plataforma de partida constitui o mundo das almas, dos fantasmas, uma espécie de eterna noite. Parte-se de um mundo Yin, sombrio, para o seu oposto, um mundo de eterno dia, um mundo sempre luminoso. O mundo Yang é mais leve, situando-se numa dimensão superior e mais sutil que a nossa. Há infinitos reinos celestiais.
Numa das aulas anteriores, dissemos que existem 28 céus, divididos em quatro grandes aglomerações. Esses 28 céus possuem cada um 64 dimensões. Isto dá 1.792 céus! As almas iluminadas, não consideradas como seres humanos – pois sua capacidade, sua condição cármica e seu nível de consciência estão acima da condição humana -, vão para um dos mundo constituídos por esses céus ou reinos, onde nascerão como seres mais iluminados.
Nós chamamos os seres que habitam os mundos celestiais de seres ou homens celestiais. Muitos deles, possivelmente já encarnados lá, recebem tarefas e trabalhos como mensageiros e trabalham conosco. São as entidades luminosas que descem ao nosso mundo, muitas vezes como orientadores espirituais. Alguns deles estão sempre transitando entre os dois mundos, outros jamais vêm para cá. Nossa energia pesada e nossa consciência pouco iluminada nos impedem de entrar em contato com eles, a não ser que nos depuremos através da prática espiritual.
Os mundo celestiais também possuem tempo e espaço, só que o tempo deles é muito mais lento e seu espaço, muito mais sutil. Uma noite e um dia deles durariam dezenas a centenas dos nosso anos. Portanto, a vida dura muito mais que na condição humana, mas não é uma vida eterna.
Mesmo quem vive no mundo iluminado ao lado dos deuses, se desenvolve um carma pesado, entra em transmigração e decai. Para o Taoísmo não existe a garantia de uma vida eterna. A vida sempre depende da conduta. É como no mundo dos negócios: você pode enriquecer este ano, quebrar no ano que vem, recuperar-se adiante! Tudo está na sua mão, mas nada está garantido, não existe ‘carma evolutivo’ garantido. É um erro supor que, se você não fez nada de bom nesta vida, na próxima as coisas ficarão pelo menos como agora e que piorar é impossível. Sempre podemos ir para o melhor e, no melhor, descer para o pior ou subir para o melhor ainda; bem como é possível ir para o pior e, no pior, subir para o melhor ou descer para o pior ainda!
O Taoísmo não nos deixa ilusões: nós somos os únicos responsáveis pelo nosso destino. O Taoísmo não ilude ninguém, não garante nada, apenas fornece as ferramentas do trabalho espiritual – cada um se garante e ninguém garante ninguém! Mestres espirituais estendem-lhe a mão através do ensinamento, e, em resposta, você deve dar a sua mão, por seu esforço, seu trabalho e sua dedicação, para poder aprender. E, repito, nada está garantido.
O Taoísmo sempre foi muito franco e liberal, a ponto, inclusive, de garantir que nada é garantido. Sabemos que seria muito mais fácil, para a propagação da ‘nossa’ fé e difusão da religião, sobretudo nesses tempos de busca e incerteza, dizer assim: ‘A nossa religião garante!’ Milhares acorreriam, dizendo: ‘Vou virar Taoísta porque no Taoísmo a salvação é garantida!’
Mas nós não garantimos nada! Você pode ficar melhor ou pior, até no melhor você pode cair no pior, depende de você! ‘Ah, mas vocês não dão nada, nenhum conforto, então eu vou para outra religião, onde tudo está garantido!’ Bem, isso é uma questão teológica.
Consideramos que você pode estar em qualquer religião que, não obstante o que ela sustente, nada é garantido. Os mestres iluminados, com suas consciências iluminadas, revelaram-nos que a única coisa que você pode garantir, através da sua participação, é o seu trabalho espiritual. Se não ficar satisfeito com isso, busque aquela religião em que você se sinta mais seguro. (Mas será que é segura mesmo?)
Rememorando, existem basicamente seis possibilidades na transmigração. A primeira é voltar como ser humano. Mesmo voltando como humano, você tem muitas possibilidades: voltar mais rico, voltar mais pobre; voltar mais bonito, voltar mais feio; voltar homem, voltar mulher; voltar branco, voltar negro; voltar mestiço, voltar oriental; voltar extraterrestre, verde, anteninha na cabeça, noutra galáxia, todas essas variações são chamadas de ser humano. Tem ser humano daqui, tem ser humano de Centauro, tem ser humano de outra galáxia.
A transmigração para os reinos celestiais, mundos da luz, sutis, se dá dentro de mil e tantas possibilidades e, dentro de cada possibilidade, há múltiplas qualidades, assim como aqui.


A terceira possibilidade: existem tipos de reinos celestiais habitados por seres repletos de força e energia, dotados de  muitos poderes, porém um tanto “excêntricos”. Estes nós chamamos de reinos das divindades da obscuridade, uma espécie de mundo dos demônios, seres dotados de consciência, inteligência e poderes muito superiores aos dos humanos. Eles constituem a antítese das divindades luminosas, sendo igualmente poderosos. Transitam entre universos e vivem centenas de milhões de anos. Eles também descem e fazem suas incursões por aqui.
No Taoísmo, não desprezamos estes reis ou divindades da obscuridade. E eles não estão debaixo da Terra, tampouco estão no Inferno. As divindades Yin habitam um mundo muito mais poderoso e acima do nosso. Poderosos, às vezes travam batalhas e guerras entre si e contra as divindades Yang.
As divindades Yang e as divindades Yin dos reinos celestiais têm cada qual seu território, sua legião, sua hierarquia e sua estrutura de poder. Deve-se ter respeito pelos dois. Mas os mestres taoístas dizem que é mais seguro e melhor acercar-se do lado da luz. Para se subir ao mundo das divindades luminosas, é necessário um consistente trabalho de depuração espiritual, visão sensata, pacífica, iluminada.
Quem trabalhou muito com poder, magia, concentração, controle da mente, forças psíquicas e paranormais, porém não conseguiu trabalhar bem com sua alma, com seu ego, suas excentricidades, quando desencarnar será levado de ‘limusine’ para o céu obscuro. Lá receberá suas tarefas e se aprimorará. De qualquer maneira, é melhor do que estar aqui.
- Então, o nível de consciência no mundo Yang é superior ao do mundo Yin.
Exatamente. Em termos de consciência, os habitantes do mundo da luz são mais abrangentes. Chegam até uma hierarquia mais alta. A diferença é pequena, mas certamente é melhor ir por aqui do que por ali.
Mas há coisas bem menos agradáveis abaixo de nós.


Cremos que podemos encarnar no mundo animal! Pode-se voltar como cachorrinho, cavalinho, coelhinho ou como animais que sequer podemos imaginar, deste ou de outro planeta. [Risos: até como barata?!] Pode-se voltar como barata! Dificilmente, após uma vida na condição humana, se desencarna e imediatamente encarna como barata! Por quê? Porque somos mamíferos, temos sangue vermelho e quente, e, ao cairmos da condição humana para o mundo animal, a tendência é a de encarnarmos de imediato como algum tipo de animal cuja consciência, estrutura física e/ou comportamento estejam mais próximos dos nossos – em geral animais domésticos, ou certos animais silvestres, se a pessoa tiver temperamento muito forte.
Contudo, se, após aquela encarnação animal, se sucederem outras, pode-se começar a descer ou subir os ‘degraus’. Não se tendo oportunidade de subir os degraus, pode-se chegar até a barata, mas não imediatamente. Portanto, até lá você ainda tem chance. [Risos] Chegando a barata, a coisa fica difícil.
Aos caminhos abaixo da condição humana, nós denominamos Caminhos da Obscuridade.
Por quê? Porque o cérebro abriga a consciência, e, em qualquer animal abaixo da condição humana, essa residência é muito diminuta, limitando a própria consciência. Mesmo que na vida anterior você tenha vivido intelectualmente ativo, se você encarna como cachorro, sua inteligência vai reduzir-se bastante. Por quê? Suponhamos que você seja um ás da informática, dominando a operação de programa complexos em supercomputadores; se você se vê privado de seus sofisticados hardware e software e tem que encarar um obsoleto computador 286, que só roda programas bem básicos, como todo o seu talento você só será capaz de um trabalho medíocre.
Nossa máquina é muito mais sofisticada do que a máquina de um animal. A partir daí nossa consciência começa a obscurecer. Nossa consciência dentro de um animal vai acionando mais algumas sementes cármicas mais instintivas e primitivas e desprezando aquelas heranças cármicas mais sofisticadas da vida anterior. Depois de vinte anos vivendo como cachorro, após a morte, se esse animal teve a sorte de ter convivido muito com um dono carinhoso, que falava muito com ele, pode até “recuperar-se” e reencarnar como ser humano. Mas a recuperação não depende dele. Depende do dono, da maneira como convivem. Se seu dono o orienta, se põe um som de mantra para ele ouvir, se o leva para a sala onde medita, se conversa com ele como se fosse humano, ele fica disciplinado e, quando morre, achando que é um ser humano, ele está programado para encarnar como ser humano de novo. Mas, ao contrário, um cachorro abandonado vai esquecendo uma série de qualidades e códigos e vai entrando numa condição inferior. Aí vai descer!
Todos os mestres taoístas dizem que se deve fazer tudo para não entrar no caminho da obscuridade. Porque é impossível prever por quanto tempo você permanecerá lá. Quem assistiu ao filme O Pequeno Buda certamente se lembrará do episódio em que um cabrito ‘diz’: “Antes de viver quinhentas vezes como cabrito, eu vivi como sacerdote que sacrificava cabritos, e finalmente, depois de quinhentas vezes cabrito, vou voltar a ser sacerdote de novo” – alguma coisa assim. Era uma anedota, uma orientação mais moralista para despertar a compaixão, para não matar, etc. Mas, de certo modo, quando se entra no mundo animal, fica-se preso naquela dimensão e tem-se dificuldade para voltar. Entra-se em um declínio que pode durar milhares e milhares de anos. Por isso não é um bom caminho a trilhar.


