sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Servidores federais ameaçam com greve geral; 56 das 59 universidades e 36 dos 38 institutos federais estão parados
A insatisfação dos servidores públicos com a intransigência da presidente Dilma Rousseff em conceder reajustes salariais, diante do cenário de crise econômica internacional, aumentou o risco de o governo enfrentar uma greve geral do funcionalismo. O último movimento grevista importante no Brasil ocorreu ainda no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reunião encerrada ontem à noite, servidores das dez agências reguladoras declararam-se em estado de greve a partir de segunda-feira. A maioria das categorias já paradas ou com indicativo de greve quer correção dos salários em 2013.
Personagem das mobilizações, o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, avalia que cerca de 300 mil servidores já cruzaram os braços. A greve, segundo ele, pode alcançar 500 mil servidores. “A construção é a greve geral”, adiantou. A Condsef é filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) — braço sindical do PT, que apoia a greve geral do funcionalismo.
“O governo não consegue apresentar uma contraproposta, só faz protelar a discussão”, criticou o diretor da CUT Pedro Arnengol. As categorias têm reivindicações diferentes, mas a maioria quer reajuste de 22% dos salários. Os servidores têm ouvido que o governo terá uma resposta até 31 de agosto, prazo final para o envio ao Congresso da proposta de lei orçamentária de 2013.
Ontem, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) insistiu que não haverá aumentos de salário para o funcionalismo neste ano. “Se as greves forem mantidas, vão gerar um impasse sem eficiência e sem eficácia. Não há possibilidade, principalmente em um momento de crise, de executar novas despesas não previstas”, afirmou a ministra.
A colega do Planejamento, Miriam Belchior, encarregada de negociar com os servidores, optou por não se manifestar. Sua assessoria informou que o processo de negociação está em curso e não há data para a apresentação de uma contraproposta. O ministério informou ainda não ter um mapa da dimensão do movimento grevista. Ontem, houve uma nova manifestação em frente ao prédio do Planejamento. O ato reuniu representantes de 22 categorias de servidores públicos.
“O governo mais uma vez protelou”, destacou o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), João Maria Medeiros de Oliveira, após a plenária concluída ontem à noite. Nela, a categoria que reúne 7 mil funcionários, resolveu parar a partir do dia 17, por tempo indeterminado, se a negociação não avançar até lá. Além das dez agências reguladoras, que tratam de vigilância sanitária, petróleo, aviação civil e energia elétrica, por exemplo, também aderiu ao movimento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que cuida das autorizações de pesquisa e lavra no País.
Professores. A greve mais longa em curso é a dos professores universitários, parados há 43 dias. Segundo balanço dos sindicatos, das 59 universidades, 56 estão paradas. Dos 38 Institutos Federais de Educação, 36 também aderiram à greve. Os professores pedem, entre outras coisas, aumento do piso salarial para R$ 2.329,35 para 20 horas semanais de trabalho. Hoje, o valor é de R$ 1.597,92.
Nesse período, houve apenas uma reunião com o governo. Uma segunda reunião de negociação, marcada para 18 de junho, foi desmarcada pelo Ministério do Planejamento. Nesse mesmo dia, os auditores fiscais da Receita Federal — que integram as categorias com salários mais altos no serviço público iniciaram uma operação-padrão por reposição salarial de 30,18%. A partir de 1º de agosto, os auditores poderão parar.
Comento
Os militares das Forças Armadas, já estão passando fome, e não é de hoje, a qualquer momento medidas radicais, poderão vir atona, e uma grave crise, poderá ser desencadeada a qualquer momento. É só uma questão de poucos dias.
Postado pelo Lobo do Mar
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Pelo impeachment do Toffoli no Mensalão.
A participação do ministro mais controverso do STF, Jose Antonio Dias Toffoli, nomeado por um dedaço de Lula, já que não tem nem de perto os requisitos normais de conhecimento e experiência para exercer o cargo, no julgamento do Mensalão, não só é ilegal. É totalmente imoral. Ele era o imediato do Zé Dirceu na Casa Civil quando estourou o caso e, na sequência, junto com a atual companheira, Roberta Maria Rangel, atuou na defesa de réus deste que é o maior escândalo de corrupção da história política do Brasil. Leia aqui.
Postado pelo lobo do mar
terça-feira, 26 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
A incapacidade do governo Dilma
Por Cardoso Lira
Aqui está a solução para o reajuste dos soldos, tanto revanchismo e humilhação com as FFAA e os militares.
Por João Bosco Leal
Por João Bosco Leal
Ao ler: "Os humanos serão sempre imperfeitos e jamais serão totalmente racionais, o que é precisamente a razão pela qual não devemos confiar em nenhum humano para comandar a vida dos outros", escrito por Steven G. Horwitz, mestre e doutor em economia, autor de diversos livros sobre a matéria e professor da St. Lawrence University, em Canton, NY, logo pensei em tudo o vem sendo divulgado nos últimos dias.
O atual governo brasileiro tem assumido compromissos diante de outros países que só poderiam ser realizados por aqueles que tivessem uma economia extremamente pujante, com muita sobra de caixa e com sua população sem necessidade alguma investimentos nas áreas de sua responsabilidade.
Como certamente esse não é o caso do Brasil, fiquei perplexo com declarações atribuídas a nossa presidente, de que o país está 300% seguro contra a crise econômica mundial. Desculpe senhora presidente, mas sua declaração é tão estúpida, que chego a duvidar de que tenha sido pronunciada por quem diz possuir vasto conhecimento das atividades econômicas do país.
Economia não existe sem matemática e esta, apesar de ser mundialmente entendida quando numericamente transcrita, necessita de uma língua - no nosso caso o português -, para ter resultados divulgados de modo a ser compreendida pela população.
Entretanto, mesmo quando explicada em português, nenhum brasileiro consegue entender como podemos emprestar US$ 10 bi ao FMI para ajudar na crise dos países europeus, quando seu governo alega não possuir recursos suficientes para investir na saúde, de modo que ele seja dignamente atendido quando necessita de amparo hospitalar. As imagens frequentemente divulgadas de pessoas morrendo em filas, por não conseguirem atendimento médico, e os protestos dos que nelas buscam socorro não lhe diz nada?
A população estudantil brasileira que, meio século atrás, em sua quase totalidade estudava em escolas públicas, tinha uma formação exemplar. Depois disso os governos deixaram de investir em educação e milhares de escolas particulares foram criadas, fazendo com que os pais tivessem de pagar pela melhor educação de seus filhos.
Mesmo com esse sacrifício econômico dos pais, atualmente esses alunos não possuem o direito de concorrer a todas as vagas do ensino universitário público, pois grande parte delas está destinada a alunos que, por conta do péssimo ensino gratuito oferecido pelo governo em suas escolas, não conseguem ser aprovados no vestibular, e outras vagas são destinadas às quotas raciais agora existentes.
A população brasileira está falando em outra língua, e se referindo a algo tão difícil de ser entendido pela senhora e seus ministros, ou a senhora é que está tão preocupada em impor uma nova língua - onde possa ser chamada de Presidenta ao invés de Presidente-, que não tem tempo de pensar em saúde e educação pública?
Seu partido político reclama de perseguição durante os governos militares, mas depois de uma década governando não foi capaz de realizar uma única obra realmente significativa paras o país, que proporcionasse o bem coletivo, como as grandes usinas hidrelétricas, a enorme malha rodoviária construída em todo o país, as escolas, universidades, hospitais e tantas outras obras de infraestrutura realizadas por eles.
Seus próprios ministros admitem que o país não pode crescer 5% ao ano por não possuir infraestrutura necessária, como energia elétrica, ferrovias, rodovias, portos e aeroportos para aumentar e escoar sua produção.
E mesmo sem fazer nada disso temos dinheiro para emprestar aos outros? A senhora é Presidente da República do Brasil ou está governando só para os "companheiros" e para os que possuem votos no Conselho de Segurança da ONU, onde Lula sonha em ter um cargo?
Presidente Dilma, antes de poder nos mostrar para o mundo como um país rico, os brasileiros precisam de saúde, educação, segurança, transporte e moradias dignas, o que seu governo se mostra incapaz de fazer.
Mensalão:STF pressiona relator a cumprir acordo de prazos.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, enviou ofício ao ministro Ricardo Lewandowski advertindo que ele precisa devolver hoje a revisão do processo do mensalão para que o julgamento comece no dia 1º de agosto. Na prática, o presidente do STF cobra pressa do colega de corte para que o calendário do principal julgamento do ano seja obedecido. Britto tomou essa iniciativa na noite de quinta-feira depois de tentar, sem sucesso, conversar com Lewandowski sobre o assunto naquele dia.
A atitude do presidente do Supremo, segundo ministros, é incomum no dia a dia da corte, mas se tornou necessária devido ao risco de atraso. Lewandowski tem reclamado nos bastidores da pressão interna que sofre dos colegas para correr com o caso. A cobrança do presidente do STF deve-se aos prazos regimentais exigidos para que o julgamento comece no primeiro dia de agosto, já que a corte entra em recesso na semana que vem.
Se Lewandowski entregar a revisão hoje, a liberação do processo será publicada amanhã no "Diário Oficial da Justiça". Haverá então um prazo de 24 horas, até quarta, para que o procurador-geral da República e os 38 réus sejam comunicados. Depois disso, o regimento determina 48 horas de intervalo para que tenha início o julgamento. Ou seja, a tramitação encerraria na sexta e tudo estaria pronto para o dia 1º de agosto, quando o STF retorna aos trabalhos. Agora, se Lewandowski, por exemplo, devolver o processo a partir de quinta-feira, o julgamento só começa depois de 6 de agosto. Entra então a discussão da aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Ele completa 70 anos no dia 3 de setembro, quando é aposentado compulsoriamente. Peluso já avisou interlocutores que deve parar dias antes.
Pelo cronograma, haverá duas semanas para manifestação de defesa e da Procuradoria-Geral da República antes dos votos dos ministros.Como não há tempo fixo para os ministros concluírem suas posições, qualquer atraso pode deixar o julgamento sem o voto de Peluso. A corrida do STF contra o relógio foi revelada ontem pela coluna Painel, da Folha. O cronograma de 1º de agosto foi acertado pelos ministros do STF no começo do mês, conforme sugestão do ministro Celso de Mello.
Lewandowski tem prometido entregar o processo até o fim de junho, mas evita se manifestar publicamente, principalmente depois das revelações de que setores do PT, liderados pelo ex-presidente Lula, têm trabalhado para adiar o julgamento para depois das eleições municipais. O ministro Marco Aurélio Mello demonstrou ontem preocupação com o cumprimento dos prazos. "Concordei com o calendário partindo da premissa de que o revisor tinha conhecimento e concordava, senão não teria somado meu voto aos demais. Por mim, já teríamos começado antes, mas dependemos do revisor", disse ele, que minimizou a pressão sobre Lewandowski. "A intenção do ministro Britto foi de alertá-lo." (Folha de São Paulo)
Postado pelo Lobo do Mar
Mensalão:STF pressiona relator a cumprir acordo de prazos.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, enviou ofício ao ministro Ricardo Lewandowski advertindo que ele precisa devolver hoje a revisão do processo do mensalão para que o julgamento comece no dia 1º de agosto. Na prática, o presidente do STF cobra pressa do colega de corte para que o calendário do principal julgamento do ano seja obedecido. Britto tomou essa iniciativa na noite de quinta-feira depois de tentar, sem sucesso, conversar com Lewandowski sobre o assunto naquele dia.
A atitude do presidente do Supremo, segundo ministros, é incomum no dia a dia da corte, mas se tornou necessária devido ao risco de atraso. Lewandowski tem reclamado nos bastidores da pressão interna que sofre dos colegas para correr com o caso. A cobrança do presidente do STF deve-se aos prazos regimentais exigidos para que o julgamento comece no primeiro dia de agosto, já que a corte entra em recesso na semana que vem.
Se Lewandowski entregar a revisão hoje, a liberação do processo será publicada amanhã no "Diário Oficial da Justiça". Haverá então um prazo de 24 horas, até quarta, para que o procurador-geral da República e os 38 réus sejam comunicados. Depois disso, o regimento determina 48 horas de intervalo para que tenha início o julgamento. Ou seja, a tramitação encerraria na sexta e tudo estaria pronto para o dia 1º de agosto, quando o STF retorna aos trabalhos. Agora, se Lewandowski, por exemplo, devolver o processo a partir de quinta-feira, o julgamento só começa depois de 6 de agosto. Entra então a discussão da aposentadoria do ministro Cezar Peluso. Ele completa 70 anos no dia 3 de setembro, quando é aposentado compulsoriamente. Peluso já avisou interlocutores que deve parar dias antes.
Pelo cronograma, haverá duas semanas para manifestação de defesa e da Procuradoria-Geral da República antes dos votos dos ministros.Como não há tempo fixo para os ministros concluírem suas posições, qualquer atraso pode deixar o julgamento sem o voto de Peluso. A corrida do STF contra o relógio foi revelada ontem pela coluna Painel, da Folha. O cronograma de 1º de agosto foi acertado pelos ministros do STF no começo do mês, conforme sugestão do ministro Celso de Mello.
Lewandowski tem prometido entregar o processo até o fim de junho, mas evita se manifestar publicamente, principalmente depois das revelações de que setores do PT, liderados pelo ex-presidente Lula, têm trabalhado para adiar o julgamento para depois das eleições municipais. O ministro Marco Aurélio Mello demonstrou ontem preocupação com o cumprimento dos prazos. "Concordei com o calendário partindo da premissa de que o revisor tinha conhecimento e concordava, senão não teria somado meu voto aos demais. Por mim, já teríamos começado antes, mas dependemos do revisor", disse ele, que minimizou a pressão sobre Lewandowski. "A intenção do ministro Britto foi de alertá-lo." (Folha de São Paulo)
Postado pelo Lobo do Mar
domingo, 24 de junho de 2012
Mensalão: STF pode até condenar o Zé Dirceu e sua corrupta quadrilha, mas até colocar na cadeia...
Por Cardoso Lira
A decisão da Suprema Corte do país o Supremo Tribunal Federal (STF) de julgar a ação penal do mensalão conflita com demora da Corte em concluir os processos contra quatro deputados e ex-deputados, todos já condenados, mas que ainda não começaram a cumprir as penas. A pendência desses processos indica que as possíveis condenações de réus do mensalão demorarão a ser executadas.
