Meus nobres amigos, estamos a cada dia sendo mais empurrados para o fundo do poço. Depois de alguns anos de aposta no analfabetismo moral e ideológico rendem frutos para a facção dos apedeutas petralhas. Há, sem dúvida, o Brasil que dá certo, que avança, que se volta para o mundo, conforme a evidência de uma longa reportagem especial na revista VEJA desta semana.
Há, em suma, uma fatia da economia que não pode ser sufocada pelo primitivismo corrupto e político. Mas lamento dizer: vai demorar muito tempo até que possamos nos orgulhar das nossas instituições, que passam por um franco processo de regressão. E a Operação Satiagraha é a melhor evidência disso. Visto que a corrupção e a degradação institucional muitas vezes superas as boas ações deste ingnóbio governo.
Os super petralhas boçais. A boçalidade tomou conta do debate público, especialmente nas questões relativas à lei e à Justiça. O especulador Daniel Dantas cometeu os milhares crimes de que é acusado? Que apodreça na cadeia se for condenado, mais acho pouco provavel.
Aliás, causa-me estranheza, que ninguém na Polícia Federal tenha se dedicado a fundo a investigar o mensalão, os sangessugas e os gastos exacerbados com os cartões corporativos. O papel desempenhado pelo banqueiro e especulador no caso. “Conta tudo, corrupto Dantas, mas tudo mesmo!”. A boçalidade a que me refiro é outra: falo do uso de uma figura notória — e de má fama — como pretexto para atropelar a Constituição e os fundamentos do estado de direito. Com o apoio de alguns inocentes úteis e de alguns culpados utilíssimos. Isso, sim, é exacerbadamente muito grave mesmo. Visto que a corrupção está nos três poderes. Não é?
Meus amigos, como manter a "coisa certa", quando há um sujeito, como Dantas no meio do caminho? A imaginação da petralhada louca, se excita. Ele foi transformado numa espécie de bandido arquetípico do Brasil. Perto dele, todos seriam menos culpados. É claro que isso é uma facilitação. Mas digamos que não fosse: e os seus adversários? São mocinhos? Vamo supor que Dantas realmente conte com uma rede de apoio na imprensa, conforme acusa Protógenes. A pergunta que mesmo um idiota é capaz de fazer é esta: os inimigos do banqueiro estão apenas a serviço dos megas petralhas? Ou existem ainda muita coisa que não veio à tona. Vamos esperar os próximos capítulos.
Lamento. profundamente que alguns tolos — muitos deles na própria imprensa — compartilhem de certa tese vigente entre alguns juízes, advogados e policiais segundo a qual é preciso atropelar, em alguns casos, os ritos legais caso se queira fazer justiça, de modo que a ilegalidade seria o caminho mais curto para a verdade. Quem vai cair nessa conversa? Visto que passará a ser conivente com o estado policial.
O delegado Protógenes ousou na sua longuíssima, investigação. Grampeou milhares de conversas ao longo de anos, mais do que, tudo indica, a própria polícia pôde ouvir. E chegou bem perto da sala do presidente molusco. Uma conversa de Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete da Presidência, com Luiz Eduardo Greenhalgh sugere que o banqueiro tinha aberto um canal no topo da República. Já falei muito desse petralha Greenhalgh e do primeiro compadre da república. certo?
A CUT do Distrito Federal, como vocês sabem, protocolou, nesta sexta, na Mesa do Senado, o pedido de impeachment de Gilmar Mendes. O documento é assinado pelo presidente local da entidade, Cícero Batista Rola. Informa Rosa Costa no Estadão On Line: “O pedido afirma que o ministro tomou decisões ‘de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções, ao agir de forma não esperada por um magistrado’. Para a CUT, as decisões de Mendes violaram a independência do exercício da magistratura ao determinar a instauração de inquérito contra o juiz da 6ª Vara Federal de São Paulo, Fausto De Sanctis, que mandou prender o banqueiro Daniel Dantas e outros suspeitos na Operação Satiagraha.” Pela primeira vez a CUT faz a coisa certa. Até que enfim. Pois já não era sem tempo.
Caso Dantas complica acordo. Por Roberto Machado, na Folha:
A investigação da Polícia Federal sobre Daniel Dantas e o banco Opportunity adicionou um complicador na intrincada -e controversa- operação de compra da Brasil Telecom pela Oi. Anunciada em abril e defendida e estimulada pelo governo, a compra ainda depende de mudanças no PGO (Plano Geral de Outorgas), que regulamenta o setor de telefonia. E a indefinição deixa apreensiva a direção da Oi.Pelas regras em vigor, concessionárias de telefonia fixa não podem atuar em duas das três áreas em que o país foi dividido na época da privatização do sistema Telebrás, em 1998.As propostas de mudanças no PGO estão em fase de análise e consulta pública na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Enquanto isso, a primeira fase do negócio está em andamento: a reestruturação societária das duas teles.Em caso de mudança na lei, a Oi comprará a BrT a um custo estimado de R$ 13 bilhões. O contrato prevê prazo de 240 dias (a contar de 25 de abril), prorrogável por mais 125, para a conclusão do negócio.Apesar de o prazo ser dilatado, mesmo antes da Operação Satiagraha, a diretoria da Oi manifestava apreensão. No dia 30 de maio, numa audiência na Câmara, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse que a demora do governo em definir a mudança na legislação poderia comprometer os planos de expansão da operadora.
Eu, tenho dito todos os dias, essa é sem dúvida a maior facção criminosa do mundo. E nossas FFAA estão meio que na inércia. Não é?
Muita luz para todos e bom domingo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário