Por Jorge Serrão
A Velha Guerreira Hebe Camargo, loiruda fogosa de 80 aninhos, ganhou de presente dos apresentadores Angélica e Luciano Huck o “The Big Pênis Book”. O erótico livro da editora alemã Taschen, em suas 380 páginas, exibe o instrumento fotografado em variadas poses, tamanhos e épocas, desde os anos 40. Confesso, penitenciado, que não li, não vi e nem quero ver a obra recomendada para “entendidos”, especialistas médico-estéticos ou admiradores do picante assunto.
Mas, sem exageiro, quem merecia ganhar um exemplar do livrinho de presente são os comandantes de NOSSAS FORÇAS ARMADAS. Afinal, amadas ou não por revanchistas ideológicos, elas merecem tudo, menos um consolo diante da atual conjuntura. Os bravos integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica parecem desarmados criticamente para encarar a guerra assimétrica movida pelos inimigos da soberania nacional. Sempre estimulados pelo viagra do globalitarismo, violentam quem tem a missão de defender a Nação.
Voltemos à obra alemã que retrata a situação brochante do Exército Brasileiro - em sentido denotativo, mas simbolicamente real. Só os militares-melancia (verde-oliva por fora, e vermelhos por dentro) se divertem com tanta humilhação. Os militares verde-amerelos sobrevivem na penúria há anos. Agora, para piorar, o Ministério da Defesa ainda os golpeia com cortes orçamentários de 40% na verba para novos recrutas e de 50% na alimentação da tropa. Como diria o caboclo alemão, é P... das grandes.
A coisa já não andava mole para os militares há décadas. Mas ficou mais dura sexta-feira de manhã. Dois margiranhas petralhas, elegantemente vestidos de terno, penetraram no subsolo do Forte Apache. Foi mais um golpe dos bandidos para violentar a boa imagem da Força Terrestre. O ataque à sede administrativa do Exército, onde trabalham 5 mil servidores militares e civis, teve destaque no Jornal Nacional.
Vale repetir a notícia triste. Dois bandidos invadiram o Quartel-General do Exército, lá na Ilha da Fantasia dos políticos, projetada pelo centenário arquiteto capimunista Oscar Niemeyer. Do local supostamente seguro, agência do Bradesco, no subsolo, os ladrões profissionais amarraram um General e um bancário e fugiram com apenas R$ 8 mil reais. O banco não tinha seguranças particulares por questões óbvias: ficava em um lugar seguro por militares. A câmara que deveria filmar a ação dos ladrões, estranhamente, estava “em manutenção”.
Na verdade, quem precisa passar por uma manutenção urgente é a mentalidade dos militares brasileiros. O fato de terem perdido a guerra ideológica pós-64 parece ter transformado a maioria dos oficiais em acuados funcionários públicos fardados. Aceitam, passivamente, restrições orçamentárias. Reagem defensivamente – e não à altura - contra ataques à imagem institucional – como o assalto ao depósito de armas de Caçapava (SP), dois meses atrás, e ao incidente de ontem.
Alguns militares mais corajosos – e ficam mais destemidos ainda quando passam para a reserva - já cansaram de denunciar à Nação a maléfica e bem orquestrada campanha contra as Forças Armadas. O objetivo é desmoralizar, enfraquecer e desmotivar os militares. Tudo para deixá-los acuados e retirá-los das grandes decisões políticas da Nação. O mais grave é que militares, sem experiência em combate, acabam facilmente iludidos ou anulados pelos cantos das sereias.
Temendo levar o carimbo de “golpistas”, imposto pelos inimigos do Brasil, os militares adotam o silêncio obsequioso como arma defensiva. Tal comportamento acaba interpretado pela opinião pública como sinônimo de indiferença, acomodação ou concordância com o caos reinante. Legiões amedrontadas não combinam com a História do Brasil. Militar não tem de dar golpe. Seu papel, agora, é a constitucional Garantia da Lei e da Ordem - por eles conhecida pela sigla GLO. Militares podem tudo. Menos passar recibo de otário ou de traidor da Pátria. Isto não combina com o juramento deles.