Até que o caso seja julgado e o acórdão publicado, o que abre prazo para recursos, meses ou anos podem se passar. E os exemplos recentes do Supremo mostram que há grande risco de as penas demorarem a ser aplicadas, caso haja condenação.
Os magistrados terão concluído o julgamento do mensalão quando a condenação do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) estiver completando dois anos. Condenado pelo STF a 13 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão em regime inicialmente fechado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e peculato, Donadon ainda exerce mandato de deputado federal. Leia mais aqui no Estadão.
Postado pelo Lobo do Mar
NA VEJA DESTA SEMANA — Aloprados: A montanha que só pariu ratos
Por Rodrigo Rangel e Otávio Cabral:
Na semana passada, a Justiça Federal abriu processo contra nove envolvidos no escândalo dos aloprados, aquele em que petistas foram presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar políticos do PSDB com a máfia que fraudava licitações no Ministério da Saúde. A decisão sugere que mais uma jogada rasteira de petistas interessados em se perpetuar no poder à base de práticas escusas — entre as quais o mensalão desponta como exemplo mais degradante — será, depois de seis anos, finalmente punida. Ledo engano. Os aloprados levados às barras dos tribunais são militantes de baixo escalão e meros tarefeiros a serviço de próceres do partido. Eles vão responder a um processo manco, que não esclarece duas das principais dúvidas relacionadas ao caso: quem encomendou a trapaça eleitoral e de onde saiu o dinheiro que financiaria a operação. Se essas questões não forem explicadas, restará a certeza de que compensa investir no vergonhoso vale-tudo que impera na política brasileira. Afinal, como castigo, só uma arraia-miúda do PT ficará pelo caminho.
Os aloprados — como foram batizados pelo ex-presidente Lula depois de descobertos pela Polícia Federal — agiram em setembro de 2006 numa tentativa de implicar o tucano José Serra, ex-ministro da Saúde e então candidato ao governo de São Paulo, com a quadrilha que desviava recursos públicos direcionados para a compra de ambulâncias. Os petistas portavam 1,7 milhão de reais para comprar papéis falsos destinados a macular a imagem do tucano. À frente da ação figuravam assessores próximos de Lula e do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que à época disputavam, respectivamente, a reeleição presidencial e o governo paulista. Essa operação para atingir os adversários foi um dos muitos tiros no pé disparados pelo partido, talvez o mais exemplar deles. Em vez de ajudar o PT, o caso, ao ser revelado, contribuiu para que Lula fosse obrigado a disputar um segundo turno contra Geraldo Alckmin. Já Mercadante foi derrotado por Serra. As urnas foram as únicas penalidades impostas aos dois petistas. O caso, porém, é mais um a reforçar a suspeita de que órgãos de investigação têm sido usados com fins meramente políticos - principalmente para livrar cardeais do PT de embaraços com a Justiça.
Pressão — O delegado Edmilson Bruno, que prendeu os “aloprados”, disse que o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, telefonou para a delegacia e perguntou se o nome do presidente Lula havia sido citado pelos presos (Tuca Vieira/ Folhapress; Dida Sampaio/ AE)
A PF concluiu o inquérito sobre o escândalo, ainda em 2006, com o indiciamento de sete pessoas. Não conseguiu apontar os mandantes do crime nem a origem do dinheiro que pagaria o dossiê fajuto. Apesar de sobrarem evidências sobre a participação de integrantes do comitê central de campanha de Lula, o personagem mais graúdo entre os indiciados foi Aloizio Mercadante. Os policiais concluíram que Mercadante seria o principal beneficiário do dossiê, que atingia seu rival direto na eleição de 2006. O indiciamento do petista foi derrubado posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal. Restaram, então, só os militantes usados pelo partido para transportar a mala com notas de real e dólar e executar o plano. Os cérebros da empreitada ficaram de fora. No auge do episódio, a Polícia Federal foi acusada de montar uma operação limpeza para apagar os indícios que poderiam levar aos petistas graúdos. Coube a um dos delegados que participaram da investigação, Edmilson Bruno, denunciar a trama. Em depoimento ao Ministério Público, ele acusou alguns de seus principais superiores hierárquicos de ter feito pressão para impedir que o caso chegasse ao núcleo da campanha de Lula. Responsável pela apreensão do dinheiro num hotel vizinho ao Aeroporto de Congonhas, o delegado revelou que até o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tinha se empenhado pessoalmente no caso, indagando se os presos haviam citado o nome do presidente Lula.
A investigação da Polícia Federal deixou mais lacunas que certezas. Seguir o caminho do dinheiro, procedimento básico em investigações desse tipo, foi uma das medidas deixadas de lado. Graças a informações enviadas pelo FBI, a polícia federal americana, os agentes brasileiros souberam que os dólares que faziam parte da dinheirama apreendida foram impressos em Miami, circularam pela Alemanha e foram parar numa casa de câmbio do Rio de Janeiro. Lá, foram comprados por pessoas humildes, os conhecidos laranjas. A investigação parou por aí. Não se conseguiu sequer descobrir a mando de quem estavam esses laranjas. Já a origem dos reais nunca deixou o terreno das hipóteses, embora existissem duas pistas consistentes dentro do próprio inquérito. A primeira é que uma parte do dinheiro foi sacada em três bancos de São Paulo, provavelmente pela mesma pessoa. Essa conclusão foi possível após os agentes perceberem nas planilhas da quebra de sigilo telefônico que um mesmo celular, em nome de Ana Paula Cardoso Vieira, era usado para falar com vários envolvidos no escândalo. Ana Paula, na verdade, era Hamilton Lacerda, um dos aloprados petistas encarregados de executar a operação (o CPF da verdadeira Ana Paula foi usado pelo bando para habilitar o aparelho). No dia da prisão, Hamilton “Ana Paula” Lacerda teria passado por três bancos diferentes. “Tentamos várias formas de identificar a origem do dinheiro e não conseguimos”, justifica-se o delegado federal Diógenes Curado, responsável pela conclusão do inquérito.
A outra suspeita, de que parte do dinheiro tinha origem na Bancoop, cooperativa controlada por grão-petistas e usada em outros rolos financeiros do partido, também foi deixada de lado. Tão logo foi concluído pela PF, o inquérito seguiu para o Ministério Público Federal. Os procuradores poderiam ter solicitado diligências para sanar as deficiências da investigação original, mas os avanços foram pífios. A abertura de processo na semana passada sugere o pleno funcionamento das instituições e alimenta a esperança de punição aos culpados. Na prática, porém, fica a impressão de que, mais uma vez, tudo vai terminar na conta de um bando de inconsequentes — ou aloprados, como preferem alguns.
Aloprados de Lula vão ser processados. Finalmente.
Na semana passada, a Justiça Federal abriu processo contra nove envolvidos no escândalo dos aloprados, aquele em que petistas foram presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar políticos do PSDB com a máfia que fraudava licitações no Ministério da Saúde. A decisão sugere que mais uma jogada rasteira de petistas interessados em se perpetuar no poder à base de práticas escusas — entre as quais o mensalão desponta como exemplo mais degradante — será, depois de seis anos, finalmente punida. Ledo engano.