Para concluir, dentro do Caminho da Obscuridade há ainda outros dois caminhos: o Caminho das Almas Esfomeadas e o Caminho das Prisões Terrestres. O Caminho das Almas Esfomeadas é trilhado por aquele que desencarnou e não foi para o céu, nem voltou como ser humano, nem como divindade obscura, nem como animal. Ele permanece como alma ou fantasma. As almas esfomeadas, são aquelas entidades obscuras, com muito apego, que se mantêm na plataforma e não “apagam”. As almas esfomeadas podem transfigurar-se. Nem sempre apresentam forma física semelhante à nossa, porque não dispõem do corpo físico como molde. Quando a pessoa morre, perde a ‘fôrma do bolo’, e, com o tempo, o ‘bolo’ pode transformar-se em migalhas que vão assumindo outras formas.
Portanto, no mundo das almas, há seres bem parecidos conosco e outros com caras e formas estranhas. À medida que habitam esse limbo, esses seres vão ganhando contornos próprios, segundo seus apegos, suas emoções e suas mentes. Daí, ou mergulham em abismos profundos, mais e mais distantes do nosso mundo, ou podem permanecer muito próximos a nós. Por vezes, transitam por entre esses abismos obscuros como num mundo intermediário entre a morte e a transmigração, pois na plataforma a que me referi existem como que buracos por onde se pode penetrar sem entrar na trilha da transmigração.
Esse mundo, muito parecido com o que alguns espíritas descrevem, é povoado por legiões de almas obscuras, semelhantes a gangues de rua; seres terríveis muitas vezes a serviço de feiticeiros ou de divindades da obscuridade. Entredevoram-se, estão sempre insatisfeitos e famintos. Por isso são ditos almas esfomeadas. Esfomeadas no sentido de insatisfeitas. Assim, encostam nas pessoas, sempre em busca de alguma coisa, repletos de desejos, de rancores, de sentimentos pesados.
As divindades do mundo Yin muitas vezes descem e recrutam almas esfomeadas para trabalhar para elas no nível mais baixo. (Convém destacar que, como nas máfias, uma vez que se entra no Caminho da Obscuridade, dificilmente se sai dele.) Do mesmo modo, as divindades do mundo Yang às vezes descem e recrutam almas apenas desencarnadas para o seu serviço no mundo mais próximo ao nosso, e elas trabalham conosco.
- As almas esfomeadas têm acesso ao nosso nível, mas não vão muito acima não é?
Elas jamais vão acima, só vão para baixo. Elas podem chegar até nós, nos xeretando e atrapalhando ou negociando conosco, depois voltam aos seus buracos.
Por último existem as Prisões Terrestres. São mundos por assim dizer mais institucionalizados, parecidos com o que se entende por Purgatório. São regiões obscuras, repletas de sofrimentos, onde as pessoas que têm muito apego se acotovelam. Elas só sairão de lá depois de uma ‘terapia de choque’. Comandadas por divindades, as Prisões Terrestres dispõem de uma hierarquia, com ‘diretores’ e ‘oficiais’. Como num reformatório, muitas vezes eles maltratam você, queimando seus carmas, doutrinando-o na marra; e, quando você está pronto, eles o relançam para o destino. Então você poderá encarnar como animal ou como ser humano novamente. É como um reformatório para as pessoas que carregam dentro de si profundos sentimentos de culpa.
Por isso os mestres taoístas sempre dizem que não é bom cultivar o sentimento da culpa, mesmo que você tenha errado. Trabalhe com consciência, não trabalhe com culpa. Se você tem culpas, terá de livrar-se delas, e quem vai liberá-lo são os oficiais do ‘reformatório espiritual’, das Prisões Terrestres, cujo sentido é o de purgação, de retirar aquilo que é ruim de dentro de você.
O Taoísmo sustenta que não devemos cultivar a ideia de que há algo ruim dentro de nós; se, não obstante, o fizermos, teremos de expurgar esse mal. Pois, uma vez cultivada a ideia de que somos pecadores, ruins, caímos na grande armadilha que ela encerra, de termos de retirá-la depois. Aí você vai para o desagradável reformatório chamado Prisão Terrestre, para defrontar-se com suas culpas, submeter-se ao flagelo e ser esmagado milhares de vezes até curar-se e poder finalmente dizer: “Estou livre!” Aí você vai embora e encarna novamente...
Concluindo, este é o processo da Morte até a Transmigração, quando você pode ir para o Céu da Luz, para o Céu da Obscuridade, retornar como ser Humano ou como Animal, perambular pelos abismos da obscuridade como Alma Esfomeada, ou reformar-se nas Prisões Terrestres.

