As cenas de um helicóptero em chamas no ar, abatido por tiros de fuzil, deram ao mundo a dimensão trágica que o banditismo institucionalizado que atingiu no Rio de Janeiro. A sede da Olimpíada 2016 já tem seu maior desafio: desbaratar as quadrilhas, prender os criminosos e suas respectivas facções e libertar os bairros sob seu comando
O VISÃO MILITAR VER OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS NO RJ, COMO: VISÃO DO INFERNO
Por Ronaldo França e Ronaldo Soares
Tiroteios com armas de guerra, corpos carregados e o morto no carrinho de compras -saldo de mais um confronto da polícia carioca com traficantes - tomaram as páginas de jornais e assustaram o mundo: organizar a Olimpíada de 2016 será um enorme desafio a ser vencido.
Será difícil. Será doloroso. Os fatos ocorridos na semana passada, no Rio de Janeiro, ilustram o tamanho e a complexidade do desafio de elevar a níveis satisfatórios a segurança na cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016. A dimensão do problema é abismal. Das 1 020 favelas da cidade, 470 estão nas mãos de bandidos. A dificuldade de acesso pelas vielas, a topografia montanhosa e a alta densidade populacional as transformaram em trincheiras. Na cidade, são vendidas 20 toneladas de cocaína por ano, comércio que produz 300 milhões de reais e financia a corrida armamentista das quadrilhas que disputam territórios a bala. Diante dessa realidade - e de cenas assombrosas, como a de um corpo despejado em um carrinho de supermercado e de policiais queimados nos escombros do helicóptero derrubado -, a pergunta que se estampou na imprensa mundial foi: será possível para a cidade sediar a Olimpíada? A resposta existe. Sim, é possível. Mas para isso precisa tomar como norte as palavras do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. “Foi o nosso 11 de Setembro.” A alusão aos ataques terroristas nos Estados Unidos, em 2001, se justifica. Não tanto pela semelhança e gravidade dos acontecimentos, mas pela necessidade de o país inteiro se mobilizar para resolver o problema da segurança do Rio.
Nunca antes os traficantes haviam chegado tão longe. Incumbido do resgate de feridos no confronto - que se estendeu pelos dias seguintes, produzindo 39 mortos, 41 presos e dez ônibus incendiados -, o helicóptero se preparava para pousar pela terceira vez na favela. Alvejado, caiu em chamas, matando três ocupantes. O armamento pesado, capaz até de perfurar blindagens, já está em poder das quadrilhas há mais de dez anos, como demonstram as apreensões feitas pela polícia. Como essas armas chegaram ao topo dos morros e por que continuam ali é a questão central. A polícia carioca tem um histórico de conivência com a bandidagem que a faz a mais corrupta do Brasil. Essa promiscuidade criminosa mina o ambiente de trabalho dos policiais e fortalece os bandidos. Se restavam dúvidas, elas se dissiparam, na semana passada, nas cenas de policiais flagrados em mais um crime. Em vez de prenderem os homens que acabaram de cometer um assassinato, tomaram deles os pertences roubados da vítima, que não socorreram. Uma suposta participação dos policiais será ainda investigada. O governador Sérgio Cabral tem uma avaliação realista sobre a situação de sua polícia. “Estamos longe, muito longe do ideal”, diz. Mas garante que isso não interferirá na realização dos Jogos. “Se eles fossem daqui a três meses, não haveria problema. A mobilização das forças de segurança em eventos assim é muito grande. O desafio é construir uma segurança de fato.”
O reconhecimento pelos encarregados da tarefa é um bom sinal. Ajuda a desentupir as artérias que levam a uma solução. Muitos dos passos a serem dados são conhecidos, há anos, pelos profissionais de segurança. Fazem parte disso as ocupações permanentes de favelas, iniciadas no ano passado, com resultados animadores. Outra medida em curso é a neutralização de qualquer influência política na indicação de delegados e comandantes de batalhões. São avanços importantes, porém insuficientes. A dificuldade maior, daqui para diante, será admitir que, para mudar, é preciso enfrentar velhos problemas, e assumir responsabilidades sobre eles. Nas próximas páginas, estão expostos quinze pontos sistematicamente varridos para debaixo do tapete quando se discutem soluções para a prevalência do crime no Rio. Trazê-los ao debate é a contribuição de VEJA para a reconstrução de uma cidade maravilhosa.