Quinta-feira passada, o auditório do próprio Clube Militar serviu de palco para mais um espetáculo de ilusionismo produzido pelo poderoso titular do Ministério da Defesa. O evento foi assistido por centenas de militares da ativa, devidamente fardados, das três Forças. Nelson Jobim encenou uma conferência de mais de quatro horas para vender as vantagens da Estratégia Nacional de Defesa. Visivelmente irritado com uma pergunta do debate, Jobim chegou a afirmar que seria um axioma a estratégia do Diálogo Interamericano para enfraquecer as Forças Armadas brasileiras. O pior é que muito milico embarca neste papo. Por conveniência ou por conivência.
A END mais parece o famoso Manual do Escoteiro Mirim dos sobrinhos do Pato Donald. Não tem consistência. É um emaranhado de promessas e boas intenções. Só que o inferno está cheio delas! Triste é ver Huguinho, Zezinho e Luizinho comandando as tropas e acreditando que o FIM será feliz. Ilusão dos lobinhos, malvadeza do Lobo Mau...
Os lobinhos – incapazes de enxergar a realidade diante de suas fardas - não percebem que o Lobo Mau está pegando a vovozinha (aqui entendida como a soberania nacional). Ou será que os bobinhos das Legiões fingem que não estão vendo a realidade objetiva? Falando duramente, a END parece perfeitamente retratada no livrinho que a Velha Guerreira Hebe ganhou de presente.
Será que os lobinhos ainda não constataram que a “máquina” do Lobo é enorme e potente, capaz de estragos irreparáveis para a Nação e seus objetivos nacionais permanentes? Será que os escoteiros-mirins acreditam que os caçadores vão aparecer, um dia, para salvar a Vovó? Será que eles só vão gritar de verdade quando o negócio doer e não tiver mais jeito? Se isto acontecer, pode ser tarde demais para pedir socorro. O coturno terá apodrecido no brejo.
Este artigo - um pouco grande e grosso - certamente provocará reações nas Legiões. Depois de escrevê-lo, só espero que os militares de bem me perdoem e compreendam. E desejo que o nobre Esculhambador-Geral da República, macaco José Simão, me indique para o cargo de “Cutucador-Geral da República” - com direito a jetom de conselheiro de administração da Petrobrás.
Apenas para não assustar alguns melancias plantados no Ministério da Defesa, eu juro, solenemente, não penetrar em qualquer unidade militar, enquanto estiver investido do cargo. Não vale a pena provocar um estrago mais profundo que o já gerado pela guerra assimétrica contra os guardiães constitucionais da soberania nacional.
Os cidadãos de bem deste País esperam uma reação de consciência, em nome da garantia constitucional da lei e da ordem. Eis uma missão para combatentes comprometidos com o Brasil - e não para aprendizes de lobinhos iludidos pelo papo sedutor do Lobo Mau.
COMENTO
O nosso país está sem rumo e aderiva, a facção criminosa do Molusco só pensa em populismo, para se perpetuar no poder, custe o que custar.
Vale apena lembrar que o populariade de Hitler na Alemanha era de 87%.
E lá não acabou muito bem e aqui vai acabar ainda pior. Podem ter certeza.
CARLOS MINC E OS MACONHEIROS
Por Fábio Grellet, na Folha.
Enquanto entoavam, em coro, "ei, polícia, maconha é uma delícia", cerca de 1.500 manifestantes marcharam cerca de dois quilômetros, na tarde de ontem, do posto 9, em Ipanema, até o Arpoador, na zona sul do Rio, para defender a legalização do uso de maconha no Brasil.
Cerca de 20 policiais acompanharam o ato, que transcorreu sem incidentes, embora tenha fechado três faixas da avenida Vieira Souto.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, estava entre os militantes e foi muito aplaudido após um discurso em que afirmou que "usuário [de maconha] não pode ser tratado como criminoso" e que a proibição só gera mais violência, pois os traficantes "aterrorizam" comunidades.
"A lei atual despenalizou mas não descriminalizou. Ainda é crime [fumar maconha], e eu acho que nós deveríamos avançar", disse.
Um grupo musical intitulado Orquestra Vegetal tocou músicas que se referem à maconha, como "Malandragem, Dá um Tempo", de Bezerra da Silva, cuja letra anuncia "vou apertar, mas não vou acender agora", além de várias canções de Raul Seixas.
"Se soubesse, teria trazido um baseado", afirmou o estudante Miguel Alvares, 21, que disse ter ido à praia sem saber da manifestação. "Mas, ao ver o movimento, aderi na hora."
Apesar do apoio à legalização, ninguém consumiu drogas durante o ato, cuja realização foi garantida por uma ordem judicial.
Outra farra do apedeuta Molusco
Editorial da Folha de hoje:
A decisão foi, para variar, injusta e irresponsável -mas não deixa de revelar vago senso de isonomia. Habituados a perdoar as próprias irregularidades, deputados e senadores resolveram ampliar esse espírito de indulgência e farra, estendendo-o a uma parcela dos cidadãos brasileiros. A saber, os que não estão em dia com a Receita Federal.
Nesta quinta-feira, após um acordo entre lideranças do governo e da oposição, a Câmara dos Deputados aprovou novas e generosas regras para o pagamento das dívidas com o fisco. Os prazos, as multas e os juros para quem atrasou seus compromissos foram substancialmente reduzidos.
Premia-se o mau pagador e pune-se o contribuinte que, antes da medida, se tinha esforçado para regularizar sua situação.
Tudo começou com uma ideia em certa medida defensável do ponto de vista da simplificação dos procedimentos da Receita. O governo propusera o perdão das dívidas vencidas até 2002 que não superassem R$ 10 mil. Previa, ainda, a redução de multas e juros para dívidas pequenas, vencidas após aquele ano.
Mas, como se sabe, paira sobre o Congresso uma atmosfera de irrestrita simpatia pela impunidade de quem quer que seja. Some-se a isso o desprezo a quem paga em dia seus impostos; acrescente-se a enfática declaração do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), membro do Conselho de Ética da Câmara, de que está "se lixando para a opinião pública" -e o resultado foi instituir-se a farra dos sonegadores, categoria a que alguns parlamentares, de resto, veem-se frequentemente acusados de pertencer.
Na Câmara, o projeto de anistia aos pequenos devedores ganhou horizontes ampliados.
Dívidas de qualquer tamanho poderão ser ressarcidas sem multas e com juros reduzidos em 45% se forem pagas à vista. Quem prometer pagá-las em 180 meses ainda assim terá de arcar apenas com 40% da multa, beneficiando-se de uma redução de 25% nos juros. A correção da dívida será calculada pela TJLP, a Taxa de Juros de Longo Prazo, substancialmente menor do que a vigente no mercado.
O prêmio não pareceu suficiente para os senadores. Eliminaram-se, no Senado, as restrições a quem já havia participado de programas semelhantes.
Observe-se que já houve quatro deles nos últimos nove anos, o que é mais uma prova de seu equívoco. Sabendo-se da regularidade com que tais anistias acontecem, o estímulo para atrasos no pagamento dos impostos só tende a se generalizar.
Em nova votação na Câmara, estas restrições foram reintroduzidas. Mas ficará a cargo do Executivo, caso se disponha a tanto, vetar os aspectos mais injustificáveis desse conjunto de benesses.
Do contrário, não se fará mais do que confirmar a opinião da secretária da Receita Federal, Lina Vieira: com regras desse tipo, afirmou ela em depoimento ao Congresso, o bom contribuinte será chamado de otário. Para muitos parlamentares, a frase não constitui grande novidade.
"CORRUPÇÃO MOLUSQUIANA"
Câmara paga piloto de avião particular de ministro de Lula, isso é um escárnio.
Por Fernando Rodrigues, na Folha.
A Câmara dos Deputados paga um exacerbado salário de um piloto que trabalha conduzindo o avião particular do nocivo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Francisco Meireles é contratado como secretário parlamentar com salário de R$ 8.040 no gabinete do deputado Edigar Mão Branca (PV-BA).
O piloto é um desconhecido na Câmara. A Folha telefonou para o gabinete de Mão Branca na quinta-feira duas vezes. Perguntou pelo secretário parlamentar Francisco Meireles. A secretária Jose disse não haver ninguém com aquele nome trabalhando lá. A reportagem insistiu. Quis saber se esse funcionário trabalhava na Bahia, Estado do deputado.
"Não, não. Nem no Estado. Eu tenho a lista aqui de todos [os funcionários]. Nunca teve Francisco Meireles, Meireles, nunca teve. Alguém deve ter te dado o número [de telefone] errado", explicou a secretária.
Mão Branca é suplente de Geddel, que está licenciado do cargo de deputado federal pelo PMDB da Bahia desde o início de 2007, quando foi nomeado ministro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 20 de março daquele ano, o suplente assumiu a cadeira.