Os aloprados levados às barras dos tribunais são militantes de baixo escalão e meros tarefeiros a serviço de próceres do partido. Eles vão responder a um processo manco, que não esclarece duas das principais dúvidas relacionadas ao caso: quem encomendou a trapaça eleitoral e de onde saiu o dinheiro que financiaria a operação. Se essas questões não forem explicadas, restará a certeza de que compensa investir no vergonhoso vale-tudo que impera na política brasileira. Afinal, como castigo, só uma arraia-miúda do PT ficará pelo caminho.
Os aloprados — como foram batizados pelo ex-presidente Lula depois de descobertos pela Polícia Federal — agiram em setembro de 2006 numa tentativa de implicar o tucano José Serra, ex-ministro da Saúde e então candidato ao governo de São Paulo, com a quadrilha que desviava recursos públicos direcionados para a compra de ambulâncias. Os petistas portavam 1,7 milhão de reais para comprar papéis falsos destinados a macular a imagem do tucano. À frente da ação figuravam assessores próximos de Lula e do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que à época disputavam, respectivamente, a reeleição presidencial e o governo paulista.
Essa operação para atingir os adversários foi um dos muitos tiros no pé disparados pelo partido, talvez o mais exemplar deles. Em vez de ajudar o PT, o caso, ao ser revelado, contribuiu para que Lula fosse obrigado a disputar um segundo turno contra Geraldo Alckmin. Já Mercadante foi derrotado por Serra. As urnas foram as únicas penalidades impostas aos dois petistas. O caso, porém, é mais um a reforçar a suspeita de que órgãos de investigação têm sido usados com fins meramente políticos — principalmente para livrar cardeais do PT de embaraços com a Justiça. Leia mais em Veja.
Postado pelo Lobo do Mar
sexta-feira, 22 de junho de 2012
SEM NOMES, ATOLADO EM CORRUPÇÃO E DIVIDIDO POR LUTAS INTERNAS, PT PODE NÃO ELEGER NENHUM PREFEITO DE CAPITAL.
Por Cardoso Lira
O corrupto e abominável governo do PT venceu as três últimas eleições presidenciais e está há dez anos no governo federal, mas enfrentará em outubro uma das mais difíceis corridas municipais, com risco de retrocesso. Se, em 2004, o PT conquistou nove capitais, e, em 2008, seis, o partido já reconhece que pode declinar novamente, com a possibilidade de perdas importantes. A escassez de candidatos pode ser apontada como uma das razões para o enfraquecimento da legenda. Nas últimas quatro eleições, o PT lançou entre 19 e 23 nomes nas 26 capitais. Por enquanto, tem apenas 15, podendo chegar a no máximo 18, de acordo com levantamento obtido pelo Valor.
Nestas 15 cidades em que está certo que concorrerá, as maiores chances do PT até o momento se concentram em apenas duas: Goiânia - única onde um prefeito petista disputa a reeleição - e Recife, cujo favoritismo agora está ameaçado com a decisão tomada ontem pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de romper com o aliado e lançar um nome de seu partido, o PSB.
O PT ainda confiava na manutenção da aliança e apelava para a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Campos - o que não adiantou Em Fortaleza - a maior capital governada pelo partido - a avaliação é que o rompimento, também com um governador do PSB, Cid Gomes, é inevitável. Pensando em disputar o governo do Estado, a prefeita Luizianne Lins, que preside o PT no Ceará, teria preferido não receber apoio agora para não devê-lo a Cid Gomes e ficar livre para se candidatar em 2014. Luizianne fez força para que o PT indicasse à sucessão seu ex-secretário Elmano Freitas, nome rejeitado pelo governador.
Em outras três capitais, o PT está na briga, mas disputa em condições acirradas. Em São Paulo, onde o partido joga todas as suas fichas - por ser a maior e mais estratégica cidade e que pode compensar eventuais derrotas pelo país - o pré-candidato Fernando Haddad está com 8% das preferências e tenta chegar perto do favorito, o ex-governador José Serra (PSDB). Salvador é uma esperança, mas o deputado federal Nelson Pelegrino tem como adversário o colega de Câmara ACM Neto, que lidera as pesquisas. Em Porto Velho, a pré-candidata é a ex-senadora Fátima Cleide, que tem todas as siglas mais à direita como concorrentes.
Em capitais importantes, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, o PT não terá candidatura própria. Na capital paranaense, é uma situação inédita. A política aliancista e a falta de candidatos contribuem para o quadro desfavorável. A legenda ainda negocia apoio em Aracaju e Cuiabá, onde pode ceder para o PSB, e em Manaus, para o PMDB. "Essa quantidade de casos em que o partido está abdicando de nome próprio é mais resultado do jogo regional e local do que de um grande acerto nacional", afirma o secretário nacional de organização do PT, Paulo Frateschi, que reconhece que o PT não conquistará sete capitais como em 2008.
Em Teresina, por exemplo, ele lembra que o partido teria um bom nome, o senador e ex-governador Wellington Dias. O partido na cidade, no entanto, preferiu apoiar o prefeito Elmano Férrer (PTB), que terá dificuldade para se reeleger. Por outro lado, em Cuiabá, há uma tentativa de interferência do PSB, pelo alto, via direção nacional, para que o PT apoie o empresário Mauro Mendes, que lidera as pesquisas.
Em duas capitais, apesar de os candidatos não estarem bem posicionados, Frateschi considera que eles têm condições de crescimento. Em João Pessoa, o partido tenta se aproveitar do racha ocorrido no PSB para impulsionar a candidatura do deputado estadual Luciano Cartaxo. O prefeito Luciano Agra rompeu com a sigla, ao perder a prévia e o direito à reeleição, e o PT busca seu apoio. Em Rio Branco, o líder disparado é o tucano Tião Bocalom, mas a expectativa é que a vantagem do PT de ter as máquinas municipal e estadual prevaleça.
Outro fator de otimismo é a possibilidade de os candidatos utilizarem Lula como cabo eleitoral. A participação do ex-presidente, entretanto, não está definida e é provável que ele concentre seu apoio em alguns nomes, como Haddad em São Paulo. "No Nordeste estão as típicas cidades onde nossos candidatos podem ser beneficiados com a entrada de Lula e da presidente Dilma na campanha", afirma Frateschi.
O levantamento feito pelo PT nas 118 maiores cidades mostra que a despeito de toda reclamação da militância em São Paulo, devido ao apoio do PP de Paulo Maluf a Fernando Haddad, a sigla de direita é quase sempre um acessório nas alianças petistas. O PT apoia candidato a prefeito do PP apenas em Campina Grande (PB), enquanto é apoiado em 13 dos maiores municípios. O número ainda pode aumentar já que há negociação em mais 11 cidades acima de 150 mil eleitores.(Valor Econômico)
Postado pelo Lobo do mar
quinta-feira, 21 de junho de 2012
MATÉRIA DA REVISTA VEJA RELATA A REALIDADE DAS FORÇAS ARMADAS E OS BAIXOS SOLDOS
Matéria da Revista VEJA relata a realidade das Forças Armadas e os baixos soldos
Forças Armadas do Brasil: treinados, armados e mal pagos
Revista VEJA-publicação/ 18.06
Neste domingo, familiares de militares marcharam a partir das 15 horas pela orla da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro em um protesto por aumento salarial. A manifestação, batizada de “panelaço”, aproveitou a presença de autoridades do governo e representantes internacionais no Forte de Copacabana para a Conferência Rio+20 para dar visibilidade à causa. Dados levantados pelo site de VEJA mostram a discrepância salarial entre os militares – que somam um efetivo de 339 364 homens - e os demais servidores públicos federais. Um operador de máquina do Senado Federal, responsável por colocar em funcionamento as máquinas do serviço gráfico da Casa, por exemplo, recebe salário de 14 421,75 reais. A vaga, preenchida por concurso, exige apenas Ensino Fundamental completo. Enquanto isso, um capitão-de-mar-e-guerra, o quarto posto mais alto dentro da hierarquia da Marinha e responsável, por exemplo, por comandar um porta-aviões, recebe remuneração de 13 109,45 reais. Veja outras comparações salariais e quanto ganha quem comanda as tropas ao final desta reportagem.
