sábado, 22 de agosto de 2009

“LULA NÃO FARÁ SEU SUCESSOR”

Por Reinaldo Azevedo

Carlos Augusto Montenegro é um dos mais experientes analistas do cenário político nacional. Presidente do Ibope, empresa que virou sinônimo de pesquisa de opinião pública no Brasil, ele acompanhou com lupa todas as eleições realizadas no país desde a volta à democracia, em 1985. Agora, faltando pouco mais de um ano para a sucessão presidencial, Montenegro faz uma análise que o consagrará se acertar. Se errar? Bem, dará às pessoas o direito de igualarem seu ofício às brumas da especulação. Em entrevista ao editor Alexandre Oltramari, Montenegro aposta que o governo, apesar da imensa popularidade do presidente Lula, não conseguirá fazer o sucessor - no caso, a ministra Dilma Rousseff. Também afirma que o PT está em processo de decomposição.

O que os acontecimentos da semana passada revelaram sobre o PT?
Que o partido deu um passo a mais na direção de seu fim. O PT passou vinte anos dizendo que era sério, que era ético, que trabalhava pelo Brasil de uma maneira diferente dos outros partidos. O mensalão minou todo o apelo que o PT havia acumulado em sua história. Ali acabou o diferencial. Ali acabou o charme. Todas as suas lideranças foram destruí-das. Estrelas como José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci se apagaram para sempre. Eu não diria que o partido está extinto, mas está caminhando para isso.

Ao contrário do que muita gente acredita, o senhor aposta que Lula, mesmo com toda a popularidade, não conseguirá eleger o sucessor.
Uma coisa é ele participar diretamente de uma eleição. Outra, bem diferente, é tentar transferir popularidade a alguém. Sem o surgimento de novas lideranças no PT e com a derrocada de seus principais quadros, o presidente se empenhou em criar um candidato, que é a Dilma Rousseff. Mas isso ocorreu de maneira muito artificial. Ela nunca disputou uma eleição, não tem carisma, jogo de cintura nem simpatia. Aliás, carisma não se ensina. É intransferível. “Mãe do PAC”, convenhamos, não é sequer uma boa sacada. As pessoas não entendem o que isso significa. Era melhor ter chamado a Dilma de “filha do Lula”.

Caso Lina: Mantega sabia. Mas teria feito apenas perguntas
Mantega obteve informações da ex-secretária da Receita Federal sobre as investigações dos negócios do clã Sarney mas não fez propostas “incabíveis”

Alexandre Oltramari

SIM Guido disse que pediu a Lina Vieira explicações sobre o vazamento de informações

Existe um terceiro personagem envolvido no caso do suposto encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no fim do ano passado. É o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chefe direto de Lina Vieira nos onze meses em que ela ocupou o cargo e responsável por sua demissão, há um mês, sem nenhuma justificativa pública.

O caso não se encerra com o depoimento de Lina. Será preciso esclarecer as razões pelas quais, como tudo indica, a ministra cortou caminhos na hierarquia e fez pedidos “incabíveis” a uma secretária da Receita Federal. Uma hipótese a ser investigada é a de que Dilma só teria entrado em ação depois de uma falha no canal natural para obter o efeito desejado pelo Palácio do Planalto - o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Descobriu-se agora que esse canal foi acionado, mas sem que se produzissem os resultados esperados. Mantega efetivamente chamou a ex-secretária em seu gabinete e pediu detalhes sobre o caso dos Sarney. O ministro justificou seu interesse sem rodeios, informando a Lina que a investigação estava preocupando o Palácio do Planalto. A secretária fez seu relato e o ministro agradeceu as informações. Mantega encerrou a conversa sem pedir nem sugerir nenhuma ação à secretária Lina. Isso é o que se sabe.

COMENTO
"Caros amigos e leitores, espero que realmente essa facção criminosa dos petralhas, se acabe, visto que a República, não aguenta mais, tantas bandidagens, corrupções, safadezas e maracutaias.
Espero ainda que todos os canalhas membros desta facção, responda na justiça pelos seus terríveis e abomináveis crimes, contra nossa nação, contra o povo brasileiro, as Forças Armadas e os militares".

Um comentário:

Cardoso Lira disse...

Mercadante recua para frente: permanece na liderança do PT no Senado, em troca de ida para o Banco Central
Por Jorge Serrão
Aloísio Mercadante teria negociado, bem alto e muito bem, sua permanência na liderança petista no Senado. Boatos que circulam agora revelam que ele vai ganhar como prêmio de consolo a presidência do Banco Central do Brasil, assim que Henrique Meirelles sair – para ser candidato a governador de Goiás ou (quem sabe) a Presidente da República. O BC do B é um antigo sonho de Mercadante – que também tem ligações estreitas com clubes de poder da Oligarquia Financeira Transnacional, como o Instituto Interatlântico.

Para ficar, depois de ter escrito ontem no twitter que deixaria a liderança em caráter irrevogável, Mercadante encenou hoje, no teatro de horrores do Senado, mais um espetáculo digno do PT que vai-e-vem conforme a maré do mar de lama. Mercadante leu em plenário uma carta que recebeu hoje de manhã do chefão Lula. No texto, Lula alegava não concordar com sua renúncia, uma vez que ele "é imprescindível para a liderança do partido". Lula deve dar, em breve, o BC do B a Mercadante, embora preferisse Antônio Palocci naquele lugar. Mas, como no PT tudo muda a todo instante, a promessa pode nem ser cumprida no futuro próximo.

Mercadante teatralizou: “Mais uma vez na minha vida, o presidente Lula me deixa numa situação que não tenho como dizer não”. E avançou na encenação: “Peço a muitos companheiros e companheiros, que pedem a minha saída hoje, especialmente à minha família, peço desculpas, mas eu não tenho, com a história que eu tenho com Lula, não posso dizer não ao presidente da República e ao meu velho companheiro Luiz Inácio Lula da Silva”.

Mercadante reproduziu os convenientes detalhes da longa reunião que teve com Lula quarta-feira à noite: “Ficamos cinco horas conversando. Uma conversa franca, dura, sincera, repassando toda essa história e todo meu sentimento, o governo Lula é uma grande êxito econômico. (...) Mas acho que temos cometido erros políticos. Preservar o partido, rediscutir o papel do partido, é fundamental. Nós não podemos cometer os erros que temos cometido”.

Dilma a perigo
A Casa Civil tem até o dia 21 de setembro para passar as informações à Câmara para que se comprove ou não se houve o encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e Dilma.

As gravações pedidas se referem aos meses de novembro e dezembro do ano passado.

Cama armada
Até o ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, advertiu que o governo tem obrigação legal de divulgar as gravações. O governo terá de entregá-las à Câmara.

A recusa ou o não atendimento da solicitação da Câmara, no prazo de um mês, é considerado crime de responsabilidade da autoridade competente.

Informações falsas também serão imputadas no mesmo crime.

Encontro Fatal
O encontro reservado teria ocorrido, segundo relato da ex-secretária da Receita a parlamentares do PSDB, no dia 19 de dezembro.

COMENTO
São muitas bandidagens no país dos petralhas, o momento é muito grave e delicado, o desmonte da nação avoluma-se; e o povo brasileiro clama por jutiça social e ética na política.