POSTADO PELO LOBO DO MAR

Dilma tem várias "responsabilidades": não leu o contrato de Pasadena, não demitiu o diretor irresponsável e abafou o prejuízo da Petrobras durante vários anos.

por cardoso lira














Voltemos à foto histórica! Você tem alguma dúvida de que Gabrielli, Graça Foster, Dilma Rousseff e Paulo Roberto Costa eram uma equipe totalmente afinada na Petrobras?

Dilma Rousseff não pode achar que os brasileiros são idiotas e que ela pode fugir das suas responsabilidades alegando que está em ata que ela não conhecia as cláusulas do negócio escandaloso de Pasadena. As cláusulas, segundo o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, em depoimento na Câmara, afirmou que estas cláusulas são "inócuas" e que existem em qualquer contrato da Petrobras. Ninguém desmentiu. Nem Dilma. Nem Graça Foster. Por que não mostram outros contratos provando que estas cláusulas só existiram para a negociata de Pasadena?

Mas há outras responsabilidades da qual Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, cargo máximo na governança da estatal. Por que não pediu para ler o contrato ou para ter maiores informações diante de um negócio novo e tão vultoso? Por que, posteriormente, ao tomar conhecimento das cláusulas e que as informações estariam incompletas, não demitiu Nestor Cerveró e, em vez disso, promoveu o culpado para uma Diretoria Financeira da Petrobras Distribuidora? Por que, quando soube da perda bilionária da Petrobras, lá em 2008, Dilma Rousseff não determinou a abertura de sindicância interna, o que só ocorreu agora, após a prisão de Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor que montou um verdadeiro propinoduto na companhia?

É claro que Dilma Rousseff não pode fugir das suas responsabilidades. Neste aspecto, José Sérgio Gabrielli esta coberto de razão. É José  mas não é Dirceu e não quer pagar o pato pelas tramóias e falcatruas desta organização criminosa chamada PT. 
Dilma com o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), um dos nomes cotados a aparecer nas gravações da Polícia Federal
Dilma com Fernando Collor de Mello, outro suspeito de operações nada republicanas na Petrobras.
Dilma, no seu modelito laranja da Petrobras, com o deputado Luiz Argôlo (PP-BA), já flagrado nos grampos da Polícia Federal em rolos com a estatal.

Petistas e integrantes da cúpula do governo apostam que, se a CPI da Petrobras não for enterrada nesta semana, como eles esperam, a polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena tenderá a "morrer" em breve. Para o grupo, apesar das declarações de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, segundo o qual a presidente Dilma Rousseff tem, sim, responsabilidade pelo negócio, a estratégia da oposição de manter a petista no foco do debate não prosperará por muito mais tempo.
 "O Estado de S. Paulo"

POSTADO PELO LOBO DO MAR