Os militares da ativa são proibidos de se manifestar. Por isso, escalaram suas mulheres para ir às ruas. Ivone Luzardo preside a União Nacional das Esposas de Militares (Unemfa) e é uma das articuladoras do protesto deste domingo. Ela causou alvoroço em março ao subir a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, de uso restrito da presidente. Tudo para chamar a atenção para as reivindicações salariais da categoria. Em maio, conseguiu entregar nas mãos da presidente um ofício com um pedido de audiência. Não obteve resposta. “O governo precisa separar a história da realidade”, afirma Ivone. “Os militares assumiram o poder nos anos 1960 porque ninguém queria um país comunista. Os que hoje estão no governo eram contra os militares na época. Criou-se um revanchismo.” Leia mais..
Fonte: Revista VEJA
Colaboração: Cel Carlos Farias
Postado pelo Lobo do Mar
domingo, 17 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Militares das Forças Armadas pedem aumento de salários
Por Júnia Gama, no Globo:
Mais uma vez, um evento das Forças Armadas com a presença da presidente Dilma Rousseff transformou-se em palco de cobranças por melhores condições de trabalho. Nesta segunda-feira, na comemoração do 147º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, em que autoridades e membros das Forças Armadas foram condecorados, a Marinha reafirmou seus pleitos de melhoria nos salários e reequipamento das tropas.
Em discurso,
o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, cobrou a
concretização das promessas do governo. “Cabe-me destacar a preocupação
permanente com o preparo profissional, o bem- estar social e a
valorização das carreiras dos homens e mulheres que integram a
instituição”, disse o almirante em seu discurso, “em sintonia com o
crescimento da nação, hoje uma das maiores economias do mundo, e de
acordo com as orientações emanadas da Estratégia Nacional de Defesa,
permanecemos empenhados em poder contar com uma força à altura da nossa
relevância no cenário internacional.”
Dilma não
discursou. Em mensagem lida por um locutor, destacou a necessidade de
ampliação da “capacidade dissuasória” do país, e falou novamente em
compromisso com o reaparelhamento das Forças Armadas, mas passou longe
da questão salarial: ” Sabemos que nosso papel na preservação da paz
depende da capacidade dissuasória do Brasil (…) Diante dessa realidade,
os esforços de reaparelhamento da Marinha são uma exigência
estratégica”.
As
negociações para reajuste salarial da caserna estão sendo conduzidas
pelos ministérios do Planejamento e da Defesa, mas ainda estão em estudo
técnico.
Postado pelo Lobo do Mar
Promotor confirma: PT deu rombo de R$ 100 milhões no Banco do Nordeste.
PT, com telhado de vidro, promete "pedreira" contra Perillo na CPI.
Vice-presidente da CPI do caso Cachoeira, o petista Paulo Teixeira (SP)
afirmou nesta segunda-feira (11) que o governador de Goiás, Marconi
Perillo (PSDB), deverá enfrentar um depoimento "pedreira" nesta
terça-feira (12) na comissão. Embora o PSDB tenha proposto um pacto de não agressão aos petistas e
peemedebistas em troca da blindagem de Perillo, Teixeira duvidou que a
ideia seja aprovada na reunião que o PT realiza hoje para traçar a
estratégia do partido.
Pesou contra Perillo a declaração de que espera uma atitude de estadista do ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Perillo disse à Folha
ter a expectativa de que Lula não guarde contra ele ressentimentos da
época do escândalo do mensalão. A estratégia de se apresentar como
vítima de revanchismo contrariou o PT. "Esse discurso não dura meia hora
na CPI", afirmou Teixeira.
Perillo irá prestar depoimento amanhã na comissão sobre sua relação com o
empresário Carlinhos Cachoeira e se diz alvo de "perseguição política"
por "episódios do passado". Em 2005, no auge do mensalão, Perillo
revelou que havia avisado Lula sobre a existência do esquema. O
governador disse que vai entregar e mostrar no Congresso os cheques de
R$ 1,4 milhão que recebeu na venda de uma casa onde foi preso
Cachoeira, em fevereiro. "Fiz um negócio legítimo", afirmou o tucano.
(Folha Poder)
Observação: o deputado em questão, defensor da liberação da
maconha e orador emérito dos blogs do esgoto, fala muito e, depois,
amarela. O PT possui telhado de vidro e não tem moral para atirar
pedras. Até porque, no dia seguinte, Agnelo estará depondo. O governador
petista nem mesmo tem os cheques da super mansão subfaturada que
comprou no Lago Paranoá. Muito menos das franquias que a sua família vem
adquirindo,na maior laranjada da história deste país.
Comento
O PT é isso aí, corrupção, bandididagem e crimes de toda natureza, só não vê, que não quer, certo? Depois que esses bandidos chegaram no poder, a corrupção aumentou de maneira exacerbada na República.
Postado pelo Lobo do Mar
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Brasil já gastou quase R$ 2 bilhões no Haiti
Por Cardoso Lira
"O aviltamento do Marxismo pelos oportunistas e corruptos, que estão no poder da República, nestas premissas, nenhum bandido ou político farsante escapará da vala comum reservada aos canalhas e falsificadores da história".(Cardoso Lira).
Por Rubens Valente, na Folha:
O que começou como uma operação emergencial de seis meses, com um custo previsto de R$ 150 milhões, completou no início deste mês oito anos de duração, a um preço de quase R$ 2 bilhões. A operação militar do Brasil no Haiti, iniciada em 1º de junho de 2004 como parte do plano do governo Lula para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, consumiu até agora mais de seis vezes o que foi gasto pelo governo federal com a Força Nacional brasileira entre 2006 e 2012. Além disso, equivale a cerca de dois anos de gastos do principal programa de segurança pública da União, o Pronasci.
O valor de R$ 1,97 bilhão, já descontada a inflação do período, foi obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Ministério da Defesa. A conta total é ainda maior, pois o ministério alegou não dispor de informações sobre auxílios, indenizações e outros benefícios previstos numa lei, criada após a entrada do Brasil no Haiti, que trata da remuneração de militares que atuam em missões internacionais de paz. Mais de 16 mil militares brasileiros estiveram no país desde 2004.