O caso é mais um envolvendo congressistas e viagens aéreas. Além da farra de passagens usadas de maneira indiscriminada no Congresso, houve também registro de vários senadores e deputados alugando jatinhos com dinheiro público. Um deles, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), gastou cerca de R$ 500 mil com o uso de aviões particulares.
Segundo Mão Branca, conhecido por usar um chapéu de couro, o piloto Francisco Meireles já trabalhava no gabinete de Geddel no passado. Não há registro, entretanto, dessa contratação nos arquivos da Câmara. O ministro também nega a versão, dizendo nunca ter empregado Meireles.
Ao pesquisar o assunto, a Folha encontrou o ato de nomeação de Meireles como secretário parlamentar num "Suplemento ao Boletim Administrativo nº 42", de 3 de março de 2008 -cerca de um ano depois da posse de Mão Branca.
É muita corrupção e bandidagem, e no meio de tanta "bandidagem molusquiana" estão nossas Forças Armadas cada dia mais definhadas e desmanteladas, militares flagelados por dois dos maiores caudilhos da história da humanidade, FHC e LULA. Isso não vai acabar bem. Certo meus amigos?
Um comentário:
TIREM O COLETE DE MINC E LHE METAM UMA CAMISA-DE-FORÇA
Por Tio Rei
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como sabem, foi à Marcha da Maconha. O homem é mesmo um revolucionário. Numa das ações armadas de que participou quando pertencia a um grupo terrorista, o mesmo de Dilma Rousseff, um inocente foi assassinado. O homem já treinava os dedos para mudar o mundo. Que coisa! Minc é ministro de Lula. A menos que seja ainda mais irresponsável do que dá a entender, foi à tal manifestação com autorização de seu chefe. Na prática, é como se o governo se mobilizasse contra uma lei que ele tem de fazer cumprir. E a presença de Minc na tal marcha se torna, então, um emblema do real comprometimento do governo com o combate às drogas.
Sua fala no evento não poderia ser mais clara: “A lei atual despenalizou, mas não descriminalizou. Ainda é crime [fumar maconha], e eu acho que nós deveríamos avançar". Como se vê, trata-se da fala de quem tem uma agenda, de quem sabe que é preciso caminhar aos poucos, mas “avançar” sempre. Hoje a maconha; depois, a cocaína; amanhã, sabe Deus. Botaremos todos os brasileiros na legalidade extinguindo as ilegalidades, entenderam? Corolário: se voltarmos ao estado da natureza, os crimes deixam de existir. Como já escrevi aqui, em vez de a sociedade corrigir os Marcolas, os Marcolas é que vão reeducar a sociedade.
Pouco me importa, já escrevi quinhentas vezes, o que cada um fuma, cheira ou injeta. Não tenho nada com isso. Ocorre que a droga, infelizmente, não é só uma mera questão de adesão ou não a um hábito ou vício.
Pensemos um pouco sobre a fala do “Coroa do Rio”, com aquela sua pinta de Tio Sukita do surf. O efeito da liberação total da maconha — descriminada, na prática, ela já está — no que respeita ao crime organizado seria ZERO. Para que houvesse alguma mudança nessa área, seria preciso descriminar todas as drogas, especialmente a cocaína. E o Brasil adotaria sozinho tal posição. O resto do mundo continuaria a reprimir as drogas. Passaríamos a ser um centro mundial de atração de cérebros derretidos. Como se não nos bastassem os nossos próprios idiotas — alguns deles no topo da República.
Esse ministro bocó deveria estudar um pouquinho, um pouquinho só, de lógica e de economia antes de disparar suas tolices. O que Minc acha que aconteceria com a mão-de-obra criminosa que hoje se dedica ao narcotráfico? Todos se converteriam em trabalhadores? Até o mais rematado dos imbecis, menos Minc, pode intuir o óbvio: ela migraria para outros crimes.
“Ah, te peguei, Reinaldo! Então você está dizendo que o narcotráfico é até uma solução?” Não! Estou afirmando que o governo não cumpre a sua parte na repressão ao tráfico de drogas e suas conseqüências, como o tráfico de armas. Elas chegam de barco em plena Baía da Guanabara! As fronteiras brasileiras são terra (e águas) de ninguém. E esse estado continuaria a ser omisso. A legalização das drogas, que levaria a uma explosão de consumo — com as suas previsíveis e óbvias conseqüências na saúde pública —, faria o país mergulhar no caos social. Acreditem: o estado necessário para cuidar dos efeitos da liberação teria de ser muito mais competente do que aquele que se encarrega — e mal — da repressão. Ou seja...
