segunda-feira, 22 de julho de 2013

Musica Espiritual (Mantra)




Enquanto esfola povo brasileiro com impostos, governo do PT perdoa dívida de ditaduras.

por cardoso lira



Em um gesto criticado por, em alguns casos, beneficiar ditaduras, a presidente Dilma Rousseff e o seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, renegociaram US$ 1,036 bilhão de dívidas de países - quase todos africanos. Desse volume, US$ 717 milhões foram perdoados - 69,2% do volume total das operações financeiras.

Em dois anos e sete meses, Dilma reestruturou a dívida de cinco países - US$ 431,2 milhões -, dos quais US$ 280,3 milhões foram perdoados. Foram beneficiados Gabão, Senegal, Sudão, República do Congo e São Tomé e Príncipe - neste último, a dívida foi reescalonada e os prazos de pagamento alterados.A maioria dessas dívidas foi adquirida a partir de meados dos anos 1960, em financiamentos à exportação de bens e serviços brasileiros realizados por meio de convênio de crédito entre o Banco do Brasil e governos estrangeiros, via Fundo de Financiamento às Exportações (Finex), hoje extinto.

Nos oito anos de Lula (2003-2010), foram perdoados US$ 436,7 milhões em dívidas de quatro países: Moçambique (US$ 315,1 milhões), Nigéria (US$ 84,7 milhões), Cabo Verde (US$ 1,2 milhão) e Suriname (US$ 35,7 milhões). Em Moçambique, foram perdoados 95% da dívida, a maior proporção da década."Na África nós temos tido um grande empenho em expandir as nossas relações culturais, comerciais e de investimento. Para tornar mais fluida essa relação, viemos resolvendo esses problemas para poder ter uma relação agora mais efetiva", disse Dilma em maio passado, durante viagem à Etiópia para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana.

Renegociação. Na ocasião, Dilma anunciou que reestruturaria a dívida de 12 países africanos - ainda falta o Senado aprovar relatórios de Costa do Marfim, República da Guiné, Guiné-Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, Tanzânia e Zâmbia. A legislação autoriza a União a conceder "remissão parcial" - e não total - das dívidas, em negociações bilaterais ou entendimentos do Clube de Paris - um fórum intergovernamental de credores.

"O mecanismo de alívio das dívidas é positivo para os países endividados, pois abre novas formas de investimento externo. E também para o país que alivia a dívida, que geralmente quer investir no país endividado. É uma forma clássica, não inventada pelo Brasil", disse José Flávio Sombra Saraiva, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e autor do livro África Parceira do Brasil Atlântico.

No caso de Moçambique, observa Saraiva, a renegociação da dívida começou no governo de Fernando Henrique Cardoso e produziu resultados positivos. O perdão, no entanto, não deve ser praticado "de forma automática e para todos", avalia. "Que o país africano apresente desempenho na construção de sociedade e governo democráticos. Deverá haver aí uma barreira democrática. Esse seria um elemento importante, pedagógico mesmo, se o Brasil quer exportar um modelo diferente da China", acrescenta o professor.

Para o senador José Agripino (RN), presidente nacional do DEM, a renegociação é uma "doação maquiada". "É agressão à pobreza brasileira perdoar dívida de país corrupto onde ditador tem quatro Rolls-Royce e três Ferrari", critica Agripino, que atribui a renegociação às tentativas do governo de conquistar um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas. (Estadão)

Postado pelo Lobo do Mar