Segundo o levantamento, uma boa parte do dinheiro gasto pelo Brasil no Haiti foi dirigida à modernização de equipamentos. O Brasil adquiriu veículos (R$ 162,3 milhões), explosivos e munições (R$ 24,3 milhões), armamentos (R$ 22 milhões) e embarcações e equipamentos para navios (R$ 18,1 milhões). Uma parte dos gastos do Brasil no Haiti é reembolsada pela ONU, responsável pela missão de paz. Até outubro de 2010, foram R$ R$ 328 milhões, ou apenas 25% do total (o ministério não repassou números atualizados).
Em nota, o ministério afirmou à Folha que os gastos estimulam a indústria militar brasileira. “A aquisição de material moderno para equipar os militares brasileiros permite, além da eficiência no emprego da tropa, fomentar a indústria de defesa brasileira e projetar o Brasil internacionalmente.” Um dos generais que lideraram a missão no Haiti disse, sob garantia de não ser identificado, que o Brasil “já devia ter pensado em sair” do país caribenho. O oficial reconhece que o Brasil não vai retirar suas tropas “tão cedo” e por uma razão política: a missão é usada como cartão de visitas do Brasil no exterior, como um exemplo de sucesso.
Postado pelo Lobo do Mar
domingo, 10 de junho de 2012
Militares fazem marcha virtual por aumento salarial
Por Tânia Monteiro
Brasília - Cansados de esperar por
iniciativas dos comandos e do Ministério da Defesa para que consigam
reajuste de seus salários, os militares da ativa começaram uma
mobilização por um caminho inusitado: eles estão buscando adesões na
internet para que o assunto seja objeto de discussão na comissão de
Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Até o início da noite
desta segunda-feira, haviam sido coletadas mais de 206 mil assinaturas
de militares e civis em apoio ao movimento. Essas assinaturas embasaram
um pedido já enviado para o Senado, solicitando a realização de
audiência com autoridades como os ministros da Defesa, Celso Amorim, e
do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar do aumento salarial.
O
movimento já está sendo chamado de "marcha virtual". O assunto já foi
parar no Planalto, mas não está sendo objeto de avaliação pelo palácio,
que apenas acompanha as informações. Há informes no Ministério da Defesa
sobre o alto índice de endividamento da categoria. Os integrantes do
movimento virtual querem chegar a 500 mil assinaturas. O assunto
preocupa o governo até porque, paralelo à marcha virtual, as mulheres
dos militares estão programando um "panelaço" para ser realizado durante
a Rio+20, quando o Brasil receberá cerca de 120 chefes de Estado e de
Governo para a conferência mundial do meio ambiente. A convocação das
mulheres também está sendo feita pela redes sociais.
No link da
página do Senado, onde pedem adesão para que o assunto "reajuste
salarial" seja discutido no Congresso, os militares lembram que "não há
aumento há mais de onze anos e a classe se vê obrigada a fazer
empréstimo consignado para sobreviver e não passar por privações". Há
queixas de todas as regiões do País sobre seus os comandos para que o
tema seja levado ao Palácio do Planalto. No Ministério da Defesa, a
informação é que o assunto "é objeto de tratativas das áreas técnicas da
Defesa com Planejamento", mas não há a menor previsão de quando o
assunto poderia ser levado para esferas superiores ou de quanto poderia
ser a proposta de reajuste.
Agência Estado
Postado pelo Lobo do Mar
O crescimento do patrimônio de Agnelo Queiroz e a incrível presença de Juliana Roriz na vida de familiares do governador do DF
Por Chico de Gois, no Globo:
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que depõe na próxima quarta-feira na CPI do Cachoeira, embora seja de partido diferente do seu colega de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), terá de dar explicações sobre um fato comum: o crescimento exponencial de seu patrimônio desde 1998. Nesse período, a soma dos bens do petista subiu quase 12 vezes. Perillo, como revelou O GLOBO na semana passada, teve um aumento patrimonial de cinco vezes, mas, na conta, não estão computados cinco imóveis que o tucano deixou de informar à Justiça Eleitoral.
O porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, informou que “a evolução patrimonial do casal (Agnelo e mulher) deve-se ao trabalho de ambos durante 30 anos de casados”.
Do apartamento à mansão sem financiamento
No início de sua carreira política, Agnelo tinha poucos bens: apenas um apartamento, no valor de R$ 70 mil, mais três carros - um deles um Chevette 1989, avaliado, na época, em R$ 4 mil - e quatro telefones, dois dos quais celulares. Em 2010, quando concorreu ao governo do DF, a situação era bem diferente. A soma de tudo aquilo que estava registrado em seu nome, com o de sua mulher, atingia a cifra de R$ 1,150 milhão. No período de 12 anos, a frota continuou sendo de três veículos, mas todos seminovos.
O apartamento também continua em posse do casal, mas, agora, Agnelo mora em uma mansão de 549 metros quadrados de área construída, adquirida em março de 2007 por R$ 400 mil, segundo informações do 1 Cartório de Registro de imóveis, mas que, para efeitos de declaração pública, foi registrada por R$ 450 mil. Ainda segundo o cartório, a mansão foi adquirida “sem condições” e não há referência a financiamento.
Há, ainda, outros dois imóveis em Brasília - um deles, no valor de R$ 139 mil, dos quais R$ 79 mil foram financiados -, e cerca de R$ 150 mil depositados em contas e aplicações. Em 1998, ele não informou que possuía recursos financeiros.
Na eleição anterior, em 2006, Agnelo também mantinha um patrimônio modesto, que somava R$ 224 mil. Na época, suas contas bancárias somavam R$ 45 mil. Em 2002, ele entregou cópia da declaração de Imposto de Renda da esposa, atestando que tudo o que constava ali lhe pertencia também, além de uma Parati, ano 2002, que havia comprado e pela qual pagara R$ 30 mil. No total, naquele ano, os bens do casal eram de R$ 214 mil.
Nesse ínterim, além de deputado federal eleito pelo PCdoB em 1998 e reeleito em 2002, Agnelo assumiu o Ministério do Esporte no primeiro governo Lula, em 2003, e, em outubro de 2007, foi nomeado para diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma vez que não havia conseguido se eleger senador no pleito de 2006. A partir daí, não apenas ele, mas também sua família começaram a melhorar o padrão de vida.
Franquias repassadas para parentes
A mansão que Agnelo e a esposa adquiriram em 2007 tinha como proprietários o advogado Glauco Alves e Santos e a mulher dele, Juliana Roriz Suaiden Alves e Santos. Ela é irmã de Jamil Elias Suaiden, dono da F.J. Produções. Durante o período em que Agnelo foi diretor da Anvisa, a F.J. venceu um leilão de registro de preços para realizar 260 eventos. O preço vencedor foi de R$ 14 mil cada. O que chamou a atenção é que os demais concorrentes apresentaram propostas risíveis: R$ 23,06, o que é totalmente inexequível. Por conta disso, todas as empresas foram desclassificadas e a F.J. Produções levou a melhor.
De um faturamento de R$ 61,9 mil em 2006, a F.J. Produções passou a receber uma bolada do governo federal: R$ 4,8 milhões, em 2007; R$ 19,1 milhões em 2008; R$ 50,9 milhões em 2009; R$ 103,2 milhões em 2010; e R$ 71,3 milhões em 2011.