Alguns dos meus leitores devem fumar maconha. Outros podem se emocionam quando uma linha reta, de repente, dá uma entortadinha. Alguns talvez gostem do Bolero de Ravel. Tenho certeza de que há quem vá ao cinema e mande colocar aquela manteiga nauseabunda na pipoca — pelo amor de Deus, gente! Cinema é lugar de namorar, não de entupir as coronárias... O ser humano é variado, às vezes estranho. Digo, com Terêncio, que nada do que é humano me é estranho. Mas não imito Fernando Lugo, o garanhão de batina (levantada) do Paraguai. Não recorro a Terêncio para justificar minha falta de limites. Ao contrário: ele me serve como convite à tolerância com o Outro (o que não quer dizer, claro, condescendência com o vale-tudo). Pois bem: digamos que não haja nada de intrinsecamente mal na maconha (não é a opinião de um bom número de estudiosos) e que consumi-la possa ser igual a ouvir, como faz alguém em algum apartamento aqui das redondezas, o Bolero no último volume (a minha sorte é que há um bando de maritacas que mora entre o meu prédio e o prédio vizinho...).
Bem, se o mundo decidir proibir o Bolero ou a nauseabunda manteiga derretida na pipoca — sei que não contarei com essa graça, hehe... —, por mais que eu considere que seja mera questão de gosto e direito individual consumir ou não aquelas drogas, será preciso que eu reflita sobre as conseqüências de integrar a cadeia certamente criminosa que se vai formar para comercializar o Bolero e a manteiga. Por alguma razão, o Bolero e a manteira são liberados mundo afora, mas as drogas não. A questão não é de moral privada, mas de ética coletiva. Essa história de que “sou apenas o consumidor e não tenho culpa se a maconha é proibida” é típica do infantilismo ético do nosso tempo. Tem, sim. Ao fazer certas escolhas, amigão, você escolhe um mundo. O fato de haver pessoas nefastas que não consomem drogas e consumidores que podem ser gente boa não serve como critério para orientar políticas públicas.
IRRESPONSÁVEL. É isso o que Minc é. Ele é ministro de Estado. Se vai a uma marcha da maconha, leva a voz do governo. A música que embalou a passeata, como se noticiou, era a tal “Vou apertar, mas não vou acender agora”, toda ela feita de referências um tanto desairosas à Polícia — e, pois, ao estado —, em oposição à suposta esperteza da nata da malandragem. Nada mais patético do que ver os bacanas do Rio (ou de qualquer lugar) macaqueando a suposta linguagem dos pobres — pobres que, diga-se, não compareceram ao evento. Pais e mães de família dos morros e das periferias das grandes cidades detestam as drogas. Sabem que seus filhos, se vitimados pelo mal, terminam assassinados antes dos 20. Já os usuários de Copacabana, Ipanema ou Leblon terão vida longa. Podem consumir droga à vontade, que seu futuro está mais ou menos garantido. Os de mais sorte chegam a ministros de estado.
Imaginem se um comportamento como esse de Minc não viraria um escândalo político em qualquer democracia do mundo! Imaginem o que a oposição não faria... Por aqui, não vai acontecer nada. Ou melhor, vai: as drogas continuarão proibidas; a polícia continuará corrompida; o estado continuará omisso; 50 mil pessoas continuarão a ser assassinadas todo ano; os Mincs da vida continuarão a ir a marchas da maconha, e os marchadores da erva logo organizam uma outra marcha, aí pela paz. No sábado, dão dinheiro para os bandidos comprar rifles; no domingo, protestam contra o uso que eles fazem dos rifles que compraram. Entenderam?
Minc precisa trocar os seus coletes transadinhos por uma camisa-de-força. Pronto! Fumei um ministro inteiro. E não tou sentindo nada...
COMENTO
Somente um governo medíocre e corrupto, poderia ter na sua facção, pessoas, nocivas a sociedade como este "senhor maconha", é um absurdo e um grande escárnio um digamos "ministro de estado" participar de um ato criminoso como este. Más em se tratando do governo Lula tudo é possivel, até mesmo drogas. Certo meus amigos?
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