CIDADANIA AO AVESSO
Manifesto pela paz em praia carioca: parte da classe média presente nas passeatas não enxerga relação entre drogas e violência
QUEM CHEIRA MATA, ISSO NÃO RESTA DÚVIDAS.
O usuário de cocaína financia as armas e a munição que os traficantes usam para matar policiais, integrantes de grupos rivais e inocentes.
• A venda de cocaína aos usuários cariocas rende 300 milhões de reais por ano aos bandidos. Os usuários de drogas financiam a corrida armamentista nos morros. Cada tiro de fuzil disparado tem também no gatilho o dedo de um comprador de cocaína. Essa realidade não é facilmente admitida. A tendência é tratar o usuário com leniência. Alguns países — o México é um exemplo — deixaram de considerar crime o porte de pequenas quantidades de cocaína. É uma medida temerária que aumenta a arrecadação dos bandidos e, como resultado, o seu poder de fogo.
COMENTO
AGORA VAMOS FALAR DE OUTRAS BANDIDAGENS AINDA MAIS GRAVES.
"Meus amigos, a comandante Dilma Rousseff busca apoio político para sua candidatura à Presidência da República em outras facções envolvidas em escândalos, como o PMDB, o PR e o PP.
À abominável Dilma, num palanque em Belo Horizonte, quer a companhia de peemedebistas, como os megas corruptos senadores Renan Calheiros e José Sarney mas, por enquanto, sem fotos para não prejudicar sua estúpida e medíocre imagem.
No evangelho político do digamos 'presidente' Molusco, se Judas Iscariotes, o apóstolo traidor, fosse brasileiro, Jesus Cristo teria de fazer com ele uma aliança tática para governar. A analogia é muito estranha, mas deriva de uma receita testada nos últimos anos pelo próprio caudilho.
Para garantir uma maioria folgada no Congresso, o corrupto Molusco, lançou-se nos braços dos fariseus históricos da suja política brasileira.
Dá-lhes cargos, verbas e visibilidade. Em troca, recebe apoio e proteção. Apesar dos escândalos que fraternidades assim estão fadadas a produzir - e já produziram aos borbotões -, os altíssimos índices de popularidade do governo sustentam a convicção oficial de que esse é o caminho certo, o modelo mais apropriado para viabilizar ambiciosos, corruptos e nocivos projetos de poder e bandidagem, para fazer o mal ao povo brasileiro e a República.
A digamos 'ministra' Dilma Rousseff, nociva e despreparada candidata do governo à sucessão do apedeuta da Silva, já assimilou os ensinamentos do nocivo mestre. Nas últimas semanas, ela selou pactos de fidelidade com algumas facções, entre os quais o PMDB de José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto e do deputado Edmar Moreira, o homem do castelo, e o PP de Paulo Maluf.
Bem, isso deixa claro que as bandidagens no país dos Petralhas vão continuar a todo vapor e que o banditismo institucionalizado e a corrupção edêmica, vão continuar a fazer parte da administração dos petralhas, caso eles consigam perpetuar-se no poder. Está tudo muito claro, só não ver quem não quer. Certo? Esta é a maior facção criminosa o planeta terra.
Causa-me estranheza a leniência das autoridades brasileiras com essa facção exacerbadamente criminosa e danosa, que se encontra no poder da República, com o firme propósito de locupletar-se do erário público.
Enquanto isso nossas Forças Armadas cada dia mais definhadas, desmanteladas e sucateadas, militares flagelados por dois dos maiores caudilhos a história da humanidade, FHC e Molusco".