Juliana Roriz também aparece como sócia de restaurantes e docerias abertas em 2007 e que em seguida acabaram transferidos para parentes do governador, incluindo sua mãe, irmãs e irmão. A sequência dos negócios é sempre a mesma: Juliana abre uma franquia, permanece poucos meses e as repassa para um parente do governador. Para Agnelo, embora admita que seus parentes só conheceram Juliana e Glauco depois da transação imobiliária, em 2007, tudo é mera coincidência.
Comento
Todo petista traz em si o DNA, da corrupção, da bandidagem, da safadeza e do crime organizado, petista bom não existe, só quando vai para o inferno. Ou acabamos com os petistas, ou eles vão acabar com o Brasil.
Paradoxal êxito e suas consequências trágicas, eleitorais, corrupção, bandidagens e safadeza o bolsa família é o maior esquema criminoso, eleitoreiro e de compra de votos do planeta terra.
"O aviltamento do Marxismo pelos oportunistas e corruptos, que estão no poder da República, nestas premissas, nenhum bandido ou político farsante escapará da vala comum reservada aos canalhas e falsificadores da história".(Cardoso Lira).
"Nenhum homem morrerá por afirmação de suas atitudes". (Nietzche)
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão." (José Maria Eça de Queiroz).
Práxis, em seu sentido mais amplo, é a atividade humana na sociedade e na natureza, Karl Marx e a práxis revolucionária, algumas das teses sobre Feuerbach, em a Ideologia Alemã e em (A Sagrada Família), Marx desenvolve o conceito de práxis ao criticar o materialismo, o banditismo, o idealismo e o estado burguês. Qualquer semelhança com o estado petista, não é só mera coincidência.
Postado pelo Lobo do Mar
sábado, 9 de junho de 2012
Premonição confirmada
Por Aderbal Bacchi Bergo
Premonição é a sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer, é sinônimo de pressentimento. É circunstância ou fato que deve ser tomado como aviso; presságio. Para a Nação brasileira, o ideal seria que a profecia do General Mourão Filho fosse “furada”. Não o foi. Então o lulla implantou o lullismo, que é o casamento do pt com o que há de mais abominável no restante da política nacional, como sarney, barbalho, collor, temer, jucá, etc.
Elle transformou o legislativo em figura decorativa através o mensalão e permitiu que o sindicalismo pelego se instalasse em todos os escaninhos do Estado. Elle aparelhou quase todas as Instituições, por exemplo, ao colocar no STF até um ex-advogado seu e assessor de zédirceu, que fora reprovado em concurso de ingresso na Magistratura Paulista. O país literalmente apodreceu moralmente.
Na Economia, Lulla triplicou a dívida interna sem qualquer benefício real para a população, vez que o Brasil está na 84ª colocação no ranking mundial do IDH. Os brasileiros que não usam Jornal para leitura não sabem que o lullismo destina anualmente R$ 15 bi para o Bolsa miséria e R$ 240 bi para pagamento de juros aos banqueiros.
Essa demagogia de 6º colocado em PIB somente beneficia uns poucos ‘’sócios’’ que agora iniciam a ‘’retirada’’, porque não concordam com a ameaça de que paguem a conta à custa de menores lucros, cuja diminuição é causada por juro básico menor, pressão para diminuição do “spread”, cobrança de IOF nos “passeios” dos dólares vindos do exterior e inadimplência que aumenta vertiginosamente nos financiamentos de bens, em razão de que o falso progresso econômico dos mais pobres já está “fazendo água”, ou “caindo na real”.
A relação das desgraças que o lullismo causou aos brasileiros de bem é muito extensa para continuar sendo transcrita aqui. Lanço somente mais uma, ao meu ver a mais nefasta de todas, ou seja, o empenho em amordaçar a Imprensa Livre Investigativa com pretexto de implantar o “controle social da mídia”.
Aderbal Bacchi Bergo é Magistrado aposentado. OAB/SP 47093.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Mensalão: entenda o caso que será julgado pelo STF
Com a decisão da Suprema Corte, que marcou para 1º de agosto o início do julgamento, relembre o que aconteceu, quem são os réus e do que eles são acusados
Por Rudolfo Lago
38 réus, 147 volumes, 173 apensos, 69 mil páginas. Os números do processo do mensalão, que começará a ser julgado em agosto pelo STF
Sete anos depois do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), denunciar a sua existência, numa entrevista à jornalista Renata Lo Prete, na Folha de S. Paulo, foi marcado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o início do julgamento do mensalão. Em reunião na tarde de quarta-feira (6), os ministros da Suprema Corte aceitaram uma sugestão de cronograma feita pelo ministro Celso de Mello, que marca o início do julgamento para o dia 1º de agosto. A expectativa é que as sessões do que deverá ser o mais importante julgamento de cunho político da história da Suprema Corte estendam-se até setembro.
Julgamento do mensalão começará em 1º de agosto
Veja como será o calendário de julgamento do mensalão
Leia na íntegra o relatório de Joaquim Barbosa
Veja quem são os réus no processo do mensalão
Outros destaques de hoje no Congresso em Foco
São 147 volumes e 173 apensos, que formam nada menos que 69 mil páginas de um processo com 38 réus (dos 40 acusados inicialmente, morreu o ex-deputado José Janene, do PP, e o ex-secretário do PT Sílvio Pereira fez um acordo com a Justiça pelo qual cumpriu 750 de trabalho comunitário em troca de colaborar com a investigação). O relatório que acolheu a denúncia do então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, foi feito pelo ministro Joaquim Barbosa. Na peça acusatória que será lida no dia 1º de agosto, o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedirá a condenação de 36 réus. Ele pede a absolvição do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken e do ex-assessor do PF (hoje PR) Jacinto Lamas, por falta de provas contra os dois.
Para que se cumpra o calendário acertado pelos ministros do Supremo, é necessário que seja concluído o relatório revisor, sob a responsabilidade do ministro Ricardo Lewandowsi. Ele, porém, já informou que terminará seu trabalho até o final deste mês. Em seguida, em julho, o poder Judiciário entra em recesso, e os ministros retornarão, então em agosto, para se debruçar sobre o caso. Na primeira parte do julgamento, estão previstas sessões diárias, de segunda a sexta, para acelerar o julgamento. Depois, quando começarem os votos dos ministros, as sessões serão três vezes por semana. A expectativa é que o julgamento se encerre em setembro.
Veja como será o calendário de julgamento do mensalão
Para facilitar a compreensão do que será julgado, o Congresso em Foco faz uma pequena memória do caso, desde seu início até o acolhimento pelo STF da denúncia do mensalão. Acompanhe:
ACORDO COM O PL
Em meados de junho de 2002, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva aposta na composição de uma chapa tendo como seu vice o senador e empresário do ramo têxtil José Alencar. A presença de Alencar na chapa seria uma forma de diminuir as reações do empresariado e dos setores mais conservadores da sociedade. Para tanto, Lula precisaria compor uma aliança com o PL (hoje PR), o partido de Alencar à época. Como contrapartida para compor a chapa, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, exige um reforço de caixa para ajudar a financiar a campanha de seu partido. Acertou-se um formato de financiamento que acabou estendido a outros partidos aliados, como o PTB e o PP.
O MENSALÃO DO PT
No dia 24 de setembro de 2004, reportagem do Jornal do Brasil denuncia que o esquema de financiamento teria se transformado num pagamento periódico, uma espécie de “mesada” a partidos aliados em troca de apoio ao governo. A reportagem, assinada pelos jornalistas Paulo de Tarso Lyra, Hugo Marques e Sérgio Pardellas, atribiu a denúncia ao ex-líder do governo na Câmara Miro Teixeira (PDT-RJ). Segundo a matéria, Miro teria ouvido de parlamentares que havia “um esquema de distribuição de verbas e cargos para premiar partidos da bancada governista”. O esquema era chamado de “mensalão”.
No dia seguinte, o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que iria determinar a apuração das denúncias, mas já adiantava que seria no sentido de desmentir “notícias infundadas”. Miro, por sua vez, publicou nota negando que a denúncia tivesse partido dele. Sem a confirmação de Miro, o caso caiu momentaneamente no esquecimento.
ROBERTO JEFFERSON
Em maio de 2005, reportagem de capa da revista Veja mostra o ex-diretor dos Correios Maurício Marinho recebendo em seu gabinete uma propina de R$ 3 mil. Maurício era flagrado num vídeo recebendo o dinheiro. Ele pertencia à cota do PTB no governo. Por essa razão, o caso rapidamente desviou-se para o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que se sentiu acuado. Uma CPI foi criada para investigar o caso, e novas denúncias começaram a surgir contra o PTB. Com a suspeita de que a denúncia tivesse partido do próprio governo, mais especificamente, segundo sua análise, do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Roberto Jefferson resolveu contra-atacar.
No dia 6 de junho, Jefferson concedeu uma entrevista à jornalista Renata Lo Prete, então na Folha de S. Paulo, em que denuncia a existência do mensalão. Jefferson repete, com detalhes, a história que havia sido publicada quase um ano antes pelo Jornal do Brasil. O mensalão passa a ser parte dos fatos investigados pela CPI dos Correios, e Roberto Jefferson é convocado para repetir sua denúncia.
O VALERIODUTO
No depoimento à CPI, Roberto Jefferson detalha o que depois ficou conhecido como “Valerioduto”. Como mais tarde descreverá o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza na denúncia do mensalão, os dirigentes do PT teriam criado um esquema para “comprar suporte político” dos partidos aliados. Para tanto, foram buscar um publicitário de Minas Gerais, Marcos Valério, que tinha montado esquema semelhante para o PSDB de Minas Gerais, na campanha do hoje deputado Eduardo Azeredo ao governo do estado. Marcos Valério daria o suporte financeiro ao esquema, em troca de contratos no governo.
Em seu depoimento, Roberto Jefferson afirma ter recebido uma mala com R$ 4 milhões das mãos do próprio Marcos Valério. E diz que os políticos aliados faziam saques na boca do caixa em uma agência do Banco Rural que funcionava no 9º andar de um shopping center de Brasília.
BANCO NO SHOPPING
A agência do Banco Rural funcionava numa torre de escritórios anexa ao shopping e, para a sua entrada, era exigida a exibição de algum documento de identidade. Assim, havia um registro na portaria do shopping que mostrava quem tinha entrado e para qual andar se dirigia. Foi possível, assim, verificar-se que vários políticos ou seus assessores estiveram na agência do Banco Rural. Mais tarde, a CPI dos Correios pode constatar, nas suas investigações, que eles – ou pessoas ligadas a eles – efetivamente fizeram saques das contas do valerioduto.
OS CORRUPTOS E BANDIDOS MENSALEIROS
A CPI dos Correios confirma, ao final de seus trabalhos, a existência do mensalão e recomenda a cassação dos mandatos de 18 deputados: Bispo Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Dirceu (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Correia (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG), Sandro Mabel (PL-GO), Valdemar Costa Neto (PL-SP), Vadão Gomes (PP-SP) e Wanderval Santos (PL-SP). Para escapar da perda do mandato, renunciam Valdemar Costa Neto, Paulo Rocha, José Borba e Bispo Rodrigues. O deputado José Janene afasta-se por problemas de saúde (ele morreu em setembro de 2010). José Dirceu – apontado como o comandante do esquema –, Roberto Jefferson – o denunciante, mas que confessou ter recebido dinheiro do esquema –, e Pedro Corrêa – ex-presidente do PP – foram cassados. Os demais foram absolvidos.
A DENÚNCIA
No dia 11 de abril de 2006, o então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, apresenta a denúncia do mensalão. Ele acusa 40 pessoas de participarem de uma “sofisticada organização criminosa” destinada a “garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte político de outros partidos”.
AÇÃO PENAL 470
Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal aceita a denúncia de Antônio Fernando de Souza. Passa a tramitar a Ação Penal 470. Os réus são acusados de crimes como formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de divisas.
Julgamento do mensalão começará em 1º de agosto
Postado pelo Lobo do Mar
UNE: estudantes jubilados na corrupção.
Por Cardoso Lira
O escândalo já havia sido denunciado pela Veja em outubro de 2010 e hoje é manchete de capa em O Globo, conforme matéria abaixo:
Investigação do Ministério Público aponta indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo. Entre 2006 e 2010, essas entidades receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos destinados à capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. No caso da UNE, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. E detectou que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.
Ao analisar as prestações de contas do convênio do Ministério da Cultura com a UNE para apoio ao projeto Atividades de Cultura e Arte da UNE, o procurador Marsico constatou gastos com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE. Além disso, encontrou diversas notas emitidas por bares em que há apenas a expressão "despesas" na descrição do gasto.
No fim de maio, o procurador formalizou representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a Corte investigue o uso dos recursos federais repassados à UNE e à UMES, entre 2006 e 2010. O alvo da representação são 11 convênios, seis da UNE e cinco da UMES, celebrados com os seguintes ministérios: Cultura, Saúde, Esporte e Turismo. O valor total desses convênios é de R$ 8 milhões, destinados a projetos variados que vão desde a capacitação de estudantes de ensino médio até a realização de duas edições da Bienal de Artes, Ciência e Cultura da UNE. Marsico deu destaque a sete convênios - seis da UNE e um da UMES - no valor de R$ 6,5 milhões, que, segundo ele, concentram os "principais achados".
Postado Pelo Lobo do Mar
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Sindicatos de servidores federais convocam greve para 11 de junho
Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
Reunidos em assembleia, representantes de 31 entidades sindicais do serviço público federal decidiram nesta terça-feira iniciar uma greve geral no dia 11 de junho. Cerca de mil pessoas participaram da votação, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os trabalhadores cobram do governo um reajuste de 22,08%, o que equivale à inflação acumulada e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desde 2010, quando foi dado o último aumento. O governo alega que não pode conceder reajustes gerais e diz que vai negociar apenas com categorias em que há distorções na folha de pagamento.
Uma comitiva dos funcionários chegou a se reunir nesta terça com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Valter Correia, mas não houve avanços. “Nós fomos lá cobrar uma evolução. Ele ficou de conversar com a ministra Gleisi Hoffmann”, diz Paulo Barella, um dos organizadores do protesto. O governo promete apresentar uma proposta até 31 de julho. Mas os sindicatos não estão dispostos a esperar. Dentre as categorias mais propensas a aderir à greve, estão os professores e funcionários de universidades federais (parte dos quais já cruzou os braços), os servidores dos ministérios e os funcionários do Judiciário.
Postado pelo Lobo do Mar
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